Poesias sobre o Corpo
Se não fosse Edward lá fora, se eu não soubesse com todas as células do meu corpo
que eu o amo – incondicionalmente e irrevogavelmente, e honestamente, irracionalmente – eu nunca seria capaz de levantar desse chão.
Bella: O que é mais tentador pra você, meu sangue ou meu corpo?
Edward: Dá empate. Agora, porque é que você não para de testar sua sorte e vai dormir?
Bella: Tá.
Se não se passou pela obrigação absoluta de obedecer ao desejo do corpo, isto é, se não se passou pela paixão, nada se pode fazer na vida.
As riquezas pintam o homem, e com as suas cores cobrem e escondem não apenas os defeitos do corpo, mas também os da alma.
Vivemos com os nossos defeitos como com os odores do nosso corpo; não os percebemos, e só incomodam aqueles que vivem connosco.
A doença é o preço que a alma paga por ocupar o corpo, como o aluguel que um inquilino paga pelo apartamento onde mora.
Toda a nossa força é colocada na alma e no corpo: a primeira é destinada a comandar, o outro, a obedecer; uma aproxima-nos dos deuses, o outro, dos brutos.
Da cunhã é que nos veio o melhor da cultura indígena. O asseio pessoal. A higiene do corpo. O milho. O caju. O mingau. O brasileiro de hoje, amante do banho e sempre de pente e espelhinho no bolso, o cabelo brilhante de loção ou de óleo de coco, reflete a influência de tão remotas avós.
Eu sou o corpo Raquítico que o teu olho desprezou sou a saliva das bocas que tua boca beijou sou o velho que pede esmola sou a criança que chora desprotegida de amor.
As pessoas quase não percebem que falta metade do meu corpo e que não posso ser muito simpática porque toda a minha energia está concentrada para eu não tombar.
Não acredite que está mal: deixe que a Mãe possua seu corpo e sua alma, entregue-se através da dança ou do silêncio, ou das coisas comuns da vida.
Minha aparência é péssima, a mente e o corpo exaustos. Mas existe uma tranqüilidade estranha. Não tenho mais nada a perder. Não sabia que o mundo era assim duro, assim sujo. Agora sei. Tenho apenas essa consciência, que só a loucura ou uma lavagem cerebral poderiam turvar.
Nesse momento minha inspiração dói em todo o meu corpo. Mais um instante e ela precisará ser mais do que uma inspiração. E em vez dessa felicidade asfixiante, como um excesso de ar, sentirei nítida a impotência de ter mais do que uma inspiração, de ultrapassá-la, de possuir a própria coisa – e ser realmente uma estrela. Aonde leva a loucura, a loucura.
Eu queria congelar aquele momento sem luz, aquele momento em que, aos poucos, eu sentia meu corpo e todo o resto feito de espírito voltar ao meu centro. A nossa morte que me retornava à minha vida.
Conhecimento é coisa erótica, que engravida. Mas é preciso que o desejo faça o corpo se mover para o amor. Caso contrário, permanecem os olhos, impotentes e inúteis. Para conhecer é preciso primeiro amar!
Você se sente em casa dentro do seu corpo? Muitos não passam de hóspedes de si mesmos… Estar em paz é aceitar serenamente que você não tem munição suficiente para levar todos os seus planos adiante e não possui um exército que diga amém para todos os seus delírios. Você está só e é um sujeito heróico dentro do possível. Costuma ir à luta por um emprego, por um amor, por grana, por objetivos razoáveis e quando não dá certo, não dá. E quando erra, paciência, e quando acerta, oba, e quando está cansado, se recolhe, e quando está triste, chora. E quando está alegre, vibra, e quando enxerga longe, vai em frente, e quando a visão embaça, freia. E quando está sozinho, chama, e quando quer continar sozinho, não chama. Primeiro passo para a paz: reconciliar-se consigo próprio. É o que a gente pode fazer de mais concreto, por mais abstrato que pareça.
Sou desastrada, não tenho o corpo perfeito, gosto rápido das pessoas, meu cabelo é bagunçado, mas tento ser forte.
Mas há um caminho para chegar até esse domínio total do próprio corpo e da própria mente. A evolução é uma espiral - há fases boas e ruins.
A foto é literalmente uma emanação do referente. De um corpo real, que estava lá, partiram radiações que vêm me atingir, a mim, que estou aqui; pouco importa a duração da transmissão; a foto do ser desaparecido vem me tocar como os raios retardados de uma estrela. Uma espécie de vínculo umbilical liga a meu olhar o corpo da coisa fotografada: a luz, embora impalpável, é aqui um meio carnal, uma pele que partilho com aquele ou aquela que foi fotografado.