Poesias sobre o Frio

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A chuva está vindo,
Mas ela mantém-se firme,
Garota forte!
Vive na tempestade
do seu triste coração.

Ela sabe,
Que depois da chuva
Vem o arco-íris.
Pode ser forte, pode ser assustador,
Mas ela não desiste.

Olha o sol.
Olha que céu azul!
Mais uma noite difícil.
Mas ela sorriu,
"Pois o que passou, passou!",
Diz ela.

Tempestades,
Tempestades do meu coração.
Acalmem-se,
Quero dormir.
Por favor, está frio aqui,
Amanhã eu preciso sorrir.
Obrigada!

Calafrio
Sempre feliz, sempre alí, com um sorriso tão lindo que parece nao caber no rosto.
Do tipo que te envolve e te faz querer mais que molhar os pés. Te faz querer abraçar os peixes e tocar o fundo do mar.
Sempre no seu mundo. A poucos passos, mas tão distante. Te chama e te deixa,te tira e te põe, se alegra e se queixa. Você quer, mas não pode ... e ela sempre que quer, pode.
Ela encanta, atrai, seduz. Não ilude, cativa, aviva, ativa. Faz coisas sem pensar, que se eu mesmo pensasse não faria tão bem.
E por fim, como se fosse facil por um fim, é de um abraço tão profundo que ao mesmo tempo te aquece, te derrete e te deixa com frio... na barriga.

E um dia perguntei ao vento:
-O que é o frio?
e ele me respondeu com um assovio
triste que me arrepiou a alma:

-O frio não quer se dar
não quer se entregar
O frio é o Medo de amar

Gosto do inverno...
do frio, da chuva,
do vento gelado na cara em dias de sol
de me enrolar nas mantas
de me aninhar num outro corpo quente
da lareira acesa... se a tivesse

Certa vez eu tive um sonho. Sonhei que uma alternativa não anulava a outra, que a bondade era sempre reconhecida e o companheirismo prevalecia.
Que coisas materiais não nos prendiam, nossos ouvidos eram libertos de frases preconceituosas e imbecis, auto estima vinha de berço.
Crianças não ficavam doentes nem passavam frio/fome/abandono.
Ser mãe não era uma questão de DNA e pai e mãe eram sempre um porto seguro.
As pessoas reclamavam menos e se doavam mais, o apoio substituía a crítica, cor da pele só representava quantidade de melanina.
Um sonho que ultrapassou as barreiras do sono e me faz companhia nas noites frias.

Você se foi

Tudo parecia tão frio
Desde quando você partiu
Parecia mais um dia normal
Mais sua falta realmente me fazia mal

Você se foi sem explicação
E feriu meu coração
Eu tentei te procurar
Mas nada pude encontrar
Você estava ao meu lado
Agora estou arrasado

porque você se foi ....
e não vai voltar !
Estou agora em meu lugar
E ela esta em meu funeral

Ela pagou o tempo perdido
Dessa vida sem sentido
Ela busca alegria
Mas só lhe resta agonia
Ela esta arrependida
Ela busca uma saída
Agora tudo parece frio
Ela esta a um passo do abismo!

Não foi como eu imaginava... Foi vazio, seco, frio... Ele estava tão distante que eu parecia estar só...
Não teve flores, surpresas, ou troca de olhares...Houve apenas um silêncio... E a culpa foi minha por excesso de expectativa da minha parte. Não se pode esperar algo de quem não tem nada para te oferecer.

CHOVENDO

A chuva molha o chão,
O frio abraça minha solidão
E eu te esperando em meu coração.

⁠A noite engole o dia

Cai uma chuva fininha.
O dia vira noitinha.
Tudo lá fora vagarosamente escurece.
O dia entre sombras desaparece.

O verde da relva seca umedece.
Torna-se cinza na cortina da noite que pouco a pouco desce.
Passa o tempo escuro.
No passado a noite fica.
Chega a luz – novo futuro.

⁠Aquece

A tarde começa a raiar
O sol lá fora aparece
O frio ainda entra pela janela
Mas é um frio que aquece.

FRIO (cerrado)

Quem o contentar dirá destas noites de frio?
Corre no cerrado de galho a galho, arrepio
Dum vento seco e bravio. E eu, aqui tão só
Em queixas caladas, calafrios, é de dar dó
Recolhido na tristeza do invernado cerrado
Cheio de solidão, de silêncio e de pecado...

Que corrosiva saudade! Esquisita e estranha
Uma está lembrança forjada na entranha
Do inverno, caída de outrem, fluindo amargor
Onde, em sombrio sonho, eu vivendo a dor
Sem querer, na ingratidão, com indiferença
No vazio da retidão, da ilusão e da crença

Que acirrado frio, sem piedade, ofensivo
Que me faz reclusivo, neste cárcere cativo
Insano, em vão, duma melancolia lodaçal
Que braveja, me abraça e me faz tão mal...
Por que, pra um devaneador esta paragem
Que ouriça, e é tão deslocada de coragem?

Ah! quem pode me dizer pra que assim veio?
Se está tortura é passageira, assim, eu creio.
E a minha miséria aberta, escorre pelo olhar
Receio... e mais gelado fica em mim o pesar.
Uma prosa alheia, uma penitencia escondida
Se é só o frio, por que esta insânia homicida?...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
14 de julho de 2019
00’17”, Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Hoje me falaram você está frio.

É, eu não sei exatamente o que está acontecendo.
Ao mesmo tempo que sinto minha mente em plena expansão, meu corpo para.
É inacreditável, porque não existe bem palavras. Não existe sono, nem vontade de fica parado.
Penso no isolamento como solução, no entanto estou errado. E nem quero,
porque suas necessidades mudam com o tempo. Se antes gostava de ficar imerso no silêncio, hoje é desgastante. Porém, pode ser que tenha criando um laço de dependência emocional com pessoas. Preciso romper com isso, mas apenas tenho vaga noção de como fazer.

E quando a solidão e o frio da noite chega, penso em como o calor do teu corpo e teu sorriso me deixaria bem.
Saudades

Sou a flor que a pétala caiu ao chão;
Sou o arbusto mais seco;
Sou o chão rachado sobre seus pés...
Sou todos os momentos e ao mesmo tempo não sou nenhum
[Sou o sonho não sonhado
Sou o tempo nublado; que trás a chuva logo em seguida

Sou a flor murcha; sou um cacto quebrado
Não tenho mais espinhos; furei tudo ao meu redor
[Feri todos....
Sou vento forte, que quando não leva as folhas destrói tudo pela sua frente
Sou tudo e ao mesmo tempo não sou nada
[Talvez eu seja um pedaço de uma ilusão
Sou eu, sou você... Sou nós
Sou o frio da noite, e o calor da manhã
Sou apenas o reflexo de uma flor
[De uma flor que o sol secou.


Caim Campbell

A temperatura subiu
Era pra você somar, mas você sumiu

Você me deu um gelo
E ficou tudo gelado, gelado
E nesse dia frio (e nesse dia frio)
Quem é que tá do seu lado, seu lado?

Meu olhar frio sempre foi minha fortaleza
E a pena de cada mano me deixaria mais fraco
Gentileza é paga com gentileza
Traição tem troco

SONETO DE INVERNO

Frio, uma taça de vinho, face em rubor
No cerrado ivernado pouco se aquece
Um calor de momento, o vinho oferece
E a alma valesse neste desfrutar maior

Arrepio no corpo, do apego se apetece
Pra esquentar a noite, tornar-se ardor
Acalorando o alento do clima ofensor
Tal é perfeito, também, o afeto tece

E na estação de monocromática cor
De paixões, de misto sabor, aparece
Os mistérios, os desejos, os sentidos

Assim, embolados nas lareiras, o amor
Regado de vontades, no olhar floresce
Pra no solstício de novo serem acolhidos

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Junho de 2016
Cerrado goiano

Impossível ser feliz...
Quando um coração quente encontra um coração frio, não tem mais fogo da paixão, só encontra arrepios.

⁠Perder

Não me preparei para perder.
Perder alguém, perder ninguém
Perder você.

Se eu perder a linha, posso me retratar
Mas se perder você, não sei como vou ficar...
Se eu ficar aflito, você me acalma.
Se eu perder a vida, continuo te amando com a alma!

Se eu ficar sem teto, tenho sua casa
Se cair em queda livre, seu amor me dá asa.
Se eu sentir frio, seu abraço vira brasa!
Queria morrer, você me salvou.
Nesse momento, nosso amor
Deus abençoou!

⁠Talvez eu pareça ser frio e desacreditado, um pouco cético talvez... Isso acontece quando se vive o impensável, quando os ventos fortes da vida te abalam.
Você enxerga diferente, de um novo ângulo, uma nova perspectiva...
E aquela personalidade meio glacial se torna sinônimo de cuidado, experiência, sabedoria, amor próprio e disciplina.
Não é ser incrédulo, é acreditar nas coisas certas...