Poesias de Robert Louis Stevenson
O tempo se apossou do que havia. (Foi quando pude te explicar que as minhas expectativas não eram exigências). Hoje em dia, depois de tanta história não acontecida, sobrou amizade, saudade, respeito. Já que fomos tão inábeis para o amor, restou enfim, essa ternura encabulada e nossas conversas pela madrugada numa hora em que a saudade nos constrói as frases com todos os adjetivos mais suaves para não espantar o sono. E a consciência de que não há mais tempo para usufruir o que não foi aproveitado a tempo. (Por isso choramos apenas por dentro sem deixar que nossa voz denuncie nosso olhar raso de esperas intactas). Por isso tanta doçura nas palavras pra não ferir ainda mais essa melodia frágil e cheia de melancolia. E essa tentativa de que o abraço, apenas escrito, tenha outras formas de tocar. Porque queríamos a mesma coisa, exatamente o que nos faltava e que não soubemos porque não tínhamos para dar.Seguimos, ainda assim, unidos — não por sentirmos o mesmo amor, mas por compartilharmos aquela mesma solidão.
Antes de você julgar alguém, reflita: Será que você não faria o mesmo em outros tempos? Pense antes!
Se alguém nos deixa por causa de alguma insatisfação que causamos, não é falta de companheirismo é falta de afeição mesmo...
O sentimentalismo, por ser inerente aos seres humanos, nem todos dele podem desvencilhar-se, mas podem conter-se, dominar, podem procurar, pelo pensamento bem irradiado, encarar a vida de maneira mais racional.
Queiramos ou não, devemos saber que o único tipo de emprego remunerado que permanecerá disponível com o passar do tempo será de tipo intelectual criativo. Para quem não estiver preparado para isso, o futuro será sinônimo de desemprego, a não ser que se adote um novo modelo de vida, com uma redistribuição de renda e trabalho baseada em critérios totalmente inéditos, como estão fazendo na Holanda, onde 36% da população ativa trabalham só meio expediente.
Para os trabalhadores de muitos países permanecem válidas as observações feitas por Schulz há um século e meio: "Milhões de homens conseguem obter os meios de subsistência estritamente necessários somente por meio de um trabalho cansativo, fisicamente desgastante, moral e espiritualmente deturpante. Eles são obrigados até a considerar como uma sorte a desgraça de ter achado um tal trabalho."
Há sempre um perigo no amor que tem utilidade ...No dia em que deixa de ser (útil), mandamos embora, dispensamos.
O sonhador de sucesso sempre tem um belo sorriso nos lábios. Ele sabe que quem não sonha deixa de aproveitar a vida.
Porque nos temperamentos sensíveis as alegrias do coração tendem a completar-se com as sensualidades do luxo: o primeiro erro que se instala numa alma até aí defendida, facilita logo aos outros entradas tortuosas - assim, um ladrão que se introduz numa casa vai abrindo sutilmente as portas à sua quadrilha esfomeada.
O coração de uma mulher é uma fortaleza, que para se conquistar, o general precisa travar longas batalhas, sendo que a pior batalha de todas é manter sua conquista.
A Verdade não se modifica: nós sim, nos modificamos e por isso se modifica para nós o aspecto da Verdade
Embora os caminhos sejam diversos, não são poucas as pessoas que os confundem com atalhos na esperança de encurtar a jornada e... vão perder-se em cerrados abrolhos.
Em delícias eternas vive a alma que em si mesma encontra a felicidade, sendo una ao Pai e desapegada do mundo exterior
A liberdade de expressão não é tão livre assim. Posicione-se contrário e seja processado e/ou subjugado.
Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nada é de si mesmo imundo a não ser para aquele que assim o considera; para esse é imundo.
Eu finalmente descobri que eu sou solitário por natureza, mas ao mesmo tempo eu sei que muitas pessoas, muitas pessoas pensam que possuem um pedaço de mim. Elas mudam e se movem sob a minha pele, como um desfile de memórias que simplesmente não vão embora. Não importa onde eu estou, ou como estou sozinho, eu sempre tenho uma cabeça cheia de gente.
(…)O que sobrou posso contar nos dedos, antes eu mal conseguia fechar as gavetas tão abarrotadas de coisas, pessoas, lembranças…
“Conhecer a língua portuguesa não é privilégio de gramáticos, senão de todo brasileiro que preza sua nacionalidade. É erro de consequências imprevisíveis acreditar que só os escritores profissionais têm a obrigação de saber escrever. Saber escrever a própria língua faz parte dos deveres cívicos.”