Poesias sobre o Brasil

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O Brasil é um país que não é uma nação, onde a vítima é ré, e não se respeita mulher,negro e homossexual.

O Brasil e a Argentina parecem dois bêbados cambaleantes a cabecear nos postes. Só que, enquanto a Argentina parece estar a caminho da economia de mercado, o Brasil parece estar de volta ao bar

O Brasil colonial não era igual a Portugal
A raiz do meu país era multirracial
Tinha índio, branco, amarelo, preto
Nascemos da mistura, então por que o preconceito?

Gabriel O Pensador

Nota: Trecho da letra da música "Racismo é Burrice"

Central do Brasil

Que estranho grupo,
matinal,
eu vejo todos os dias
na central.
Velhos mendigos, bêbados inocentes,
reticentes:
débeis mentais maltrapilhos,
prostitutas insones,
no roldão do povo
de rostos sem nome,
derramado.

O homem a bater
com a tábua
nas árvores incrédulas.
O pastor que prega,
em péssimo português,
ao povo que passa,
com pressa,
já sem convicção,
nem religião.
De quando em vez,
um ladrão!

A professora-criança
de livros e sacolas,
em demanda da escola.
Amostragem de um povo
brasileiro,
na luta sem tréguas,
do dia-a-dia.
Na busca do pão nosso
de cada dia,
em várias formas,
nos diversos caminhos,
das ilusões,
de tantos corações
que formam o grande vazio
sem esperança.

Povo-formiga, rude, grosseiro,
sujo, suado,
que não olha para trás,
mal humorado,
que cospe no chão
do vagão,
que viaja nas portas
do trem,
pingentes da morte,
no vai-e-vem
da sorte.
Povo-Brasil
amalgamado
no afã da sobrevivência.
Gado-humano a desembocar
no matadouro.
Quem crê em ti fantasma?
EU!

Brasil

Acreditar num país tão injusto
Onde crianças sofrem com insultos
Vendendo balas no farol
E dormindo sem ter um lençol.

Saudades da ditadura e da repressão
Hoje sofremos como uma regressão
De um país sofrido e calado
Diante de uma nova inquisição

Os governantes não enxergam
As crianças tentam apenas falar
As pessoas não conseguem ouvir
Que algo nesse país precisa melhorar

E o olhar triste de uma criança
Alimentando a fome com a sua esperança
De um país hoje sem liderança
E de promessas de mudanças

Hoje ela deita para dormir
Dorme em cima de papelão rasgado
Com fome, sede e sem um destino a seguir
Que ontem foi o lixo de um deputado

E amanha começa tudo de novo
E o menino anda de um jeito calado
Malabarismo na frente do povo
E muito dinheiro correndo no senado.

Mas eu acredito nesse país chamado Brasil
que em seus lindos campos tem mais flores
Amanha serão formados novos doutores
Para defender aumento de senadores.

Eu tava aqui pensando, pensando... no ano dois mil e vinte como será que vai estar o Brasil?
Será que vai ter floresta, pelo menos uma?
Será que ainda vai ter um índio, dois, uma tribozinha?
Será que vão sobreviver, heim gente?
Será que a gente aguenta?
Derrepente os trombadinhas crescem e viram políticos, que pena. É, o Brasil é tão bonito, não é?
Um país doido este...

O ruim no Brasil e efetivo fator do atraso é o modo de ordenação da sociedade, estruturada contra os interesses da população, desde sempre sangrada para servir a desígnios alheios e opostos aos seus.
O que houve e há é uma minoria dominante, espantosamente eficaz na formulação e manutenção de seu próprio projeto de prosperidade, sempre pronta a esmagar qualquer ameaça de reforma da ordem social vigente.

Dia da Criança

Luzes nas ruas, risos, cores,
brilho das vitrines em festa.
Um carro, vestido novo, um trem.
Gente que passa e não presta
atenção nos que ficam à margem
do encanto das luzes,
no espanto do menino
que erra sozinho,
perdido na cidade.
Que fere, maltrata
e destrói com maldade
os sonhos de criança.
Que rouba no berço
o carinho da mãe,
que cedo levanta
e tanto trabalha,
escrava submissa
do asfalto,
alheio e sem dó
de seu filho, tão triste
e tão só.
Com sua vozinha, fraca
e cansada,
fica nas ruas perdido
a pedir por presente
apenas um dia só seu;
pois não sabe, afinal, distinguir,
como alguém, que com fome
cresceu,
nos anúncios das lojas
que gritam e proclamam
que ele também é criança
e esse dia é o seu.

Pingo de gente

Pingo de gente, já perdido
pelos cantos da cidade.
Parado nos bares, nos bancos,
pelas ruas tristes da miséria.
Menino na idade,
crescido nos hábitos.
Semblante amargurado,
sem esperanças, sem ilusões,
na crua realidade
de nossa terra.

Brasil sem lógica, futuro
ou piedade.
Exemplo materializado
da guerra do ser
e do não ser.
Brasilidade!

Será a pobreza-criança, fatigada,
abandonada,
a derramar seus rancores
em gritos e apelos?
Infância sem futuro,
marginalizada.

Submissa aos planos
dos doutores,
em miragens heróicas,
e a esquecê-los,
entre o real e a bela fantasia
de construir um mundo
sobre o nada,
em montes de papéis
e de promessas,
que salvarão, por certo,
da agonia
a pátria-criança, abandonada
no lixo pútrido da ignomínia
para que o cancer do descaso
correndo a cada passo
do gigante, a alma fria,
destrua-lhe no embrião,
antes que cresca
o filho pobre a reclamar
justiça, e a vontade
da luta e da conquista
onde o povo oprimido
lhe apareça
a plasmar por si
a própria história,
como a obra-prima
de um grande artista.

José Serra é um administrador de competência inquestionável. Sem dúvida que o Brasil estaria em boas mãos sob sua Presidência.

Entretanto, será difícil convencer o povo brasileiro de que o país precisa de boa governança, ao passo em que o país vive um período de grande crescimento econômico. Seria o mesmo que dizer que o Brasil precisa de freios, e por mais que precise, mesmo, o povo não gosta de ouvir isso.

Também será difícil José Serra convencer as pessoas de que ele conseguirá guiar o país num caminho de desenvolvimento consciente e melhor. O povo só valoriza estabilidade quando não à tem. Quando tem estabilidade, o povo valoriza ousadia, e por que acreditariam que Serra será ousado, se o pensamento daqueles que o acompanham e dele próprio nunca foi este?

Marina Silva, por sua vez, tentará ganhar votos pelo Carisma. Dentre todas as candidaturas, é a que terá menor tempo em televisão. Tem também menores recursos. Empregará apenas R$ 90 Milhões em sua campanha, a pobre candidata, e pedirá que o povo vote com o coração. Assim como se candidatam com o coração todos os Presidenciáveis deste país. A nobreza destas pessoas me encanta... Pessoas de Deus!

E Dilma Roussef, o que dizer dela? Prefiro nem dizer. Coisa ruim, quanto mais a gente fala mal, mais ganha força. Mas uma coisa eu posso afirmar, com certeza, a respeito das eleições brasileiras: seja quem for que vença, a presidência será ocupada por uma pessoa muito, mas muito feia!rs

Aqui no Brasil, nós somos alegres mas nós não somos felizes. Existe toda uma melancolia e uma saudade que a gente herdou dos portugueses e que a gente ainda nem começou a resolver. A gente não sabe o que é esse nosso país.

A diferença entre o Brasil e a República Checa é que a República Checa tem o governo em Praga e o Brasil tem essa praga no governo.

Parece-me bem claro que o Brasil não teve ainda um bom governo, capaz de atuar com base em princípios, na defesa da liberdade, sob o império da lei e com uma administração profissional.

O Brasil é o país do futuro, mas para tanto é preciso decidir que o 'futuro' é amanhã. E, como bem sabem, isto significa que as decisões difíceis têm que ser tomadas hoje.

Defendo um Estado pequeno e forte e o que me parece é que o que vocês têm no Brasil é exatamente o inverso, ou seja, um Estado grande e fraco.

No Brasil cultuamos duas frustrações: a dos que têm poder, mas não têm competência para exercer e a dos que têm competência, mas não têm poder.

Políticos no Brasil não são eleitos pelas pessoas que leem jornais, mas pelas quais se limpam com ele.

O Brasil é o País onde show de Rock não tem rock, viciado faz campanha anti-droga e "comediante" se ofende com piada.

Um dos primeiros presidentes do Brasil foi o Prudente de Morais, dai pra frente tivemos um monte de presidentes imprudentes e imorais

"Se é a vontade do povo brasileiro eu promoverei a Abertura Política no Brasil. Mas chegará um tempo que o povo sentirá saudade do Regime Militar. Pois muitos desses que lideram o fim do Regime não estão visando o bem do povo, mas sim seus próprios interesses."