Poesias sobre Mãos
✍AS MÃOS DA MINHA MÃE
As mãos da minha mãe
São macias e poderosas
De firme esperança
As mãos da minha mãe
São suaves de carinho
Enrugadas de carícias
As mãos da minha mãe
São presença lembrada
Das saudades que sinto
As mãos da minha mãe
São o rosto despido dos anos
Dos dias vividos de coragem
Das mãos da minha mãe
Sinto falta, sim de tudo
Os olhos que observam estão a ler necessidades, e o coração que sente empurra as mãos ao bem...
Quem faz o bem se faz bem!
Rita Celi
A(terra)dor
Sou a dor das flores que caem no chão
Das que são arrancadas nas mãos
Das que a lua à noite não permitiu aquecer.
Sou a dor das flores que o homem derruba
Das que morrem e se perdem no campo
Das que a terra sangrando não permitiu viver.
Sou a dor da pétala que cai
Da abelha que vem e que vai
Do beija-flor que não consegue esquecer.
Sou a dor do rio de minério
Das cidades varridas por lama
Sou dor de um planeta que o homem não ama.
Sou a dor do árduo veneno
Da terra que o engole sofrendo
Sou dor dos insetos e pragas que não pude evitar. .
Amo acordar do teu lado e roubar
o seu primeiro sorriso,
sentir as suas mãos me acarinhando
me aconchegar em teu calor
e te amar novamente.
Como explicar esse amor
você faz me sentir tão tua
ao teu lado sou tão feliz.
O grande valor da vida e sua compreensão não está nas mãos de um tolo ou de um falante.
Mas no coração e alma de um ser brilhante.
"Moça, não permita que teu coração passe por mãos erradas, para que só depois de ferido chegue às mãos de quem a ele pertence."
— Frankle Brunno
Meus dedos tentam falar
quando tocam o teu corpo,
mas ficam mudos,
vendo que minhas mãos
e minha boca
já te dizem tudo.
Teu olhar
Quero sentir
Teu beijo
O carinho do teu olhar
Tuas mãos a afagar-me
Na simplicidade, te encontrar
Sairmos os dois de mãos dadas
Na areia descalços andar
Ouvindo o sons do mar
Ver anoitecer, o por do sol
Nos permitindo, Amar
No crepúsculo, adormecer
Flutuar... nas ondas do mar
Adormecer e sonhar.
Eu gosto de te usar
Adoro te ter na palma das minhas mãos
Meu único medo é te deixar voar
Mas eu sempre tomo cuidado, não posso te deixar escapar
Não que eu seja enrolado, mas eu adoro te enrolar
Quando começo algo, sempre gosto de terminar
Me pede pra dar duas voltinhas e sem entender nada fico tímido
Porque pra ser sincero, não é tão normal pra mim a quimíca rolar
Me pede pra ir devagar , pra deixar a chama rolar
Pra eu ir com calma, pra sentir a brisa no ar
Mas como eu sempre te digo: relaxa que hoje eu vou te usar
A fome.
O ronco do vazio, mãos trêmulas que suam frio de quem já não tem mais forças é reflexo da discrepância do sustento que sobra e estraga daquele falta.
(PARA CANDIDO PORTINARI)
A sua lágrima colore duas açucenas. Nas mãos: o mestiço sorrir dos olhos fechados. Colhes as flores que nascem em cima dos túmulos e te alimentas dos vermes expostos aos urubus. De manhã, o suor da capoeira. A tarde, fome na seca. Noite: o sonho. Fantasias um Brasil que existe e crias o surrealismo do cotidiano. Levas a morte às sesmarias desnutridas, cantas os cores de João Cabral de Melo Neto e invades os postigos da grande impossibilidade. Hades ergue-te adorações. Zeus curva às prosopopeias dos teus pincéis. O Olimpo arruína. A Arte é tua filha. A inspiração é tua mãe. O olhar perdido: a vereda do teu coração.
Veranear como pássaro que procura ninho - paz!
A nossa sentença
não será cumprida na terra
o martelo está nas mãos
do criador.
__Sophia Vargas ♥
05/01/2010
Amor virtual
A solidão da distância
Poupava-se sem se ver
Sentia com a alma, mas as mãos não podiam alcançar,
e na distância dos corpos, acariciávamos o paladar com a poesia do luar.
Assim deixamos o término
As reticências ocupam o parágrafo final...
Deixando a imaginação voar solta, como um balão, rasgando o céu sem fim,
desafiando o infinito.
Belo, belíssimo no seu livre arbítrio.
Arbítrio que me leva até você, desafiando as fronteiras pelo meu bem-querer, querer você, sentir-te de perto, do virtual ao presencial.
Ontem à tarde
Ontem à tarde te amei,
visitei teu corpo com as mãos.
Tua pele, macia, quente e suave
senti.
Teu perfume, invade o pensamento.
Teus pudores aos poucos deixastes.
Com reservas, também te entregastes.
Horas passam, os beijos aumentam,
o coração dispara.
Teu corpo junto ao meu, colado.
Sonho, realidade ? Nâo sei.
Só sei, que ontem à tarde te amei.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U B E
O que Deus colocou em tuas mãos ,não é teu, é do Senhor e ele cuida ,ele zela, ele te capacita para prosseguir e não desistir de prosseguir em oração
A ultima palavra não vem do satanas ,vem do Senhor .Creia que grandes coisas estão por vir.
ÂMAGO
Jojó puto de 14 anos que ao invés de uma esferográfica tem uma
catana em suas mãos e seus pés descalços nessas matas que amedrontam a elite
despreparada
A minha alma ficou na aldeia
O que é que assegura as nuvens lá em cima ?
Neve e nuvens assemelham-se
Energias transcendendo as forças terrenas
Homens escravizados, correntes nos pulsos dos escravos, ouro do colono
Eu voltei para a cidade
Pelo prazer o homem inala o pó e ao pó há-de voltar
Pegadas humanas marcadas na mata, não na lua
Corpos banhados e purificados no riacho de pedras
O balde de açúcar dado pela sereia à mulher dos panos amarelos
Mi-Sosos deixadas pelos ancestrais
A minha alma ficou na aldeia
Deduzi que o nosso espírito transforma-se em estrela no "pós-vida",
quando tudo se finda... quando é que tudo se finda ?
Mas, o que é o espírito ? e a alma, o que é ?
Eu voltei para a cidade
A vida é tão curta, procuro apenas a simplicidade
Conversando com o meu coração ele revelou-me que tu és a mulher certa
Se não forem biblícas podem ser pseudo-revelações
Inimigos exteriores são contos de fadas
A verdadeira batalha é a luta contra os nossos defeitos
A minha alma ficou na aldeia
Vazio é o prato, estafado é o corpo,
condenado é o homem que nasce na aldeia
Aldeia desiluminada, água das pedras infetadas
pelo vírus da desumanidade
Desumano sou eu que voltei para cidade, como se nada
eu tivesse visto
A minha alma ficou na aldeia
Jojó puto de 14 anos ainda sem comida no prato,
uma escola digna, nada de melhor para a família
água potável e sem energia
Apenas reza pela comida no prato e o ar fresco
Meus olhos se abrem
Nada posso ver
Penso em você
Estendo minhas mãos
A buscar suas mãos
Mas elas recuam
Sua imagem se dilui
Escorre em meu rosto
Goteja o chão
Que se abre
Desmorona
As nuvens gritam
O céu chora
O mundo te engole
Te absorve
Te devora
O solo se fecha
Uma pequena fresta
Traz um fio de luz
Que vem do núcleo
Me ajoelho
Me aproximo
Então eu vejo
Não era você
Era eu
Imediatamente
Puxo-o de volta
E com força
E consigo
Volto
Sobrevivo
Eu
Ali
Renascido
No fundo somos uns românticos incuráveis
e nos emocionamos com olhares afetuosos,
mãos que se procuram e contos de fadas da vida real.
Não posso negar que o casamento de Harry e Meghan
trouxe uma lufada de brisa fresca ao fim de semana,
o que me faz pensar que vivemos tempos de absoluta
carência de boas notícias, a ponto de vertermos lágrimas
emocionadas diante de acontecimentos distantes da nossa realidade,
mas que sentimos como se ocorressem no nosso quintal.
Cika Parolin
Meu pai,
beijo suas mãos,
não como um homem
pretende beijar as de Deus,
mas como uma árvore
beija suas raízes.