Poesias sobre os Cinco Sentidos
Com o toque do teu olhar
Meus sentidos se esvoaçaram
Meu ser tornara-se arbusto
Sob o comando do vento
Meu coração náufrago foi lançado
À superfície dos teus braços
SENTIDOS
Você me olha;
Mas não enxerga.
Você me ouve;
Mas não escuta.
Você me tem;
Mas não toca.
Você me fala;
Mas não aprecia.
Você me cheira;
Mas sinto muito.
Seja fiel a si mesmo, mantenha o foco nos seus objetivos, REALIZE-SE...
em todos os sentidos.
Flávia Abib
O tempo das verdades acontece
desnuda sentidos, revela amigos e falsidades
torna possível rostos esquecidos
saudades de quem partiu
o eterno cumplice agoniza
na memória dos fatos
nos relatos
e pede amor
entretanto continua absorvendo
porque os fardos são inúteis aos covardes
que não carregam suas águas
mas bebem nas fontes à beira das estradas
porque se de um lado as dificuldades apertam
do outro a liberdade sorri
mesmo sem o respaldo da possibilidade
finge que tudo pode, que tudo é posse
mas enquanto ele (o tempo) esvai
o modo foda-se não serve mais
porque saudade é aperto
e a vontade atrai
os bons ventos de outrora
regados a relâmpagos da memória
em fotos amareladas, guardadas
nos baús, das recordações...
o olhar do mundo
aprisiona os sentidos adormecidos:
não me julgue pela dor de ser preterido
nasci uma pérola incrustada na ostra
a fiz sangrar
minar
doer
até, enfim, singrar entre os mares
impetuosos desta existência
vim e vou
como cheguei
estou parindo a outra face
enquanto vicejo o milagre
de uma nova essência.
– as cortinas do palco incendiaram
acendi o pavio
escutei as labaredas penetrarem em mim
como fogo fátuo
indo e vindo
passando e sendo
mais um dentre tantos que não conheceram
razões para continuar…
[apenas não me julgue mais um covarde
a verdade:
eu, a sós com meus pensamentos,
me sustentei até aqui!
e isso foi muito
e isso foi tudo
e n f i m]
Qual o sentido da vida?
A vida é uma pausa de todos os sentidos, os quais experimentam as dores e se concretizam com a morte.
A semiótica, em sua produção de sentidos, de significados, e da criação de uma imagem, que se configura através da análise do observador e do que é observado, nos mostra o quanto a fotografia é uma ferramenta poderosa para a auto percepção do ser humano. Com poderes absurdamente terapêuticos. Enquanto fotógrafos, ajudamos o outro a se descobrir através do nosso olhar. É terapêutico, é sinergético e tem o poder de curar. Se uma imagem se produz no seu cérebro após ver algo, é tudo explicado pela semiótica, esta ciência de todas as formas incríveis da linguagem. Por isso para cada ser humano, o significado de uma imagem produz diferentes percepções. A interpretação de um texto também. Ao fotografar uma mulher que se dedicou uma vida inteira a cuidar do outro, ela me disse, que tinha, certeza, de que não estavam ficando boas as fotos. Era uma externa. Ao pôr do sol. Parei por um instante, mostrei no visor o que eu estava vendo, uma captura que havia acabado de fazer dela. Ela se espantou. Chorou. Me disse, essa sou eu? E nesse momento, nesse exato momento, ela se vendo, ali, crua, sem edição, somente ela ao sol, foi ali, bem ali, que algo mudou, que uma chave virou, para sempre. Ela se ressignificou. Pois se permitiu. A imagem que ela havia formado de si ao longo dos anos, não vinha do olhar dela, e, sim, da falta do olhar do outro que a legitimasse como bela. Como seres sociais que somos, precisamos sim, além do espelho, daquele olhar que acolhe, daquele olhar que não julga, e nos devolve à nossa essência. E ali ela se viu. Solta e bela. Coberta pelo sol e pelo amor.
Adriana Adam
RP 3694
"Amor" tão desejado
A vida ensina vários sentidos de amar,
tudo gira em torno de uma busca de "amor"…
De fato seria um, encontro casual que a vida propositou.
OS SENTIDOS DA VIDA
Porque as pessoas buscam tanto
Um sentido sólido para o viver
Se o próprio viver já é um encanto
E a alegria podemos promover
Viver estampando felicidade
Sem se esconder do mundo
Com a maior intensidade
Vivendo cada e único segundo
Fazendo sempre o que te faz bem
Antes que se acabem
Amar as melhores pessoas
E lembrar das coisas boas
O perfume que paira no ar, inebriante,
Desperta sentidos, desperta a paixão,
Como um ímã, atrai a alma amante,
A sedução é um convite à rendição.
Água e fogo
Chuva caída
Na pele contida
Vestido molhado
Menos esvoaçando
Sentidos a mil
Ventos ao frio
Em cinza
Ela caminha
No bosque que finda
Em uma sacada
De um chalé
Termina
Ainda parada amparada
Pela prisão mortal
Pergunta, pq porta
Me afasta dele
Aquele que abre
E me convida para
O seu lar
Que me afasta do meu
Meu hábitat
Em que tudo
Habita
Com estalos
De chamas domadas
Na lareira
Convidou a me despir
Com carinho
No abraço
Um conforto
De toalha branca.
Temperatura maçante
Muda crepidando
Em labaredas
No seu peito
Corpo quente
Que me prende enforma
A mais bela amorfa
Moldada no querer pequeno
Diminuída pelo pensamento
O Ser que nada pode
Explicar
Agora sentasse
Para tomar
Uma xícara
De caos
Café carnal
Em mente, mundos
Na boca poesia
Presa em trovas poéticas
Com seu rival
Mortal
No nirvana que espero
Enjaulados no fogo
Carbonizados o
Cinder do fim
Da alma...
Em mim, por ti, em tu, paralelo
Em nós, no eixo
Enfim...
Na angústia sensacionalista de todos os dias sentidos...
Toda despedida é dor...
E dói entregar nas mãos de Deus aquilo que você não pode mais ter...
Falo de mim porque bem sei que a vida é assim...
Meu coração não aprendeu nada...
Recolho assim minhas palavras em versos...
Feitas de lágrimas e silêncios...
Do que quero renego...
Me pesa na vontade...
Recebo o que me é dado...
E o que me é dado quero...
Mesmo com medo...
E de alma partida...
Só posso clamar aos céus...
Pela vida tal qual entendo...
Sandro Paschoal Nogueira
A Queda ( de uma Folha )
Ó Vento que embala este meu corpo
Que liberta os sentidos de uma doce melancolia
Ó Luz que invade e purifica os sentidos
Que abraça enquanto o tempo pára
Outrora Verde, corpo vestido de uma Primavera passada
Hoje Castanho, corpo despido de um Outono presente
“E doravante?”
Doravante cá estarei de novo para mais uma dança dos sentidos
"Lugar Nenhum"
Meus sentidos estão falhando, minha mente viaja para longe do meu corpo. Sou arrastada para as memórias obscuras, não vejo, não ouço, não sinto nada. Minha alma flutua pela ponte da lembranças, não existo. Mas ao mesmo tempo, estou em todos os lugares. Não interfiro, não participo, estou aqui, e não estou. Não respiro, não posso chorar.
Sem Filtro em Todos os Sentidos!
Mas Rogeria Você Não se Apaixona?
Pelo Que?
Por quem?
As Pessoas Não Estão Mais Preocupadas em Descobrir o Outro e Sim em Descobrir Corpos!
As Pessoas Não Desnudam Almas e Sim Corpos Que Muitas das Vezes Não Mapeiam, Descobrindo Sinais e Pontos Sensíveis.
As Pessoas Estão “Práticas” Como Quem se Contenta Com Arroz e Feijão, Algo Que Bate e Entope, Sem se Preocupar Com a Satisfação de Apreciar um Belo Prato: o Desejo, a Escolha, o Paladar e a Eleição do Gostar o Prazer é a Eleição do Que é Principal Prioridade.
Todos Temos Ingredientes Únicos e Incríveis, Mas as Pessoas Escolhem Ser Feijão Com Arroz, Portanto, Indifere, Para Quem Está Vazio de Si, é Como Quem Está Com Fome, Tudo Serve e O Importante é Só Comer!
Vives tu -
Na pobreza dos meus sentidos
nas vagas ondas dos meus pobres
pensamentos
no vazio dos meus desejos
na dolência dos meus sonhos
na agonia do que faço e sou
no peso do meu braço
no andar que me atrapalha
na falta de vontade que me habita
na solidão que me trespassa
na angústia que me atravessa ...
... apenas vives tu! ...
E aí onde tu estas é onde nada sou ...
Não alcançar o limite
Estar livre sobre o mar
Sentir todos os sentidos estabelecerem por si só
Fechar os olhos e sentir o vento tocar na alma
Na tempestade imensa calma
Caminhar sobre as núvens rosas e azuis o olhar no entardecer e alcançar a primeira estrela que aparer
Dançar sozinho dentro de casa de meia no frio imerso na canção
Cantar e deixar a alma se expressar; até saciar dando aquele suspiro de satisfeita de calmaria
Estabelecer a fé com toda sua força e caminhar com certeza e coragem que vai dar certo
Se afastar das ansiedades e observar os passáros
A graça da vida é viver a imensidão plenamente a sua paz. Porque imensidão é viver em paz.
Sentidos da insegurança
Eu não conseguia distinguir fato de ficção
ou se meu sonho era real,
A única previsão correta
neste mundo inteiro era você.
Eu tinha tocado suas feições centímetro a centímetro
escutei o amor e arquei com o custo.
A conversa fiada me jogou no irreal
e me encontrou sem sentidos.
Você é minha musa confusa, minha caneta falha
e as palavras perdem sentidos quando meu assunto não é sobre você.
Fantasmas assombram o coração abandonado
O medo paralisa todos os sentidos
Pesadelos habitam nas sombras
Esconder-se em silêncio
Não vai mais te proteger
- The Way Back Home