Poesias que Falam da Natureza
O riachinho chorão
Eu sei onde se esconde
Um riachinho chorão
Fica lá bem pertinho
De um pé de Cachuá
Junta-se ao som do vento
Que sopra sem parar
E ao pranto da chuva
Que cai de Marachuá
Vira um Chororô só
Irritado o riachinho
Desce como enxurrada
Barulhos se misturam
Reclama o riachinho
Ninguém liga pra mim
Diz balançando o Cachuá
Porque foges de mim?
Cai a chuva sem parar
Vendo tudo inundar
Começa a reclamar
Sempre sobra pra mim
Chuá,Chuá,Chuá,Chuá,
Chuá,Chuá,Chuá,Chuá,
Não aguento
Um dia vou sair daqui... esse é o pensamento mais recorrente na minha mente. É que quando se chega não tem muito mais o que fazer, se chega mesmo sem querer nos lugares, somente porque a gente precisa ficar, na maioria das vezes, justamente para um dia poder sair. Não só dali, mas da vida que leva, da miséria que todo dia seus sonhos serra ou da monotonia que a abundancia traz.
Um dia eu vou sair... Desafiar o mundo? Não, não mesmo. O mundo eu já desafio o dia inteiro, dá para vencê-lo, mas e daí? O que eu tento mesmo é desafiar a mim. Quero me desafiar a dar aquele grito de não aguento mais, a pegar logo o nojo da rotina e sair por aí fazendo o que não se faz.
Não quero o lanche que me dão, não quero a prometida promoção, nem o luxo, nem uma mansão. Tudo isso fica e não atende minha satisfação. Um dia eu vou embora, explorar minha natureza ficar onde quer que esteja pelo tempo que durar. Só precisar do que eu tiver.
E ao Teu falar
A cem bilhões de estrelas brilho dás
Planetas nascem com o Teu soprar
Se as galáxias Te adoram, eu também
Posso ver Teu coração na criação
Cada estrela um sinal do Teu perdão
Se a natureza louva, eu também
Admiro as plantas que vivem neste apartamento.
Sem água fresca, cortinas fechadas, pouca conversa.
Respeito estas plantas: pequenas, robustas, teimosas.
Sem ninguém por perto quando o sol castiga.
Sem quem abra a janela para entrar a brisa.
Sobre a mesa da sala, no banheiro, na varanda.
Em silêncio, orgulhosas.
Não morreriam a troco de nada.
VEM CÁ
Qual a graça de ser sem graça?
Vem cá, o topete em pé só fica bem na
Calopsita!
Qual a graça de cerrar os dentes
E ignorar o morador de rua?
Vem cá, ele é ser humano assim como
Você!
Qual a graça de estar em meio a
natureza se o que contempla é apenas o
Celular?
Vem cá, aplica o outro significado da frase e curta a rede!
Qual a graça de frequentar a igreja
Se ao sair debocha da vestimenta do
Desconhecido?
Vem cá, a aparência só serve para
Nos diferenciar no caráter daqueles que a Julgam!
De tolos mal-humorados o mundo está cheio, pois seja então, a graça de alguém.
O barulho da chuva é um som que tranquiliza a alma.
É igual um abraço de alguém que gostamos, que acalma todos os momentos ruins e a insegurança.
A chuva trás um sentimento de desabafo da natureza, que nos traz paz no espírito.
O marmeleiro descasca
no seu verde antigo
o açude racha
no seu mar antigo
o mormaço
esse nem dá as caras
e a gente vive
disso tudo já vivi
sou amigo disso tudo
não precisa desse medo
Eu gosto de você;
sobre um olhar diferente.
Quando a vi, encontrei pureza de
tamanha limpidez, de pronto;
Tive a certeza: foi a natureza que te fez!
Uma menina que transpira amor.
leve, delicada, feito o tocar do
vento numa flor.
Olhar que reluz vida;
Uma voz doce, feito o néctar que alimenta o beija-flor.
És flor desconhecida. Flor que brota amor. Privilégio tê-la em um jardim;
Quem dera brotasses em meu canteiro.
Teria eu; plenitude sem fim.
uma flor pra chamar de amor;
E, que brotasse só pra mim...
As vezes acho que a vida perdeu sentido, ou melhor as pessoas perderam.
Elas não param mais para admirar a simplicidade das coisas.
Preferem torcer o pescoço, a ponto de quebrar, ao ver um carro importado passando, ao invés de olhar o simples e indescritível sorriso de uma criança.
Perderam a razão, pois só sendo louco, trocar o vento fresco que bate no rosto, por uma sala com ar mecânico e falso.
Preferem a luz artificial, do que a luz singela do dia.
Estão perdidas, pois pensam que tendo apenas dinheiro, podem ser felizes,
e assim, gastam saúde, tempo, e a vida, correndo para granjear essa obsessão.
Outono
Sol acorda cedo
Orvalho fresco sobre a grama
No cantar dos passarinhos
Chimarrão e um programa
O verde predominando
O colorido se escondendo
Não esquece do casaco
É o outono florescendo
A folha cai no chão
Céu azul toma forma
É a positiva vibração
A natureza se transforma
A noite se adianta
Céu aberto, lua cheia
Brilho que nos encanta
Outono, singela brisa passageira
E nas trevas, tudo pode acontecer
A noite vira dia, luz de um novo amanhecer!
Vai, meu verso, buscar a Terra em embrião
Da poeira do universo
Desabrocha a natureza em expansão
É BIG-BANG,COISA IGUAL NUNCA SE VIU !!!
Não sei a explicação de ser tão presa ao passado e insatisfeita comigo mesma.
Ainda não aprendi a ser calma.
A natureza e os astro me movem.
O gafanhoto
Eu vi um gafanhoto.
Um inseto vulgar, pensei.
Apenas verde, somente verde.
Me demorei a fitá-lo.
E ele ali quietinho me observando.
Eu vi um gafanhoto.
Verde, verde como as folhas
que já estavam quase que totalmente,
devoradas por ele.
De um relance de olhar, não o teria visto:
Verde: proteção natural,
Verde: compleição formal.
Eu vi um gafanhoto.
E depois outro e outro,
perdi a conta de quantos o veneno matou.
Não faz mal, vieram outros.
Vou começar a contar de novo.
Uma colher fresca de calor,
saborear a razão,
fazer amor...
A aptidão do prazer,
sabedoria.
Onde a magia esplandece,
flora a imaginação de um peregrino.
As fadas que mostram tocas,
os duendes que ficam abismados.
Curiosas paginas de gigantes nesse mundo extremo.
Uma gota refletiu minha imagem.
Sou um mago,
vejo a natureza,
oro e sou ela,
uma natureza que morre devagar.
A Beleza
A dúvida de um ser,
Está aos olhos de quem vê;
Com lágrimas e aos prantos,
Me escondi em um canto;
A Natureza e sua beleza
Curaram a minha tristeza;
O mundo precisa de menos
Muros e mais folhas;
As folhas e as flores,
São frutos de amores,
Que alimentam meu coração
E curam minha solidão;
No momento em que voltei
A ficar são e larguei a ilusão,
Vi que beleza maior é aquela
Que reside no coração.
Todo ser humano tem na água uma fonte de vida.
Toda água tem no ser humano uma fonte de preservação.
22 de março
Dia Mundial da Água
A calmaria
Em um lugar tranquilo
O silêncio chega de mansinho ao pé do ouvido
Suas águas paradas têm tanta clareza
Que acalmam a alma de quem contempla a natureza
O verde das árvores nos dão esperança
Que dias mais calmos façam a diferença
Felizes aqueles que fazem dessa paisagem
Um lugar de paz e harmonia sem estiagem
Segundo Pedro Pomponazzi, os antigos filósofos fizeram bem em colocar o homem entre as coisas eternas e as temporais, pois ele não é nem eterno nem puramente temporal. O homem participa das duas naturezas e está metade numa e metade noutra, assim sendo ele pode viver na natureza que desejar. Alguns homens parecem dominar o seu lado vegetativo e sensitivo e tendem a se tornar quase totalmente racionais. Outros mergulham nos sentidos e parecem animais. Outros ainda assumem o verdadeiro sentido da palavra homem e vivem segundo a virtude, sem entregar-se totalmente ao intelecto nem aos prazeres do corpo.
(da filosofia de Pedro Pomponazzi)
Nega que te protejo? É mentira.
Nega que te velo, te cuspo.
Desossa-me o trauma.
Escarnece a natureza psíquica.
Dê valor às pequenas coisas, aos momentos, às amizades.
Conheça lugares, visite seus amigos, curta seus momentos maravilhosos.
Deus te proporciona eternamente a natureza.
Curta-a! Conserve-a! Viva-a!
Se não te empenhares assim, poderás sentir falta adiante.