Poesias que Falem em Mãos
Nem sempre consegues conter meu amor
As vezes escorre feito água em tuas mãos
Num gesto de fraqueza
As lágrimas molham meu rosto
Sentirei falta do que não se concretizou
Promessas perdidas
Na imensidão de um mar de palavras
Ecoam e perturbam minha lucidez
Já não sei quem sou
Parto num breve adeus
Um beijo sela a despedida
Noite fria adentro me aventuro
Nos perigos dessa madrugada
Vou sozinha como antes...
Vou sozinha como sempre...
Vou sozinha, contigo no pensamento
E só o tempo me dirá
Se tu ainda te preocupas
Se tu sentes, ainda
Enquanto isso
Vou partindo sozinha
VISÃO
Não passa um dia a cantilena dos versos.
E todas as flores do mundo passam de mãos
O valor do amor e do seu verso
Acompanham-nos até o declive da finura clara.
Embriagados de amor lá do futuro, o medo
Que aplaca as estruturas
Dos coliseus, acaso de outrora.
Como é suscetível o amor
Se há a timidez por anseio de agora
As estações da escada até o nevoento
Vão mudando de tamanho e cores.
Quando se faz do coração um lindo invento
Com a demonstração de sentimentos bons.
A matinal procura, escurece e finda.
E o prazer pelo amor retoma o seu brilho
Conluiado com o que não se tinha falado
Mas que aparece como uma paz
E tudo fixo no movimento das retinas.
De mãos dadas com um desconhecido íntimo
Percebi que a solidão é a saudade de quem caminha ao meu lado.
18.980
3.179.546 passos caminhados
de mãos dadas
3.380 lágrimas choradas
de dor compartilhada
e alegria dividida
18.980 manhãs acordadas com beijos
e café quentes
Entre partidas e chegadas,
18.980 noites dormidas
no repouso do mar do outro,
o lar, a vida.
52 anos de casados.
Quanto de amor se terá amado?
Nunca se saberá.
Amor é sem medida:
Não se pode calcular.
NADA
Eu, que por traz de tudo
Ando com nada nas minhas mãos.
Eu que por ser mensageiro de coisas boas
Hoje entregarei nada das minhas mãos.
O tempo todo estive contendo tudo nas cercanias
Acenando a ninguém para compartilhar o meu nada
Tantos gritos de aflição
Lancei no sentido errado
Quando o destino seria mesmo eu.
Eu, que por dentro de tudo
Não caibo nem o meu nada comporta
Sacudo os braços e a esfinge tatuada
Insiste em ser a minha companhia
Quando eu volvo para o presente
Com o desejo ardente de que seja
As minhas partes tiradas
Disseminada todas aos olhos especiosos
Que não se fincam no luar
O que serviria como um alento
Muitos momentos de graça.
Eu que mesmo remoto me movo
Para a direção onde estão os sonhos de todos
Querendo o meu para um remédio
Para uma dor
Para sarar
A chaga aberta que cabe nada.
Depositei minha vida em tuas mãos Senhor!
Em ti sei que estou segura, porque me amas
E cuidará muito bem de mim.
Autoria:Leila dos Reis
Quisera
Estou chegando ao fim da estrada
Com as mãos vazias pendidas para o chão,
Com os pés cansados da longa caminhada
Com o desapontamento e a desilusão.
.....Quisera voltar ao ponto de partida
Encetar de novo a caminhada,
Rever aquela gente boa e amiga
Onde eu fui feliz, onde eu fui amado.
......Quisera ver o riacho a correr,
Ver o moinho da fazenda trabalhar,
A casa de farinha repleta de gente humilde e simples
Mas feliz a cantarolar.
.....Quisera na relva fresca outra vez pisar,
Subir nas árvores gigantescas e frondosas,
Ouvir de novo dos pássaros o cantar
O mogir do gado ao acordar
.....Quisera poder voltar a te ver debruçada na janela
Olhando na mesma direção que eu
Olhar silencioso e forte
Onde o primeiro amor bateu
Sincronizado, calmo e puro
Quisera eu voltar a ser feliz de novo
Canteiro em que muitas mãos cultivam, tendem a destruir as flores.
Nao permita. Cuide sozinho do seu jardim.
DE MÃOS DADAS COM A SOLIDÃO
Eu quero ficar só, mas algum muito forte me puxa sem fazer perguntas. Quero ir sem dizer adeus o que é impossível, me dispus a partir e quero fazer essa viagem sozinha. Pareci loucura mudar de idéia assim, do “nada” e tão rápido. Mas quero e preciso ficar só! Já tive tanto medo da solidão, mas hoje quero encarar até suas formas mais sombrias, com isso pretendo fortalecer a mim.
Não se preocupe, quando precisar mando um email, ligo... Ligar vai ser a última alternativa, confesso! Hoje estou indo de forma consistente e quero que seja definitiva. Se não for, é porque tem que ser. Não quero forçar mais nada. Querendo ou não as palavras de alguns amigos adentram meu coração com eficácia deixando escombros de tristeza e melancolia.
Às vezes, mesmo estando no começo dessa caminhada, que tento fazer com tanta determinação, bate o desespero o desejo do retorno, "daí" vem na minha cabeça a vontade de voltar, me acalentar em teus braços e pedir desculpas pelo abandono. Mas acabo lembrando, dos motivos que me faz tomar essa decisão, com isso à coragem toma conta de mim e volto a prosseguir, sozinha.
Mãos Entrelaçadas
Esta noite eu só queria que você estivesse ao alcance das minhas mãos...
sonho... e no meu sonho
estico o braço, e minha mão encontra a sua,
encontra a ponta dos seus dedos
deslizo os dedos até a palma, desenho círculos,
fazendo cócegas, seus dedos se fecham...
meus dedos voltam, abrindo os seus, e refazem o caminho... e de novo, e de novo...
descanso então a minha mão na sua,
quente e acolhedora
forte e protetora
entrelaçamos os dedos,
nossas mãos se apertam, e ficam assim,
transmitindo o pulsar dos corações...
e em cada pulso a minha está dizendo, sem palavras,
que eu te amo, eu te amo, eu te amo.
Certa vez dei as mãos à mentira, mal sabia que ao final seria realmente o fim da verdade que acreditei. ‘Verdade’ boa no início, mentira triste por fim.
Não faz muito tempo que desisti de pensar que em todos há a mentira. Isso é tolice. Mesmo se eu continuasse tola certa hora um louco me abriria os olhos, mole como sou.
"Foi me apegando ao pouco que, aos poucos, deixei escorrer pelas mãos o pouco do céu...".
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Sei que é amor porque sei que só com você sinto minhas mãos suarem e minhas pernas bambas.
Sei que é amor porque só você me deixa com a boca seca, com as palavras presas na língua e com a língua presa na vontade de te beijar.
Sei que é amor porque me vejo velhinha ao seu lado, sentada num sofá, ao lado de uma lareira, com uma xícara de chá nas mãos e te olhando por cima dos óculos, enquanto você cola selos num álbum surrado, com suas mãos trêmulas e sua visão já embaçada.
Sei que é amor porque surto e me falta o ar só de imaginar minha vida longe da tua.
Cuide do meu amor, ele é grande e forte, mas é sensível e carente dos seus carinhos e cuidados.
Te amo.
Desapegue, as pessoas gostam do que não tem.
Você me teve nas mãos e me deixou cair, praticamente me derrubou. Agora quer me segurar e eu não estou mais ao seu alcance. Acredite! doi mais em mim do que em você, mas futuramente, será o inverso.
Merthiolate
Por que não caminhar de mãos dadas na rua onde você cresceu? Deixar de estar ali onde, antes de se sentir adulto, fez seus primeiros planos? Ah! O lugar onde aconteceram seus primeiros melhores dias, sua infância, seu sonho de ser mais e mais do que a imaginação pudesse mostrar.
Por que não?
Se tudo começou ali, se tudo que você precisava era a simplicidade de ser criança, de não exigir mais do que tinha no bolsos, quando tinha bolsos. Sim, sua rua, seu lugar elementar, é um bom lugar para caminhar.
Por quê?
Porque seus sonhos eram simples naquele lugar, você entendia sem entender cada coisa que sentia. No seu lugar primário, na sua infância, você se via e sabia exatamente onde queria estar. Não importavam os arranhões, importava era viver.
E assim, quando com quem estiver, você se ver ali, criança, vai entender que estar com alguém é simples, basta esquecer ou não temer os arranhões, afinal, criança descobre fácil o que machuca de verdade e o que se resolve com “Merthiolate”.
E restamos nós
e a nossa verdade,
de repente estranha
e real como um fruto maduro em nossas mãos.
E restamos nós os sobreviventes,
açoitados pelo vento da vida.
(Agora há antes e há depois)..."
Possuído
Fui possuído pela cor da ingratidão
em minhas mãos o perfume que ficou
desabrochou outro sol no teu verão
e a união foi a parte que manchou.
Talvez a gente se perca. Talvez, o que reste, seja a lembrança das tuas mãos encontrando as minhas.
Ou a lembrança do primeiro Oi envergonhado.
Talvez só o que reste, seja ler as vezes nossas primeiras conversas e parar pra pensar na vida, do quanto tudo passou rápido.
O BRILHO DA ESTRELA
Estrela latente que brilha
Pulsando, freneticamente!
Escrevendo com mãos de veludo
Em folhas feitas de amor
Compondo com toque de fadas
Em perfume, sonhos e cor!
Bailado místico a romper amarras
Ímpetos de júbilo, angustia ou dor?
Somente extravasa, pensamento incauto!
Inelutáveis são as desinências
Sentimentos essenciais em cargo arauto
Propagando emoções em suas veemências
Eu amo te ver feliz, sorrindo daquela forma linda de botando as mãos no rosto enquanto sorrir. Odeio te ver triste pelo motivo que seja, e sempre tentarei bota um sorriso no seu rosto.Amo o seu sorriso os biquinho que você faz enquanto fala, sua forma toda de ser. És minha amiga na dificuldade me atura quando ninguém mais tem paciência comigo, se esforça para me deixa sempre feliz. E quando estiver triste me chame, irei fazer as palhaçada mais idiotas do mundo até você da aquele sorriso que eu amo.
Eu sei que você não exgugara minhas lagrimas, porque você nem permitira elas caírem.