Poesias que Falam de Amor do Seculo Xix
Em certa idade, quer pela astúcia, quer por amor-próprio, as coisas que mais desejamos são as que fingimos não desejar.
A amizade é o grande palavrão das mulheres, quer para permitir que o amor entre, quer para o pôr fora da porta.
O amor só vive pelo sofrimento e cessa com a felicidade; porque o amor feliz é a perfeição dos mais belos sonhos, e tudo que é perfeito, ou aperfeiçoado, toca o seu fim.
A maior parte das pessoas vê no problema do amor, em primeiro lugar, o problema de ser amado, e não o problema da própria capacidade de amar.
O amor faz-nos viver no futuro quando se é novo, no passado quando se é velho; e no céu durante um dia.
Algumas mães são carinhosas e outras são repreensivas, mas isto é amor do mesmo modo, e a maioria das mães beija e repreende ao mesmo tempo.
É pelo nosso amor-próprio que o amor nos seduz. Como resistir a um sentimento que embeleza o que temos, que nos restitui o que perdemos e nos dá o que não temos!
O vocabulário do amor é restrito e repetitivo, porque a sua melhor expressão é o silêncio. Mas é deste silêncio que nasce todo o vocabulário do mundo.
O amor, para durar, tem de ser também confiança, também estima. Isto é, deve adquirir algumas das propriedades da amizade.
Gosto desta ideia: que o amor é uma forma de conversação em que as palavras agem em vez de serem faladas.
O único transformador, o único alquimista que muda tudo em ouro, é o amor. O único antídoto contra a morte, a idade, a vida vulgar, é o amor.
Os melhores momentos do amor são aqueles de uma serena e doce melancolia, em que choras sem saber porquê, e quase aceitas tranquilamente uma desventura que não conheces.
No amor nunca os pratos da balança estão equilibrados. E como a essência do amor é etérea, quem pesa mais é quem ama menos.
Há cem mil maneiras de perder o amor de uma mulher, e a única que não se previu é, precisamente, a que se realiza.
Natal quer dizer espírito de amor... um tempo quando o amor de Deus e o amor dos seres humanos deveriam prevalecer acima de todo o ódio e amargura... um tempo em que nossos pensamentos, ações e o espírito de nossas vidas manifestam a presença de Deus.
O amor entre marido e mulher é uma grossa bandalheira. É degradante que um homem deseje a mãe de seus próprios filhos.
Sem amor por si mesmo, o amor pelos outros também não é possível. O ódio por si mesmo é exatamente idêntico ao flagrante egoísmo e, no final, conduz ao mesmo isolamento cruel e ao mesmo desespero.
Pelo exemplo de Beatriz compreende-se / facilmente como o amor feminino dura pouco, / se não for conservado aceso pelo olhar e pelo tacto do homem amado.