Poesias sobre o Brasil
Você determinado
se juntou com o Mestre,
o Contra-Mestre,
os dançadores e cantadores
para dançar o Cacumbi,
E eu já sei que ficarei
o dia inteiro sem ti,
Quando chegar a Festa
de Nossa Senhora do Rosário
o cortejo eu vou seguir,
Porque não sei ficar
nenhum minuto longe de ti.
Os corpos das Bruxas de Itaguaçu
se transformaram em pedras,
Os espíritos delas e de seus companheiros continuam vivos,
Até o Diabo se incomoda quando
se mata ou se coage seres indefesos,
Os quadrantes do Hemisfério Sul
estão se movimentando mais
intensos do que o esperado,
Se olhar para o infinito poderá ver que o Universo também te espia,
Não duvide das leis da vida
que correm fora dos domínios
de quem acha que pode contra elas.
Explode a caixa como
a onda do mar quebra,
O pandeiro borbulha
memorial da espuma
sob as brancas areias
do que merece por
cada um lembrado,
A cuíca lírica saúda,
o pandeiro se emociona,
O reco-reco arranha
e o ganzá se assanha.
Um poemário e a dança
para homenagear
a Nossa Senhora do Rosário.
É o Cacumbi cumprindo
a missão na Procissão
de Bom Jesus dos Navegantes,
você me levando no coração.
É o Cacumbi levando
a multidão e eu te
levando no meu coração.
A Bandeira de São Benedito
em pleno hasteamento,
a gente na gamação
em vestes de coroação.
É o Cacumbi paixão
se preparando para que venha
a Folia de Reis na nossa Nação.
O Ahó Ahó da América do Sul
profunda de ontem tomou
outras formas nos dias de hoje,
Não queira provar para dizer
para si que algum dia provou
deste pesadelo assustador,
Antes tarde do que nunca
fazer uma demonstração de amor.
(O presente depende que você
seja guardião do seu herdeiro).
Não confie o destino dele
nas mãos de terceiros,
Olhando onde ele dorme,
o quê guarda, conversando
vigiando com quem ele fala
e com ele tem se divertido.
(Se você não se importar
com tudo aquilo te falei,
depois não diga e nem
se queixe que eu não te avisei).
Neste Congado você
é o Rei e eu a Rainha,
Chico Rei voltou
do andar de cima
para nós saudar,
A Congada de Baixo
já está reunida
com a Congada de Cima
a festa já vai começar,
Nossa Senhora do Rosário
apareceu novamente
no mar e pedimos
para ela para abençoar
a Congada e o amor
da gente de todo o mal
que há no mundo para nos livrar.
Começou a batucada
da Marujada de Guerra,
o Levantador de Toadas
cantou para a galera:
- O Brasil está vivo
dentro de mim!
O Boi Caprichoso chegou
para trazer paz e amor
para a nossa terra,
mal sabem eles que
o Boi também é poeta.
O Amo do Boi vestido
com as cores das Naiás,
não sabia quem escolher,
entre a Sinhazinha
ou a Cunhaporanga,
ele estava cheio de manha.
O Boi Caprichoso não
estava se importando
com o contrário,
estava é se exibindo
galante no arraial,
porque ser gentil é
sempre fundamental.
E o Boi Caprichoso
esperando a tribo
para a festejar
a Estrela Azul nova
na testa que acabou
de ganhar e com fé
que a vitória irá reinar!
Não tem Boi mais lindo
que o meu Boi Caprichoso
neste curral amoroso,
Viver para cuidar deste Boi
é sempre maravilhoso.
A tribo acabou de chegar,
o Pajé se pôs a abençoar,
a festa agora é que vai começar,
e ninguém mais daqui
para frente vai nos segurar.
O meu Boi Caprichoso
e galante, feito diamante
negro e todo enfeitado
branquinho como o manto
lindo da Nossa Senhora,
está escrita para ti
a vitória e nada esta
noite irá atrapalhar.
A tribo começou a dançar,
o Pajé se pôs a acompanhar,
a festa no Bumbódromo
pôs todo mundo para requebrar
sem parar até o dia raiar.
Seguindo os passos
de Caá-Yari,
não me faz melhor
nem pior,
apenas vou vivendo
o meu caminho
pleno de amor.
Quem quiser que
entenda o porquê
deste poema que
traz o essencial
e a paz para superar
o quê não é normal.
Este e cada um
dos meus poemas têm
o aroma do mate
divido entre os pajés como
celebração da amizade.
Quem entendeu
o seu valor não cultiva
o ressentimento,
e nem passa por cima
do sofrimento alheio.
Como se fôssemos
os últimos românticos
do mundo com ginga,
encaixe e unidos,
Ao som da percussão
e pela sua gentil delicadeza
deixei-me fácil seduzir
pelo seu olhar,
E pelas suas mãos gostosas
acabei dançando o Marabaixo
sem me importar com as horas.
Quando você estiver pronto
e me pedir em casamento,
Desejo que seja lindo como
o Sol sorrindo e a Lua Cheia
toda enfeitada de estrelas
como quem veste um poema;
Quero uma bonita Cantiga
de Batuque para que seja
empolgante e inesquecível,
as melhores cantadeiras
para encantar a sua alma,
os mais afinados tocadores,
para que você se derreta de paixão
e se entregue totalmente de amores.
Morro Grande Erguida
Morro Grande erguida
neste Extremo Sul
por tua gente de origem
italiana que passaram
por Morro da Fumaça
és amor que não passa
por tudo o quê plantam
e pelos rebanhos que criam.
Morro Grande erguida
neste Extremo Sul
por tua gente de origem
italiana que passaram
por Urussanga dando
provas que não se cansam,
eu agradeço de coração
por esta acolhedora cidade.
Morro Grande erguida
neste Extremo Sul por tua
gente de origem italiana
que passaram por Içara
não tendo medo de tomar
Sol ou Chuva na cara,
eu celebro a todo o instante.
Morro Grande erguida
neste Extremo Sul por tua
gente de origem italiana
que passaram por Criciúma
enfrentando tudo
o quê você não passaria,
por esta gente tenho
o maior amor do mundo.
Monte Carlo
Meu Espinilho do peito,
Campina do Leite
da minha vida
e Fita Pisani adorada,
foram os teus nomes
até ser eleito Monte Carlo
da minha poesia
em homenagem
a uma corajosa viagem.
Caminho sublime
para os jesuítas,
para os apoiadores
do Monge e base
para a Guerra do Contestado,
Sublime joia do Oeste Catarinense
que tem o meu coração apaixonado.
Meu Butiá da memória
próxima a Taquaruçu da trajetória,
e dotada de muita História
para contar coberta araucárias
do nosso destino
e imbuias ancestrais.
A tua gente Kaigang e Xokleng
desta memória gentil
que lembra destes e de outros
povos originários do nosso Brasil,
honrando todos eles nos poemas.
Por tudo o quê fostes,
és e para sempre na vida será,
Monte Carlo amada,
a tua glória desbravadora
e a tua existência poema,
para sempre a tua gente toda
amável e batalhadora
para sempre se orgulhará.
Os aditivos discurso de ódio
e espírito de confronto político devem ser abandonados porque estão refletindo negativamente em nossas relações sociais ao ponto de deixar gente com vício de criar problemas desnecessários. Este conjunto anda fazendo um mal danado para o Brasil!
Muitas coisas
precisam
serem ditas:
que eu nasci
numa Nação
que fizeram
dela um
abacaxi
desgovernado
no oceano,
o mundo
todo já sabe,
o quê aqui era
para ser uma
festa sempre
acaba virando
um desastre.
Mal iniciamos
o mês:
somamos
ao saldo
dos prejuízos
a tentativa
de incriminação
da opinião
do general
e a agressão
a mais um
candidato;
as péssimas
surpresas
que jamais
serão
esquecidas:
não prenderam
os terroristas
que atacaram
os refugiados
venezuelanos,
o incêndio
do Museu
Nacional
e o atentado
que quase
matou
o candidato
presidencial.
Depois não
me digam
que crime
político é coisa
do passado,
pois se trata
de presente
consumado.
Eu só sei de uma coisa:
enquanto continuarem
com essa história boba
de intransigência tola,
jamais descansarei.
Não haverá trégua
de clamar a misericórdia
em nome do irrenunciável
e justo apego à terra.
Essa criancice de quem
começou me esgota,
e entendo que todos
começaram porque não
estou vendo ninguém
com iniciativa corajosa
de renunciar ao ódio como
propôs o procurador.
Não vou arredar mesmo
que no momento mal
consiga andar e ao pódio
não posso tão cedo pelas
minhas pernas chegar.
A vida é um bem sagrado,
onde quer que ela se encontre
minha doçura por ela estará
como sentinela em nome
dos princípios que defendo,
o direito à ela não pode
ser tratado como brincadeira
de mau gosto ou relativizado
por quem quer que seja.
Uma mente em distúrbio não
pode atingir o seu princípio
da mesma forma que a faca
feriu gravemente o candidato,
se essas duas são maiores
para você: é um sinal que o
teu desejo é lançar o processo
democrático ao precipício.
Não é de hoje que venho pedindo
aos meus compatriotas um
diálogo mais gentil e maneirado,
eu quero um Brasil recuperado.
Audaz pavilhão é honra
De quem crê no futuro,
Na sua gente e no seu país.
Seduz gloriosa a honestidade
Do coração desta Nação;
Faz da exaltação à Pátria
Tão grata e fértil aragem.
Vivaz paixão é a virtude
De quem a carrega consigo;
Na semeadura não correrá
Nenhuma dúvida ou castigo.
Assaz entre todas as misturas,
O meu sangue verde e amarelo;
Azul e com o brilho dos astros
Publicados pelo seu decreto.
Reluz o clarão da honra
De quem a carrega com orgulho,
E reafirma esta diretriz.
Talvez foi tudo ilusão,
Talvez sim, talvez não,
Dizem que já podeis,
No entanto, nunca podes;
Nunca podes nada,
Sempre mentiram para você,
A Mãe sempre fingiu,
Foi obrigada a ser gentil,
O horizonte nunca existiu.
Do Universo das Nações,
O Brasil deixou de resplandecer
Busque amplitudes e inspirações
Ainda há tempo para vencer!
A liberdade não raiada,
Ainda está acorrentada,
Não fizemos a muralha,
Vive aqui o astuto e ardil,
Mais do que uma mão,
A Nação precisa de ti,
O Brasil precisa do seu coração
Para aprender viver livre como Nação.
As ímpias falanges de mil faces,
Em mil e umas épocas,
Com mil cantares derribaram
A nossa fibra de povo por epopeias.
Eu nem mais sei chorar,
Eu só sei cantar...,
Na esperança de um dia esse país mudar,
E fazê-lo das cinzas renascer;
Deus tenha piedade de nós,
E nos dê ânimo juvenil,
Para que tenhamos que lutar
Por nosso imenso Brasil.
Neste canto de independência,
Precisamos recuperar a excelência,
Porque Pátria é lugar de morar
E, não lugar de viver em dormência.
Ao Hino da Independência,
Ofereço este poema que é sangue
Repleto das cores do Pavilhão;
Para que o povo preste a desobediência
Reagindo por uma nova Nação
Pautada na liberdade e na decência.
O Brasil precisa entender:
Que viver em paz é desobediência.
O Brasil precisa entender:
Que nem sempre vale a pena viver
Somente por causas pequenas.
O Brasil precisa vencer:
E acabar com toda a violência
Jogando fora as miudezas...
Que venha a mão poderosa de Deus
E arranque de nós os grilhões;
Que aprendamos a viver,
Não temendo nem mil corações,
Fazendo-as entender que o Brasil é,
E também pode ser o lar de todas as Nações.
Verde, amarelo, azul e branco
Pedi para cantar o Hino Nacional
Não sei se alguém me ouviu
O mar levou o meu pedido
O céu se abriu invernal
Talvez o meu pedido ele tenha levado
Talvez ele sequer tenha chegado
Na esperança de que o país me escute
A voz de alguém que não cansa de amar tanto
E de se dedicar não temendo nem a eternidade.
O rancho rodeado
pelo verde esmeralda,
A vida rural seguindo
o seu destino,
O sul do país possui
uma verdadeira joia,
A vida rural possui
o seu fervoroso ledo,
O amor dela é afeito
aos detalhes,
A vida rural enfrenta
muitos entraves,
E tem dado provas
que com fé na terra
quase tudo
- se resolve -
tudo liberta!...
O homem do campo é o herói
que tem calma,
A vida rural
é o vero paraíso,
O sul do país tem mostrado
que é aguerrido,
A vida rural não
tem nenhum segredo,
O amor dela se revela
em todos detalhes,
A vida rural é vida
por todos os lugares,
E tem sido a vera
heroína desta terra
resistindo as ditaduras,
e vivido de espera.
De sol em sol,
com as mãos em ação
O homem do campo
segue plantando:
o futuro da nação.
De sol a sol,
com as mãos ocupadas
O homem do campo
segue plantando:
enfrentando as gentes
de 'poder' e as geadas.
De chuva em chuva,
e com as mãos ocupadas
O homem do campo
segue cuidando:
do futuro do país.
De chuva em chuva,
e com a mãos em ação
O homem segue cuidando:
Do dever de casa
que todos deveriam
ter feito.
Moro numa
rua cercada
por morros verdes,
amáveis árvores
e agraciada por
um coral de aves
mesmo quando
o tempo não
está azulejado,
A trilha sonora
por aqui é quase
sempre regional,
e se conhece
uma harmonia
fora vida deste
mundo a cada
dia mais brutal.
Se vive bem
porque a gente
sabe conviver
e se gosta,
a cada dia
noutros lugares
só o dinheiro
é o que importa.