Poesias Infatis sobre Peixes Peixes
n Namorata
Vimos na tarde os peixes saltadores
e a morte da luz nas suas escamas.
Sonhamos o vôo das gaivotas
o silêncio da a´gua parada.
O sol o fogo o vento
os poderes da vida num momento
aceitos. E aceitamos a paz
das paisagens preparadas.
preparamos sem pressa o silêncio entre nós
sem saber ao certo o que devemos sentir:
pelo que não dizemos, nos perdoamos;
pelo que não nasceu, nos enterramos.
O nascer o morrer as dores
do fogo da vida. A vida na deriva do destino
segue o seu curso separado.
Caminhei sobre a agua.
Transformei agua em vinho.
Pesquei aonde não havia peixes.
Colhi onde não tinha frutos.
Curei quando havia doença.
Mas não sou Jesus. Apenas tive fé.
Liberdade
livre como um pássaro
dentro da gaiola
livre como os peixes
em redes
livre como os animais
em jaulas
andar tranquilo pela calçada
mas desviar quando alguém feio, sujo, roto, atro atravessar teu caminho
livre a perambular pelo mato
e com medo de alguém que possa te fazer mal
livre como jesus
estraçalhado na cruz
sair sem hora,a toa, na boa
e controlar as horas pra não se chegar atrasado a qualquer lugar...
e até em lugar nenhum
dar uma volta de carro
enfurecer numa fila...
fechar as janelas e nem curtir a paisagem
andar pelas ruas do teu bairro e achar que o mundo é isso aí
um bando de pessoas trancafiadas com medo da sombra
não conseguir ir além da tua esquina
porque do lado de lá alguém pode te ferir
e te ferirá
e te desrespeitará
e te invadirá
se tu faz
porque não ele?
Renata Nunes
05 de outubro de 2007
A LAGOA SECA
Os pássaros não cantam
Os peixes não pulam
Os animais morrem,
A cerca está quebrada
As arvores estão caídas
As crianças não correm,
Os rios não transbordam
O arado não abre a terra
Os calos nas mãos não doem,
A lagoa está seca
A cava aparece
O espaço rachado se mostra,
Falta água
Não existe pasto
Restam apenas ossos,
De chinelo no pé
De mochila na mão
Do campo vai-se embora,
Dos que ficam a espera
Guardam sua fé
Que do céu venha chuva sem demora.
Como viveria um Beija-flor, sem suas flores para beijar?
Como viveria os Peixes sem o mar para nadar?
E como viveria os meus sentimentos sem você para amar?
Éramos peixes numa bola de cristal, fazendo promessas e assoprando o café. Beirando uma profecia inalterável. Juras despejadas mão a mão, não muito menos que lábios lambuzados de expectativas.
A imensidão tão aberta e devasta parece fazer a brisa soar mais fria, fazendo as narinas arderem num ar tão puro de inverno-primavera. Eu espero poder respirar bem o suficiente para ver a noite amanhecer hoje. Se eu pudesse contemplar os amantes do alto dos telhados as coisas seriam plausivelmente melhores, eu os acertaria uma flecha que rasgaria suas peles flácidas e juntaria seus corações murchos e desperdiçados e eles nem me agradeceriam. No entanto, eu me contentaria, vestindo olheiras visíveis nesta madrugada frígida. Quem sabe aliviasse um coração que já não exibe um humor saudável, quem sabe eu me consertasse.
Queria fechar os olhos,e em alguns segundos as decepções desaparecem, como um mar sem peixes,
A vida é tão bela,mas nós somos tão inresponsáveis que acabamos com ela,
As lágrimas dos meus olhos rolam sem parar, até o momento que você chegar, e me abraçar, Desculpe se lhe maguei, eu te amo, meu amor, minha vida...sem você eu morro de dor !
Adormeço entre peixes, rios e mares
Deito nas águas da ilusão
Me banho, me delicio...
Acordo e durmo outra vez
Para despertar nos braços
De quem me faz deslizar
Nas ondas da paixão.
peixes acinzentados
na bacia do mercado
com olhar um tanto gélido
cativavam a clientela
mas de nada adiantou: todos foram para panela.
Desafios do poeta.
Um poeta em dificuldades
Enfrentando desafios
Feito os peixes labutando
Por falta de agua no rio.
O poeta sente falta
Da tal da educação
Esse objeto viu pouco
Pois não tinha no sertão.
Sua luta continua
Incansável a procurar
Solução para seu caso
Vive num peregrinar
Pensando não desistir
Acha que vai conseguir
Seus desafios superar.
Terê Cordeiro.
O poeta
Sem platéia é um oceano sem peixes.
Um cenário sem Deus
Uma vida sem canção num mundo sem sonhos.
Dos gases às águas
Dos ares às algas
Da areia à praia
Da flor à mata
Dos peixes aos primatas
Da fome à caça
Do fogo à prata
Da fala à arte
Da roda à máquina
Do amor ao ódio
Da dor ao ópio
Sou
Transbordo a expressão do ser no tempo
Sou essa interação, esse senso
Sou essa liberdade, esse contato integrado
CONDÃO DA VIDA
Longe das canoas e dos remos
dos pescadores sedentos de pesca...
Os peixes procriam as suas crias
as suas escamas, e sobre a lua
prateada, saldam as estrelas
ao mesmo tempo em que navegam
sobre a cor alva da flor d'água.
E ao breve amanhecer, contemplam
o sol com sua lagrima molhada
e sob o poder da sua alegria colorida...
Saem nadando sob luz de um novo
dia, aonde a esperança, por ali,
é apenas a varinha de condão de uma,
meiga fada.
Antonio Montes
Por eliminação...
carne não dá
peixes do mar contaminados com mercúrio
frutas e verduras contaminadas com agrotóxicos
caçar é proibido
pescar em rios não está dando nada
sobrou apenas... capim.
e mesmo assim não tem para todos.
Corre o rio, morro a baixo.
Correm cortinas nos tilhos,
Peixes em riachos.
Matilhas de lobos transvestido de ovelha
Jantam cordeiros no jornais.
Jornais escritos por chupa-cabras, por sinal.
As lebres, que morrem sem refletir sobre a morte.
E são domesticas por ovelhas,
Por velhas mentes.
Consciências com engrenagens corroídas
Pelo tempo.
Por não aceitarem um novo tempo.
Ovelhas de três olhos olharão para nosso rebanho,
Como nós olhamos para as cabras da idade média.
As ovelhas de três olhos, comentarão entre si,
Sobre as ideias atrasadas de tal ovelha da vizinhança.
Se assemelhando as cabras comuns, de dois olhos.
Revoluções por segundo.
Percepção periódica.
Rota caótica.
Pescados peixes, variantes
Na relva plena, colocados foram
Reviveram de súbito,
as barbatanas urgiram-se
e no mar de volta, firmaram-se.
Glauco, estupefato ficou
E na relva que estava
Comeu as ervas que juncou.
Peixe virou, caindo ao mar, se deleitou.
Contemplou Sila
Das prediletas ninfas das águas
O Deus do mar, Glauco, virou.
Pediu sua dourada mão cadente
Em seu pleno amor ardente
Mas, Sila no alto do rochedo se esconde.
E morta por monstros horripilantes
Nunca mais se viram
Glauco e sua deslumbrante amante.
MEU CASTIÇAL
No fundo do nosso castiçal
... Havia peixes, sereias,
havia jardins com pássaros e pétalas de flor
... Até céu havia...
Céu com estrelas e lua!
Havia lençol prateado
No qual para ti registrei
sentimentos de amor enluarado
que de saturno lhe dei.
No fundo do castiçal que eu te dei...
Havia até uma batalha
de corais no fundo do mar.
Corais cheio de cores
arco-íres e beija-flores...
Transbordando com meu amar.
Antonio montes
Aqui, nestas margens, só estávamos nós três, as tiorgas, os peixes e nós... Era como se os nossos três olhares estivessem abarcando todo o universo, como se por um instante, os fragmentos de nossas vidas tivessem se recomposto... Havia estupor, maravilha e força. Troca, participação e calor...Havia perguntas e respostas, todas reunidas num único sopro de vida...
Quantos acontecimentos de nós não lembramos, havia o presente e o futuro, que seria o que nos anos vindouros construiríamos..Tudo o que acontecera antes não tinha a menor importância, tínhamos certeza de que tudo superaríamos.Qualquer obstáculo seria fácil para nós...
Isso para nós nunca seria azucrinante. Tudo seria apenas natural, pois seríamos como o fluir da água...
Te tenho nos olhos
Como abelhas no mel
Como peixes no rio,
Como estrelas no céu !
Te tenho nos olhos
Como verde nas matas
Como flores,
Versos e vinhos.
Te tenho nos olhos
Como fogo na lareira
Como voo nos pássaros
Liberdade
Sonhos, caminhos...
Te tenho nos olhos
Como borboletas voando
Como o canto nas ondas
Mares cantando.
Te tenho nos olhos
Como o beijo na boca
Como abraços,
Como o cheiro da relva
Como corpos se dando !
Te tenho nos olhos
Como o poeta a poesia
O repentista o repente
A música, a melodia !
04/07/2017
A poesia do mar é canto
Pássaros e voos
Livres
Incertos
Desertos
Imensidão
Aguas
Peixes e rios
Conchas
Pegadas...
Sol
E vento
Palavras jogadas
Pedras
Perdidas lembranças !
09/07/2017