Poesias sobre os Cinco Sentidos
O CONFORTO
A poesia me incentiva, me liberta de meus sentimentos péssimos de ser sentidos.
É como terapia todos os dias.
Nos dias mais escuros, sem forças, ainda assim procuro alguma luz, nem que seja no final do túnel, eu a procuro.
Luto todas as manhãs para não me perder no abismo
E na madrugada olho pro mar, mar de palavras, procuro ter argumento mas meus sentimentos machucam demais.
Tudo isso acabará quando a última pétala de dálias cair.
Tudo acabará quando uma jade vine ser entregue em minhas mãos.
Tudo acabará quando você deixar de me amar.
Tudo acabará quando a estrela mais brilhante perder o seu brilho.
*_CRYSTAL_*
Iluminado é aquele que de nenhum sentido; traz e faz todos os sentidos.
Cego é aquele que só exegra o óbvio das coisas.
E o brilho dos seus olhos ao me ver
Não faz sentido
Sinto você longe dos sentidos
Até parece amor
Amor existe?
Poema para o café ☕
Café, aroma quente
que invade os sentidos
desde a manhã cedo
até os fins de dia
sabor que encanta
e faz sonhar
com histórias e viagens
nos mundos a desbravar
Café, companheiro
de horas solitárias
que inspira a criatividade
e desperta as ideias
refúgio dos inquietos
e dos sonhadores
alimento de almas
e dos amores
Café, tesouro
que cresce em terras distantes
e chega a nossas mesas
como prova do amor
da natureza por nós
esse néctar divino
que aquece e acalma
e nos faz sentir vivos
nessa jornada mortal.
Se nosso idioma fosse uma criptografia com sentidos diferentes entre a formação de sílabas com significados diferentes dos conceitos das palavras com tendencia á se comprimir, veríamos que nosso idioma é quase uma piada que nos faz quase que maliciar o tempo todo.
Se nosso idioma fosse como um sistema de computador para acessar o mundo espiritual arranhando o ar com a palavra, analisaríamos a palavra "demonio" comparando a versão demo de uma fita(e única), como um rascunho interminado onde Deus não terminou seu "desenho", e além disso, teve seu desenho rasurado.
Tive um sonho em que Deus foi quebrado e apriosionado nos animais, e a bíblia nos diz que animais não possuem alma... Então levando isso como uma "ficção" com intuito de incentivar a um bem maior, eu desafiaria cientistas especializados em psicologia, psicanalise, etc a interpretar tais demonios, identificar as dores por trás de suas maldades que o gerou, afinal o conceito de Deus que temos é um "criador", mas porque não um "criamor"?
Precisamos mesmo estar em dor para sermos dignos de Deus?
O que a dor nos gera de frutos a longo prazo pensando em generalização? E o amor? Mas quando falo de amor, não digo sobre esse conceito demonizado sobre servidão e agradar, mas sim sobre conexão espiritual onde entramos em sintonia, sincronia, bondade e aí sim, paz provida de estabilidade e plenitude em seu estado de espírito para que possamos desenvolver em nossos gostos e tendencias e contribuir com Deus e com o mundo todo.
Logo Deus é a energia que flui vida em tudo que há e existe, seja morto ou vivo, elemento ou carne, tudo vibra, tudo flui.
SENTIDOS
No estandarte da noite sem clarão, ouço uma voz que aparece nos meus sonhos
Não a conheço, jamais me desejou um bom dia
Apenas amaldiçoa meus ritos de sonos
Batizando a miséria de minha retina com as lágrimas da agonia
O sol entrelaçando meus pés, tropeçando nos infestos do vale
Se faz feo diante do carniçal
Ao alvorecer digo; MORTE | Ao crepúsculo me fiz males
Desbrioso é o conflito contra a injúria espiritual
A mão de um destino caótico perfura com a língua meu coração
Chove no seco de meus sentimentos, mas não os molham
Se cobre a relva do peito com as causas da destruição
Que comove a mufina dos quais me olham
Adoeci minh'alma diante dos cânticos do inferno
Joguei-me no abismo do meu ego
Procurando o amor que cura meus versos
Aposentando da garganta todos os pregos
Na Verdade dos Sentidos -
Na verdade dos sentidos
há palavras que se escutam
e há sonhos proibidos
que ao falar 'inda se ocultam!
Há punhais que se entre chocam
no passar dos dias vãos
e há pessoas que não choram,
não levam nada nas mãos ...
E há quem leve só cansaços
ou apenas solidão
no silêncio dos seus braços ...
E há quem tenha nostalgia
e leve a noite no coração
na esperança de outro dia ...
Ao Acaso dos Sentidos -
Com a faca dos sentidos
faço um buraco no tempo
e dos sonhos esquecidos
nasce a dor do pensamento.
Há tantos corpos fechados
acrisolados no medo
tantos homens desterrados
por guardarem segredos.
Há tantos olhos de pedra
chorando lágrimas de cal
num silencio quem dera
fossem lágrimas de Portugal.
Há gente morrendo ao frio
com tantas facas por dentro
e alguém se atira ao rio
por viver no esquecimento.
Minha faca já não rasga
a raiz da solidão
a vontade já está gasta
e até eu já sou em vão.
Como silêncio que se aborta
há um tormento na voz
há uma faca que corta
e nos separa de nós.
Uns, apenas enxergam. Outros, tudo sentem. Estes? São poetas. Aqueles? São sentidos pelos poetas que os transformam em versos.
O poeta sabe que na arte da inspiração há uma ação que pira, mas não é ira. É apenas uma expiação.
Perdida em você
Dançou com todos os sentidos
Brincou com sua sensualidade
Experimentou o movimento
Sentiu o suave toque mesmo que distante
Desejou a ardência da mistura
Interrogação -
Percorrem-me ainda
no sangue-dos-sentidos
células-de-solidão.
Cavalgam-me medos,
lentas e poderosas dores ...
... agonias ...
Todas as veias do corpo
se me entopem de lamentos!
Sinto-me ainda desgarrado,
distante de um porto de abrigo
onde a face-de-Deus
como límpida água
sacia qualquer sede,
liberta toda a dor.
Onde, neste Universo tão dual,
poderei Eu encontrar
a verdadeira Natureza
do Coração-de-Deus?! Onde?!
A Noite de Évora -
A Noite de Évora escorre-me os Sentidos!
Meu intimo Poema, meu corpo de Saudade,
meu jardim feito de cedros, eternos e perdidos,
minha Terra dolorosa, sem Tempo nem Idade ...
A Noite de Évora grita-me ao ouvido!
Quadras, versos, Sonetos de solidão ...
Mortos os Poetas, vagueando sem sentido,
buscam pelas ruas um singelo Coração ...
A Noite de Évora é feita de Silêncio,
pausa e Silêncio, mil aromas d'açucenas
que arrastam pela Vida muitas penas ...
A Praça, a Fonte, o Templo, a Sé,
tudo em mim, oculto e presente,
tão perto, tão longe e tão distante ...
Eu sou feliz e sou triste, não há nada estável.
Sei apreciar cada um dos meus momentos sentidos.
Gosto de todos eles!
Você também tem a sua oscilação.
E ninguém mais precisa entender.
Pra quê?
"A paixão entorpece a alma, abala os sentidos e acelera as batidas de um coração tomado se amor, ainda assim, não há como viver indefinidamente naquele primeiro estado, porquanto é comum ele evoluir para o segundo, perene e compassado.
Haverá todavia uma forma de reproduzirmos infinitamente aquele estado da paixão em nossas vidas, em todos os momentos que nos encontramos com nossas boas e verdadeiras amizades."
São os riscos e as emboscadas que aguçam os sentidos.
Goza o instante. Porque nada volta nem retorna.
As Estrelas de Maria Flávia de Monsaraz -
No vazio da penumbra dos meus sentidos
vagueiam memórias caiadas de silêncio,
saudades, palavras e gestos perdidos
que se aninham, recalcados no meu peito,
batendo como asas de Anjos adormecidos.
Uma só caricia me vem ao pensamento,
uma só vontade adorna os meus desejos,
Voltar atrás, beijar seu rosto, amar o tempo
em que nos tinhamos tão próximos, tão juntos
e que a morte nos tirou num pé de vento.
Sua voz ... essa voz calma e serena,
as púrpuras que caiam das suas mãos,
seu corpo, cheio de aves, tantas penas,
agora na paz sepulcral de um jazigo,
adormecido num ataúde d'açucenas.
E cai a madrugada sobre mim como aquela
tarde triste e tenebrosa em que partiste
do cais da minha solidão num barco à vela!
O mundo parou! Parou a vida! Parei eu
naquela casa frente à sacada da janela ...
Casa, outrora, de Poetas e de Paz!
E a janela, a sacada, aquela rua ...
... a Victor Cordon que saudades que me traz,
um tempo que não volta, voltar aos braços
das Estrelas de Maria Flávia de Monsaraz.
Até sempre querida Maria Flávia!
Um ano de saudade.
Pensa sem mágoa,
que a alma revê.
Lapida teus sentidos.
Areje um canto;
aniquile as sombras
desse ser.
Supere.
Chama-te a viver.
Eu já me permito diluir minhas tristezas para ter os sentidos intensos para poder escutar você me chamar;
Eu sempre irei te assistir te oferecendo minhas pétalas que desejo usar para enfeitar seu chão;
Quero desatar o seu vazio e transbordar suas alegria com o meu amor um tanto mortal;
As lágrimas soltas....amargas e sofridas....!
são veneno para o coração.....
punhais sentidos com mágoa...que procuram a verdade..
de estas palavras não ditas...
.........tu és o vento que sopra.....
cai uma folha da árvore linda...que é o teu olhar....
e fica o momento de ternura.....a solidão é como a lua...
........uma estrela que brilha na escuridão....
da chuva caiem as lágrimas.....invadindo a rua...
com o cheiro da brisa dos lameiros....
deste sol das montanhas....
........dos barulhos das águas do rio....
pássaros a cantar nas suas margens.....
como eu gostaria de voar....
deste deserto que ficará o rio ...que me viu banhar...
do teu sabor dos momentos de amar..
......com a saudade tresloucada de alegria....
meu querido rio,corres entres as fragas..
da minha saudade,das águas puras e limpas...
ai Sabor....meu rio selvagem.....
.....Sabor que saudades meu amigo...
que tenho de ti...!!!