Poesias que Falam de Amor do Seculo Xix

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SAUDADES...

Oh! Saudades do ontem que

Eu tive teus olhos pedintes voltados para os meus

Lábios e seios.

Até pareceu-me ser amada

E sonhei sentindo uma dolorida agudez

De desejos quase realizados.

Não pude alcançá-lo, pois no instante seguinte

Partias. Nunca mais deixaste a poesia

Dos teus olhos derramar esperanças

Pros meus tristonhos.

Sepultei nossos abraços suspensos no

Meu pensamento febril

Beijos lúdicos ficaram espremidos na minha

Boca ressecada de tristezas.

E a saudade se ajeitou no meu peito

E nunca mais quis existir sem mim.

Inserida por elenimariana

A catadora de lixo

Sobe a minha rua todos os dias

Recolhendo o lixo reciclável

Carrinho lotado e rangindo pelo peso

Lá vai ela com passos miúdos.

Pele encardida pelo sol

Enrugada pela falta de trato

Não tem pote de creme, nunca o teve

Nem de azeitonas, azeite, maionese,

Não tem na verdade, nenhum pote

Em seu casebre de paredes de latas velhas

E telhas quebradas, partidas como o seu coração

Dolorido e cansado.

Fui até lá levar-lhe umas coisinhas, poucas

Dentro das suas inúmeras necessidades

Pelo Natal passado.

Fiquei chocada com tamanha carência:

Não tem fogão à gaz. As panelas destampadas fervem num fogão de lenha improvisado no quintal.

Não tem geladeira. A comida que sobra, se sobra, terá de ser consumida azeda.

Conversamos, algum tempo.

Deixou-me saber da sua dor de ser sozinha

Viúva com um filho adolescente

Que não quer saber de nada,

Indo ao encontro do nosso desinteresse por eles.

Da sociedade e dos que estão lá no poder.

Com enorme pesar, faço uma comparação

Com nossas atitudes.

Enquanto ela nos livra dos nossos entulhos,

Nós enchemos a sua alma e o seu coração

Com mágoas e ressentimentos

Por conta do nosso grande egoísmo

Egocentrismo, individualismo

Consumismo exacerbado que não nos permite partilhas.

E por escolhas erradas que fazemos na hora de eleger nossos governantes,

descomprometidos com projetos sociais eficientes.

Pobre catadora de lixo!

Está órfã em um mundo

Mesquinho

Excludente

Capitalista...

Inserida por elenimariana

Para meu pai Orizon.

Menino meigo,
risonho.
Humor sempre à flor da pele.
Suas gargalhadas explodiam
Com o encantamento de alguém que descobre o mundo
E está sempre enamorado pela vida.
Colocava o coração
no doce olhar brejeiro
e faceiro
Construía poemas pra amada Mercês.
Talvez
Sem sabê-lo fosse um poeta
Não, talvez não, ele o era de fato
Na simplicidade de suas palavras,
tecia lindos poemas
Cujo tema versava sempre o amor
Grande amor dedicado à eterna amada.
desenhava neles, a menina dos sonhos.
Também foi valente
passou pela vida de uma forma
Magnificamente inteligente!
Homem decente e prudente.
Pois, apesar de muito pobre delineou com exemplos, os perfis dos seus filhos.
Com sua bela herança de honestidade
e generosidade.
Hoje somos todos ricos de valores humanos.
se estivesse aqui entre nós
Teria completado 86 anos de uma exemplar existência.
como partiu, compõe agora lá infinito
86 bilhões de bonitos
Fachos de luz.
Minha constelação de estrelas.
Meu sol
Meu herói imortal.
Meu dilúvio de amor.

Inserida por elenimariana

Solidão

Na escuridão soltaram a minha mão.
Não me deram sequer o tempo para o prumo
Sem rumo
Tateei trôpega a parede do Universo.
Sem visão escorreguei no labirinto dos sonhos.
Perdi-me nele.
Não encontrei saída.
Sem guarida, patinei no lodo das desilusões.
Estive órfã toda a eternidade.
Meus deuses não me responderam.
E em todos os cantos
Apenas os meus prantos,
Jorraram em uníssonos enlouquecedores.
Não tive amores
Apenas o eco das minhas paixões
Desabridas e Jamais correspondidas.
Por isso mesmo, vãs.
Fugazes.
Pequenas e pobres como as minhas lembranças.
Não fiz nenhuma história.
Fui sempre um ser totalmente insosso
Vagueei por aí.
E, então, um dia eu morri.
Sonâmbula na minha solidão.

Inserida por elenimariana

Vazio

Não tive dedos suficientes pra contar
As dores vividas no calabouço
Da minha alma perdida entre mentiras
De que eu sabia que o meu cantar
Levaria com o vento
Para os amados, alento.
Eu nada aprendi dessa troca
De idéias e ideais
Não guardei um só instante
As memórias do aprendizado
Sobre o amor
Que eu vim buscar
Tive apenas ilusões arredias
E apostei em atitudes tresloucadas
Correndo atrás dos que me renegaram.
Acreditei que estes
Poderiam preencher o vazio despudorado
Da agonizante despedida
De quem parte solitária e oca
E solta.
Desprovida de alegria.
Vazia de vida.
Desnutrida e carente
Completa indigente.

Inserida por elenimariana

Lágrimas vãs

Fui eu que chorei o Pacífico
Quando enxerguei as muralhas erigidas
Com toda aquela riqueza lá dentro.
Enquanto crianças de ruas cheiravam cola.
Fui que verti em lágrimas o rio Nilo
Quando soube que mentiriam
Para angariarem muito dinheiro.
Espoliando os pobres e desinformados.
E mal-intencionados
Inventariam sistemas financeiros.
Cruéis e excludentes.
A fatia seria dividida desigualmente
Muitos sem nada
Poucos com muito.
Gente comeria lixo,
Viraria nada.
Na desabalada
Carreira individualista,
Egoísta.
O mundo chegaria ao caos.
Então,
Minha aflição foi tanta.
Que chorei todos os outros mares e oceanos
E rios, e lagos e lagoas
E riachos perenes e temporários.
E no auge da minha dor,
Quando não me restava mais lágrimas.
Suguei as águas do chão,
Sequei a terra
Do deserto do Saara.
Quando entendi que o homem
Trocaria por dinheiro a sua alma.

Inserida por elenimariana

Milhões de amores

Tenho milhares de almas
Milhões de amores.
Milhares de bocas
Trilhões de beijos
De carícias.
De desejos.
Para quem confessaria o meu amor
Se apaixonada sou multidões
De mulheres
Todas gritando por liberdade.
Fisicamente um único ser
Sensível e indecifrável
Dentro de uma solidão incomensurável.
Todos os passantes pela minha vida
Piedade...
Pois se tenho todas as promessas do sim
Tenho de suportar, também, todas as renúncias.
E renunciar quando se ama, é morrer
Disse o poeta
Vim morrendo pela vida aos longos dos meus anos.
Morro todo o dia
Morro toda à hora.
Morro a todo instante.
E morro agora.

Inserida por elenimariana

Impregnados de TEREZA

Os que não conheceram Tereza ao tomarem conhecimento da sua partida
Pensando em nós que ficamos consternados, talvez digam:
Faz sete dias que eles estão sem ela...
Que pena!
No entanto, enganam-se...
Ela tinha um mágico pincel
E desenhou nas nossas almas seu sorriso, seu semblante
De uma forma tão marcante,
Que ficaram incrustados nas nossas mentes
E fica impossível para nós que a amamos.
Esquecê-la um só instante.
Com o tempo a dor diminuirá.
A saudade, por sua vez, aumentará
Então, nós estaremos com certeza
Predestinados
Determinados
Em permanecermos
Impregnados.
De TEREZA.

Inserida por elenimariana

Mágico Menino Neymar

Voa o menino. É alado?
Talvez tenha asas invisíveis
Que os olhos humanos não percebem
Apenas quem pode como ele
Crer na vontade de ser grande.
Ser o melhor naquilo que faz com amor.
Pode enxergá-las.
É contorcionista?
De certo que sim.
Pois, entre pernas adversárias lá vai ele
Com seus requebros estonteantes
Desintegra-se diante de abismados oponentes
Para se recompor lá na frente
E em giros espetaculares golpear redes.
E, quando vestido de verde amarelo,
O garoto multiplica-se em
Duzentos milhões de amantes da bola.
Deixa-se usar por todos nós.
Nós nos entranhamos nele e
Rolamos com ele nos gramados.
Vão junto, também, as nossas almas
Nosso querer e os nossos sonhos
E, então somos com ele, vencedores.
Também é o menino um perfeito desenhista
Quando reproduz nas suas cobranças
Com o floreio dos passistas
Nossos semblantes
Risonhos...
Com seus chutes certeiros e implacáveis
Aí então ele é um mágico gigante, e
Dobra o mundo que maravilhado
O aplaude de pé.
E, então, senhores?
É um Pelé?
Sim, ele o é.

Inserida por elenimariana

Cidadela

Cidadela da minha desguarnecida.
Meu coração, o arqueiro já não tem
A zaga protetora, a guarida
Dantes disposta no sorriso de alguém.

Minha postura muito aquém de regular
Põe contra mim meu próprio time, os sentidos.
Ai, quantos gols angústias permiti marcar
E meu juízo, o juiz, valida os impedidos.

Meus adversários poderosos
Exploram meus rebotes desconexos.
Sempre fatais seus ataques perigosos.
Ai, que se extinguem meus reflexos.

O espetáculo não tem mais atrativo
Golearam meus sonhos e anseios.
Ai que o meu saldo se torna mais negativo
Se se eu me perco até nos escanteios
Da vida...

Inserida por elenimariana

Minha escolha

Não sofro de solidão
'Experencio' uma liberdade que me faz tão bem pra alma...
Por que você quis ficar só? Alguém me perguntou.
Para ser livre. Respondi.
Livre pra quê?
Para ser Só
Mas, ser só por quê? Esse alguém insistiu.
Pra poder escolher. Retruquei.
Escolher o quê?
Ser livre. Conclui.

Inserida por elenimariana

Revendo um recorte da história e refletindo um pouco, percebi que a maior mentira já contada sobre a educação no Brasil é: 'Na ditadura é que as escolas eram boas. Para ser admitido em escolas, os estudantes precisavam passar por uma prova. O ensino público era de boa qualidade'.
Pois bem, o problema é que na verdade, as escolas estavam evoluindo nas décadas de 60 até o início da de 70, por causa dos 'avanços' anteriores a essa época. É ingenuidade (ou esperteza demais) pensar que em tão pouco tempo, todo o ensino mudou, porque a ditadura se instaurou. É muito mais lógico, acreditar que foi um crescimento alcançado por décadas de esforço. O que a ditadura fez, a mando dos EUA e com o aval da imprensa (e da elite) Brasileira, foi acabar com o avanço da qualidade do ensino. Os maiores brasileiros do século passado foram presos, torturados e os que não conseguiram exílio foram mortos. Não foi o aumento do número de vagas que diminuiu a qualidade, mas sim o plano do capitalismo, em manter o Brasil como subdesenvolvido. Se nossas escolas, nossos educadores, nossos políticos honestos não tivessem sucumbido aos 24 anos de atraso extremo, poderíamos até não estar lá nos 90%, mas com certeza estaríamos muito melhor.

Inserida por Althielis

Quando colocarem seus ideais em xeque, você terá duas escolhas:
-Derrubar o Rei e mudar suas opiniões;
-Continuar jogando, sabendo que o empate é o resultado mais provável.

Inserida por Althielis

Emociona-se, ao assistir à Globo,
Com a morte do DG
Mas quando encontra um outro jovem
Que, infelizmente, furta pra sobreviver,
Amarra, chuta, mata
E diz: o culpado por isso é só você.

Inserida por Althielis

Perceba a Lua cheia sobre nós.
Sejamos como essa luz, que mostra seu valor
Quando não há energia elétrica,
Quando o homem do campo está voltando para casa.

Que sejamos cheios, mas conscientes
De que também haverá minguante.
Mas é essa "crise"
Que torna a lua Nova.

Que renovemo-nos sempre,
Sem deixar a essência, os princípios.
Que a cada fase nova,
Cresçamos mais, juntos,
Para celebramos o estar cheio novamente.

Somos luz para tantos jovens
Somos luz, um para o outro.
Mas saibamos que a nossa luz
Nada mais é do que a luz de Deus
Que reflete no seu povo.

Inserida por Althielis

Todo mundo diz: no meu tempo, os jovens não eram assim.
Ninguém diz: eu não consegui educar os jovens, como me educaram. Ninguém se sente responsável, por isso que não muda.

Inserida por Althielis

Não é a chuva
Que está forte demais.
Somos nós que continuamos
Degradando, devastando, desmatando.

Não foi a chuva
Quem derrubou a casa, a árvore, alagou as ruas.
Fomos nós que produzimos a falta de espaço,
Arrancamos as outras árvores,
Entupimos rios, córregos, sistemas de esgoto.

E jogamos tudo no mar
Com a sínica pretensão
De que todo o lixo desapareça
Como num passe de mágica.

Por que jogamos quase tudo no mar?

Inserida por Althielis

Chega um momento, na vida do(a) cristão(ã), que agir somente dentro dos limites do templo já é pequeno demais para ele(a). Aí, a ação evangélica transborda os muros e os preconceitos. Já não é cabível a essa pessoa, ver um irmão, ou uma irmã, com necessidades e não parar para ajudá-lo(a). Já não é humano passar por alguém que sofre e não sofrer junto. Num determinado momento, amar o outro como a ti mesmo pede que quase nada seja mais importante do que a vida do outro. O "sair de si mesmo" torna-se obrigatório. Não há cristianismo, se agimos somente para nós, em nosso favor, por nós.
A vida começa ser ínfima, diante do que pode-se fazer. Então, o Eterno sobrepõe-se ao Agora e tudo faz sentido: minha vida, meus dons, já não me pertencem mais. Eles devem ser colocados à disposição de algo maior. O Eterno vai ficando mais presente a cada dia e tornando-se o guia do agir, do pensar, do falar.
Não é para viver esses 70, 80 anos como se nunca fosse morrer. É para amar nesses 86400 segundos que temos todos os dias.

Inserida por Althielis

O negro precisa trabalhar mais, ser mais honesto, para estar acima de suspeitas no trabalho. O negro precisa se vestir melhor, fazer mais a barba, alisar mais o cabelo, para não ser confundido com um assaltante. O negro precisa ter dinheiro para comprar um sapato para o filho e nunca esquecer a nota fiscal, porque a qualquer momento pode ser abordado. E além disso, há muita gente que acha que o negro deve permanecer calado.
A pessoa passa a vida inteira sonhando com o dia que terá condições de melhorar de vida, dar o que não pôde ter para seus filhos. E aí, quando consegue, a sociedade lhe nega o direito de ser.
Lute, resista, persista.

Inserida por Althielis

São histórias que não batem
Amores que não nascem
Caídos que não reagem.
Muita coisa precisando de "lavagem"
E tudo é devastado por causa da pastagem.
No outono, troca de folhagem
Para reconstruir a imagem
De que temos a coragem
De enfrentarmos a viagem
Dessa vida, que é só uma passagem.

Inserida por Althielis