Poesias sobre o Corpo
Não ame com os olhos, lance-se, de corpo e alma.
Acreditar no amor, é permitir-se viver além dos sonhos.
Tania Maura Gomes Araujo
Desejo-te o tempo inteiro...
Amo sentir teu cheiro
que me embriaga de paixão.
Meu corpo queima
e meu desejo cresce.
Quero-te perto de mim.
Minha alma flutua
quando estou perto da tua!
Posso sentir tua respiração
e teu desejo por mim...
Eu te quero sim,
ah, como te quero!
Quando me abraças
Viajo em pensamentos
e neles eu me enlaço
num desejo sem fim...
E você era o espinho encravado
Ferimento nunca curado
Corpo estranho no meu peito
Arrancado pelo desespero
A Janela
Há tempos não piso na relva
Trancada em castelo frio
esqueci da vida, não colho flores
O jardim distante apenas vislumbro
Deixei a solidão acolher meu ser
Meu olhar entristece com sua partida
O sol esqueceu de acariciar minha alma
preciso aquecer-me com o teu amor
Volta e retoma em mim tua paixão
Ficarei aqui esperando-te
Não ouso em sair por medo
Na penumbra espreito tua chegada
Quero acariciar teu corpo
Mas, será que permitirás?
E se assim deixares
não te farei sofrer
não te magoarei
E, se amar for deixar-te livre,
parta!
Que na janela da vida permanecerei.
"Um turbilhão de pensamentos turvam a visão"
Pensamentos
desenfreados
Redemoinho
de sentimentos
No cérebro o caos
Batimentos Acelerados
Estática estou
Com a mente
descontrolada
Em movimento
Centenas de
palavras caladas
No leito
o corpo lasso
No espírito
o descompasso
A simetria do teu corpo
Ponto a ponto me talha
Docilizando meu orto
Anulando qualquer falha
Enide Santos
A alquimia do teu corpo
Transmuta minha escureza
Sendo para mim conforto
Alavancando minha beleza
Enide Santos
Quando o coração gela
E a alma se desfaz,
O espirito se apega
Àquilo que traz paz...
O corpo estremece
Em uma forma sem luz
Arrisca-se uma prece,
Um sonho que conduz...
No mundo da matéria...
O que nos foi dado como empréstimo...para usar. cuidar..proteger..preservar..multiplicar.
Teremos que deixar.....até nosso corpo físico.
Ledo engando... Pensarmos que somos donos.
VIDA
A viola e o caipira,
Uma viola caipira.
A guitarra e o roqueiro,
Faísca de isqueiro.
A sorte e a morte,
Uma faca que corte.
Há honra, ira
E o corpo que irá.
Peito Dividido
E aconteceu que conheci alguém
Enquanto tudo na minha vida corria
Entre o tédio e o legal.
Então, surgiu você, de repente,
Pra bagunçar o meu normal.
Chegou de leve e de mansinho misturando meiguice e carinho.
Desfazendo aquilo que já estava feito.
Confundiu minhas ideias e dividiu meu peito.
E eu, que só amava uma pessoa
Me vejo agora dividido entre dois amores.
Um, que todos os dias me completa
Com sua presença e seus cuidados.
O outro, que me tenta e me leva
A querer pular pro outro lado.
E a cometer todo tipo de pecado!
Isto está errado!
Sou uma pessoa séria que leva a sério o casamento.
Mas, não consigo controlar meus pensamentos.
Dois amores. Duas paixões.
Um me ama de todo o coração
Com um amor que jorra de uma fonte pura
E o outro? Será que só me quer por um momento?
E somente pra viver uma aventura?
Não sei dizer! Não sei o que faço!
“Cupido me tire deste conflito.
Faz de dois amores um só amor
Ou divide o meu peito em dois pedaços”!
Percival Percigo Gomes
(Obrigado Alvarenga Peixoto pela inspiração)
DOCE DESEJO...
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Quer nos meus beijos,
Encaixar em seu corpo...
Um Doce desejo
Te deixando louco...
"Talvez a 'solitária'seja o lugar mais 'libertador' do mundo. Porque é na solidão que a genuína liberdade mora. Não importa se grades emolduram o corpo - a mente é livre - ainda que o corpo apodreça. É na liberdade absoluta da solidão que se pode chorar sem culpa, ter pena de si mesmo e se autoconfessar sem medo da balança alheia. Liberdade é isso: consciência que fala. Cárcere é conviver com uma mente emudecida por temer julgamentos".
(Em sua página oficial no Facebook)
"Meu corpo sofre uma transformação: ele não é mais limitado pela pele que o cobre. Expande-se. É o jeito de ser do meu próprio corpo, movido pela solidariedade".
(Em “Assim acontece a bondade” – Crônica de Rubem Alves. Extraída do livro: As melhores crônicas de Rubem Alves – Página 13. Editora Papipus – Campinas – SP. 2012)
ILUSÕES DO COTIDIANO
"O que os olhos consentem em alarde
Nossa mente insisti em fazer
Sempre e sempre a calar-se
O que sem razão insisti em dizer.
Que dos embrulhos que a vida nos trás
A surpresa está no entender:
Sou desmerecido do presente
Ou do passado pertence o meu ser?
O que os olhos insistem em mostrar
Nosso consciente se contorce sozinho
O que parece é
O que não é, é só um pouquinho.
POEIRAS DE MIM
"Oh, poeiras de mim
Se desvais do meu corpo
E me deixas assim.
Oh, brilho de mim
Se apagas de meu corpo
Me desmorono daqui.
Oh, grãos solitários, Caim
Sozinho vagas a pé
Meros fragmentos de mim.
Vais, resto, perdi!
Partes numa penugem só
Sobram ruínas apenas, resumidas a pó.
Fico, agora poeira sou
Pertenço ás paredes e ao chão
Me desfaço num só voo.
Vou-me, enfim, oh
De lembranças serei eterno
Mas de saudades morro só.
Em teu perfume guardas
O segredo da conquista
Com teus aromas Chama-me para perto
Arrasto-me suavemente
Em teu labirinto secreto
Tenho medo...
Mas sigo este magnetismo
Sem exitar.
Sei que sem você
Jamais sairei .
Encontro teu leito florido
Teu corpo estremece
Teu suor personifica nossa paixão
Então não quero voltar
Não quero ser um normal
Não desejo o início
Quero ser teu .
Partir contigo .
E ponto final .
O corpo está virado para o lado de cima.
Está virado, está virado
Parado.
Quase nunca move a estrela que mira.
Fita o céu, fita o mundo
Com olhar moribundo e seco.
Perversa imensidão seduz o corpo.
Carrega nos braços, como mãe despreocupada.
Ai de ti noite,
Aí vem o sol...
Trará passaros alvejantes,
Nuvens correrão desde os montes
Ao rasgar do que se tinha antes.
Ai de ti dia, ai de ti,
Que a lua não pede passagem
E deixa na paisagem o corpo deitado
Calado.
Move-se o tempo em dissecar-se em dois.
O corpo Verbaliza
(A musica)
A musica quando sentida
circula pelas veias
e logo chega ao coração
meche com o inconsciente
que logo se conscientiza
de forma tão nostálgica
que sinto sensação de vida
os olhos marejam
pois o corpo verbaliza
uma vida mal resolvida
ou intensamente vivida
me sinto um completo idiota
quando a me emocionar
com musicas de outra historia
historias de outras pessoas
pois eu não estive lá...
Onde tem amor tem silêncio e as palavras ditas melhoram o mundo onde vive a pessoa amada. As palavras, assim como as atitudes, estão em estado elevado e harmonioso. O corpo é leve e a alma é suave.
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