Poesias sobre Música

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Músicas são tipo forcas
A cada erro um corte
Corra, lute e pense
Mesmo que demore, comemore
Viva sua vida do jeito que acha certo
Antes que seu tempo esgote!

Seu colar é de concha
Seu vestido se arrasta na areia
Ela tem cheiro de mar
Ela sabe cantar, ponto de sereia

E eu nem sei por que eu faço café
Já é amargo o sabor de te amar
De gole em gole
Eu vou enjoando
Vendo o lado vazio do sofá
Besteira, já cansei de esperar
De xícara em xícara
Eu vou me afogar
No café

O medo paga a farmácia,
Aceita a vigilância,
O medo paga à máfia pela segurança,
O medo teme de tudo por isso paga o seguro,
Por isso constrói o muro e mantém a distância!
Eles têm medo de que não tenhamos medo.

Ser feliz no vão, no triste, é força que me embala
O meu país
É meu lugar de fala

Elza Soares

Nota: Trecho da canção O que se cala.

Eu me sinto tão mal
Tudo que padecer
Eu me sinto tão caos
Tudo que eu tento ser

Furta-cor
A luz revolve
Ela me engole

Quero ser Fernando Pessoa, não Fernando Beira Mar
Pablo Neruda, e não Pablo Escobar
Deu pra sacar?
Não é pela cifra, é pela safra
Por amor, e pra isso eu entro até em estado de estafa
A gente não fala, a gente desabafa
O Brazza não escreve, o Brazza psicografa

Acha que precisa ser durona
Não dá espaço para a dor passar
Tem um grito preso na garganta
Que não está deixando ela falar

Que sonho ser estável
Que sonho ser amável
Que sonho não botar tudo a perder, ser controlável
Mas eu sinto demais, me desculpo, faço errado
Ser de verdade tem um preço, e eu sempre pago

Nos meus olhos muita dor, sei que tu pode notar
Quando eu olho pro céu lembro dos que estão lá
Liberdade pros amigo, sei que já, já vai chegar
Ver a favela vencendo sempre vai incomodar

O que eu ganho em não me encaixar
É compreender
Que nada voltará
Que tudo vai passar

Eu perdi o meu coração e a minha cabeça
Eu sempre tento fazer o certo
Pensei que tinha te perdido dessa vez
Mas você acabou de voltar para a minha vida

Eu tentei encontrar o amor
Em outra pessoa inúmeras vezes
Mas eu espero que você saiba que eu falo sério
Quando digo que você é a única que estava em minha mente

Ouvi dizer há algum tempo
Que depois da tempestade, vem a bonança
E eu sei que irá durar enquanto houver esperança

Eu aprendi
Em algum lugar dentro de mim
Que em dias cinzas o céu irá raiar
E eu sei que será tão brilhante quanto o céu e o mar

Admito, sinto medo às vezes
A violência me olha com sede
Homem da caverna de Platão
Atirando pra pintar paredes
Orixás moram na minha testa
Coroa celestial
Prêmios por minha cabeça
Quem tentar sabe o final

⁠Achei que não conseguiria amar
Minha pele ferveu ao teu tocar
Vem comigo flutuar
Pra onde seja proibido

⁠Meu bem, você precisa entender
Que a minha vida só se torna tolerável com você
Tem que concordar, enquanto nossa hora não chega
A gente pode se beijar, já pode aproveitar

⁠Durmo sem saber se vou acordar
Recuar no morro nunca foi marcar
Tentam impedir a gente de sonhar
Quem não conhece, o que sobra é julgar

⁠Se entro na capoeira é pra ganhar
E pra jogar tem que saber perder
Toca a cavalaria se eu notar
Que é pro meu coração não se meter

⁠Eu de marte, tu de plutão
Eu planeta, você não
Duas mentes diferentes
Tentativas de concordância em vão
Eu poeta, tu ativista
Eu nos livros, tu na pista
À vista de todos
Menos de mim