Poesias que Falem em Mãos
A nossa sentença
não será cumprida na terra
o martelo está nas mãos
do criador.
__Sophia Vargas ♥
05/01/2010
Amor virtual
A solidão da distância
Poupava-se sem se ver
Sentia com a alma, mas as mãos não podiam alcançar,
e na distância dos corpos, acariciávamos o paladar com a poesia do luar.
Assim deixamos o término
As reticências ocupam o parágrafo final...
Deixando a imaginação voar solta, como um balão, rasgando o céu sem fim,
desafiando o infinito.
Belo, belíssimo no seu livre arbítrio.
Arbítrio que me leva até você, desafiando as fronteiras pelo meu bem-querer, querer você, sentir-te de perto, do virtual ao presencial.
Ontem à tarde
Ontem à tarde te amei,
visitei teu corpo com as mãos.
Tua pele, macia, quente e suave
senti.
Teu perfume, invade o pensamento.
Teus pudores aos poucos deixastes.
Com reservas, também te entregastes.
Horas passam, os beijos aumentam,
o coração dispara.
Teu corpo junto ao meu, colado.
Sonho, realidade ? Nâo sei.
Só sei, que ontem à tarde te amei.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U B E
O que Deus colocou em tuas mãos ,não é teu, é do Senhor e ele cuida ,ele zela, ele te capacita para prosseguir e não desistir de prosseguir em oração
A ultima palavra não vem do satanas ,vem do Senhor .Creia que grandes coisas estão por vir.
ÂMAGO
Jojó puto de 14 anos que ao invés de uma esferográfica tem uma
catana em suas mãos e seus pés descalços nessas matas que amedrontam a elite
despreparada
A minha alma ficou na aldeia
O que é que assegura as nuvens lá em cima ?
Neve e nuvens assemelham-se
Energias transcendendo as forças terrenas
Homens escravizados, correntes nos pulsos dos escravos, ouro do colono
Eu voltei para a cidade
Pelo prazer o homem inala o pó e ao pó há-de voltar
Pegadas humanas marcadas na mata, não na lua
Corpos banhados e purificados no riacho de pedras
O balde de açúcar dado pela sereia à mulher dos panos amarelos
Mi-Sosos deixadas pelos ancestrais
A minha alma ficou na aldeia
Deduzi que o nosso espírito transforma-se em estrela no "pós-vida",
quando tudo se finda... quando é que tudo se finda ?
Mas, o que é o espírito ? e a alma, o que é ?
Eu voltei para a cidade
A vida é tão curta, procuro apenas a simplicidade
Conversando com o meu coração ele revelou-me que tu és a mulher certa
Se não forem biblícas podem ser pseudo-revelações
Inimigos exteriores são contos de fadas
A verdadeira batalha é a luta contra os nossos defeitos
A minha alma ficou na aldeia
Vazio é o prato, estafado é o corpo,
condenado é o homem que nasce na aldeia
Aldeia desiluminada, água das pedras infetadas
pelo vírus da desumanidade
Desumano sou eu que voltei para cidade, como se nada
eu tivesse visto
A minha alma ficou na aldeia
Jojó puto de 14 anos ainda sem comida no prato,
uma escola digna, nada de melhor para a família
água potável e sem energia
Apenas reza pela comida no prato e o ar fresco
Meus olhos se abrem
Nada posso ver
Penso em você
Estendo minhas mãos
A buscar suas mãos
Mas elas recuam
Sua imagem se dilui
Escorre em meu rosto
Goteja o chão
Que se abre
Desmorona
As nuvens gritam
O céu chora
O mundo te engole
Te absorve
Te devora
O solo se fecha
Uma pequena fresta
Traz um fio de luz
Que vem do núcleo
Me ajoelho
Me aproximo
Então eu vejo
Não era você
Era eu
Imediatamente
Puxo-o de volta
E com força
E consigo
Volto
Sobrevivo
Eu
Ali
Renascido
No fundo somos uns românticos incuráveis
e nos emocionamos com olhares afetuosos,
mãos que se procuram e contos de fadas da vida real.
Não posso negar que o casamento de Harry e Meghan
trouxe uma lufada de brisa fresca ao fim de semana,
o que me faz pensar que vivemos tempos de absoluta
carência de boas notícias, a ponto de vertermos lágrimas
emocionadas diante de acontecimentos distantes da nossa realidade,
mas que sentimos como se ocorressem no nosso quintal.
Cika Parolin
Meu pai,
beijo suas mãos,
não como um homem
pretende beijar as de Deus,
mas como uma árvore
beija suas raízes.
TODOS OS DIAS
Aceitei tuas mãos na minha nuca
Baixei a guarda,
e fui...
Embalada nas águas mornas do teu mar
Silenciei minha voz na tua boca
Permiti que invadiste minhas entranhas
e minha cerne mais sagrada.
E fui desejo
E fui amor
... E fui mulher!
Fui entrega e permissão.
Hoje sou memórias
Mas não há tristeza.
Tomo uma taça de vinho e revivo cada segundo de nós.
Reviveria tudo novamente
E novamente,
o veria partir.
Mas não renego um segundo do amor que vivi,
mesmo que tiver
que sofrer a saudade da tua ausência
pelo resto da minha vida.
Sabe, ainda lembro-me da cena
Eu usava branco
Olhando a chuva cair serena
Segurávamos as mãos e ríamos de nada
Enquanto a Lua fugia toda animada...
As luzes se apagaram.
E os anjos lhe chamaram.
Eu escolhi a areia e você o mar.
Você decidiu partir e eu decidi ficar.
Não há tempo de voltar, refazer e reviver.
Fiquei aqui, e agora?
Nesta estrada que eu chamo de vida, já esbocei alguns sorrisos, de mãos dadas estive com a felicidade e flertei com o amor.
Agora esta estrada me leva a outros lugares...
Caminhos tristes com dor e lagrimas...
Pessoas me ferindo sobre as mesmas feridas que me sangram e dói... Não Há Deus na dor..
Hoje carrego a minha cruz, e sozinho sinto as lanças que me ferem com prazer...
Dei meu carinho e desprezo ganhei...
Dei meu riso e me fizeram chorar...
Fui verdade e me retribuíram com a mentira...
E com fidelidade servi... mas o gosto da traição me fizeram sentir...
Eu amei e me odiaram...
MIRA DO MUNDO
Me atiro a rosa da vida
com mãos dóceis distraídas
dando palma a sua vinda
com a vida assim vivida
sem adeus apara partida.
Velejarei mundo a fora
com remos fieis do sonho
estarei na minha hora
com tudo que sou agora
em plano que ti proponho.
Me atiro em rosa petalada
no passo firme do mundo
e as passadas nas estrada
são fieis a quase nada
em tic-tac do segundo.
Antonio Montes
O tempo que ele tem em mãos é pequeno,
Relógio de bolso dado por sua mãe e seu pai em seu nascimento,
Sempre sendo usado por ele a todo o momento,
O tempo sempre passa,
E sua hora de viagem está marcada,
Para seu lamento, os ponteiros não se movem no momento,
E talvez ele esteja indo se encontrar com o dono do próprio tempo.
As três idades da mulher
Da boca que contorna o queixo
Ao mais aberto sorriso;
Das mãos que lavam a loiça
Às luvas de cetim;
Dos jeans rasgados
À calcinha rendada;
Da cachoeira castanha solta
Às comportadas tranças;
Da jovem que invade as fotos
Às cãs pedindo pintura;
Da que procura por olhares
À que provoca carinho:
Ela é uma.
Ela é una.
Ela quer mais.
Ela contém todas.
Ela, elas... menina, moça, mulher.
(Homenagem à pintura homônima de Klimt)
Eu creio
Creio em cura, milagres, prodígios e sinais!
Milagres existem!
Abandone-se nas mãos do Mestre da Vida e Ele fará maravilhas em sua vida!
Que pena que o amor da nossa vida não tem rótulo!
Porque se tivesse sofreríamos pouco em mãos alheias.
Enquanto eu tomo o café, a vida me toma. Tão constante é essa via de duas mãos que nos traz e nos leva. Nada há além do agora, se vier mais depois; é bônus, é graça, é uma chance a mais de, quem sabe, ser e fazer a que viemos.
Carpe diem!
CONTIGO
Contigo amor
Dispo o meu corpo
Num arrepiante desejo
As tuas mãos desnudam-me
Elas percorrem o meu corpo
Envolvendo-me de carícias
Deixo-me levar loucamente
Embrenhar os nossos corpos
Nesta longa noite tão nossa
Olhas-me com o teu olhar sedutor
Como dois jovens namorados
Amantes de tanto desejo sentido
Eu só quero ser feliz contigo
Neste momento de amor.
Tem um piano
no canto da sala...
longe, minhas mãos
se imaginam lúcidas
tem um canto perto do piano
onde fica a chapeleira
e frésias num vaso de cristal.
tem um Ode à Saudade
não lembro quem escreveu
que releio, releio, releio
tem um timbre d'alguma voz
que permanece...
uma bicicleta velha
amparada pela janela
um risco, ou listras
num móvel qualquer
tem a sombra dos pensamentos
forma de sentimento, estranheza
Tem o perfume d'algum quadro
a brisa, o vento, o tempo...
tem o ar das montanhas
e o voo de borboletas
e um bem-te-vi, cantando baixinho.
Tem um por-do-sol e um céu estrelado
tem duvidas e certezas
horas indecisas e ansiedade presa
tem um mundo, um fundo, um por que
e um pouco disso tudo em mim e você
tem velhas cantarolando na praça
e uma multidão de meninos descalços nos faróis
tem quem fala, tem quem faça
tem histórias, tem dois sóis
Tem a tela, e painéis
tem dois Reis, dois destinos
caminhos, moinhos, pincéis
Tem um livro, um vicio, um credo
uma vontade imutável
tem brancas folhas, criação
e mãos e pés e olhos e bocas
e pouco e muito
e nada, estrada...
tem uma luz lá no mato
alguma fogueira acesa
alguem desavisado, um fato
Rodopios, vertigem
Fim do primeiro ato!
O MEU CORPO 💘
O meu corpo procura-te
Com febre à noitinha
As minhas mãos ficam
Coladas na tua pele
O teu cheiro de lavanda
Embriaga-me os sentidos
No anseio dos teus braços
Abraço forte que sinto no peito
Os meus olhos olham os teus
Deverasmente como o rio
Que corre com força para o mar
Na sede que tem em beijar
A tua boca de amargo mel
Sentindo o teu corpo em chamas
A dizer cantando o quanto me amas.