Poesias de Saudades
Vejo saudades
Vejo saudades nos antigos
Seus olhos lacrimejam sem parar
Ah, que saudade da terra batida.
Dos campos molhados, cheirando melhor...
Vejo saudades nos antigos
Não conseguem cada sentimento expressar
Pensam, mesmo que mortos, voltarem as suas terras.
Querem descansar desse mundo muito pior...
Vejo saudades nos antigos
Dos tempos que brincavam sem parar
Nas conversas com os vizinhos na taberna
Onde a maldade não pairava, lugar sem dor...
Vejo saudades nos antigos
Desejos de reviverem tudo de novo, mas lá.
As lembranças os levam a lugares impossíveis de voltar
Contudo, deixa marcas tristes no rosto a chorar...
Sinto saudades
Momentos
Escrevo nos versos
Na alma
Não lembro por lembrar
Sinto
O tempo que já foi
É parte de mim
Não escondo
Vivo !
É que as vezes ela sente saudades.
Saudade de quando você falava com
ela sem motivos, de quando chegava
mensagem no celular e ela sorria
mesmo sem ler a mensagem, porque
ela já sabia que era você. Saudade de
quando ela via algo engraçado ou
romântico e tinha alguém pra contar.
Saudade de quando acontecia algo
que a entristecia e ela tinha você ao
final do dia pra dizer que tudo iria
ficar bem. Ela sente saudades de
como você a irritava, da maneira
como você a roubava sorrisos bobos,
dos apelidos, das suas manias
irritantes, da maneira com que vocês
se abraçavam e não queriam mais se
soltar. Ah, como ela queria isso tudo
de novo... Ela está meio que
incompleta, vazia, pois você era a
única pessoa que no final ela poderia
contar... Mas hoje, o que você se
tornou pra ela? Apenas uma
lembrança boa.
Saudades daquela época, se eu pudesse voltaria, mas estou feliz com os improvisos da vida.
Temos que aproveitar cada momento de nossa vida.
A vida não é nada do que cogitamos, ela é imprevisível e inédita todos dias.
A vida deve ser conduzida com leveza, paz, amor, harmonia e só esperar o melhor resultado".
ME NEGASTE O SEU AMOR
Me deu saudades,
E eu lhe procurei.
Mas não a encontrei.
Te liguei,
Você disse: Estou indo,
E eu lhe esperei.
Mas você não veio,
E triste eu fiquei,
Com você, me enganei.
Mas se um dia,
Você me procurar,
Eu estarei a lhe esperar.
E lhe darei,
Tudo o que em ti não encontrei,
O amor, que você não quis me dar.
Amanheço
um confuso labirinto de saudades que nunca se encontram
Uma voz se anuncia no espelho
onde meu rosto
teima em não me reconhecer...
Mas moramos todos lá!
Meu céu
anoitece no chão de estrelas de papel
Tudo insiste em ser assim
e até mesmo nada
E eu
deixo...
Escrito para mim!
" Saudades de Dom Quixote, de seus rompantes.
Suas verdades puras, de vida breve: seus instantes.
Somos loucos, revolucionários.
Mutantes.
E, embora visionários.
Sem Cervantes.
Somos poucos.
Sem lembranças.
Sem verdades.
Sem lealdade.
Sem Sancho Pança.
Queria encontrar Quincas.
Viver seus lares.
Em bares.
Criados, endeusados.
Por Jorge Amado.
Beber seus mares.
Seus gritos.
Suas mágoas.
Seus berros aflitos.
Suas águas.
Quem sabe, até por ironia.
Reveja Brás Cubas.
Suas histórias.
Seu dia- a- dia.
Em minha memória.
Aprendiz.
Representada por u'a atriz.
Em seu viver encantado.
Por um Machado de Assis.
A quem sempre quis.
Feliz.
Em suas sátiras.
Em seus ardis.
Hoje meu pensamento está suado.
Saudoso.
Cansado.
Malcomportado.
Querendo calar, ansiando ouvir.
Algum canto, algum hino.
Reclama a presença de Meire.
Clama por seus encantos.
Sua voz.
Seu violino."
Silveira Serpa Antonio
Saudades eu sinto do cheiro, do jeito, do sorriso, do brilho no olhar.
De tanta coisa... melhor calar.
Somos feitos de saudades do que deixou de acontecer.
Somos lembranças das promessas não cumpridas. Somos uma palavra inventada e arquivada para dizer no momento oportuno que ainda esperamos. Somos o enfrentamento do silêncio que alucina o nosso desejo de felicidade.
Somos qualquer tolice afetiva que não encontra tradução. Somos sobretudo o desejo de esquecer o que não foi ofertado. Somos até amor.
Hoje mais uma vez lembrei-me de ti...!
Senti saudades das chuvas que escorriam
Nas vidraças do meu quarto... Onde eu podia divisar
O horizonte... As montanhas...
O vento frio que balançava as copas das árvores do jardim...
E uma lágrima bailou em meus olhos...
Olhei para a varanda onde tomávamos chá e escrevíamos poemas...
Meu pensamento voa e encontra as notas musicais
Com as quais eu tocava melodias...ao entardecer...
Regresso ao tempo...
Visto-me de lembranças e sonhos
E descubro que... No jardim são as mesmas
Rosas vermelhas que me davas
Nos dias que vinhas ver-me e abraçava-me com tanta ternura...
E então sorrio da dor de querer-te mais uma vez...
Mas se nunca me deixaste... Vives dentro de mim
Por isso tantas saudades tuas...!
Eu sou feita sonhos
Metade de mim saudades e outra poesia,
Saudades por raro momento o amor no coração,
Momentos que não esqueci! Vive momentos tão marcantes,
Chorei... Muitas vezes desistir, mas uma vontade louca de ficar.
Saudades do amanhã
É lindo desejar o futuro, cada minuto é a certeza da caminhada,
Certeza de que haverá dias melhores, dias de coragem , perspetivando a paixão da vida
Certeza que a fé jamais será derrubada , o amor será conquistado , saudades do passado jamais lembrado .
Mauro Botas
Hoje estou assim!
Com saudades Querendo que o tempo volte onde eu quero está com ele, Mas a saudade é tanta que me paralisa a mente, É muita saudade E nem consigo me encontra... E nada me deixa feliz Como se podem sentir saudades de uma época da fantasias e de amor Por que sentir saudades de um passado se não estou, mas lá, inventado saudades Quando há um presente imenso para se viver... Mas meu coração não sossega coração pretensioso sempre faz sofrer quer A razão até tenta dominar Mas raramente consegue E por causa do coração sinto tantas saudades...
Hoje entendi
Que não há ninguém igual...
Quando um amigo se vai, fica um pouco de saudades
e nada se desprende do vazio que fica, é como dormir e
não querer acordar, e meu coração se vestiu de luto, dos versos, das conversas jogadas ao vento. Quem irá pegar?
Se hoje só me resta poesia e com saudades fiquei...
Hoje eu puder
ouvir sua voz...
que saudades me deram de estar do seu lado
queria esta contemplando o azul do mar junto com você,
e olhar bem nos seus olhos e dizer,
que só mar sabe o quanto chorei por você.
Andei por tantas ruas,
Vivi tantos amores,
Deixei lembranças e
Vivo de saudades.
Reguei alguns sonhos,
Tantos outros partilhei,
Muitos nem nasceram,
Pela ausência do amor.
Não acumulei riquezas,
nem vivo na pobreza.
a viva me fez nobre.
Sou simples por natureza.
Saudades você me traz...
Esse sentimento passa mansinho em meu coração.
Talvez ele se vá como as folhas do outono.
Ou quem sabe? Não se desabrochem em flores de primavera.
Há o seu cheiro....
Aproveitarei cada segundo desse sentimento, pois nele vejo paz.
SAUDADE
E o dia era só lamento
Lacrimejava o telhado com saudades dela
Nos dias de chuva tudo é mais difícil
O café na segunda xícara a esfriar
Ele ainda não se deu conta
De que ela se fora para sempre
Sua companhia agora, só a dor!
saudades! sim… talvez… e por que não?...
[5 de abril de 2015]
24 horas! reabri hoje o livro a paixão segundo g.h., da clarice. escolhi-o para ser o nosso manual de inexistência mútua. 24 horas. o tempo não é real. saudades! sim… talvez… e por que não?... saudades de feitio estranho. fome de fazer nada ao teu lado, porém a distância fala do seu próprio modo, o tempo não fala, mas canta a sua própria canção. 24 horas sem comunicação. aceito a fatalidade com um sorriso triste. a resposta possível não é possível, amor e mistério. tenho medo da saudade, ainda que ela ande presa a mim.
©pedro pereira lopes
saudades! sim… talvez… e por que não?... [2]
[7 de abril de 2015]
segunda-feira. foi a primeira sem ti, detestável. comprei os sorvetes, como sempre, um pouco depois das nove da noite. encontrei-te em espírito na última aula, hesitei, fiz uma pausa. experimentei os olhos afadigados dos estudantes sobre os meus, abandonei a sala para refrear a dor da tua inexistência.
descobri, afinal, que a tua irmã tem a tua voz, como várias vezes disseste. condenei a minha intromissão, queixei-me então do dia, do frio, da solidão e da tua coragem. os sorvetes desfizeram-se, sobre a mesa, entre a pilha de louça suja. justiça poética, acredito. hoje é feriado. tenho a certeza de que cá terias passado a noite… saudades! sim… talvez… e por que não?... onde estiveres, só quero que te lembres de ser feliz.
©pedro pereira lopes