Poesias sobre os Cinco Sentidos
Nos espaços entre as palavras há uma intensa e verdadeira manifestação de sentidos que se cruzam e conversam.
Digo melhor, se o inferno tem prazeres que nossos sentidos conhecidos desconhecem, então é possível ser feliz no inferno.
A felicidade não é uma constante, e sim um momento aprazerado de algo que lhe aguça os sentidos. Fazer o que gosta é apoderar-se momentaneamente da plenitude divina.
“ 'Poderia prosseguir, se não fosse pelo corpete'. Mas por que o ainda usava?... Fechou os olhos: toda a sua propriedade orgânica, plástica, sensorial estava lá. Mas o corpete, no apuro dos sentidos, imobilizava-lhe o instinto; atrapalhava o prelúdio, limitando movimentos, desafiando-a para sempre... Eis o modismo e o massacre, através dos séculos".
O que é belo o é porque possui harmonia aos nossos sentidos. O homem adiantado procura, persegue e constrói o belo. Para ser belo não precisa ser rico, pois para a construção do belo só é necessário o gosto e o amor por ele, e com poucos recursos, mas com muita vontade, cria-se facilmente um ambiente harmonioso e de profundas e boas sensações humanas, para abrigar e servir o homem e toda a natureza.
Às vezes o céu me parece cair sobre a minha terra, negro como negro de fumo, obstruindo todo o fluir de meus sentidos, paralisando minha alma e meus pensamentos, parecendo um quarto escuro, um vazio absoluto, a espera de um novo sol e de um novo entendimento.
“Se a mente, os sentidos e o ego fossem reais, não seria possível eliminá-los. O que é eterno não se aniquila.”
Algumas vezes, julgamos a direção em que Deus está nos guiando por meio daquilo que os nossos sentidos dizem, contudo, em momento algum Deus disse que nos guiaria por meio dos nossos sentidos. Frequentemente olhamos para as circunstâncias a partir de um ponto de vista mental e nos esforçamos para racionalizá-las, todavia, em nenhum lugar a Bíblia diz que Deus nos guiará por meio do nosso raciocínio.
Quando se ama tudo parece perder o sentido, é uma loucura quando isso acontece, não importa o que aconteça, da mesma forma que o amor bagunça os nossos sentidos, ele também tem o poder arrumar e nos fazer se sentir melhor do que antes.
“PERGUNTA: Existe o pecado? RAMANA: A rigor não há pecado, mas se há algo que se possa chamar de pecado é alguém acreditar-se a mente, o corpo, os sentidos, o intelecto. Essa é a grande blasfêmia. Os homens têm a tendência de ir para o lado errado, e as religiões aproveitam-se dessa situação e os conduzem para algo mais errado ainda.”
A filosofia é uma observação espontânea acerca da realidade. Em seu escopo agem os sentidos e razão para que, juntos, consigam formular e desvendar os segredos postulados pelo ser humano como decifráveis.
Há muito tempo ela não o via, mas a distância nunca foi capaz de diminuir seus sentimentos. Ainda o sentia com intensidade na intimidade do seu ser. Para enganar a solidão colou por toda a casa o retrato dele na parede, seduziu os sentidos, enganou a saudade e teve a visão do paraíso ao seu alcance.
Amar fornece ao homem o poder de enxergar cores intensas em coisas pretas e brancas espalhadas pela imensidão. Amar faz o homem dar significância aos gestos mais comuns. Um simples sorriso, um aperto de mão, um pequeno toque, um singelo abraço, qualquer atitude vinda daquele que tanto se ama, principalmente quando se há um contato pela pele, preenchem lacunas gigantescas da alma de um apaixonado. Amar aguça os sentidos do homem, eleva grandiosamente a sensibilidade. Amar faz a alma do homem se transportar para dimensões além da realidade através de veículos incapazes de conduzir o corpo físico. Músicas, livros e imagens são passaportes fantásticos pertencentes àquele que ama. Amar da vida ao corpo que antes apenas existia no universo.
Não vi ainda nenhum efeito especial que, em várias direções e múltiplos sentidos, me surpreendesse mais do que o ser humano.
" O que cada um de nós ganha com nossas perdas é intransferível, mas percebi que com meus sentidos ganhei mais do que com minha razão. Talvez porque a presença do amor não se traduz. Simplesmente é."
A projeção criou forma na tela dos sentidos. Não conteve as lágrimas ao perceber que a realidade tinha o formato da ficção.
Não te quero mas desejo-te. Não desejo desejar-te mas quero-te além do limite do que é querer e sinto para além dos meus sentidos um desejo imenso inigualável...mais...muito mais até, do que digo sentir.
Os meus sentidos estão tão acostumados com as coisas da vida que eles reagem por si só em tudo, me deixando imune de certas coisas. Acabo não enxergando o que não é real, não escutando o que não é pra ser ouvido, não falando o que não é pra ser dito, não cheirando a essência estragada e não sentindo o que não é verdadeiro.
A incerteza nos obriga a abrir os olhos e os demais sentidos, o que nos faz parar de avançar às cegas ou movidos pela inércia ou pela apatia.
Eu odiava sentir, evitava qualquer demonstração de afeto por questões de segurança, a frieza era o meu abrigo, mas era estranho porque os meus sentidos gostavam de mim, pegavam-me desprevenida e eu me via, de repente, amando o perigo... O perigo me trazia vida!