Poesias para meu Amor
ENSINA-ME A TE AMAR
Ensina-me a te amar
Sem sofrimento, sem dor.
Definitivamente, ensina-me
Como entender o amor!
E nesse relacionamento
Se permita viver sem que tudo
Seja ponto de interrogação.
Ensina-me a te amar
Com alegria, razão, cumplicidade
Sem cobrança, sem omissão.
Se tudo gira em torno do amor
Sonhos, desejos, felicidades
Ensina-me a te amar
Que te amarei pra posteridade!
PEITO EM CHAMAS
Desatrela-se do teu peito
O meu peito em chamas!
Ficam para trás teu sorriso
Beijos e o fulgor do desejo.
Doravante, tudo irá mudar...
Estações, planos, costumes.
Também sentirei saudades
Daquilo que nunca foi dito
E que nem mesmo virá depois
Pois, o depois nunca existirá.
Seremos sonhos interrompidos
Entre palavras e promessas
De uma vida de amor a dois!
SEM MENOS ESPERAR
Assim, sem menos esperar
Uns te cumprimentam, te abraçam
Te olham nos olhos, te falam
Coisas, sentimentos, verdades
Sem uma prévia determinação
Como se fossem velhos amigos!
Aconteceu comigo outro dia...
Paralisado, tentei compreender
O porquê do gesto espontâneo
Simples, afetuoso, desinteressado
No meio da balburdia, da agitação.
Pra suavidade de um gesto nobre
Não havia uma explicação!
É a vida! Muitas vezes acontece
Esses anjos aparecerem pra nós
De onde menos imaginemos.
De onde vem tanta gentileza?
Vem de Deus! Da generosidade.
Da lei do amor! Da reciprocidade.
AH! COMO EU QUERIA
Ah! Como eu queria
Queria poder decifrar
Todas as mensagens
Que vêm do teu olhar!
Queria poder ter o dom
De poder navegar
Decifrando sonhos
Anseios, quereres
Vontades pertinentes
Que afloram dentro d'alma...
E avivam ao pestanejar.
Mas na verdade Anjo
O que impede a intenção
É a forma desregrada
Do meu estado de ilusão!
A LENTIDÃO DAS HORAS
A lentidão das horas
Atordoa meu pensar.
Adio datas, compromissos
Ignorando, retardo tudo aquilo
Que leva o pensamento
Como um moinho de vento
Girando contra o próprio tempo
Prestes a parar, encalhar!
Passam-se segundos, minutos
E as horas... continuam,
Continuam lentas no ponteiro
Esperando calmas e silenciosas
Como um filme em câmera lenta
Retardando todo o desenrolar
Do enredo do seu mensageiro!
TUDO QUE IMPORTA
Tudo que importa
É acreditar em você!
Se por ventura o desânimo
Se infiltrar na sua vida
Não desanime, nem esmoreça!
Busque forças, abra um sorriso
Alegre-se! Vire de ponta cabeça.
E desvencilhe-se de tudo aquilo
Que não presta, te faz mal:
Pensamentos negativos
Aborrecimentos banais
Acontecimentos desinteressantes
Problemas adversativos...
Espelhe-se no sorriso das crianças!
Saiba: nada é mais importante
Que no limiar de um novo tempo
Ter fé, amor, carinho e esperança.
APRENDENDO A VIVER
Com sábios, aprendi a ler a vida!
Com crédulos, a ter fé esperança.
Com jovens, aprendi que nem todas às vezes
se prevalece a força, a pujança.
Com idosos, aprendi que bom senso,
maturidade e paciência ajudam a envelhecer.
Com sonhos, aprendi que nem tudo é ilusão.
Com a necessidade, aprendi a dar valor as coisas
que a vida sublimemente me ofertou.
Com erros, aprendi que é se errando
que conseguimos aprender.
Que a melhor forma de combater alaridos
excessivos, é silenciando.
Com o amor, aprendi o poder da transformação!
Com guerreiros, aprendi o bom combate.
Que a melhor forma de encarar o medo,
é encará-lo de frente.
Com ideologistas, aprendi que lutar com a alma
é sempre a melhor arma.
E com a dor, aprendi o caminho da libertação!
REPRIMENDAS AO CORAÇÃO
Tento frear vontades...
Os impulsos me condenam!
E por mais que eu queira
Por mais que eu reprima
Não consigo! Meus desejos
Falam mais alto, contrariam.
Pela insanidade dos meus atos
Que se tornam incontroláveis
Perco o equilíbrio, a estribeira
Por anseios de mera ilusão.
E sem dó me flagelo como punição
E tudo que eu disser...
Serão apenas palavras.
Palavras sem qualquer sentido
Sem fundamento, sem razão!
INCOSTÂNCIAS
Ando um tanto sensível.
Qualquer sorriso superficial
Qualquer palavra, gesto
Qualquer abraço apertado
Ou mesmo um carinho afável
Um elogio na rede social...
Me faz tremer, desabar!
Agora, sou alguém que chora
Por lembranças, recordações.
Nem mesmo consigo controlar
Quaisquer Impulsos voláteis
Nas inconstâncias das coisas...
Que desmorona minhas emoções!
BRINCAR DE AMAR
Como é bom estar ao seu lado
Recebendo carinho, afago!
Em cada beijo um sorriso
Em cada abraço um acarinhar.
Como é bom se sentir amado!
Viver esses momentos verdadeiros
Se entregando por inteiro
Sensualizando no tempo apropriado.
Nos seus braços dividir confissões
E ao ouvir sua voz fechar os olhos
E na amplidão do momento...
Encontrar o céu de estrelas, levitar.
Verdadeiramente encontrar a paz!
Se entregar sem menos, nem mais.
Sonhando brincar de viver, de amar!
NOTAS, ACORDES, FALSETES
És minha por inteiro!
Posso dizer que afirmo
Ao descobrir cotidianamente
Por ser amor verdadeiro.
Talvez o amor pra muitos
Seja breve, passageiro
Mas, pra mim especialmente
Transborda de felicidades
Afinando-se perfeitamente.
Compomos letras, melodias
Solfejamos o mesmo desejo
E sempre a misturar-se
A loucos irreprimíveis beijos!
Em nossos toques
Não há notas dissonantes...
Tudo soa magistralmente:
Corpos, sentimentos, prazer
Notas, acordes, falsetes!
SOU APENAS UM POETA
Não tem nada nesta vida
Nenhuma força bruta, indevida
Nenhuma ameaça ou falseta
Que me obrigue, me submeta
A me fazer desistir de sonhar.
E se puder me entenda
Eu sou apenas um poeta!
Um poeta que tenta descrever
Sentimentos em prosas e versos.
Um poeta que vive pra amar.
Amar a natureza, amar a vida
Amar as coisas do seu lugar.
E ao mesmo tempo que transcreve
Seja um texto longo ou breve
É seduzido e se deixa levar
Por palavras, canções
Que tocam a alma e corações!
Portanto, não me deseje mal.
Talvez o que você queira ouvir
Não seja tão fácil assim...
Quem sabe esteja inserida
Numa palavra cruzada, indireta?
Então, volto a repetir:
Mesmo que você não entenda
Quando escrevo exclamando
Ponto e vírgula, reticências
Abraçando, sonhando, amando
A poesia me completa.
Não sendo pobre ou rico
Eu sou apenas um poeta!
ACHO QUE ÀS VEZES
Acho que às vezes
Escuto sua voz
No meu ouvido sussurrar
Aquele poema canção
Que escrevi pra te dar.
Não sei se você lembra...
À época você adorou!
Nele, continha a mensagem
Mais linda que compus
Para expressar meu amor.
Coração apaixonado,
Pelo amor enfeitiçado
Não sabe o que é certo
Muito menos o que é errado!
Acho que era prenúncio do fim...
E assim, um dia desmoronou.
Tava cantada por um canto
Num ritmo de uma poesia
Onde a palavra amor
Deixava-se embalar
Em sonhos e fantasias.
Era mais que uma declaração:
Eram doze acordes na utopia
De um poeta sonhador!
MADEMOISELLE
Quando penso em você
Penso em carne, estilo, prazer!
Como posso explicar, ter calma
Se meus sentidos, minh'alma
Se confundem, se manifestam
No mais intenso desejo, querer?
Como posso não concordar
Se a sua sensualidade assevera
Meus ímpetos, minhas vontades?
Não existe conceito, metafísica
Que impeça essa impetuosidade.
Se é puro prazer? Certamente!
Vislumbramento, encantamento
Do seu corpo, da minha fantasia
Se misturam em minha mente.
Desse sonho não dá pra desistir...
E pra tornar-se verdadeiro, real
Toda vontade que rege o destino
Basta somente ela querer, existir!
ACASO
Se por acaso
Nós nos perdermos
Nos desencontros da vida
Não se desespere
Nem fique ressentida.
O acaso às vezes
Trata de desenvencilhar
Com aspereza e amargor
Os que se querem
Os que se oferecem
Pra viver a vida com amor!
SOU EU QUE TE AMA
Sou eu que te ama
Louca e verdadeiramente.
Que te carrega nos braços
Que afaga teus cabelos!
Que te faz dengo, carinho
Que te cobre de beijos,
Que lê teus pensamentos
Que te envolve com suavidade
Quando sofres desalinho!
Sim, sou eu que te ama!
Que nada contesta, reclama.
Sou eu que a teu respeito
Tudo faz, tudo inventa, sabe.
Sou eu que nada precisa...
Porque tudo que quero, sonho
Dentro de mim existe
Perfeitamente encaixa, cabe!
ÀS VEZES
Às vezes tudo aquilo
Que pensávamos ter
De uma hora pra outra,
Deixa-nos breve vazio...
E aí, percebemos
Que não era pra ser!
Às vezes acontece
Os sonhos adormecem
E sonhando, esquecem
De viver, de acordar!
É quando descobrimos
Que não valeu a pena
Ao amor se entregar!
CADA ABRAÇO SEU
Cada abraço seu
Tem o dom de me acalmar.
É como se eu me revestisse
De uma segunda pele
E colado ao seu corpo
Ter o prazer de poder levitar.
E neste aperto caloroso
Que penetra, me acolhe
Me comprime, me completa
Chego a sentir essa proteção
Bem o ínfimo de minh'alma
Que de tão meigo e intenso
Ressoa dentro do meu coração!
NOSSAS METADES
Quando junto minha metade
Meus desejos, meus anseios
À sua outra metade...
É como se encontrássemos
O amor por inteiro!
Nossos corpos se procuram
Se agitam, se acham
E juntinhos extravasam.
Bocas, pernas, beijos, seios
Nos conduzem, desnorteiam
Para além do nosso imaginário.
Lá, somos o que sonhamos ser:
Felizes enamorados
Se encaixando de tanto querer!
O SILÊNCIO DA PALAVRA
No meio da algazarra
Ecoou o silêncio da palavra.
E a forte mudez por sua vez
Destemida, calma, pacífica
Revelou-se misteriosa, audaz.
Era preciso saber calar!
Calar o que se fazia loquaz.
E o verbo como bom entendedor
Travou moderado na garganta
Por mais que quisesse
Explanar suas manifestações.
E assim todos os silêncios
Sem questionarem rumores
Ao mesmo tempo emudeceram.
Emudeceram sem se quer
Contestarem suas indagações!
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