Poesias que Falam de Separação
Soneto de separação
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
Amor é isto: a dialética entre a alegria do encontro e a dor da separação. De alguma forma, a gota de chuva aparecerá de novo, o vento permitirá que velejemos de novo, mar afora.
Morte e ressurreição. Na dialética do amor, a própria dialética do divino.
Quem não pode suportar a dor da separação, não está preparado para o amor. Porque o amor é algo que não se tem nunca. É evento de graça.
Aparece quando quer, e só nos resta ficar à espera. E quando ele volta, a alegria volta com ele. E sentimos então que valeu a pena suportar a dor da ausência, pela alegria do reencontro.
Toda separação é triste. Ela guarda memória de tempos felizes (ou de tempos que poderiam ter sido felizes...) e nela mora a saudade.
Afinidade é retomar a relação no ponto em que parou sem lamentar o tempo de separação. Porque tempo e separação nunca existiram. Foram apenas oportunidades dadas (tiradas) pela vida.
Nota: Trecho de um texto do autor.
A morte é meramente a separação dos átomos que nos compõe. Não anuncia portanto nem castigos nem recompensas para os homens. Não devemos temer nem a morte e menos ainda, as punições infernais inventadas pela ignorância e pela superstição.
Dilema do homem
Na vigência do casamento ele se sente preso e atado. Quer, quer a separação. Não agüenta mais as limitações da vida comum. Aí pinta a separação e ele, mais do que a mulher, entra em pânico.
Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente.
Nota: Trecho da crônica "A Despedida do Amor" de Martha Medeiros
...MaisSeparação. Calma, você vai ficar bem.
Vai doer, mas você vai ficar bem. Doerá ainda mais quando não houver independência financeira, mas Deus será contigo e te dará todo apoio necessário.
Irá doer, mas irá passar, irá doer ainda mais se você continuar se machucando física e verbalmente.
Aguenta, segura na mão de Deus, que tudo dará certo, às vezes não conseguimos entender os planos de Deus, mas Seus planos são maiores que os nossos.
Tenho a péssima mania de me preocupar demais com o que pode vir.
Se serei traída, se serei abandonada, se ficarei magoada.
Isto me consome tanto, que eu vivo o agora simplificadamente, cautelosamente.
Sempre com um pressentimento de que o pior está por vir.
Serei eu louca?
Não. Apenas estou com medo de viver toda a angústia da separação novamente.
Mais Um Adeus
Composição: Vinicius de Moraes / Toquinho
Mais um adeus
Uma separação
Outra vez, solidão
Outra vez, sofrimento
Mais um adeus
Que não pode esperar
O amor é uma agonia
Vem de noite, vai de dia
É uma alegria
E de repente
Uma vontade de chorar
Contraponto
Olha, benzinho, cuidado
Com o seu resfriado
Não pegue sereno
Não tome gelado
O gim é um veneno
Cuidado, benzinho
Não beba demais
Se guarde para mim
A ausência é um sofrimento
E se tiver um momento
Me escreva um carinho
E mande o dinheiro
Pro apartamento
Porque o vencimento
Não é como eu:
Não pode esperar
O amor é uma agonia
Vem de noite, vai de dia
É uma alegria
E de repente
Uma vontade de chorar
Mente e coração.
Não existe separação entre mente e coração
Existe o que a mente pensa e o coração sente.
Ou o que o coração sente e a mente pensa.
Cuide do que pensa para que o coração fique feliz .
Cuide do que sente para que a mente fique em paz
Texto para uma separação
Olhe aqui, olhos de azeviche
Vamos acertar as contas
porque é no dia de hoje
que cê vai embora daqui...
Mas antes, por obséquio:
Quer me devolver o equilíbrio?
Quer me dizer por que cê sumiu?
Quer me devolver o sono meu doril?
Quer se tocar e botar meu marcapasso pra consertar?
Quer me deixar na minha?
Quer tirar a mão de dentro da minha calcinha?
Olhe aqui, olhos de azeviche:
Quer parar de torcer pro meu fim
dentro do meu próprio estádio?
Quer parar de saxdoer no meu próprio rádio?
Vem cá, não vai sair assim...
Antes, quer ter a delicadeza de colar meu espelho?
Assim: agora fica de joelhos
e comece a cuspir todos os meus beijos.
Isso. Agora recolhe!
Engole a farta coreografia destas línguas
Varre com a língua esses anseios
Não haverá mais filho
pulsações e instintos animais.
Hoje eu me suicido ingerindo
sete caixas de anticoncepcionais.
Trata-se de um despejo
Dedetize essa chateação que a gente chamou de desejo.
Pronto: última revista
Leve também essa bobagem
que você chamou
de amor à primeira vista.
Olhos de azeviche, vem cá:
Apague esse gosto de pescoço da minha boca!
E leve esses presentes que você me deu:
essa cara de pau, essa textura de verniz.
Tire também esse sentimento de penetração
esse modo com que você me quis
esses ensaios de idas e voltas
essa esfregação
esse bob wilson erotizado
que a gente chamou de tesão.
Pronto. Olhos de azeviche, pode partir!
Estou calma. Quero ficar sozinha
eu co'a minha alma. Agora pode ir.
Gente! Cadê minha alma que estava aqui?
Sem pressa. Sem vírgulas. Sem ponto final. Sem brigas. Sem separação. Sem mágoa. Sem dor. Somente amor, por favor.
Cada um de nós tem sua própria vida para viver. É uma jornada, não uma separação. É um começo, não um fim. Vai ser um pouco solitária, mas é assim que as coisas são.
Não há gente completamente boa nem gente completamente má, está tudo misturado e a separação é impossível. O mal está no próprio gênero humano, ninguém presta. Às vezes a gente melhora. Mas passa.
Quando no namoro não houver correspondência entre os dois seres, é normal a separação, extinguir o namoro e converter este em amizade como se não tivesse existido antes.
Em certos casos, o melhor do casamento é a separação. Principalmente quando o casal vive brigando, agressões verbais e até física. Separar, muitas das vezes, é uma forma de se libertar!
Com a nossa separação, ambos perdemos muito. Eu perdi, porque você foi a pessoa que mais amei em toda minha vida. Você perdeu, porque fui a pessoa que mais te amou em toda sua vida. Mas, de nós dois, você foi a pessoa que mais perdeu, porque perdeu a pessoa que poderia te dar amor por toda vida.
Um dia a maioria de nós irá se separar. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos...
Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim... do companheirismo vivido... Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre...
Hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida, talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nos e-mails trocados...
Podemos nos telefonar... conversar algumas bobagens. Aí os dias vão passar... meses... anos... até este contato tornar-se cada vez mais raro. Vamos nos perder no tempo...
Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão: Quem são aquelas pessoas? Diremos que eram nossos amigos. E... isso vai doer tanto!!! Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos de minha vida!
A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente... Quando o nosso grupo estiver incompleto... nos reuniremos para um último adeus de um amigo. E entre lágrima nos abraçaremos...
Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado... E nos perderemos no tempo...
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...
Nota: Apesar de muitas vezes ser atribuído a Vinicius de Moraes e Fernando Pessoa, trata-se de uma adaptação de "Eram nossos amigos", cuja autoria é de Almany Falcão.
...MaisNão se apaixone por pessoas como eu.
Eu te levarei a museus, e parques, e monumentos, e te beijarei em todos os lugares bonitos, para que você nunca volte neles sem sentir meu gosto como sangue na sua boca.
Eu vou te destruir das formas mais belas possíveis. E depois eu vou te deixar, e você finalmente vai entender porque tempestades recebem o nome de pessoas.
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