Poesias de Namoro
DO POUCO QUE SEI
Pra falar a verdade
Nunca me preocupei
Com títulos, nobreza!
Do muito que a vida
Me deu, proporcionou
E que muitas vezes
Refletidamente recusei
Não foi por ingratidão
Falta de brio, de clareza.
Muito pelo contrário
Sempre me contentei
Com o aprendizado
Que por toda vida recebi.
Do pouco que sei
E dos caminhos que andei
Nunca quis tirar proveitos
De uma tal 'esperteza'.
Por isso especificamente
Não posso e nem devo
Ser culpado, penalizado
Por aquilo que sem saber
Deixei de fazer por dúvida
Ou mesmo por incerteza.
CONTEMPLANDO O AMOR
Queria te contemplar
Com o que há de melhor
No meu coração: o amor!
Sem pedir qualquer favor
Te adorar até a eternidade.
Porque a beleza do amor
Independe especificamente
Do que seja beleza física.
A beleza do amor provém
Do encantamento d'alma.
Quantas formas existem
Para encantar um amor?
Tantas que nem sei contar.
Se quiseres ser bom amante
Faz do amor tua inspiração
E entrega-te por inteiro
Sem poupar tinta no teu pintar
E usa como conquista triunfal
O que no amor ser primordial:
Carinho, fantasia, sedução!
ENSINA-ME A TE AMAR
Ensina-me a te amar
Sem sofrimento, sem dor.
Definitivamente, ensina-me
Como entender o amor!
E nesse relacionamento
Se permita viver sem que tudo
Seja ponto de interrogação.
Ensina-me a te amar
Com alegria, razão, cumplicidade
Sem cobrança, sem omissão.
Se tudo gira em torno do amor
Sonhos, desejos, felicidades
Ensina-me a te amar
Que te amarei pra posteridade!
PEITO EM CHAMAS
Desatrela-se do teu peito
O meu peito em chamas!
Ficam para trás teu sorriso
Beijos e o fulgor do desejo.
Doravante, tudo irá mudar...
Estações, planos, costumes.
Também sentirei saudades
Daquilo que nunca foi dito
E que nem mesmo virá depois
Pois, o depois nunca existirá.
Seremos sonhos interrompidos
Entre palavras e promessas
De uma vida de amor a dois!
SEM MENOS ESPERAR
Assim, sem menos esperar
Uns te cumprimentam, te abraçam
Te olham nos olhos, te falam
Coisas, sentimentos, verdades
Sem uma prévia determinação
Como se fossem velhos amigos!
Aconteceu comigo outro dia...
Paralisado, tentei compreender
O porquê do gesto espontâneo
Simples, afetuoso, desinteressado
No meio da balburdia, da agitação.
Pra suavidade de um gesto nobre
Não havia uma explicação!
É a vida! Muitas vezes acontece
Esses anjos aparecerem pra nós
De onde menos imaginemos.
De onde vem tanta gentileza?
Vem de Deus! Da generosidade.
Da lei do amor! Da reciprocidade.
AH! COMO EU QUERIA
Ah! Como eu queria
Queria poder decifrar
Todas as mensagens
Que vêm do teu olhar!
Queria poder ter o dom
De poder navegar
Decifrando sonhos
Anseios, quereres
Vontades pertinentes
Que afloram dentro d'alma...
E avivam ao pestanejar.
Mas na verdade Anjo
O que impede a intenção
É a forma desregrada
Do meu estado de ilusão!
A LENTIDÃO DAS HORAS
A lentidão das horas
Atordoa meu pensar.
Adio datas, compromissos
Ignorando, retardo tudo aquilo
Que leva o pensamento
Como um moinho de vento
Girando contra o próprio tempo
Prestes a parar, encalhar!
Passam-se segundos, minutos
E as horas... continuam,
Continuam lentas no ponteiro
Esperando calmas e silenciosas
Como um filme em câmera lenta
Retardando todo o desenrolar
Do enredo do seu mensageiro!
TUDO QUE IMPORTA
Tudo que importa
É acreditar em você!
Se por ventura o desânimo
Se infiltrar na sua vida
Não desanime, nem esmoreça!
Busque forças, abra um sorriso
Alegre-se! Vire de ponta cabeça.
E desvencilhe-se de tudo aquilo
Que não presta, te faz mal:
Pensamentos negativos
Aborrecimentos banais
Acontecimentos desinteressantes
Problemas adversativos...
Espelhe-se no sorriso das crianças!
Saiba: nada é mais importante
Que no limiar de um novo tempo
Ter fé, amor, carinho e esperança.
TEMPO FELIZ
Na minha memória
Vive um tempo feliz!
Tempo em que aprendi
A escutar o coração
Quando muitas vezes
Houve tristeza, desilusão!
Quando fecho os olhos
E viajo na canção
Relembrando momentos
Percebo claramente
Que quando agimos
Com lógica e sabedoria
Subimos mais um degrau
No caminho da evolução.
Aí, tudo volta a se encaixar:
O que não havia sentido
O que se havia perdido
O que nem era percebido.
APRENDENDO A VIVER
Com sábios, aprendi a ler a vida!
Com crédulos, a ter fé esperança.
Com jovens, aprendi que nem todas às vezes
se prevalece a força, a pujança.
Com idosos, aprendi que bom senso,
maturidade e paciência ajudam a envelhecer.
Com sonhos, aprendi que nem tudo é ilusão.
Com a necessidade, aprendi a dar valor as coisas
que a vida sublimemente me ofertou.
Com erros, aprendi que é se errando
que conseguimos aprender.
Que a melhor forma de combater alaridos
excessivos, é silenciando.
Com o amor, aprendi o poder da transformação!
Com guerreiros, aprendi o bom combate.
Que a melhor forma de encarar o medo,
é encará-lo de frente.
Com ideologistas, aprendi que lutar com a alma
é sempre a melhor arma.
E com a dor, aprendi o caminho da libertação!
REPRIMENDAS AO CORAÇÃO
Tento frear vontades...
Os impulsos me condenam!
E por mais que eu queira
Por mais que eu reprima
Não consigo! Meus desejos
Falam mais alto, contrariam.
Pela insanidade dos meus atos
Que se tornam incontroláveis
Perco o equilíbrio, a estribeira
Por anseios de mera ilusão.
E sem dó me flagelo como punição
E tudo que eu disser...
Serão apenas palavras.
Palavras sem qualquer sentido
Sem fundamento, sem razão!
INCOSTÂNCIAS
Ando um tanto sensível.
Qualquer sorriso superficial
Qualquer palavra, gesto
Qualquer abraço apertado
Ou mesmo um carinho afável
Um elogio na rede social...
Me faz tremer, desabar!
Agora, sou alguém que chora
Por lembranças, recordações.
Nem mesmo consigo controlar
Quaisquer Impulsos voláteis
Nas inconstâncias das coisas...
Que desmorona minhas emoções!
AMAR DE VERDADE
Amar de verdade...
É esperar com paciência,alegria.
É sorrir, cantar, desejar.
É estar pertinho, compartilhar.
É sentir saudades da ausência
Como se um minuto fosse dias!
Amar de verdade...
É sonhar juntinhos, fazer brilhar.
Curtir cada momento da vida
É acordar cedinho só pra te olhar.
É amar sem sentir medo de ser feliz.
E ao cometer erro, saber perdoar!
Amar de verdade...
É se entregar por inteiro.
É servir, afagar, acarinhar.
É superar obstáculos, fronteiras
É saber cuidar, abraçar, zelar.
É ser leal sem meias verdades.
DESEJO, PAIXÃO, ALQUIMIA
Quando te vi, pensei:
Será que o amor precisa
De palavras, vocabulário
Pra sentir, pra declarar?
Obviamente que não!
Amor não é feito de teoria
Muito menos de relatórios.
Forma-se necessariamente
De desejo, paixão, alquimia!
Amor não se explica.
Vai se descobrindo aos poucos:
Olhares disfarçados, uma flor
O calor da pele, o sorriso
O primeiro beijo, mão fria
Coração acelerado, fantasia.
Ingredientes de uma cadeia...
Que devagarinho pega fogo
E de vez o coração incendeia!
BRINCAR DE AMAR
Como é bom estar ao seu lado
Recebendo carinho, afago!
Em cada beijo um sorriso
Em cada abraço um acarinhar.
Como é bom se sentir amado!
Viver esses momentos verdadeiros
Se entregando por inteiro
Sensualizando no tempo apropriado.
Nos seus braços dividir confissões
E ao ouvir sua voz fechar os olhos
E na amplidão do momento...
Encontrar o céu de estrelas, levitar.
Verdadeiramente encontrar a paz!
Se entregar sem menos, nem mais.
Sonhando brincar de viver, de amar!
NOTAS, ACORDES, FALSETES
És minha por inteiro!
Posso dizer que afirmo
Ao descobrir cotidianamente
Por ser amor verdadeiro.
Talvez o amor pra muitos
Seja breve, passageiro
Mas, pra mim especialmente
Transborda de felicidades
Afinando-se perfeitamente.
Compomos letras, melodias
Solfejamos o mesmo desejo
E sempre a misturar-se
A loucos irreprimíveis beijos!
Em nossos toques
Não há notas dissonantes...
Tudo soa magistralmente:
Corpos, sentimentos, prazer
Notas, acordes, falsetes!
MEU PORTO SEGURO
Você é meu porto seguro
Minha âncora do amor.
Minha deusa, minha inspiração
Meu norte, meu abrigadouro.
Seus olhos refletem a paz
Que me domina, me satisfaz.
Sua boca rosa-vermelha
É um convite, uma tentação...
Meu corpo não suporta
Arde, queima como centelha
Quando colado ao seu corpo
Navega em transmutação.
Seu cheiro deixa o vestígio
Que exala no tempo a espalhar
Me chamando, me querendo
E soprando faz navegar
Alimentando minhas vontades
Acolhendo meu desejar!
DEPOIS DO AMOR
Depois do amor...
Da nossa primeira entrega
Quando de novo nos olhamos...
Meu coração de alegria pulando
Quase que a seu olhar se nega!
Não que eu não tenha gostado
Foi tudo tão lindo, maravilhoso
Corpo que se doa, se esfrega
E que ao prazer sempre nos leva!
Logo assim que terminamos...
Sem algum tempo pra relaxar
Eu já te queria de novo!
Eu sei que é mais que normal
Roupas jogadas, amontoadas
Sentir uma pontinha de vergonha...
Numa conversa, num papo informal
Me dispus para uma nova retomada
E o desejo vira cena engraçada...
Mas, sem alguma cerimônia
Quando da nossa primeira vez
Assim que terminamos...
Novamente te quis, te desejei!
SOU APENAS UM POETA
Não tem nada nesta vida
Nenhuma força bruta, indevida
Nenhuma ameaça ou falseta
Que me obrigue, me submeta
A me fazer desistir de sonhar.
E se puder me entenda
Eu sou apenas um poeta!
Um poeta que tenta descrever
Sentimentos em prosas e versos.
Um poeta que vive pra amar.
Amar a natureza, amar a vida
Amar as coisas do seu lugar.
E ao mesmo tempo que transcreve
Seja um texto longo ou breve
É seduzido e se deixa levar
Por palavras, canções
Que tocam a alma e corações!
Portanto, não me deseje mal.
Talvez o que você queira ouvir
Não seja tão fácil assim...
Quem sabe esteja inserida
Numa palavra cruzada, indireta?
Então, volto a repetir:
Mesmo que você não entenda
Quando escrevo exclamando
Ponto e vírgula, reticências
Abraçando, sonhando, amando
A poesia me completa.
Não sendo pobre ou rico
Eu sou apenas um poeta!
ACHO QUE ÀS VEZES
Acho que às vezes
Escuto sua voz
No meu ouvido sussurrar
Aquele poema canção
Que escrevi pra te dar.
Não sei se você lembra...
À época você adorou!
Nele, continha a mensagem
Mais linda que compus
Para expressar meu amor.
Coração apaixonado,
Pelo amor enfeitiçado
Não sabe o que é certo
Muito menos o que é errado!
Acho que era prenúncio do fim...
E assim, um dia desmoronou.
Tava cantada por um canto
Num ritmo de uma poesia
Onde a palavra amor
Deixava-se embalar
Em sonhos e fantasias.
Era mais que uma declaração:
Eram doze acordes na utopia
De um poeta sonhador!