Poesias de Saudades
Saudades eu sinto do cheiro, do jeito, do sorriso, do brilho no olhar.
De tanta coisa... melhor calar.
Somos feitos de saudades do que deixou de acontecer.
Somos lembranças das promessas não cumpridas. Somos uma palavra inventada e arquivada para dizer no momento oportuno que ainda esperamos. Somos o enfrentamento do silêncio que alucina o nosso desejo de felicidade.
Somos qualquer tolice afetiva que não encontra tradução. Somos sobretudo o desejo de esquecer o que não foi ofertado. Somos até amor.
Hoje mais uma vez lembrei-me de ti...!
Senti saudades das chuvas que escorriam
Nas vidraças do meu quarto... Onde eu podia divisar
O horizonte... As montanhas...
O vento frio que balançava as copas das árvores do jardim...
E uma lágrima bailou em meus olhos...
Olhei para a varanda onde tomávamos chá e escrevíamos poemas...
Meu pensamento voa e encontra as notas musicais
Com as quais eu tocava melodias...ao entardecer...
Regresso ao tempo...
Visto-me de lembranças e sonhos
E descubro que... No jardim são as mesmas
Rosas vermelhas que me davas
Nos dias que vinhas ver-me e abraçava-me com tanta ternura...
E então sorrio da dor de querer-te mais uma vez...
Mas se nunca me deixaste... Vives dentro de mim
Por isso tantas saudades tuas...!
Eu sou feita sonhos
Metade de mim saudades e outra poesia,
Saudades por raro momento o amor no coração,
Momentos que não esqueci! Vive momentos tão marcantes,
Chorei... Muitas vezes desistir, mas uma vontade louca de ficar.
Saudades do amanhã
É lindo desejar o futuro, cada minuto é a certeza da caminhada,
Certeza de que haverá dias melhores, dias de coragem , perspetivando a paixão da vida
Certeza que a fé jamais será derrubada , o amor será conquistado , saudades do passado jamais lembrado .
Mauro Botas
Hoje estou assim!
Com saudades Querendo que o tempo volte onde eu quero está com ele, Mas a saudade é tanta que me paralisa a mente, É muita saudade E nem consigo me encontra... E nada me deixa feliz Como se podem sentir saudades de uma época da fantasias e de amor Por que sentir saudades de um passado se não estou, mas lá, inventado saudades Quando há um presente imenso para se viver... Mas meu coração não sossega coração pretensioso sempre faz sofrer quer A razão até tenta dominar Mas raramente consegue E por causa do coração sinto tantas saudades...
Hoje entendi
Que não há ninguém igual...
Quando um amigo se vai, fica um pouco de saudades
e nada se desprende do vazio que fica, é como dormir e
não querer acordar, e meu coração se vestiu de luto, dos versos, das conversas jogadas ao vento. Quem irá pegar?
Se hoje só me resta poesia e com saudades fiquei...
Hoje eu puder
ouvir sua voz...
que saudades me deram de estar do seu lado
queria esta contemplando o azul do mar junto com você,
e olhar bem nos seus olhos e dizer,
que só mar sabe o quanto chorei por você.
Andei por tantas ruas,
Vivi tantos amores,
Deixei lembranças e
Vivo de saudades.
Reguei alguns sonhos,
Tantos outros partilhei,
Muitos nem nasceram,
Pela ausência do amor.
Não acumulei riquezas,
nem vivo na pobreza.
a viva me fez nobre.
Sou simples por natureza.
Saudades você me traz...
Esse sentimento passa mansinho em meu coração.
Talvez ele se vá como as folhas do outono.
Ou quem sabe? Não se desabrochem em flores de primavera.
Há o seu cheiro....
Aproveitarei cada segundo desse sentimento, pois nele vejo paz.
SAUDADE
E o dia era só lamento
Lacrimejava o telhado com saudades dela
Nos dias de chuva tudo é mais difícil
O café na segunda xícara a esfriar
Ele ainda não se deu conta
De que ela se fora para sempre
Sua companhia agora, só a dor!
saudades! sim… talvez… e por que não?...
[5 de abril de 2015]
24 horas! reabri hoje o livro a paixão segundo g.h., da clarice. escolhi-o para ser o nosso manual de inexistência mútua. 24 horas. o tempo não é real. saudades! sim… talvez… e por que não?... saudades de feitio estranho. fome de fazer nada ao teu lado, porém a distância fala do seu próprio modo, o tempo não fala, mas canta a sua própria canção. 24 horas sem comunicação. aceito a fatalidade com um sorriso triste. a resposta possível não é possível, amor e mistério. tenho medo da saudade, ainda que ela ande presa a mim.
©pedro pereira lopes
saudades! sim… talvez… e por que não?... [2]
[7 de abril de 2015]
segunda-feira. foi a primeira sem ti, detestável. comprei os sorvetes, como sempre, um pouco depois das nove da noite. encontrei-te em espírito na última aula, hesitei, fiz uma pausa. experimentei os olhos afadigados dos estudantes sobre os meus, abandonei a sala para refrear a dor da tua inexistência.
descobri, afinal, que a tua irmã tem a tua voz, como várias vezes disseste. condenei a minha intromissão, queixei-me então do dia, do frio, da solidão e da tua coragem. os sorvetes desfizeram-se, sobre a mesa, entre a pilha de louça suja. justiça poética, acredito. hoje é feriado. tenho a certeza de que cá terias passado a noite… saudades! sim… talvez… e por que não?... onde estiveres, só quero que te lembres de ser feliz.
©pedro pereira lopes
saudades! sim… talvez… e por que não?... [3]
[8 de abril de 2015]
trabalhei com afinco, o dia todo – como sempre o faço –, com a vã esperança de libertar-me. então o trabalho não liberta? de pouco adiantou. surgias em cada palavra vitimada que eu lia, e punha-me logo a sorrir como um louco no fim da tarde. guardei o riso para depois, rir sozinho a desgraça alheia não tem graça nenhuma.
hoje tive uma raiva daquelas! voltaram a tirar-me uma das luzes do carro. ao malfeitor brindei as labaredas infernais, mesmo que tenha sido por meio de um haicai muito mal conseguido. são saudades! sim… talvez… e por que não?... falando em poesia, descobri que não eras, afinal, o pote de vida, mas sim a fonte.
©pedro pereira lopes
saudades! sim… talvez… e por que não?... [5]
[13 de abril de 2015]
já se sabe que os escritores são uma raça estranha de seres humanos – assunto esgotado. enfadonha seria a sociedade sem, por exemplo, pessoas como o eduardo white, sangare okapi e álvaro taruma. disse-me um amigo filósofo que agora é deputado: ‘os poetas são os humanos mais humanos’. white tinha um coração ainda maior do que o talento. sangare idealiza ilhas e calça sapatilhas coradas (quando não está a encantar serpentes com o fumo do cigarro que se apaga no turbante do aladino). taruma, o condenado, vive mesmo numa ilha, mas é um pirata de terra firme. em comum, a poesia.
sonho. é melhor assim, que pensem que de um sonho se tratou. foi real, ouvi a tua voz. quanta preciosidade numa curta ligação! refiz a nossa última visita ao mar. escalei as pedras e dediquei o teu nome à infinidade das águas e do céu, num voto de afecto alternativo e, talvez moderno.
sabes que tenho uma paixão pela academia, mas está a fartar-me o ensino. talvez devesse ficar exclusivamente na investigação, não sei. o resto conto-te pessoalmente. apeteceu-me um sorvete, como sempre, nas segundas. o teu ficou guardado, com duas lambidelas cheias de ternura. saudades! sim… talvez… e por que não?...
© pedro pereira lopes
SAUDADES/LEMBRANÇA
Márcio Souza.
Eu quero sentir saudade,
Para aumentar meus desejos,
Lembranças, doces saudades,
Dos teus abraços e teus beijos.
MORTE DO POETA
Marcio Souza
Meu mundo perdeu-se as cores,
Transformou-se em saudades,
Já não canto mais versos de amores,
Foi-se embora a felicidade.
Será meu canto de despedida?
Que o próprio tempo revela?
Dessas surpresas da vida,
Que o pobre poeta não espera?
É uma angústia sem fim,
É uma dor que arrebata,
Que tomou conta de mim,
E que aos poucos me mata.
E nessa adversidade sentida,
Levada à própria sorte,
O poeta morre, com a poesia em vida,
E a posteriori, com o seu próprio corpo a morte!
De tantos versos e cantigas,
Hoje é um poeta que jaz,
Sem lágrimas de despedidas,
Que apenas, partiu em paz.
Marcio Souza
O que Levarei
Da vida, só levarei saudades
De todas as derrotas que já vivi
Pois à vida não é feita só de vitória
Se fosse assim, não haveria persistência
em conquista o objetivo e as vezes fracassar
no caminho que desejei.
Nem por isso parei de lutar e muito menos
desisti em meio as labutas
Jogar tudo pro alto? É o que mas já me deu!
Em tudo continuarei lutando, prosseguindo e
persistindo.
Recompondo-me e como dizia o Superman:
Para o alto e avante...
Avançando até o alvo e correndo atrás dos
meus sonhos.
Da vida, o que levarei? Tudo que perdi como
também tudo que conquistei
Levarei os sonhos que ainda não realizei e aqueles
que já foram concretizado
Levarei o amor que se foi e o amor que hoje jorra em
meu coração com toda sua maestria
Da vida, o que levarei? Levarei o amor pela
escrita, como também dizia Paulo Coelho:
Escrever é uma maneira socialmente adequada
de ficar nú em público.
E assim que amo ficar, completamente nú perante
aqueles que amam ler o que escrevo
Da vida, o que levarei? Levarei um pouco de vocês
e deixarei um pouco de mim
E assim continuarei escrevendo com letras garrafas
um pouco dessa aventura que é a vida.
Pois história além de ser contadas foram feitas para
serem vivida
Da vida, o que levarei? Levarei a arte que consegui
transmitir.
SAUDADES
Quando voce me deixou
O meu coracao queixou
Quando voce foi-se embora
Nao deixei-te fora
A saudade bateu a porta
Pediu voce estar de volta
Vem estar sempre comigo
Vem matar esse castigo
Quero estar contigo todo dia
Ouvir a tua voz como melodia
Ja nao aguento mais com essa fantasia
Que dia-a-da voce me cria
Eu tenho saudades amor
Eu tenho saudades demas
Estou cansado de esperar
Todos os dias estou a chorar
A saudade esta me roer
O meu coracao esta doer
Seraque amor nunca mais volta
A saudade nunca me solta
Às vezes tenho saudades da minha vida.
As coisas que fiz foram embora.
E Eu preciso de alguma coisa, talvez uma bebida.
Para presenciar o que virá agora.
Mesmo sendo coisas ruins e inesperadas.
Mesmo que Eu esteja me sentindo incerto.
Estando perto de tudo que Eu gosto.
Eu preciso emocionar-me para sentir a realidade cavar a minha alma e me dar um soco na cara.
Acordando-me de tudo quanto é sonho, de tudo quanto é monstro e me dizendo “A vida toda é uma mentira".