Poesias de Robert Louis Stevenson
Os problemas globais merecem respeito. Mas, os individuais, que se somam, produzindo volume, são factíveis de solução.
A inundação resulta da gota de água.
A avalanche se dá ante o deslocamento de pequenas partículas que se desarticulam.
A epidemia surge num vírus que venceu a imunização orgânica.
Desta forma, faz a tua parte, mínima que seja, e o mundo melhorar-se-á.
A sociedade, qual ocorre com o indivíduo. é o resultado de si mesma.
Reajustando-se o homem, melhora-se a comunidade.
E, partindo do teu empenho pessoal, para ser mais feliz, ampliando a área de bem-estar para outros, o mundo se fará mais ditoso e o mal baterá em retirada.
há pessoas que se esqueceram de como é importante criar laços...
Mesmo que se solte uma lágrima de saudade num momento seguinte...
Um laço que nasce , enlaça, abraça, cresce, ama, vive...
Não se desfazem laços quando foram vividos de verdade.
Por vezes soltam-se as pontas mas fica sempre o nó que devemos guardar em nós como um tesouro, apesar da mágoa...
De diferentes laços que criamos todos nos completam , fazendo-nos sentir e ser...
Olhar o céu, ver um sorriso na estrela mais brilhante, é como lembrar uma enchente de maré.
A ligação entre o céu, a terra e o mar.
Quem tem a capacidade de sonhar não foge do real mas complementa-o de uma forma diferente .
Paixão
Um soluço quebrando o pranto que rola pelo rosto, traz consigo a dor de uma saudade indolente. Rasga meu peito, abrem e fecham as correntes que prendem meu coração. Ah, esse amor... essa paixão que alucina, domina, entontece, enlouquece, e quanto mais penso que adormece, mais ela retorna, fortalecida, rodeada por uma chama ardente, incandescente, flamejante. E em meio a madrugada, quando tudo é silêncio, vem você na minha mente para fazer sofrer meu coração. Ah, mas a paixão... apesar de dolorosa essa ferida... não poderia viver sem ela.
É Páscoa, a Páscoa do Senhor
Não figura, não história
Não sombra, mas a verdadeira
Páscoa do Senhor
Verdadeiramente, ó Jesus
Livrastes-nos da grande ruína
E nos estendestes as paternas mãos.
ENTRE O SER E AS COISAS
Onda e amor, onde amor, ando indagando
ao largo vento e à rocha imperativa,
e a tudo me arremesso, nesse quando
amanhece frescor de coisa viva.
Às almas, não, as almas vão pairando,
e, esquecendo a lição que já se esquiva,
tornam amor humor, e vago brando
o que é de natureza corrosiva.
Nágua e na pedra amor deixa gravados
seus hieróglifos e mensagens, suas
verdades mais secretas e mais nuas.
E nem os elementos encantados
sabem do amor que punge e que é, pungindo,
uma fogueira a arder no dia findo.
No dia de hoje, pelo menos, coloca beleza nos teus olhos, a fim de fitares a vida com lentes mais claras.
Enfrenta o dia novo, disposto a vencer e conquistando o espaço bom que te está reservado no mundo.
Quando a solidão doeu em mim
Quando o meu passado não passou por mim
Quando eu não soube compreender a vida
Tu vieste compreender por mim
Quando os meus olhos não podiam ver
Tua mão segura me ajudou a andar
Quando eu não tinha mais amor no peito
Teu amor me ajudou a amar...
Um homem precisa de ouvidos fortes
Para ouvir o que se diz sobre ele,
Quando é julgado com liberdade.
Um plano genial
Joaquim Rebolão estava desempregado e lutava com grandes dificuldades para se manter. A sua situação ainda mais se agravava pelo fato de ter que dar assistência a um filho, rapaz inexperiente que também estava no desvio.
Joaquim Rebolão, porém, defendia-se como um autêntico leão da Núbia, neste deserto de homens e idéias.
O seu cérebro, torturado pela miséria, era fértil e brilhante, engendrando planos verdadeiramente geniais, graça; aos quais sempre se saía galhardamente das aperturas diárias com que o destino cruel o torturava.
Naquele dia, o seu grude já estava garantido. Recebera convite para um banquete de cerimônia, em homenagem a um alto figurão que estava necessitando de claque. Mas o nosso herói não estava satisfeito, porque não conseguira um convite para o filho.
À hora marcada, porém, Rebolão, acompanhado do rapaz, dirige-se para o salão, onde se celebraria a cerimônia. Antes de penetrar no recinto, diz a seu filho faminto:
— Fica firme aqui na porta um momento, porque preciso dar um jeito a fim de que tu também tomes parte no festim. Já estavam todos os convidados sentados nos respectivos lugares, na grande mesa em forma de ferradura, quando, ao começar o bródio, Rebolão se levanta .e exclama:
— Senhores, em vista da ausência do Sr. Vigário nesta festa, tomo a liberdade de benzer a mesa. Em nome do Padre e do Espírito Santo!
— E o filho? — perguntou-lhe um dos convivas.
— Está na porta — responde prontamente. E, voltando-se para o rapaz, ordena, autoritário e enérgico:
— Entra de uma vez, menino! Não vês que estes senhores te estão chamando?
(1955)
Extraído do livro “Máximas e Mínimas do Barão de Itararé”, Editora Record – Rio de Janeiro, 1985, pág. 40, organização de Afonso Félix de Souza.
Por esse mundo de águas, junho, 27
Manu,
Estamos numa paradinha pra cortar canarana da margem pros bois de nossos jantares. Amanhã se chega em Manaus e não sei que mais coisas bonitas enxergarei por este mundo de águas. Porém me conquistar mesmo a ponto de ficar doendo no desejo, só Belém me conquistou assim. Meu único ideal de agora em diante é passar uns meses morando no Grande Hotel de Belém. O direito de sentar naquela terrace em frente das mangueiras tapando o teatro da Paz, sentar sem mais nada, chupitando um sorvete de cupuaçu, de açaí. Você que conhece mundo, conhece coisa milhor do que isso, Manu (...) Belém eu desejo com dor, desejo como se deseja sexualmente, palavra. Não tenho medo de parecer anormal pra você, por isso que conto esta confissão esquisita mas verdadeira que faço de vida sexual e vida em Belém. Quero
Belém como se quer um amor. É inconcebível o amor que Belém despertou em mim...
Um abraço do Mário.
(...) O mais forte deve dar ao mais miserável; que ele volte os seus olhos para o caminho que se alonga! Porque as riquezas são como as rodas de um carro; rodam e passam de um para o outro.Rigveda
"...Não é bom descobrir e percorrer sozinho uma picada,
mas traçar e construir uma larga estrada para uso de
todos."
Cuidado com os homens de gravata, cada palavra é uma tapa e um sorriso, faça de conta que tudo se conta e no final faça de graça que sai mais barato que qualquer trocado mal pago.
Todo dia, passo pelo mesmo pensamento e sinto o cheiro do passado, paro, penso e sinto saudades do que estar por vim, pensando que pode não acontecer da forma como pensei ser um dia como foi no começo do passado.
Quando passo pelo mesmo pensamento mais de cinqüenta vezes no dia, vejo, que tudo poderia ser diferente do que foi pensado na primeira vez que pensei, volto a pensar mais uma vez e quando percebo já se foram cem pensamentos, isso por que não pensei com a cabeça e sim com a emoção do pensamento que me motivou a pensar.
Pare. Pense... Fique Pensando... Pensando... Pensando o que poderia fazer se... e se... caso... pelo... Pense... Pense... quando acabar de pensar, pense mais uma vez em tudo que pensou mas de trás para frente, caso não se engane sua mente irá dizer por que você parou e pensou tão intensamente como deveria pensar.
Um grito silencioso
O êxtase da dor...
Silêncio que mata,
silêncio que alto sussurra,
Entalado no interior, ele ata,
o nó da dor e da amargura.
Entorpecendo a alma,
dilacerando o coração.
Como um temporal que não se acalma,
transborda tristeza e decepção.
Do profundo vem o clamor,
elevo a Deus esse silencioso grito.
Entretanto ouço do Criador
um silêncio constante e maldito.
Perturbadora é essa mudez,
tal que as palavras não expressam.
Redijo esse poema outra vez,
falando de feridas que não se fecham.
Com as lágrimas encalacradas
e um grito silente,
minh‘alma está a gemer.
E por trás das gargalhadas
e uma expressão sorridente,
escondo de todos o meu sofrer.
Seus olhos são portais do paraíso,
seu beijo trás de volta o meu sorriso,
como negar esse amor, como viver sem essa dor,
se ter você é tudo o que eu preciso.
AUTOR: CARLOS ALBERTO DE OLIVEIRA GONÇALVES.
O Quão Doce Tu És
O quão doce tu és, ó doce amada,
Teu sorriso é o mel que adoça a vida,
Em teus olhos reluz a luz dourada,
E em teus braços encontro a paz querida.
Teu riso é como música suave,
Que embala o meu coração em doce calma,
E em cada gesto, em cada breve enlace,
Sinto o amor que em ti se acalma.
No calor do teu abraço encontro lar,
E em cada beijo, o doce sabor da paixão,
És a doçura que me faz sonhar,
E a razão que acalma meu coração.
Queria ter, queria ser, quero…
Queria colocar meus sentimentos em versos
Queria saber me expressar com exatidão
Queria que o mundo tivesse mais progressos
Queria acalmar mais o meu pobre coração
Queria saber qual é o caminho da felicidade
Queria procurar um lugar que tenha paz
Queria ter mais espaço nessa pequena cidade
Queria ser um navio que estar no cais
Queria ser uma figura mais carismática
Queria ter aquilo que queria ter
Queria ter uma vida menos problemática
Queria se destemido e não me deter
Queria ir além daquilo que alcanço
Queria ter tudo que eu tenho direito
Queria ao menos um dia ter descanso
Queria que o sistema me tratasse com respeito
Queria poder falar com a pessoa que amo
Queria começar tudo novamente
Queria falar em versos, do jeito que declamo
Queria acreditar em mim, somente
Queria poder ser mais capaz
Queria mergulhar nas ondas do mar
Queria ir além dos padrões normais
Queria na filantropia me afogar
Queria não ter sofrido tanto
Queria um amparo para a minha mente
Queria um ombro pra enxugar meu pranto
Queria ser uma pessoa mais paciente
Queria ser uma pessoa inteligente
Queria ser ter um pouco de saudade
Queria ser sempre eficiente
Queria sempre ter novidade
Queria está no espaço interestelar
Queria não ser controverso
Queria do alto a terra contemplar
Quero explorar todo o universo.