Poesias sobre palavras

Cerca de 20823 poesias palavras Poesias sobre

Sonhos sobre o Mar -

Tantos são os sonhos que persigo,
Com eles, a ilusão de alcançá-los,
Só eu sei, na verdade, porque o digo,
Hei-de um dia, sobre o mar, deixá-los!

Vem o vento! Nas suas asas subo!
E ascendo ao anseio de voar-me ...
O sonho é voar! E isso é tudo.
A alegria de poder cantar-me ...

É longa a viagem do Poeta
Porque vem de fundos, longe de si,
Não sabe o seu destino, a sua meta,
E as suas ilusões não tem fim.

Talvez um dia possa ultrapassar
A vida que vai e vem sem jeito
Talvez possa pôr os sonhos sobre o mar
E guardar os versos no seu peito.

Inserida por Eliot

Visão Errante -

Meu Amor, quando chegas como um sonho na noite pálida,
caído sobre os braços da madrugada,
debruçado sobre o mundo,
trazes o silêncio das horas
num bater descompassado do coração,
a fecundar de poesia as nossas vidas
ignoradas ...
Horas e horas a fio esperando
amargamente por ti
e quando finalmente vens, que pena,
não passas, meu amor, de uma visão
errante ...

Inserida por Eliot

Sobre Covid -19 -

A vida ficou suspensa
por duas linhas que se tocam
muito frágeis, muito ténues:
a doença e a morte!

A vontade ficou parada
nas curvas sem visão
no silêncio do caminho
e cada um à sua sorte!

O sonho perdeu encanto
de gestos e ternuras
perdeu-se do amor
e afastou-se do coração!

O orgulho e a vaidade
perderam-se dos Homens,
afinal, tudo é passageiro,
neste mundo, tudo é vão!


Na dificil travessia destes tempos pouco luminosos.

Inserida por Eliot

⁠A Frigida Senhora -

E aquela frigida Senhora
trazia memórias no olhar
trazia rosas sobre o corpo
penas sobre a alma a pesar!

Lânguidos silêncios sobre a voz
soluçavam-lhe a respiração
vontades impolutas de ser feliz
poisavam como aves sobre as mãos!

Quem seria a frigida Senhora;
enlutada dama que passava?!
Prostrada, de joelhos, aos pés da cruz,
de mãos postas, junto ao peito, só rezava!

Entregava a Deus a solidão
dos tristes dias duradoira,
coitada, pobrezinha, tão triste,
quem seria a Frigida Senhora?!

Inserida por Eliot

⁠- A Rainha -

Quando o Sol se deita na linha do horizonte
e a noite escura desce sobre a terra
nasce em cada coração, como numa fonte,
o doce olhar da Rainha de Inglaterra!

E Deus, tão perto, manifesta-se nos campos,
o povo, alegre, esquece as suas dores,
as aves despertam voando por cada canto
e a madrugada veste-se de flores ...

Que bela imagem nos vem ao pensamento
a Rainha trajada d'um silêncio permanente
emana uma paz p'ra lá do tempo ...

Sua Majestade vai passande levemente,
como seda esvoaçando ao vento,
e ao passar, passa acenando docemente ...

(Para Sua Majestade a Rainha Isabel II de Inglaterra)

Inserida por Eliot

Louro -

⁠Sobre um ramo de Loureiro floresceu meu Coração,
nasceu densa, obscura, minh'Alma inspirada ...
Fiquei longe, na lonjura ... pena-de-Poeta,
linhagem d'oiro, geração desprezada!

Depois, gritei distante, fiquei a sós
e escutei ao longe, o Nome de meu Avô!
Ao ouvi-lo, escaldou-me o sangue na voz
por também Ser "LOURO", por lembrar que o Sou!

"Nobre-LOURO", teara-de-Poeta!
Raiz funda no mais fundo do meu Ser,
coroa-do-heroi, meu punho d'Asceta!

Não chorem por mim se Eu morrer!
Irei "coroado-de-Louros": nasci distante, cresci na dor, "morri Poeta!"
Minha Vida foi toda um bem-querer!



DISSE UM DIA O ORÁCULO DE KUNIAM SOBRE MIM:

23) "Subindo ao Loureiro"

" Se ascenderes ao palácio da Lua,
atravessando Loureiros,
não penses se o portal celeste
te será aberto ou não,espera,
de todos os lados chegarão boas notícias,
e no topo da montanha desabrocharão sorrisos como
flores ..."

Inserida por Eliot

Quem és tu? -

⁠Quem és Tu que te aproximas pé-ante-pé
caminhando sobre as águas do mar
no rumor das ondas turbulentas?!

Quem és Tu que, quando passas,
exala um balsamo de Rosas
em languida noite de luar?!

Quem És?! Quem És Tu a quem tenho
um medo desmedido de encarar,
uma culpa intensa de perder, sem ter,
uma furia imensa por sentir?!
Será que amo sem te ver?!!

Estou louco! Sou louco!
Um louco mais louco que um louco ...

Um louco que foge de te amar
porque já te ama sem poder fugir ...
E Tu? Quem serás Tu?!

Inserida por Eliot

⁠Não Chorem -

Não chorem por mim quando eu morrer!
Desfolhem antes rosas brancas sobre o meu caixão.
Para que minh’Alma se eleve aos Céus,
num intimo acenar, Sem medo de vos perder …

Inserida por Eliot

⁠No Sepulcho de Alguém -

Descanso o meu olhar sobre uma lousa,
despojo final, sem luz nem Vida,
de Alguém que amei e Jaz repousa,
eterna, silenciosa e tranquila ...

Minha colcha de oiro fino e de cetim,
não pôde a fria tumba, docemente,
desfazer a cama de ilusões, amarga e sem fim,
que a Vida te fez viver, intensamente!

E o vento passa! Leva, traz, murmura!
Lânguidos suspiros, silêncio absorto, sonhos d'água ...
Invejo a tua campa, minha amada, solitária sepulchtura ...

Quem ama como eu sorri à morte!
Triste desespero, lamento, agonia, mágoa ...
Eu vivo - tu morres! Triste sina - má sorte!

Inserida por Eliot

⁠Contrassenso -

Ai quem tem a Alma perdida
sobre espinhos vai no chão,
ai quem tem perdida a Vida
amargos sonhos lhes darão ...

Amargos sonhos lhes darão
a quem tem a Alma perdida,
resigna ao pó do chão
Pois tem perdida a Vida ...

Pois tem perdida a Vida
quem resigna ao pó do chão
e canta em tom de despedida!

E canta em tom de despedida
quem resigna ao pó do chão
jaz vencido pela Vida ...

Inserida por Eliot

⁠Não interessa que o Homem se responsabilize pela sua Existência sem se debruçar sobre a sua Essência.
E não interessa que se debruce sobre a sua Essência sem se responsabilizar pela sua Existência!
Estamos e vivemos num mundo dual entre o Espírito e a Matéria, entre a Vida e a Morte, entre o Bem e o mal!

Inserida por Eliot

⁠Insónias de frio -

Outono, manhã cedo,
tarde quente, ensolarada,
eu dormindo sobre o medo
e tudo igual de madrugada.

Tudo igual na vida,
noite fria, nevoeiro,
minha esperança perdida
e da morte nem o cheiro.

Da morte nem a sombra
que passa por quem leva
e åi de quem se esconda
de um destino que não chega.

Sempre chega, sempre vem,
numa tarde ensolarada
pois a vida vai e vem
numa eterna madrugada.

Inserida por Eliot

⁠Gangrenas -

Ó empedernida solidão, estática, parada
num jardim desta cidade, sobre o busto que levanta
uma espera imortal! Fitando a luz do nada
ergue-se do chão, Florbela Espanca!

Minha vida é cor da sua! E ninguém me peça
pausa ou silêncio! Que a vida que me deram,
cor dos olhos dos mortos que morreram
é fria, porque os mortos arrefecem depressa ...

Só não arrefece a minha eterna e profunda solidão
cor da mágoa das Gangrenas do Senhor,
meu espelho ou ilusão de Ser nas necroses do coração
num sentir que está parado neste imenso mar de dor!


No Jardim Público de Évora frente ao busto da Poetisa.

Inserida por Eliot

⁠Pesares -

São tantos os pesares que a vida dá
que, não há quem, sobre a terra permaneça
agarrado à saudade! Também ela passará
quando a memória de nós se desvaneça!

Porque a saudade come à mesa da memória
e a memória alimenta-se da vida
e a vida dá lugar à nossa história
e a nossa história, um dia, será tolhida!

E só a morte nos salvará
deste mundo injusto e infiel
onde nada, além do escuro, nos tocará!

A vida é amante do vazio, mãe da solidão,
neta do cansaço com um toque de cruel,
gerada por quem, nunca teve um coração!

Inserida por Eliot

⁠Folhas ao Vento -

Folhas caem ao vento
sobre a luz do meu olhar
como a queda do tempo
que me impede de sonhar!

E estrelas bailam no Céu
como silêncios no ar
e vejo os olhos de Deus,
então, espelhados no mar!

Por mim chama a solidão
que só leva a mau caminho
e ai do pobre coração
que faz dela o seu destino!

Há dor e esquecimento
na cama ao meu lado,
folhas caídas ao vento
sobre o chão do meu Passado!

Inserida por Eliot

⁠Falso Eu -

Tantas vezes, sobre os dias, distraído,
sem pensar em mim, na minha dor,
fui vivendo falsamente, ao sabor
de uma alegria, convencido ...

Vivendo uma vida que não era minha
esquecido de que a minha era mais do que passar
mais do que ir ou apenas ficar
num querer que tive e já não tinha ...

E menti! Não aos outros mas a mim ...
E muito me dói a morte dos instantes
em que, perto, me pus tão longe de mim!

Como pode alguém diferente querer agradar
a outros, tão iguais, mas errantes,
que dizem que o não são só pra passar?! ...

Inserida por Eliot

⁠Praia dos Mortos -

As manhãs
vagas; sombrias
pairam densas sobre
a Praia dos Mortos,
vem as madrugadas
duras, frias
cheias de silêncio
e águas paradas ...

O que restou
dos sonhos dos mortos?! ...
Esperam neste cais
o regresso à vida;
vivem de memória
ninguém os vê,
vivem de saudade
e da velha história ...

Inserida por Eliot

⁠Sobre Amália:

Quando a voz de um Povo,
a Alma de uma Nação
habitam num só corpo,
num só coração ...

Inserida por Eliot

⁠Sobre as infâncias:

Há muitos tipos de familia ...
Familias de muitas naturezas ...
Damos e recebemos o amor
que é possivel!

Inserida por Eliot

⁠⁠A aparência, nunca deve ser julgada, ou interpretada sobre a Expressão de seu rosto.

Aquele que julga! Enigma mente reflete suas palavras, igual a um espelho fundido,. E junto a ele, suas palavras se encontra diante de sua face, mostrando o peso de suas palavras a você mesmo.

A história de uma pessoa, não está na capa de um livro,. Empiricamente é vívida, e deixa seu rastro dentro das páginas de sua vida.

Inserida por Ronan-hds