Poesias sobre os Cinco Sentidos
"Estar em teus braços, sentindo tua respiração junto a mim, aguça meus sentidos...
Sorvendo toda minha consciência."
"Em meio aos meus devaneios...
Dominando meus pensamentos, entorpecendo todos os meus sentidos, consigo sentir a tua presença."
Fique quieto em sua mente
quieto em seus sentidos
e também quieto em seu corpo.
Então, quando tudo isso estiver inerte,
não faça nada.
Nesse estado, a verdade se revelará a você.”
A cortina de seda marinho cobre os sonhos da menina, provocando lamentos sentidos e tristes melodias pelo ar.
Eis que bem na pontinha do tecido, um belo bordado branco se desnuda tímido ante os raios do luar.
O semblante inteiro muda o tecido furta-cor, as figuras transmutando, saltitando dor e cor...
E os pontilhados insistentes pingam no coração da gente nos fazendo um sonhador.
Sentidos
Teus olhos,
dois pontos que observam
tudo.
Tua boca,
livro falado que de tudo
conta.
Teu nariz lindo,
que a tudo sente,principalmente
quando me ausento.
Teus ouvidos,
arquivo das juras que eu faço.
Teu rosto lindo,
expressão de amor que eu vejo a
toda hora, rosto que me acompanha
aonde vivo, ou passo.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Nevoeiro dos Sentidos -
Os mortos dos meus mortos
trago nos sentidos,
num berço de saudade
os trago adormecidos.
Ai,saudade efemera sem paz
que vive em mim
pobre mortal de Deus nascido!
Minh'Alma sepultada
neste espesso nevoeiro
adormece os mortos
no frio dos meus sentidos,
mas se acordado
os sinto adormecidos,
despertam depois quando adormeço.
E em cada noite que me deito
liberto-me da matéria,
abraço-os, recordo-os...
Esvai-se o nevoeiro espesso
e numa imensidão aerea
sonho, acordo e adormeço.
"quasi madrugada"
Sinto-me um TODO enquanto Alma singular quando atinjo o além-forma. É o extase total desta minha Humana existência...
A dança expressa todos os nosso sentidos!
E é unânime!
A dança é libertadora!
E quando não podemos dançar?
A gente dança com a mente!
Em sonhos por bosques através do universo
Escolha não entra em questão, quando se trata de sentimentos.
Os sentidos ficam nublados pela sensação de sentir algo.
Estamos vazios
demais e tudo é
intensamente sofrido, causas desses bombardeios de falta de sentir.
Quando
sentimos,
nos reconhecemos
como pessoas que existem, erram, acertam, sentem.
Enfrente.
Se enfrente.
Sinta.
Exista.
Léxico dos Sentidos
Cansei de regras
Teoremas
Cansei das ênclises
Próclises
E sempre detestei as mesóclises
Querer-te-ei?
Como poderia querer-te no futuro?
Ter você agora seria o único presente mais que perfeito aceito pelas minhas linhas
Preciso criar um novo tempo pro pretérito
Um que eu possa usar em qualquer texto
E sirva para todos os momentos com você
Eu quero rasgar o verbo
Expulsar todas as minhas hipérboles
Como alforria
Quero gritar interjeições
Sem analogias
Quero a palavra nua
E sentir todos os paradoxos da minha existência saindo pela boca
Não quero o uso correto do idioma
Quero gaguejar
Me lambuzar nos erros
E delirar entre as palavras tão livres expressadas
Quero cuspir palavrões
Buscar o sentido pejorativo
Escrever fora das linhas
Rabiscar tudo escrito
E quem sabe rasgar a folha
Quero me libertar da minha forma humana
Amar outras espécies
Afiar minhas presas
Usar minha prosopopeia
E me transformar em quem
talvez seja quem de fato sou
Eu quero a sinestesia
Aprender
Prender
A tua língua em mim
E jamais usar amar no verbo oculto
Eu quero abusar dos neologismos
E encontrar a palavra exata que sirva como palíndromo
Que mesmo que você leia de outras direções, o sentido será o mesmo
Mas antes, não se esqueça de respeitar meus parágrafos
Pois são eles que definem o começo
das minhas histórias
Então, engula minhas reticências
Não pause nas vírgulas
Saboreie cada silêncio
E você estará sentido o verdadeiro gosto do meu léxico
E o que vem depois serão palavras sinceras
sem pontos finais.
Gratidão é reconhecer a presença do divino em seu coração a tudo que seus sentidos captarem.
Kairo Nunes 03/09/2021.
Sentimentos,será que todos já foram sentidos? Lugares,será que todos já foram visitados? Experiencias,será que todas já foram vividas?
Não sei,mas de uma coisa eu sei,quero sentir algo nunca sentido,visitar lugares jamais vistos,viver experiencias nunca vividas,viver algo único,isso que eu quero. Como? Eu não sei,só sei que nada sei.
QUE SAUDADES!!!
Que saudades tuas é esta?
Não é uma saudade qualquer,
mexe com meus sentidos
faz de mim o que quer.
Saudades assim é tortura
que machuca até a razão,
fica-se perdido no mundo,
inquieta-se a cada segundo,
judia da gente por dentro
aperta e muito, o coração
da gente.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Acadêmico Acilbras - Roldão Aires
Cadeira 681 -
Patrono- Armando Caaraüra- Presidente
Lar, doce lar temporário
Eu teu coração,
Fiz morada sólida e poética.
Dei sentidos a sua existência.
Habitei com minhas canções e meus versos românticos
Fiz moradia colorida.
Me domiciliei,
Fiz cama e colchão em seus sonhos e em seus ombros.
Construí vivendas e puz endereço próprio...
Bem oculto aos olhos fo mal, a numerei...
Chegou um dia que eu disse a você;
Lar , doce lar...
Minha linda casa poética de inspiração...
Minha estância querência aperfeiçoada.
Plantei árvores ,vi dar flores e colhi os frutos...
Registrei em todos cartórios essa florida habitação....
Quanta dor, quanto suor e quantas noites sem dormir serrando tábuas e entortando pregos em paredes temporária.
Jogastes bombas em todo alicerce que eu os levantei...
E fez desmoronar essa tão linda,
Mansão....
Autor: Ricardo Melo
O Poeta que Voa
PERCEPÇÃO
Quando os fatos são corpos, são intuídos por intermédio dos sentidos. Quando são estados de alma, são percebidos imediatamente, isto é, na primeira impressão. Logo, nada escapa da alma, no caminho do seu ideal.
Autor: Alfredo Soares Moreira Filho
Data: 19/08/2021
09:15h
Distante de seus sentidos
Ignore o homem vivo
Ignore a arrogância do homem vivo
ignore sua prepotência
Mas não ignore a ignorância do homem vivo
Do homem-mentira
Do homem-dia
Fuja desse perigoso homem vivo,
Evite ouvir sua voz,
Caso o encontre, desça o véu sobre seu rosto e oculte seu corpo sob suas vestes lutuosas
E, se ele bater palmas em seu portão, limite-se a espreitá-lo através da cortina
Mantenha as luzes apagadas, as janelas e portas fechadas.
Espere-o partir,
Espere-o desaparecer
Espere-o morrer
Certifique-se de que foi encerrado em uma cova profunda,
Ou ele sangrará suas páginas espectrais
Silenciará suas elegias fúnebres
Não tema o eco das trovas abissais do homem morto.
O homem vivo é um devorador de demônios e agoniza por sua incapacidade de domá-los.
Mas o homem morto foi por eles vencido e dele nenhum mal advirá.
Sentidos
Não seja tímido não combina com o momento.
Use seu tato,faça contato com minha pele, sinta os meus cabelos entre seus dedos, deslise-os lentamente sobre o meu corpo, me arrepie com seu toque. Chegue mais perto e ouça minha respiração ofegante, uma mistura de desejo e prazer. Olhe nos meus olhos, me deseje, mais e mais.
Chegue mais perto, bem mais perto sinta o meu cheiro comece pelo meu pescoço, me sinta.
Desça até minha boca e me beije,use os seus sentidos e me sinta ardendo em paixão, ardendo em desejo.
Desde que você virou saudade os meus olhos só procuram por você
Os meus sentidos querem você
O meu ser quer você
O meu desejo espera por você
Mesmo que você esteja no lúdico eu te quero.
O homem mediano era um sujeito um tanto assaz
Em muitos sentidos podia-se dizer que era capaz, quiçá até audaz
Trazia no olho brilho mágico, que o tempo não desfaz
À frente dele andaram vários, e um bocado foi atrás
Nunca foi gênio, mas sempre foi muito cordial
Trouxe consigo uma bagagem de capacidade medial
Muitos grandes foram os sonhos, mas razoável sendo ele, os baixou a tal
Média foi sua beleza, seu fulgor, e até mesmo seu tamanho, é claro
Viveu viver simples, pode-se até dizer satisfatório
Queria ser poeta, mas seu talento era irrisório
Trabalhou, amou, casou e família boa criou
Outros amigos médios em alegria formou
Foi-se ele embora na primavera, em morte ordinária
Não foi senhor formoso, mas também não foi um pária
Partiu com as marcas do trabalho, que tanto tempo o tomou
E apesar de médio ser, seu sorriso era belo, talvez até etéreo
Foi enterrado entre as palmeiras, sob o canto dos pássaros
Amigos e familiares compareceram ao velório
Que, à rigor da sua vivência, não foi deslumbrante, mas também não foi inglório
E, ao fim do dia, a estatística foi tudo que restou. E tão mediana foi a vida que na média, enfim, ficou.
Viver, pode ter muitos sentidos que apenas uma simples palavra. Viver o agora, Viver o momento, abraçar um amigo, dizer "eu te amo"; doar umas roupas, fazer algo de bom... ser melhor do que foi hoje, pensar no próximo como um irmão, ser cordial, saber verdadeiramente o que é ser abnegado, não apenas preencher uma casa de móveis ou luxo, e sim preencher o coração de alegria, porque você nunca saberá o que é felicidade se não saber exatamente o que te faz feliz.
Cante uma canção sem se importar com o seu timbre de voz, esquecer um pouco a aparência física, e lembrar-se da essência da alma; adote um cachorro, sorria para si mesmo, faça suas regras, seja você; não para ser diferente, mas sim para fazer a diferença, dance na chuva, seja livre como um pássaro, e poderoso como uma fênix, renasça quantas vezes for preciso, ainda assim sempre com um sorriso, não precisa ser forte o tempo todo, seja persistente, é errando que se aprende, seja um pintor; encare sua vida como uma tela em branco, moldure suas feridas e faça de sua vida uma arte.
ajusta o silêncio
à tua percepção
sintoniza teus sentidos
e morre por um minuto
nada em vida supera
um renascimento