Poesias sobre Natureza
O sol
É o primeiro vestígio de luz do dia e o último vestígio de luz do mesmo
É o astro maior de uma galáxia entre as milhões de galáxias existentes num universo que exala imensidão
É calor, é intensidade, é força, é a natureza em uma das suas formas mais belas se fazendo presente
Encanto sublime quando nasce, transcende o belo quando se põe Envolve todos os corpos, enriquece a melanina, enobrece o mais simples dos olhos, cativa o mais simples dos olhares
Ora bem vindo, ora não desejado, linha tênue entre o acalento e o descomedido
Enaltecido dos tempos antigos aos atuais, inspirou canções, pinturas, em todos os idiomas um substantivo forte, em todos os corações um sentimento profundo e em todas as memórias presença marcante
Remete ao fim mas também remete ao começo, recomeço
O sol dança com todos os seres de um jeito que a lua nunca saberá, melodia para a alma, inundando os espaços, se manifestando sobre a terra e banhando de luz todo e qualquer lugar, do oriente ao ocidente
No entardecer, recolhendo se em sua grandeza, transforma a paisagem em ouro, céu se torna aquarela no auge do crepúsculo, obra de arte pintada pelo universo da forma mais delicada e precisa, vezes despercebida pela correria que a rotina impõe
Mesmo que as vezes nem sempre seja notado esteve, está e estará lá, noção de horizonte, regente das horas
Noção maior de grandeza e certamente, a mais bonita demonstração do infinito.
Luz do Sol
Vazando entre as árvores a luz do sol
Varando raios reluzentes como nunca igual
Viram chuvas nas folhas banhando a nervura central
Verão a sutileza do belo com o sobrenatural
Visão do Criador que é imortal
Fé e Vida
Por mais (que) sofras, guarda a fé em Deus e segue adiante, no caminho que a vida te deu a trilhar.
A própria Natureza é um livro de confiança na Providência Divina.
O Sol continua brilhando.
Não percas o otimismo.
O trabalho é uma benção.
Age construindo.
Quem serve aos outros semeia paz e alegria para si mesmo.
Não lastimes o inevitável.
Se erraste, recomeça a empreitada de ação na qual te comprometeste.
Não te lamentes, nem reclames.
Não creias em vitória do bem, sem árduos problemas a resolver.
Aconselha-te com a paciência em qualquer dificuldade.
Convence-te de que a dor é sempre renovação para o bem.
Evita os assuntos infelizes.
Fala auxiliando, em favor da tranqüilidade e da elevação.
Aprende simplicidade para que não te vergues no peso de bagagens inúteis.
Perdoa sempre.
Auxilia aos outros sem a preocupação de receber o amparo alheio.
Tudo aquilo que fizermos agora é aquilo que colheremos depois.
Emmanuel
Página recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, no Grupo Espírita da Prece, em reunião pública da noite de 01.04.1983, em Uberaba, Brasil. Publicado pela Federação Espírita do Estado do Rio de Janeiro
De mim para os meus botões,
Digo-lhes que sei que o Inverno és tu,
Que quando faz vento corres o mundo,
E que quando chove talvez te sintas um pouco triste.
Também sei que és a Primavera,
Que as flores mais bonitas têm a tua cor,
E o arco íris o teu reflexão,
No Verão,
És a aragem morna que beija a pele,
Um calor que arde,
Mas nunca em demasia,
Inevitavelmente o outono,
Assim como as cores tu partiste com ele,
E se amargosamente nasceste caduca,
Era inevitável o teu partir.
Perceber uma paisagem por um momento, tranquiliza!
E o espírito volta a encontrar o seu equilíbrio.
BN1996
17/12/2020
Esse parque de Ubajara
No Estado do Ceará
Tem caverna e cachoeira
Lugar lindo pra se amar
Na trilha ou no mirante
É beleza a todo instante
Como não se apaixonar?
CONSELHOS DO MAR
Olhando para o mar entendi que:
A vida é uma construção.
Aprendemos a amar baseado nos pequenos detalhes.
O amor está entre a neblina da confusão mental.
A paz vive nos momentos de reflexão.
A luz irradia de dentro.
A morte é a libertação do espírito.
Só agradecendo receberemos a recompensa.
Se doando ao próximo seremos agraciados.
Precisamos caminhar com os próprios pés.
Precisamos gostar da nossa companhia.
O que vem é apenas complemento.
Tudo acontece por algum motivo.
Parando e colocando os pés no chão, entenderemos os mistérios e os segredos da natureza.
Que a vida nada mais é que a nossa própria imagem.
Como Phoenix
Assim como morrem as estrelas
nascem outras luzidias.
Assim morri um outro dia,
agora renasço em novas telas,
telas do infinito renovadas,
pinceladas de natureza viva
para ser luz em uma nova vida,
como estrela que renasce,
broto de velhas cinzas.
Covardia é você trazer destruição
e achar que agiu corretamente.
Destruir, já define; é algo ruim
que faz parte da sua natureza.
Sabado ao amanhecer
A brisa leve e calma
Como nuvens no verão
Tendo a visão desse vasto
Oceano com pedaços de algodão
A vegetação inicia sua apresentação
Indo de um lado para o outro
E o fim do sopro encerra a dança das pipas
E com o cansaço do sol
As aves repousam em seu ninho
Tudo é tao mágico que finalmente estamos no domingo
Rudes montanhas agrestes,
Despidas de preconceitos;
Clamam pelas vossas vestes,
Desnudadas de defeitos.
in VERSOS - Trovas e Sonetos
Morro da Andorinhas , Parque Estadual da Serra da Tiririca
Ando preferindo lugares assim...
tão longe do nada de tudo e de todos
e simplesmente tão perto do tudo.
Não seja um homem tão frio
que com imundície atua,
não cometa o desvario,
num gesto pobre, sombrio,
de jogar lixo na rua,
de jogar lixo no rio,
poluindo a terra sua!
Seja limpo e não imundo,
não seja irresponsável,
mas busque a cada segundo
um mundo mais agradável;
Com muita água potável,
com rios bem preservados,
sem mares contaminados.
Seja mais grato e gentil,
não seja como um imbecil
Se portando como um bicho!
Mas trate com mais capricho
mais higiene o que é seu,
a terra que Deus lhe deu,
Jogando LIXO NO LIXO!
Não perca nunca seu brio
mas assuma o desafio
de viver com mais pureza;
que seja do seu feitio
tratar bem, com mais nobreza,
a floresta, o mar, o rio...
Toda nossa natureza!
O DONO DO RIO
O Dono do Rio
expulsou todo gado,
as lavadeiras de roupas,
os plantadores de batatas,
os jogadores de bola
e dominou todo rio.
Prendeu suas águas,
deixou só um fio.
O Dono do Rio
montou um areeiro
para vender areia
por muito dinheiro.
É caçamba saindo,
é caçamba chegando,
e o Dono do Rio
muito mais enricando!
O dono do Rio
construiu mansão,
comprou fazendas,
comprou muito gado,
mas o rio — coitado!
Só foi afundando,
a cada dia sumindo,
a cada dia minguando!
O Dono do Rio
com seus dragões mecânicos,
com sua ganância infinda,
quando menos esperar
ele vai descobrir
que a areia acabou,
que tudo findou,
que a natureza vingou.
O Dono do Rio
um dia verá
que nada é para sempre,
que não é dono de nada!
Que a justiça da terra
pode até ser comprada,
mas a justiça divina
ela vem e não falha!
AQUELE RIO
Aquele rio de outrora
Que passava no Pilar,
Aquele rio caudaloso,
Que prosperava o lugar,
Trazendo vida, renovo,
Pro ribeirinho, pro povo...
Aquele rio... onde está?
Onde está aquele rio
De meu tempo de menino,
Diferente desse fio,
Neste solo nordestino,
De água pouca, a circular?...
Com máquinas no seu leito,
Arrancando de seu peito
Areias para exportar!
Oh, Paraíba do Norte!
Quem decretou tua morte
Neste solo brasileiro?
Rio preso, encarcerado,
Dia e noite saqueado
Por ganância de dinheiro.
Quando serás libertado
Do poder dos areeiros?!...
Ribeirinhos, defendei,
Trazei de volta ao Pilar,
Aquele rio de outrora
Que prosperava o lugar!
Aquele rio vigoroso,
Que seguia, majestoso,
Livremente para o mar!