Poesias de Robert Louis Stevenson

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"já é tempo, chegou o momento
já é hora de quarar a alma
e colocar os sentimentos fora,
o horizonte é o nosso varal,
onde penduramos as amarguras,
dores, tristezas, coisa e tal.."

Pérsio Mendonça

Inserida por PersioMendonca

As Vozes no Espaço

O silêncio
no enterro das vozes
altas
fora gritante.

tão alto que estou surdo,
mas não sei estar cego
ou apenas poeta mudo.

e ainda escuto
do fundo do espaço
esse miúdo
esse miúdo opaco.

o som
ainda ressoa
o som
de uma única pessoa.

Inserida por Franciscodeolivas

Átomos

Somos partículas de Carbono
Dentro de um vasto universo,
Mas com você me sinto dono
De cada planeta, de cada verso
Desta poesia que lhe escrevo.
Universo esse que lhe concedo.

Sou meu corpo, menos você.
Sou as cores da arte que não vê.
Sem você, sou alma que não lê.
Pequenos como átomos
Gigantes como estrelas
Humanos como humanos.

E teus amores são cometas
Rasgos de pó em meu noturno
São luzes, as lunetas
Chega a noite penso e durmo.
Com a paixão que se abraça em calor,
Em teus buracos negros de amor.

Inserida por Franciscodeolivas

Consulta

"Onde, dor na mente?"
- não doutor é além:
um infinito ausente...

"Um infinito ausente
ou apenas um coração carente?"
- não, me entenda doutor
é o esquecimento do amor.

"Ora pois então não é ausência.
é apenas um infinito no escuro,
ou sintomas de corpo mudo"

- e isso é grave doutor?
pois posso ter contaminado
para paixão anterior.

"A única coisa contaminável
é céu sem estrelas, meu irmão!"
- que vida mais afável...
examina meus vãos?

Inserida por Franciscodeolivas

Amantes

Sob o brilho da luz da rua
E a escuridão pálida da lua
Caminha Solidão opaca,
Negra e com ressaca
Após arrastadas bebedeiras,
Com pessoas sorrateiras
Na noite sem estrelas
Sem amor e sem belezas

Sob o brilho da luz da rua
E a escuridão pálida da lua,
Caminha um homem opaco
Meio a meio Mulato.
O homem do dia a dia
Sentindo a ressaca da ironia
Em noites sem estrelas encontra-se com Solidão
Sem perceber apenas sua ingênua traição.

Sob o brilho da luz da rua
E a escuridão pálida da lua
Os Outros se assombram por uma janela
No quarto escuro acendem uma vela
Rindo do Mulato até doer
Do quão banal é ter que o olho ver
Pessoas tão ignorantes
Em nosso mundano mundo repleto de amantes.

Inserida por Franciscodeolivas

Através da Natureza-morta das Frutas

Numa cesta se encontram maçãs
Belas, avermelhadas e suculentas maçãs!
Junto, uma recheada rachada romã,
Pela tarde ensolaradas laranjas
Maduras e verdes mangas;
O tempo passou...
O tempo se alargou...
O tempo sem o tempo enfim acordou.

Moscas pousam nas maçãs pretas
Na romã, apenas pálidas sementes
As laranjas agora dia a dia mais azedas
E as mangas enrugadas em seus ventres.
Uma natureza morta
tal qual uma humanidade
Que caminha torta, torta, torta...
Um descaminho sem idade.

Maldito seja quem tenha comido a maçã!
Que não percebeu as passagens do tempo,
E alimentou-se sem consciência sã.
Condenara sua própria espécie ao desalento.
Agora resta-nos apenas decompor,
Na mãe terra e em seu vão,
Afundar e acabar com a dor;
Esperar novas flores renascentes de seu chão.

Inserida por Franciscodeolivas

Noite Oblíqua

Se eu te contasse
Que sou o último homem da Terra?
E a última alma que respirou?

Chorarias?

Inserida por Franciscodeolivas

Surrealismo Realístico

Ela faz história como se fosse pincel.
Para ela não há limites entre a arte, o céu e a celulose do papel.
O sangue tão vermelho como tinta
E ela que se sinta
Surrealista como Dalí
Como se nem quisesse ser dali.
Personifica o quadro de minha sala
Com o contemporâneo amor que sua alma iguala.
Abraçado ao meu e o meu
Corpo pintado ao teu.

Inserida por Franciscodeolivas

Teria um nome

Cansei de escrever tanta porcaria
Quero mesmo é viver de poesia
Se dependesse disso estaria com fome
Mas tudo bem, teria um nome.

Inserida por Franciscodeolivas

Para Roma à Marte

Amar-te é mais fácil que amar à Roma,
meus anagramas se encontram e namoram palavras ao contrário.
Minhas favoritas antíteses; almas opostas.
Roma, amoR?
Vida espelhada no lago da Lua
Até a lava e a fogueira de Marte!
Amor que queima de tão distante...
Amar-te é simples, Roma meu amor.
Marte é linda, seu fogo esplendor!

Os seus tantos caminhos viajantes...
Todos os caminhos levam à Roma,
Mas como chegar para o amor,
Se há muito espaço à Marte?
A poesia, os poetas, os planetas me ensinaram
Que o poeta é um ser "amador".
Ama tão profundamente
Que chega a transbordar de amor,
a dor que não mais sente.

De: Roma, com amor.
Para: Marte, à amar-te

Inserida por Franciscodeolivas

Família

Sempre fui a pessoa que acendia o fogo
Agora o fogo e a brasa sobrava para eles,
Ou sobrevoava sobre minha ferida alma
Que não amava, vivia avoada.

Como era criança para me tocar!
Que até as frutas da cozinha ouviam o silêncio soar
E cresci para um frio incêndio tornar
De um poema ou pomar do que foi um dia meu lar.

Inserida por Franciscodeolivas

Plurais

A saudade é tamanha grande
Que as saudades tem até um plural.
Mas é de rir mesmo, não?
Como o ser humano é paradoxal!

E o que falar da dor?
Para vários, são dores, mas a mim eterno eclipse,
Pois retorno aos meus horrores tal qual uma elipse.
Foi alma ou lua que disse sobre meu coração de antítese?

E mesmo assim, apenas um caixão para enterrar,
Mas se a vida é assim tão frágil como uma flor
Que rosa será você nas pétalas da vermelha cor?
Hei de fielmente exclamar: meu amor por você é deveras singular.

Inserida por Franciscodeolivas

Maluquismo: A definição de Maluquismo e Maluquista.
Eu sou MALUQUISTA!
Maluquistas: São Defensores do Maluquismo.

''Defesa Contra o Preconceito é a nossa Arte de SOBREVIVÊNCIA.
Abra A Sua Mente, esse é o nosso Lema''. -Luangelys De Paula.

Inserida por Luangelys

Minhas letras, estrofes e rabiscos
viajam de carona, flor em flor,
sigo o vento rápido, vento de corisco,
escrevo a poesia inteira na areia,
e escondo na renda do pescador.


Pérsio Pereira de Mendonça

Inserida por PersioMendonca

RESPINGOS

Pinga a chuva, preguiçosa, lá fora,
escorre no vidro qual lágrima fria,
céu preto, névoa clara, fotografia,

Pérsio Mendonça

Inserida por PersioMendonca

Ela cantava de graça,
na praça,
sob o feito da cachaça
de graça,
sem ligar pra desgraça,
sem graça,
nem teto e nem vidraça
apenas graça
e a cachaça de graça.....

Pérsio Mendonça

Inserida por PersioMendonca

ALQUIMIA

Alquimia nas palavras cifradas,
almeja o vate que faz a poesia,
combina rimas como insumos,
mescla as sensações figuradas,
deixando o tempo em acinesia
transforma vidas em resumos.

Inserida por PersioMendonca

Às vezes a tristeza apenas chega,
sem motivo, sem qualquer razão,
chega mansa, mas vem forte,
se instala fria e se aconchega,
tão grande que dilacera o coração,
nos rouba o sono e o norte.

Inserida por PersioMendonca

Sou o limite entre a loucura e a razão
Raiz que ocupa vãos entre céu e chão
O tempo preso pela inércia da criação
Minha medida tem tamanho de amor
Meus conceitos estão acima do valor
A minha voz cala silêncios de trovador.

Inserida por PersioMendonca

INFAME AMOR

Amo sem restrição, sem contrição,
história sempre escrita, sem aflição,
você chega vestida de pele com riscos
pretos, azuis, verdes, de toda cor
e na sua boca me jogo, me arrisco,
feito pedra atirada com peso de flor.
Falo devagar palavras que o coração diz,
sentimentos que me chamam, feliz.

E por gostar desse tanto, que não meço
apenas te peço que me dê apreço,
me acolha em teus seios e meios,
por inteiro, sem medos ou receios,
que me inscreva no teu bem querer
com a tinta que corre e percorre tuas veias.
Quero ser sua melhor invenção, intenção
existente entre a mulher e a sereia.

Vem, me fotografa com teus olhos profundos,
me lança na chama que o desejo reclama
e inunda com teu orvalho quente e fecundo
que perfuma como um jardim nossa cama,
me leva pelo teu corpo, feito semente
a se esconder pequena e se revelar imane
quando chega o prazer mais conveniente,
que faz de nós dois felizes amantes infames.

Inserida por PersioMendonca