Poesias de Superação
Desejo, vontade, ação e movimento
A vida é despertada pelo desejo,
impulsionada pela vontade,
e realizada pela força.
A força é alimentada pela persistência,
mas é a resiliência que não nos deixa desistir,
e nos faz recomeçar,
quantas vezes for preciso.
Para todas as coisas é preciso vontade.
Amar é um verbo de ação
e exige movimento,
como caminhar na direção do outro,
com a leveza e simplicidade
que nos torna cúmplices
da nossa própria história.
Porque o amor é uma chama
que se assopra com força,
sem medo de apagar.
Eu quero ver o amanhecer;
contemplar o entardecer,
e admirar o céu estrelado.
Eu quero sorrir sem motivo
e desprezar a tristeza.
Eu quero me contentar com pouco
e fazer o melhor com o que tenho.
Eu quero abraçar com força
e beijar com intensidade e movimento.
Eu quero ouvir a minha alma
dizendo que é hora de ser feliz.
A fé, a atitude e o tempo
A fé do tamanho de uma montanha,
sem atitude, não move um grão de areia.
Mas o vento move a areia que faz a praia,
e pode, se quiser, mudar o deserto de lugar.
A água, como o vento, corrói a rocha,
e pode, aos poucos, levá-la para o mar.
A fé, também pode, com o tempo,
curar todos os nossos males,
ainda que se pareçam montanhas,
com fazem o tempo, a água e o vento,
levá-los aos mares do esquecimento.
A fé também pode,
com o tempo ou atitude,
construir novos caminhos,
movendo a terra de lugar.
Viver não é ser escravo do passado,
ou apenas um sonho do futuro,
mas se alimentar do presente,
para ser autor da própria história.
Atitude
Para ter atitude é preciso alegrar-se,
sorrir e demonstrar simpatia,
transpondo todos os obstáculos.
Bastar aceitar-se,
amar, primeiro a si mesmo,
depois aos outros.
Para se relacionar
é preciso saber se comunicar,
compreender e tolerar.
Para alimentar uma chama
é necessário abraçar, acariciar
cultivar e dar toda a atenção.
Para viver bem é preciso
carinho, respeito e admiração,
desde os mais singelos gestos.
É tempo de admitir os erros,
aprender a confiar,
tolerar, perdoar e agradecer.
É a hora de inovar, reaprender,
ser resiliente, saber esperar,
superar, perseverar e recomeçar.
Sonhos, medos e realidade
Pouco importa como chegamos neste mundo, se fomos ou não voluntários pra viver uma experiência, talvez tenhamos nos comprometidos em dar o melhor de nós mesmos e em fazer o bem a quem fosse possível.
Nós sequer sabíamos quais seriam as nossas crenças e se fortes o suficiente pra nos capacitar a superar os nossos desafios.
Talvez não tenhamos sidos preparados pra perder, sofrer, sermos desiludidos ou manipulados.
Mesmo com todo o otimismo e fé, nem sempre é possível transformar os nossos sonhos em realidade e, em algum momento, temos que nos conformar com a dor, a perda ou algum sofrimento.
Nem sequer sabemos se realmente temos uma missão, mas sempre haverá alguém que se espelha em nós, que nos ame e nos vê como exemplo.
Se não há uma fórmula fácil de superar os nossos problemas, temos que conviver com eles, até encontrar um meio para contorná-los.
Se a felicidade não é um destino, temos que buscá-la no meio do caminho, fazendo das lutas experiência e reconhecendo a nossa própria importância.
De alguma forma somos gratos e aos poucos vamos superando as angústias do passado ou os temores do futuro, porque o presente é o único lugar onde podemos tentar algo diferente.
Talvez as pessoas especiais tenham descoberto como amar a si mesmas, aos outros e a vida, apesar das suas incertezas e a solução seja encarar a vida sem medo dos seus desafios.
No passado
era uma lagarta,
rastejava no caos,
tinha migalhas
por sustento.
No presente,
descobriu a si mesma,
se alimenta de sonhos,
e sabe que é capaz de voar.
No futuro,
deixará o casulo,
seguira carreira solo
ou na melhor companhia,
porque borboleta
nasceu pro voar.
Senhora de si
Ela é autônoma e independente,
comprometida com seus próprios ideais,
e com a realização dos seus sonhos.
Empreende as suas próprias ideias,
vive um cotidiano repleto de propósitos,
impulsionada por sonhos e projetos viáveis.
Esta disposta a sair da zona de conforto,
e batalhar para sobreviver,
sem depender de ninguém.
Ela enfrente a dura realidade
com consciência das suas dificuldades,
sem se lamentar ou sucumbir ao fracasso.
Ela não discute por coisas banais,
não se ilude como os elogios vazios
e não se deixa abater pelo assédio.
Em síntese, ela é empreendedora
ou apenas protagonista da sua história e
será reconhecida por seu próprio nome.
A coisa mais forte
que existe
não é a água,
o fogo, o aço,
nem a vida ou a morte.
Só o amor
supera tudo isso.
As pessoas especiais
já descobriram como
amar a si mesmas,
aos outros e à vida,
apesar das suas incertezas, enfrentando medos
e superando desafios.
Nós somos os fragmentos
das histórias que guardamos,
os pedaços que deixamos
pelo caminho e
as coisas inúteis
que deveríamos
ter deixado para trás.
Somos o que pensamos, sentimos e o que expressamos por qualquer meio.
Somos os nossos medos, angústias e decepções.
Também o que desejamos e o que nos motiva a seguir adiante.
Somos tudo aquilo que se enxerga dentro dos nossos olhos e além deles.
Talvez a única coisa imutável seja a morte,
todas as outras,
boas ou ruins,
mudam,
se transformam ou desaparecem.
Não importa o que o derrubou.
Você pode ter sido ferido,
desencorajado e traído,
mas nada disso o derrotou.
Seu grito agora
pode até ser de dor,
mas vai chegar a hora
e você gritará: sou vencedor!
Não esmoreça,
Fique em pé.
Nunca esqueça:
Vai na sua fé!
Por que você daria a alguém
o poder de lhe dizer,
que você não pode ir mais longe,
quando eles nem sabem
o quão longe você estava
antes de chegar até aqui?
ACENO
Depois que já tiver chorado,
mais do que o suficiente,
por aquele amor que se foi,
zele pelo amor que tem por si.
Basta estender-se brandamente
pelo varal dos sentimentos...
Não somente para secar-se,
mas para, apesar de tudo,
ver-se tremulante, vibrante!
Um aceno para o que passou;
como um sinal para o acaso,
feito bandeira de superação.
Hoje é o aniversário do meu pai.
A saudade aperta, mas hoje, mais do que nunca, eu entendo que o amor nunca morre. Um mês antes de partir, o médico disse que ele iria para casa para esperar a morte. Aquilo me revoltou. Como aceitar que alguém que amamos tem que partir? Como poderia ser melhor morrer em casa?
Eu estava assustada, perdida… Mas, conforme os dias foram passando, percebi que Deus nos deu um presente: a chance de nos despedirmos. Durante aqueles últimos dez dias, tive tempo para perdoar, para cuidar, para dizer tudo o que precisava ser dito. E, o mais importante, para dizer a ele que poderia partir em paz. Que nós ficaríamos bem.
Ele não se foi sozinho, em um quarto frio de hospital. Ele partiu no meio de quem o amava. Com a certeza de que sua missão estava cumprida.
Hoje, a falta dele ainda dói, mas sou grata por termos tido esse tempo juntos. Sou grata por ter aprendido que o amor vai além da vida.
Feliz aniversário, pai. Você segue vivo em mim.
Bruna Wotkosky Palestrante
Entre incertezas e dúvidas,
posso celebrar, ao menos por hoje,
a vitória de não ter desistido de mim mesmo.
Não sei o que o amanhã me reservará,
mas sei que cheguei até aqui —
e isso, por si só, é uma conquista.
Peter Böhler desempenhou um papel crucial na transformação espiritual de John Wesley, ensinando-lhe perseverança em tempos de dúvida espiritual por meio de conselhos diretos e experiências práticas. Quando Wesley, atormentado por sua falta de fé pessoal, perguntou se deveria abandonar o ministério, Böhler respondeu: "Pregue a fé até que a tenha; e então, porque a tem, você pregará a fé". Essa frase encapsula sua abordagem prática e encorajadora. Um episódio marcante foi quando Böhler desafiou Wesley a ministrar a um homem condenado à morte, mesmo com as dúvidas de Wesley sobre conversões no leito de morte. Wesley pregou sobre salvação pela fé, e o prisioneiro experimentou uma transformação imediata, exclamando: "Agora estou pronto para morrer. Sei que Cristo tirou meus pecados". Esse evento não apenas fortaleceu a fé do condenado, mas também ajudou Wesley a compreender o poder transformador da graça divina em ação.
Ver Mateus 28:18-20; Filipenses 4:13; Romanos 1:16-17.
O Monólogo do Abstêmio
São oito horas da manhã de um domingo,
Os raios de sol invadem a cozinha pela janela,
Uma paz enorme me toma,
Como que quando fechou os olhos pareço flutuar,
É como se eu estivesse nos braços do Universo,
Como um abraço,
Me sinto tão completa agora,
Tão feliz,
Uma força motriz,
De dentro para fora,
Enfim, consigo me enxergar,
Respirar,
Sem a face escondida pela máscara do vício em álcool,
Sem a depressão que só passava no fundo de um copo e num comprimido de Rivotril,
Comprimido era meu ser, minha alma,
Num engano intrínseco,
Em passar um pano,
Em fugir da realidade ao invés de enfrentá-la,
O álcool era minha bengala,
Velha, quebrada e que no final o resultado era o chão,
As perdas imensuráveis,
Os vexames inomináveis,
Que agora ficam só na lembrança,
Sim, tenho que me lembrar,
Porque para aquele buraco,
Nunca mais quero voltar,
Essa liberdade que agora sinto,
Eu voltei a respirar...
Borboleta
(Poema de Bruna Wotkosky)
Eu era como uma borboleta recém-saída do casulo,
mas sem forças próprias.
E sem forças, o sangue não corre pelas asas,
e as asas não têm poder para voar.
Eu caminhava errante,
presa ao chão que não era o meu lugar.
Mas em algum momento, o Senhor me levou de volta ao casulo.
E lá, precisei lutar para sair outra vez.
Foi um esforço imenso.
Mas essa luta renovou o fluxo da vida em minhas asas,
e me deu força para voar.
Hoje, ainda lembro do tempo em que andava mais abaixo.
Mas ao lembrar, vejo também a força que precisei para renascer.
E agora, conheço a beleza de voar.