Poesias sobre os Cinco Sentidos
De quantos?
De quantos existir eu sobreviveria, caso da fé me ausentasse os sentidos?
De quantos de mim teria a minha face, caso eu carecesse de autenticidade?
De quantas vozes teria me calado, caso deixasse a impunidade dominar a razão?
De quantos meus erros seriam castigos, caso do perdão eu não soubesse dar?
De quantos ódios eu faria parte, caso do amor eu não me fizesse vontade?
De quantos de mim recolheria ao egoísmo, caso da divisão não compartilhasse?
De quantos sonhos não participaria, caso decidisse da vida ser só realidade?
De quantos de mim não seria humano, caso deixasse que o dinheiro me dominasse?
De quantas respostas eu ainda teria, caso das perguntas eu me silenciasse?
E, de quantas perguntas eu não refletiria, caso das respostas não me importasse?
Eis: solidão de mim, introspecção do nada, falta de si, evasão no existir!
Há tanto ainda para se ver
Se construir
Não é nada palpável
Mas são coisas que ninguém vê
Sinta os toques
o carinho do vento
a textura da terra
a maciez da água
Prove os sabores
Aromas e cores
Que vivificam os seus sentidos
Cante do seu jeito
não se importe com o desafino
E se não quiser cantar, ouça!
Ouça o balançar das folhas, o galho que quebra
da água que dança no leito de um rio
e das ondas que chegam nas areias.
Se sensibilize com os sons...
receba o canto dos pássaros como um presente divino
Um concerto especialmente preparado para você
Sorria
não só com os lábios
mas faça o seu corpo sentir
toda a vibração positiva
do querer viver
Valorize os movimentos biomecânicos do seu corpo
perfeitamente desenvolvidos para sua locomoção
E seja grato,
Suas células... seus órgãos... vão agradecer!
Tenha coragem
Solte as mãos do guidão
Voe na atmosfera, ou nos pensamentos
Faça o que te dá vontade
Não valorize o que não sabem sobre você
Roube um beijo ou Se declare a tempo
receba o "sim" ou aceite o "não"
Perceba tudo o que há
Sofra as perdas
Se dê ao direito de chorar
E quando o corpo cansar
Erga-se... renove-se
Dê continuidade ao ciclo
Porque a felicidade, é nômade.
O sal que existe no mar é o mesmo presente nas lágrimas e no suor...
Não é de se estranhar todas suas semelhanças...
Não é de se estranhar também que cada um desses elementos naturais (o mar, a lágrima e o suor), cada um do seu jeito, no seu momento, nos renova, limpa a alma e também nos da forças para continuar tentando...
Por isso quando estamos muito tristes vem a lágrima...
Quando estamos nos esforçando surge o suor...
Para todas as outras coisas existe o mar...
Neste mundo dos extremos, com a boca salgada qualquer gota doce já altera todos os sentidos...
Uma viajem de sensações
E eu andava voando por lugares inóspitos, pensando q não encontraria nada nem ninguém que pudesse me surpreender, e você chegou do nada como um míssil me tirando do ar.
Estremecendo minhas estruturas e reconfigurando a minha mente.
Minhas previsões meteorológicas não esperavam esse temporal de sentimentos.
Que como uma tempestade me deixou sem chão e desnorteado.
E com fortes ventos me trouxeram o que antes eu nunca havia sentido.
Te ver ainda me traz um pequeno frio na barriga. Você, pessoa mais que importante, mais que especial, mais que bela.
É o que me faz perder o rumo, o folego e os sentidos.
Brevidade
Se queres ser breve, sê o bem devagarinho,
porque a brevidade, bela minha,
não é a instantaneidade do beijo
É a conjunção de todos os nossos sentidos...
Todos os sentidos aguçados...
olhares cúmplices
fala sussurrante
silêncio compartilhado
beijo urgente
toque eletrizante
Você ainda tem dúvida de que
Estás apaixonado?
Um dia,
você irá encontrar alguém
que vai mexer com seus sentidos,
mudar a tua rotina e roubar o seu
coração. E esse encontro te marcará
para sempre.
Não reclame da solidão.....é um estagio necessário para o crescimento....
Muitas vezes é quando teremos contato com nossa voz interior... iremos descobrir que temos.... mais do que os cincos sentidos...
O crescimento espiritual...é individual e solitário..
É um encontro da gente...com a gente...
Os sentidos,
dádiva divina,
deleite enquanto alma.
A Terra é um presente aos espíritos.
Enquanto corpos de energia, de pura luz,
impossível desfrutarmos.
Lamentável termos tão grata oportunidade
e a usarmos impropriamente.
Somente como seres humanos
podemos ouvir, ver, abraçar, beijar,
termos a sensação do frio, do cálido, do quente;
provarmos o doce e o sal.
Degustar o bom,
como opção, também o mau.
A desvaidade traz tanta felicidade.
Oxalá, haja Consciência!
Cala-te, silencia tuas
palavras em teus pensamentos.
Acaricia-me sem tocar-me.
Apenas solte tua imaginação
sobre minha pele
Sinto todos teus sentidos
percorrerem em cada ponto;
onde o frenesi enaltece
minhas vontades.
Tento contrariar meu corpo diante
de teus desejos, reluto em vão.
Sinto tua respiração a cada
declaração sussurrada em
meus ouvidos.
Meu corpo queima.
Meu coração dispara.
E no ápice da vontade, estremeço
diante da volúpia imaginativa que
emanas sobre mim.
Solta e liberta teus segredos,
quero ser tua realização.
Amando-te e dominando-te dentro
do ilimitado que pulsa em mim.
Quero ser quem desejas que eu
seja, e que tu sejas meu de corpo
e alma na infinita imaginação.
Noite.
No céu, Lua.
Na Terra, música.
Corpos se misturam.
Um só.
Sentidos.
Aguçados.
Desejo.
Fulgor.
Ardente.
Chama.
Explosão.
Calmaria.
Um só.
Sublimação.
Amor.
Te amo!
Sentidos
(Marcel Sena)
Confiar... acreditar em tudo sem nexo que outrem prediz.
Acreditar... se fazer de tapado aceitar o que é confiar.
Ser cego ou ser surdo acreditar e confiar no que toco e vislumbro
Ser mudo.... Não poder dizer as mentiras e absurdos desses verbos que andam juntos.
Um ser experiente com todos sentidos aguçados e presentes.
Não sou cego nem mudo, um ser experiente observador do mundo.
De surdo as vezes me faço, mas lendo seus lábios tua face eu descarno.
Os cincos sentidos numa noite embalam juntos.
Vejo, escuto, toco, farejo e as vezes um sabor amargo degusto.
Sentidos, servem para te isolar. Afastar do falso afago que vem te ludibriar.
Meus sentidos transbordam. Sorrio com olhos, te falo num sorriso,
Te toco num olhar, provo num cheiro por fim te possuo em pensamento.
Sentidos algo simples e complexo um purgatório de vernáculos desconexos.
Se não entende, aqui jaz. Apenas os cincos sentidos para mim não satisfazem jamais.
Cuiabá, 25 de junho de 2016
Sentidos
Paixão do amor é sentimentos bem diferentes
O amor sempre esta presente
Paixão vem e some amor ficar e assume
A paixão é algo repentino que machuca devora
O amor soma
A paixão faz tempestade em um copo d,água
O amor é calmo sereno e tranquilo
Pode esta em um tom maior ou menor
Paixão nos arrebata a alma
E até perdemos o sentido
Do certo ou errado da vida
Mais o amo descomplica
O amor sentimento tao puro
Fica bem distante do ódio
Amor nunca maltrata o outro
Que do nada se faz presente
Nas cores mais simples
No sorriso até olha da gente
Um abraço apertado nunca esquecido
Amor,amor,amor
Autor:Edu Brazil
Nossos sentidos e sentimentos são como um barco que nos permite atravessar o oceano das ilusões e alcançar um novo mundo.
Não se pode usar meio barco, ou viajar apenas uma parte de nós.
É preciso estar inteiramente envolvidos, o barco e o viajante. Só assim a travessia será feita.
Entre no barco!
SENTIDOS...
Os olhos enganam, pois muitas vezes
faz-nos ver o que não é real.
Os ouvidos enganam, faz-nos ouvir
o que não nos foi dito.
Os pensamentos dissimulam e confundem o que pensamos...
O nariz é capaz de nos fazer sentir
odores de flores em ramos de espinhos.
O coração sente aquilo que o faz
feliz e muitas vezes não é real.
Mas a boca...
A boca não engana,
o doce, permanece doce;
o macio, macio permanecerá;
o que é amargo, permanece amargo.
Mesmo que nos acostumemos com estes gostos
não podemos dissimular.
Como são importantes
os prazeres e verdades que a boca nos dá...
Sentidos
Queria descrever
Queria explicar
Queria externar
Mas o que mostrar?
Penso tanta coisa
Penso o tempo todo
E paro para pensar de novo
O que há de novo?
Nesse vai e vem
Eu tenho cem
E não tenho ninguém
Eu estaria aquém?
Começo a sonhar
Passo o dia a imaginar
Ele diz se apaixonar
Mas será que devo acreditar?
Eu não sei dizer
Eu não sei quem é você
Será que um dia vou saber?
Eu posso notar
Que tem algo no ar
E eu não sei falar
Afinal, a gente não resolveu se gostar
Mas o que é gostar?
Não posso medir
Não explico o sentir
Vou refletir
Agora só quero dizer
Que quero me deliciar com você
Quero ouvir seu aroma
Quero sentir seu sabor
E quero ver sua voz
Eu acho uma delícia este laço de amizade que existe entre os sentidos. Essa forma - ás vezes - tão discreta como eles interagem sem promover maiores alardes e ainda assim deixam tudo tão claro. Tão óbvio. Tão liberto dos subentendidos da vida.
É como acordar mais cedo e ver que por você ainda estar, quem sabe, no meio de um daqueles sonhos gostosos que poderiam durar mais uns 15 ou 30 minutos, lhe encontro sem defesas e à mercê dos meus desejos. Cada um deles. Todos contidos sob o ardor da minha pele desde cedo inquieta.
E antes que eu siga até as janelas a fim de cumprimentar o novo dia, ainda que pelo tom de azul do céu e a vivacidade dos raios do sol, estes sejam convites praticamente irrecusáveis, eu sinto como é inevitável atender às vontades da minha pele que clama pela tua. E assim eu fico mais um pouco.
Sutilmente lhe acaricio os cabelos cuidadosamente emaranhados sobre a orelha direita. Por alguma razão a minha preferida. E lhe descubro e desperto com um sorrateiro beijo numa das suas bordas ainda sob o status de presa fácil.
- Bom dia! Eu digo baixinho.
E com um leve movimento das suas pernas ainda reféns das minhas, percebo que mesmo através de um som quase inaudível, o seu sentir sempre reconhece o meu. E reage. E assim tudo se encaixa como peças moldadas exatamente umas para as outras.
Toco sua nuca e ouço um suspiro. Vejo sua pele se eriçar e não resisto ao impulso por sentir teu cheiro de preguiça fixado também na roupa de cama. Dou-lhe um beijo num dos ombros enquanto enlaço meus dedos nos seus e recebo seu espreguiçar vagaroso, ainda com as pálpebras tão pesadas que nem levantaram voo.
- Hmmm. Bom dia! Você me diz de forma arrastada.
Com um abraço firme lhe trago de encontro a mim. Com um sorriso você traz a certeza da escolha. No silêncio nos encontramos. O café que espere.
Meus sentidos...
Vejo ao longe caminhar aceleradamente
Vem meu amor vem minha flor
Traga-me alegria ao meu dia
Num abraço forte sinto o bater acelerado do seu coração
O calor da sua pele que a mim aquece ligeiramente
Ouço sua voz tremula ao pé do meu ouvido
Dizendo que estava com saudades
Que me ama e que sem mim não pode mais viver
Absorvo num longo e vagaroso aspirar
Trazendo pra dentro de mim seu doce perfume
Que a mim sua pele presenteia
Trago minha cabeça para trás
Toco meus lábios aos dela
Sorvendo a doçura
Do seu amor
Serpenteia nas veias o sangue,
encadeando nervosas ligações,
inflamando os sentidos letais,
nos quais somos imparciais,
não tão normais, as vezes viscerais
em não ver além de emoção.
Saboroso é o gosto do desejo
embora amargo o beijo
de quem não te quer mais.
Saberias tu, com o corpo nu
definir a frieza de um coração?
ou apenas aqueceria, sem alguma simetria
a vontade solta fez nascer a escravidão.
A carne que é devorada
sem tempero, sem sabor
sendo apenas carne, empolgação.
Dor, calor, torpor, vigor e nada mais.
Apenas pra saciar a fome, come,
um prato frio, sem brio, corte sem fio.
Decadente é a opção de supermercado
já vem enlatado, receita e prescrição,
na promoção dos rejeitados,
contando os trocados que sobraram do pão.
Coágulos de tristeza aglomeram sem certeza
as saídas e entradas do coração,
fazendo força desnecessária,
veias, artérias, vielas e quebradas,
como quem não quer nada
desafiando a sua própria razão.
Ação, química ou desespero
as vezes se faz por vontade
outras mas por obrigação.
Cada vez mais escasso com viés de embaraços
devotar segredos, dores e razões
com quem por muito se fez descaso.
Se quer quem faz sorrir e no porvir
descarta como carta morta no baralho.
Veias bombeiam não apenas sangue,
impurezas, cerveja e outras coisas mais,
nas quais até o cérebro chega,
entorpecendo a destreza, entrando na sarjeta
vivendo apenas como animais irracionais.