Poesias sobre Música
Ela sorri para mim e tem olhos inquisitivos, e eu sei que terei problemas com esses olhos, um dia. Não quero que a música pare. Quero continuar cantando e dançando, porque preciso de tempo pra saber o que dizer, porque sei que ela é a tal, e eu só preciso de tempo.
Após a ilusão da paixão vejo quão semelhante ela é, ao final de uma partitura ou de um concerto, ao final das notas no violino, finalmente, só quero dizer que é parecido com o fim de uma música, terminado o prazer sonoro entra o silêncio, no caso pode ser o teu silêncio, essa falta de barulho levada pelo oco, um vago de espaço largo, é porque a distância entre nós seja física ou de sentimentos, parece uma vaga de estacionamento infinita, feita no espaço sideral. Uma realidade muito cruel.
Dentro da minha casa tem segredos e na minha alma muito mais
Te deixei marcado com um beijo, sei que tu entende todos os sinais
Talvez ela seja exatamente como medo de estar gostando de alguém
Deve ser uma das cinco mil explicações possíveis sobre o que é o amor
Tem vezes que o vida nos deixa exaustos e tudo que queremos é ficar em paz. Sem pressões, palpites ou conselhos. Tudo que precisamos é de momentos reflexivos com nosso íntimo. Com uma boa música... Quem sabe um bom livro?
Algumas canções são exímias nadadoras; com um só mergulho são capazes de buscar no fundo da alma o sentimento que nos devora.
Certas melodias têm tanta vida que obrigam à sua manifestação, mesmo pelos maus cantores. Eles não cantam nada, mas são, sim, cantados por essas grandes músicas.
No Brasil, já não se fazem músicas como nas décadas passadas, que tinham belas poesias e maravilhosas melodias. A música era profunda reflexão filosófica. Hoje a mediocridade prevalece.
No silêncio das notas musicais se constroem lindas canções, que ecoam pela imensidão dos pensamentos. Depois de refletidas por longos e simples minutos, se perdem as letras nas partituras do horizonte, ficando registradas suas composições apenas no vazio da alma.
Ainda ouço longe o toque do amor. Os acordes harmoniosos da sua presença se contradizem com a estupidez da sua ausência. Toda ausência é burra, quando as atitudes não combinam com a vontade. Mas a gente continua buscando o tempo, falando com a solidão, maltratando o coração. E o violão quebra a corda, o piano desafina, a sinfonia perde o ritmo e o maestro se despede; fecham-se as cortinas. O som se cala e o amor chora. Nada mais ouço além do som da partida. Nada mais vejo além de palco vazio, de uma vida sem música.
Impressionante como há certas músicas que nos acompanham a vida toda. Adaptando-se a nossa situação, ganhando novos significados e novas realidades. Mas a essência permanece.
Por que cantar se ela não vai me escutar?
Pra que compor se não posso ter o seu amor? Ainda assim canto pra saber que um dia pra ela cantei e componho pra ver que um dia também a amei.
Esse papo de que se tu não existisse eu te inventaria é tão clichê
Mas cai tão bem quando se trata de você