Poesias sobre o Brasil

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Essas crianças estão nas ruas porque, no Brasil, ser pobre é estar condenado à marginalidade. Estão nas ruas porque suas famílias foram destruídas. Estão nas ruas porque nos omitimos. Estão nas ruas, e estão sendo assassinadas.

Se no Brasil cada um exigisse de si mesmo um centésimo da perfeição que cobra dos outros, seríamos o povo mais feliz do mundo.

Investir em cultura não é caridade: é uma parceria que ajuda a projetar o Brasil internacionalmente.

Os Sertões, de Euclides da Cunha, é um dos livros que traça o Brasil, e todo o nordeste brasileiro.

O Brasil possui artistas sem palco, cientistas sem laboratório, professores sem escola e empreendedores sem recursos. Deem-se as condições e eles farão história.

⁠O Brasil precisa ser dirigido por uma pessoa que já passou fome. A fome também é professora. Quem passa fome aprende a pensar no próximo, e nas crianças.

Carolina Maria de Jesus
Quarto de despejo: diário de uma favelada. São Paulo: Ática, 2014.

O Brasil tem, sim, uma dívida histórica com os afrodescendentes, e se as políticas públicas não tentarem "abater" essa dívida, é porque, enquanto nação, continuaremos mesquinhos.

A questão no Brasil é a briga de forças paralelas. Cada uma quer mostrar poder maior; e o povo que se lasque, quem manda ser bobo.

A indução e a manipulação de fatos, estatísticas e heróis no Brasil conduzem a nossa juventude a uma carência de verdades e realidades sem limites. Lamentável!

O general da intervenção disse que o Rio de Janeiro é um laboratório para o Brasil. E nós somos as cobaias?

Todos os males do Brasil, excetuados os de causas naturais, nascem da ausência, na nossa cultura, de um elemento essencial à vida humana: a busca da verdade. Aí ninguém sabe o que é isso, nem muito menos tenta saber, porque ninguém sente falta daquilo cuja existência ignora.

Não é apenas a esquerda que é a culpada do que vem se passando no Brasil, tanto a esquerda quanto a direita, são culpados, porque ambos formam o Estado. O Estado que por sua vez nos seprara em lados (oposição), é muito mais cruel do que se imagina, diante ao sistema capitalista, e as suas ambições.

O Brasil lutou muito para se tornar um país democrático. E também está lutando muito para se tornar um país mais justo. Não foi fácil chegar onde chegamos, como também não é fácil chegar onde desejam muitos dos que foram às ruas. Só tornaremos isso realidade se fortalecermos a democracia – o poder cidadão e os poderes da República.

No Brasil, o sistema representativo consiste na guerra implacável dos representantes contra os representados.

Os críticos do capitalismo dizem: No Brasil, os pobres ficam mais pobres e os ricos mais ricos. Bem, o socialismo conseguiu realizar uma proeza: Os pobres mais pobres e os ricos também.

Se a centésima parte das ideias para consertar o Brasil que ocorrem nas discussões de boteco pé-sujo fosse posta em prática pelas autoridades competentes, nem mesmo botecos pé-sujo haveria mais no país.

A educação está tão ruim no Brasil, ninguém mais lê, tá difícil encontrar até aquelas mulheres que leem a mão.

Sou um pessimista com a história do Brasil, cheia de corrupção, favores, desigualdades sociais e econômicas. Essas desigualdades atingem a todos.

“O Brasil é um país maravilhoso, mas infelizmente destinado a ser palco da mais sangrenta das revoluções”.

Fala-se muito mal no Brasil e escreve-se pior. Políticos e jornalistas, numa falta de higiene vernacular, só usam o jargão, o caçanje e solecismos, com desculpa de linguagem moderna. Mas a língua é o maior patrimônio de um povo! Desrespeitá-la é desrespeitar a própria nacionalidade. Perguntaram a Confúcio, 2000 anos atrás, o que faria ele, em primeiro lugar, se tivesse que administrar um País. “Seria evidentemente corrigir a linguagem!”, respondeu ele. Seus interlocutores ficaram surpreendidos e indagaram por quê. Foi a seguinte a resposta do mestre: “Se a linguagem não for correta, o que se diz não é o que se pretende dizer. Se o que se diz não é o que se pretende dizer, o que deve ser feito deixa de ser feito. Se o que deve ser feito deixa de ser feito, a moral e as artes decaem. Se a moral e as artes decaem, a justiça se desbarata. Se a justiça se desbarata, as pessoas ficam entregues ao desamparo e à confusão. Não pode, portanto, haver arbitrariedade no que se diz. É isso que importa acima de tudo.”