Poesias sobre Mãos
Poema Homem Trabalhador
Dentre os homens, um se ergue em meio ao labor,
Com mãos calejadas, tece o destino em suor.
Nos olhos, o brilho de quem não se rende,
Carrega o fardo com dignidade, sempre em frente.
Cada amanhecer é um novo desafio,
Mas ele enfrenta o dia com coração bravio.
Constrói com carinho, molda com atenção,
A obra da vida, fruto da dedicação.
Ele é raiz forte, ancorado no chão,
Sua força é um hino de perseverança e razão.
Mesmo cansado, jamais perde a fé,
Esse homem é especial, um pilar de maré.
E ao fim do dia, quando o sol se despede,
Ele descansa o corpo, mas a alma não cede.
Pois sabe que o valor está no caminhar,
E que todo esforço um dia vai se revelar.
SimoneCruvinel
Lembro nitidamente que não era o momento certo, então escreverei até que suas mãos estejam livres para tocar as palavras que guardei para ela “
Sua ausência me insatisfaz, corrói aos poucos o amor frágil que temos em nossas mãos.
Como é possível sentirmos o vazio da solidão se estamos emaranhados em nosso velho lençol azul.
Este, que antes ardia com nossa paixão, agora se mantém congelado com as memórias, antes cálidas e carinhosas.
Ausência de algo prometido no passado, e não será recuperado no futuro.
Oceano
Conversávamos sobre seus poemas e poesias, segurando suas mãos, agradeci, herdei o dom de irradiar emoções com palavras.
Somos silenciosos, mas com papéis e canetas escrevemos oceanos de sentimentos, e aqui, pensando em como você me suplicou para ser feliz, eu alago o nosso oceano com lágrimas, inundando o papel.
Não sei se serei plenamente feliz como você espera, pai, mas ao seu lado, sempre estive e serei.
quando nós entregamos a alguém essa pessoa passa a ter o poder de tudo nas mãos. Ali você entrega seu mundo a ela e ela pode:
Te fazer ficar…
Te fazer querer ficar…
Mas também pode:
Te obrigar a ir…
Ou te fazer querer ir…
E estava ali um homem que tinha uma das mãos ressequida; e eles, para o acusarem, o interrogaram, dizendo: É lícito curar nos sábados?
E ele lhes disse: Qual dentre vós será o homem que tenha uma ovelha, e se num sábado a tal ovelha cair numa cova, não lançará mão dela, e a levantará? Não há maior questionamento da moralidade humana da história do que a de Jesus Cristo.
Unidos somos mais fortes,
Mãos entrelaçadas em prece,
Na força que o tempo forja,
O fardo que o destino tece.
Há laços que não se rompem,
Mesmo quando o peso é cruel,
Firmes como cordas tensas,
Nos erguemos do mais profundo fel.
O chapéu oculta os olhos,
Mas o coração segue desperto,
Cada nó, uma luta vencida,
Cada toque, um passo certo.
Somos feitos de coragem,
E juntos, rasgamos o ar,
Na corda da vida pendemos,
Mas jamais deixamos de lutar.
Por: Edgar Magalhães, In Tentativas.
07/09/2024.
Se estatal realmente fosse do povo, cada um teria as suas ações em mãos pra guardar, vender, trocar.
Até para fazer aviãozinho nas favelas, se quisesse.
"Viver somente para o momento inútil dos temores?. Não.
Melhor é tomar em suas mãos os segredos das coisas como elas são, mesmo que nem se entenda o caminho de alcança-las ".
Mulheres de Fé e Empreendimento
Lídia, entre púrpuras, tecia sua história,
Com mãos hábeis e coração temente,
Convertida pela fé, abriu sua casa,
Negócios e hospitalidade, lado a lado, presente.
A mulher virtuosa, de Provérbios descrita,
Nas terras e vinhas, fez seu nome brilhar,
Sábia empreendedora, com zelo cuida,
De sua casa, de seu campo, e de amar.
Priscila, ao lado de Áquila, tendas erguia,
Mulher de negócios e do ensino fiel,
Com coragem, a verdade ela defendia,
Construindo em sua fé, um novo céu.
Rute, em terras distantes, encontrou seu caminho,
Com trabalho e amor, sua vida guiou,
Ao lado de Noemi, plantou novo destino,
E em Boaz, a esperança floresceu e brotou.
A Viúva de Sarepta, em meio à escassez,
Dividiu o que tinha, sem hesitar,
E Deus, em sua fé, fez o milagre acontecer,
Multiplicando o que o coração pôde doar.
Dorcas, com agulha e linha, deu vida ao seu labor,
Tecia para os pobres, com amor e dedicação,
Sua caridade empreendedora florescia em cor,
E seu exemplo deixou eterna lição.
Mulheres que empreendem com alma e coração,
Que, em meio à fé, construíram seus caminhos,
Nos mostram que o verdadeiro poder da ação
Nasce no amor, na coragem e nos carinhos.
A flor miúda de cor amarelo mostarda com pequenas seis pétalas sobre minhas mãos gira enquanto meus dedos se movimentam. No chão, sobre a grama alta abandonada, pétalas esvoaçam despedaçadas com sinais próprios de que alguém talvez descuidado já passara por ali. Observo em silêncio seus pedaços. E na tentativa infundada, tento encontrar alguma ainda inteira, que nem a que estava sobre minhas mãos que também não estava mais. Em pedaços como ontem eu estava.
É injusto, mas sei que mesmo nesse terreno abandonado elas voltarão a florescer, de novo e de novo. Não importa quantos passem por ela e as despedacem. Quando as olho, me lembro de mim. Quando as olho relembro de cada passagem e de cada momento que precisei me despedaçar para manter quem passava completo. E quanto mais você deixa levar pedaços de você mais incompleta e insatisfeita fica. E é por isso que hoje não arranco mais pedaços de mim para manter o outro inteiro. Não me rasgo para cobrir as feridas à mostra de quem não busca curá-las. Nessa vida, de um jeito ou de outro, só tenho como me responsabilizar por mim. Porque no fim, de um jeito ou de outro somos tudo que temos. E quanto mais você se dá onde não se é recíproco mas despedaçada fica. Mais sozinha caminha.
"A vida é mistério irrevogável e sagrado
Tudo dela está perto de suas mãos, inteiramente à sua disposição.
Cada um está aqui, exatamente no lugar do seu tempo.
Com pertencimento para ser feito tudo que nela houver de propósito.
Mas tens um compromisso de melhorar a humanidade .
Estás seguro que cumpres a tu missão?
A mesma pessoa que te beijou no passado, amanhã, poderá te esbofetear com as mãos pesadas da traição.
Rodrigo Gael
Somos capazes de escrever, com nossas próprias mãos, a linda história que queremos viver.
Moabe Teles
Minha cabeça está a mil
meu coração está apertado
minha respiração está ofegante
minhas mãos estão trêmulas
meu peito arde, minha cabeça está explodindo
tô tentando fugir de tudo
mas sinto que estou em um labirinto
em um beco sem saída
tô parado, tipo aqueles sonhos
onde a gente corre,corre e não saímos do lugar
estou sendo esmagado entre meus
pensamentos e sentimentos
to me sentindo sufocado
pressionado, imóvel
sem conseguir mexer um músculo
sem respirar
to sem rumo
travado
perdido
chorar alivia
mas já não me restam lágrimas para chorar
sinto que sou um oceano
e estou eu to sentado no meio
na terra
pois já transbordei até secar
confesso que estou cansado, exausto, esgotado
estou tentando ser forte a cada dia
mas a cada dia que passa, me sinto fraco
e não sei por quanto tempo
eu ainda suportarei
Não são os grandes homens que transformam o mundo, mas sim os fracos e pequenos nas mãos de um grande Deus.
Hudson Taylor
Pregador Metodista
Ato IV: A Queda do Justo
O ferro frio das grades ao redor,
Mas são minhas mãos que forjaram essas correntes.
Fui eu, juiz de sombras,
Aquele que se tornou prisioneiro de si.
Caminhei com a certeza do justo,
Mas meu coração carregava a dúvida.
E agora, o eco da culpa me consome,
Uma maré de lembranças, um rio de vergonha.
Ó céus, onde está a redenção,
Quando as mãos que julgam são impuras?
A inocência que condenei vive em mim,
E a morte dela é o fim do meu espírito."*
Nós somos as vozes do tempo,
Eternamente a espreitar no vento.
Julgas que o esquecimento virá,
Mas a alma carrega o peso das eras.
Vem, Johann, ouves o sussurro do vento?
Vem, caminhas na trilha dos condenados.
O destino nos une outra vez,
Mas desta vez, é a tua alma que será julgada.
Anneliese... teu nome ecoa em meu coração,
Tua sombra me segue, tua voz me chama,
Mas que redenção há para um homem perdido,
Quando a própria noite o abraça em silêncio?
Caminho pelo vale da morte,
E tu és a luz que não posso alcançar.
A justiça, um sonho destruído,
E agora, sou apenas um fragmento de escuridão.
"Fui o escultor de minha própria ruína, crente na justiça que agora me condena, e na escuridão que me abraça, percebo que a maior sentença é viver sem redenção."
Anseio o toque que não vem,
o calor que escapa por entre os dias,
como areia fina em minhas mãos cansadas.
Cada batida do meu coração ecoa no vazio,
um grito mudo que ninguém ouve.
Olhos vagam, buscando algum reflexo,
um sorriso que se curve em minha direção,
mas encontro apenas sombras
que dançam à beira da solidão.
Minhas palavras caem pesadas,
se espalham no silêncio dos quartos fechados.
Será que alguém as acolhe,
ou desaparecem, como eu, no esquecimento?
A pele clama por carinho,
como terra seca implora pela chuva.
E eu? Eu só quero o calor de um abraço,
um porto seguro em meio ao caos de ser.
Não peço muito, apenas ser visto,
ser amado como sou, imperfeito,
carente do simples, do toque,
da presença que dá sentido ao que falta.
Mas o amor se esvai,
e aqui estou, sozinho,
desesperado pela esperança
que o afeto um dia possa me encontrar.
Andando pela noite e portando nas mãos, a rosa sangrenta contra o peito, enquanto o tempo vai se afastando. É a a alma febril ou o devaneio em seu silêncio transmutável?
Abrigo do Coração
A vida passa, não devolve
As mãos que um dia nos tocaram,
As palavras que o vento levou
E os olhares que se apagaram.
Não volta o abraço apertado,
Nem o riso que ecoou distante,
Mas cada lágrima e cada sorriso
Ficam guardados em um instante.
Nas dobras do tempo que voa,
No coração, um canto escondido,
Levamos conosco as lembranças
De tudo o que foi vivido.
E mesmo que o caminho mude,
Mesmo que o tempo corra em vão,
Há um lugar que nunca se perde:
O eterno abrigo do coração.