Poesias sobre palavras
O LUGAR SEM RETORNO
[…] os olhos do Senhor vosso Deus estão sobre [a terra] continuamente, desde o princípio até ao fim do ano. —Deuteronômio 11:12
Ray Stedman há muito tempo pastor na Califórnia, disse um dia à sua congregação: “Na véspera de Ano Novo, mais do que em qualquer outra ocasião em nossas vidas, percebemos que não podemos voltar no tempo… Podemos olhar para trás e relembrar, mas não podemos voltar a viver um único momento sequer do ano que passou”.
O pastor Stedman, então, referiu-se à ocasião em que os israelitas estavam às margens de uma nova oportunidade. Após quatro décadas vagueando pelo deserto, essa nova geração deve ter-se perguntado se eles tinham fé e resistência para possuir a Terra Prometida.
Seu líder, Moisés, lembrou-lhes de que eles tinham visto “todas as grandes obras que fez o Senhor” (Deuteronômio 11:7) e que seu destino era “a terra de que cuida o Senhor vosso Deus: os olhos do Senhor vosso Deus estão sobre ela continuamente, desde o princípio até o fim do ano” (v.12).
Na véspera de Ano Novo pode ser que temamos o futuro por causa de acontecimentos do passado, mas não precisamos ficar atados às nossas memórias, porque podemos prosseguir em frente concentrados em Deus. Do mesmo modo como o Senhor cuidou da terra e do Seu povo, assim também Seus olhos estarão sobre nós.
O contínuo cuidado de Deus se estenderá a cada dia do novo ano. Podemos contar com essa promessa. —DCM
O nosso futuro é determinado pelo Pai da eternidade. David C. McCasland
Antes de eu falar
Tu cantavas sobre mim
Tu tens sido tão, tão bom pra mim
Antes de eu respirar
Sopraste Tua vida em mim
Tu tens sido tão, tão bom pra mim
Perto está
Sua voz ecoa
Eu sei que perto está
Mesmo em meio à tempestade
Em alto-mar
Sobre as águas
Vem andando
Me encontrar
Sobre o Processo de Galileu Galilei
Até então foram os iluministas e e sacerdotes,hoje laicos decaídos foram s algozes.
Coração sobre cama
Se de repente acordo
é madrugada
surpreende o coração
descansa sobre os lençóis
exausto
não tenho sede nem sono
e nem mais coração.
Se acordei e é madrugada
era pra ver você
que não está nesta cama.
Enquanto canto bem baixinho
os batimentos desaceleram
lentamente, quase imperceptível
até a voz sumir entre os lençóis.
Esperaremos a manhã
o coração e eu
e os jornais o carteiro as babás
colocarão as coisas no lugar:
o coração no peito
você à distância
os lençóis na lavanderia.
ar da madruga despenhoso,
solidão minha tristeza,
sobre rosas adormeço e acordo num pesadelo,
diante as farpas o veneno, que acalma sentimento resplandece num instante,
se dá ou se deu meramente ao acaso desnutri o desejo,
tenha se o brusco momento nas profundezas da morte.
mesmo que luz seja parte do destino morto em tuas vias,
um dia despenhoso em tantas vozes apenas o silencio,
tangentes, sem significado pois ar terminou,
e amo continua tão belo quanto antes, nada mudou,
então um esboço de meias palavras jogada ao vento,
seria as ultimas linha importante o sentimento vagou,
sendo um pequeno pedaço do precipício, no vasto desejo,
o amor que tenho um pedaço do prazer... o silencio,
tão único como a vida, torna se desespero num sono eterno,
fraco ao extremos do prazer a vida denota se mais dia,
sobrepondo realeza de detalhes o frio a palidez,
o dia cinza, corvos nos céus, gritos dentro da mente,
viajam por tantos lugares e amore impulsiveis,
volúpia, marca do seu rosto, lagrimejantes,
folgaz entre tantos caminhos escuros que habitou,
viveu nos lugares mais obtusos e apenas a vácuo...
que re surge a cada momento, a vejo no mundo eterno.
indago o sentimento singular no puro desapego.
desatino neste ador afio, testemunho o apogeu...
nas madrugadas frias o arrependimento talvez,
entre vultos na multidão lhe tenho por vultos,
os mesmos labirintos de teu algoz no abismo.
retalho tantos absurdos no meio a sarjeta a decepção,
em meio o brilho do medo, atravessa a rua vaga
supostamente, um passa do pesadelo.
tantas lembranças retruco os avistamentos nos céus.
as tenho tanto valor, que as perco no esquecimento.
suplícios, indago por mais um momento até tudo seja a solidão.
ABELHAS
por Anderson Araújo
“Einstein na sua época refletia sobre a extinção das Abelhas... mas... nós Homens... não somos capazes de aprender com um Tutor ou “Visionário”. Preferimos buscar aprender com a dor, o arrependimento e até... entrar em desespero quando o momento derradeiro se apresenta... do que assumir que exista uma mente privilegiada recebendo uma MSG que a nossa própria evolução ainda não seja capaz”.
Pensem nisso 🙏
Prof. Anderson Araújo
Com um gesto fulgurante o Arcanjo Gabriel
Abre de par em par o pórtico do poente
Sobre New York. A gigantesca espada de ouro
A faiscar simetria, ei-lo que monta guarda
A Heavens, Incorporations. Do crepúsculo
Baixam serenamente as pontes levadiças
De U.S.A. Sun até a ilha da Manhattan.
Agora é tudo anúncio, irradiação, promessa
Da Divina Presença. No imo da matéria
Os átomos aquietam-se e cria-se o vazio
Em cada coração de bicho, coisa e gente.
E o silêncio se deixa assim, profundamente...
Mas súbito sobe do abismo um som crestado
De saxofone, e logo a atroz polifonia
De cordas e metais, síncopas, arreganhos
De jazz negro, vindos de Fifty Second Street.
New York acorda para a noite. Oito milhões
De solitários se dissolvem pelas ruas
Sem manhã. New York entrega-se.
Do páramo Balizas celestiais põem-se a brotar, vibrantes
À frente da parada, enquanto anjos em nylon
As asas de alumínio, as coxas palpitantes
Fluem langues da Grande Porta diamantina.
Cai o câmbio da tarde. O Sublime Arquiteto
Satisfeito, do céu admira sua obra.
A maquete genial reflete em cada vidro
O olho meigo de Deus a dardejar ternuras.
Como é bela New York!
Aço e concreto armado
A erguer sempre mais alto eternas estruturas!
Deus sorri complacente. New York é muito bela!
Apesar do East Side, e da mancha amarela
De China Town, e da mancha escura do Harlem
New York é muito bela! As primeiras estrelas Afinam na amplidão cantilenas singelas...
Mas Deus, que mudou muito, desde que enriqueceu
Liga a chave que acende a Broadway e apaga o céu
Pois às constelações que no espaço esparziu
Prefere hoje os ersätze sobre La Guardia Field
Vinícius de Moraes
Crepúsculo em New York
Rio de Janeiro , 1954
— jogo do amor
Ouvi dizer sobre sorte no amor e azar no jogar
então joguei o meu coração ao mar
Na sorte de fisgar alguém para amar.
Que tolo!
Apodreci a deriva no mar
E tornei-me jogo de azar.
Conta-me sobre você.
Quero saber tudo por detalhe, não deixe passar despercebido nenhum verso desse lindo poema que é você.
Anseio mergulhar em sua mente, conhecer todos os mistérios por trás do seu afetuoso olhar.
A ansiedade é grande de descobrir como consegue manter esse sorriso contagiante quando seu coração está inundado de lágrimas.
Por favor, fala-me dos seus medos, de suas fobias.
Quero compreender o máximo para te proteger quando esses temores chegarem, fazer você se sentir segura e protegida nos meus braços.
Prometo que não rirei dos momentos embaraçosos e engraçados de sua vida, nem tampouco dos seus maiores micos... (me perdoa se quebrar essa promessa, tenho certeza que será impossível não rir em algumas situações). Faça-me viajar no tempo ao contar suas lembranças de infância, diga a sensação que deu quando aprendeu andar de bicicleta, o que te fez berrar no primeiro dia de aula, o quão dolorido foi sua primeira decepção amorosa.
E quais são seus sonhos? Almejo saber o que te motiva diariamente, as suas inspirações.
Conta-me sobre você, e direi tudo o que você deseja saber de mim.
Quem sabe, talvez nossa história sempre estiveram entrelaçadas, como se um livro fosse rasgado e as páginas voado para longe uma das outras, só aguardando o momento em que essas partes se juntariam e a história se completaria formando um titulo exclusivo, uma história de mim e você.
instagram: @marcosspoeta
O mundo é um nexo sem nexo,
Tentando manter o controle,
Sobre algo que não pode ser controlado,
O mundo está infeccionado,
Procurando perguntas,
Onde não existem respostas,
E respostas,
Onde não existem perguntas,
Questionando o inquestionável,
Tentativas inacertivas daquilo que não se aplica em resolução,
O mundo se converteu numa confusão inevitável do embate dos vários "Eus",
Uma contradição da versão do amor,
Uma dor,
Uma aflição,
Sufoco,
Inquietação,
O oposto da definição do concreto,
Uma única certeza,
É a incerteza,
Para quem joga,
Nesse jogo da vida.
Letícia Del Rio.
A boca se fecha,
As mãos descansam,
O pensamento se cala,
A caneta repousa sobre o papel já marcado em letras,
Dentro de mim sempre claras,
Fora,
Um emaranhado de idéias,
Até hoje nunca entendido,
Há os que se fizerem à saber,
Mas, era mentira,
Aos poucos desmoronava,
Ele era o álcool,
Eu era a tinta,
Sou azul,
Não sou eu que escolho o verso,
Sim, ele me escolheu,
E escorregando pelo papel,
Me mostra em letras,
Sou um pensamento aprisionado,
Liberto e compreendido pela esferográfica.
Se realmente para e refletir sobre a realidade e o espaço-tempo, Percebesse que a realidade não existe. É algo parecido com a manifestação da consciência para se sentir bem e adequado dentro daquilo que a alma entende como um ponto de vista positivo para ser viver, uma suposta verdade, um suposto conforto e um ponto de vista distante da negatividade.
Eu não discordo quando me falam de uma vida dentro de uma realidade, mas não se esqueço que a realidade é um código programado e manipulado. Ainda me lembro do dia em que fizemos da realidade um código e construímos um novo multiverso, ainda me lembro quando a quarta dimensão nem existia; uma vida além do tempo, era isso o que dizíamos.
Meus pensamentos.
Podemos falar de futebol
Divagar sobre a temperatura
Comentar os problemas do Irã
Ou o tiro que levou o Reagan
Posso até discutir religião
Ou falar num domingo de sol
Criticar a terrível inflação
O machismo, o racismo, a tortura
Mas daquele amor,
Nem me fale
Não me fale que eu me irrito
Perco a linha
Dou um grito
Depois fico depressivo
Todo cheio de saudade
Pois de uma coisa bonita
Não restou nem amizade
Daquele amor, não me fale
essa carta é sobre o que você quer
e o que você tem medo, ao mesmo tempo
isso mesmo
é ser feliz no amor
acontece, a gente quer mas
pode não estar pronta
existe o risco, as coisas mudam
acabam, e aí?
é como ganhar
um dinheiro inesperado
seria bom, mas se vem, de repente
a pessoa periga não saber o que fazer
volta e meia alguém diz quero mudar,
mas não quer que doa
fosse assim, era fácil
não diriam estamos aqui pra evoluir
desculpa, não
eu não entendo de vidas passadas
meu negócio é o presente, o futuro
e olha aqui, tá vindo, o seu amor
e vai ser grande, vai mexer com toda sua vida
não, não dizem mais nada além disso
você vai ter que descobrir
o que fazer com isso
Santuário
alma livre
sentido eterno
alma livre
ambiente
sobre a mente
a perfeição,
em todos espaços,
tens com desejo do bem querer,
amor diante tudo supera a vida,
sem destino desejo único.
para sempre para o amor.
misterioso ,
sentimento,
bom desdem
belo te faz bem...
entre as entrelinhas
glorias que duram para sempre.
É tudo sobre nós mesmo, afinal?
Não. Não é assim que funcionam as coisas, ou pelos menos não deveria ser.
Se pensarmos apenas na nossa dor, corremos o risco de machucar as pessoas à nossa volta; principalmente àquelas que nos amam, e isso é injusto. Então, muito cuidado.
Desde aquele dia,
que os teus olhos azuis
pousaram sobre mim,
a minha face ficou assim,
com tons azulados, não sei se é frio
ou um doce delírio,
que invade a minha figura!...
Cantando na Babilônia
Esse mundo tá podre, ouve? É sobre...
Tudo o que houve, aproximou-se,
De tudo que somos. Cego, ouve.
Escute o som e há quem te louve.
E quente é pouco!
Nesse mundo oco,
Miragem sem oásis, tá me deixando louco!
Imagens nos olhares dos zumbis de grito rouco! Louco é pouco!
Tô me sentindo morto, vivendo nesse corpo, esperando pelo sopro, da vida que me deu.
O mundo não me deu, o mundo nem me quer,
Brinquei de bem-me-quer e nem quem me quer sou eu!
Olha o quanto julgo, olha o quanto eu jogo,
As palavras viram jugo, quando não suporto!
E eu não te suporto, se não me suporto.
E você nem se importa, com o que eu me importo.
Te importa o quanto importa, não quanto eu importo,
Por isso nem me importo com a droga do seu porto e nem me olha torto, esse olhar de peixe morto, quer molhar a minha mão pra que eu assine seu aborto?
Arrancar meu coração enquanto sacrifica um porco? Assaltar minha emoção como foi lá no barroco? "Pazzo"!
Sem pacto,
Ímpar que tô,
pro impacto...
A Grande Babilônia caiu!
...Até mais pleno o caos absoluto tem uma ordem universal...
sobre as penas do desastre se ama
mesmo na corrupção da alma.