Poesias de Robert Louis Stevenson
“” O tempo levará meus dias
Mas não levará meu amor
O tempo levará meus sonhos
Mas não levará minhas lembranças
O tempo tentará levar tudo
Mas eu não deixarei ele te levar...””
Perfume da noite...
procuro-te
em todos os lugares sombrios em que a tua mente se esconde e onde a minha ousa avançar. traças loucas e inusitadas tramas e esperas que chegue. aí, sem dó ou piedade, és a noite: avanças, sugas-me em isometrias de uma forma vampírica e, numa boca descarnada de dentes e, sem que exista sentido neste jogo, deixo que me aspires e que me faças tua presa (se ti estou presa há tanto tempo ... ) noite!
noite da minha vida, inverso da luz, lugar provável onde reside a alma.
entras
pela janela dos meus olhos, deslizas sob a epiderme dos sentidos.
enrosco-me em ti, dramática e, felina agradeço a tua visita, a cada vinda.
refloresço em orgasmos inveterados de palavras. em epigramas e anáforas…
lentamente,
deixo que me penetres todos os sentidos.
código de barras impresso na parede, dou-me a ti, neste altar de frutos e de flores e espero que me conduzas ao teu mundo…
quando a manhã chega, sob os lençóis freáticos da alvorada, encontra duas sombras imprecisas e, no vale onde me habitas, um cheiro a cânfora, a enxofre, a rosas e a sândalo...
duas gotas de sangue escrevem o horizonte.
à boca da bica, na bica do abismo.__________________. ciclópicas gotas.
o perfume da noite, ou nada!
Réprobo
Diga logo o que veio fazer
E pare de me olhar atravessado,
Diga se é por prazer
Ou veio remexer o passado
Diga logo o que veio dizer
E pare com esse rodeio,
Olhe bem dentro dos meus olhos
E diga-me de uma vez
Diga quem você é,
Aqui quanto tempo eu não vejo
Conte me teus segredos
E a sua vida como ela é
Qual será o teu desejo
Que vive sempre a se esconder,
Entre falsos abraços
E por trás dos seus beijos.
Diluvio E Rotina
A lua cobria o telhado
Molhado ainda da chuva,
E chovia ainda na rua
Porque barulho ainda se ouvia
Dos pingos pingando lá fora
Como se fossem na pia
A lama jorrava na porta
Sujando meus pés e a cama
O vento trazia de longe
Um cheiro de café e de cana
Era o dia já amanhecendo
E pra lida muita gente descendo
Era Joana coando o café
E José cortando a cana
Depois Joana ia varrer o chão
E José ia comprar pão.
O passado nunca foi embora
O presente está embrulhado
O futuro já marcou sua hora
É o tempo que decreta tudo
É agonia de gritar dum mudo
É a fonte daquele que chora
De joelhos para os céus eu rogo
Que não passe de um até logo
Não me faça viver sem
Meu bem
Trajeto Obscuro
Todo dia ela passa
Como quem vai a festa
Com seu vestido de renda
E um barbante na testa
Todo dia ela passa
Como quem vai passear
Leva um sorriso nos lábios
E uma verdade no olhar
Todo dia ela passa
Como quem vai a fonte
Guarda no peito um desejo
E segue a pé pela ponte
E com um olhar de pecado
Ela me arranca suspiro,
É como se a boca calasse
E meu coração desse um grito
E se eu espiar
E ela não passar
Deixo logo um recado
Que é pra te encantar e causar arrepio
Todo dia ela canta
Como quem sabe viver
E pra um encanto maior
Ela me faz reviver
Todo dia ela dança
Sempre a mesma canção
É como se um rádio tocasse na alma
E falasse de amor ao seu coração
Todo dia ela passa
Como quem vai a missa
Leva na mão sua bíblia
E na sua boca uma lábia
Pois pra quem sabe rezar
E crê na missão
Jamais perde a fé
Ou esquece a oração
Todo dia ela passa
Como quem vai trabalhar
Com seu uniforme normal
Sempre ali pontual
Ela vai depressa
Pela estrada afora
É como se o dia ali começasse
E o mundo acabasse agora.
“” As vezes sou teu
Quase sempre
As vezes escuto o coração
Demente
E assim as vezes
Sinto como se fosses minha
Para sempre...””
O Meu Perdão
Um dia quando você menos esperar
Eu vou esquecer de todo o mal que me fez passar
E te darei um abraço bem apertado
Desses de te fazer arrepiar
E te darei um beijo assim meio roubado
Desses que eu sei que você vai gostar
E farei outra vez o seu mundo
Aqui no meu se enroscar
Um dia quando você menos esperar
Eu vou esquecer de toda dor que me causou
Farei de conta que o tempo não passou
E que nada mudou entre nós
E te darei todo amor,carinho e atenção
Que um dia você me faltou
Então eu te darei a minha mão
E com ela o meu perdão
Pra ficar em paz
E feliz o meu coração.
Idiossincrasia
Este mês eu não fui a escola
Por causa desse inglês
Dessa vez fui jogar bola
E aprender mais português
Porque lá na rua a gente canta,
Na rua a gente dança
Ali a gente fala
É do jeito que a língua alcança
Não importa o trejeito
Pois nele não há quem vai rejeitar
O nosso jeito é esse de falar e se comportar
Ali a gente ajeita e pra avante lança
Onde você estiver
Longe ou perto é pro que der e vier
A gente fala é do nosso jeito
E não do jeito que me disser
A gente se solta
E salta ali sem rodeio
Pois não há regra que rege
E impede o meu dialeto
Somos feito criança louca no recreio
Falando popular,direto e aberto.
Sonhar um sonho é como um desejo
Da alma.
Nunca desista pos para alcança lo
So depende de nós
Porque a nossa alma é imortal...
O sol ja nasceu, com ele a esperanca de um recomeço melhor.
as lágrimas em meus olhos,
Não irá me impedir de ver, com muita fé esse novo dia!
Um amor verdadeiro é aquele que não se há triateza amar e um dom
A essência pura da felicidade entre dois corações que se unem um sentimento tão forte que dura por toda a eternidade.
"A Igreja Católica legou ao Brasil duas coisas:
1ª) uma fé com obrigações que não se cumprem;
2ª) um Estado de Direitos que não se sustentam.
A Porta Do Meu Coração
Todo dia nesse vai e vem
Essa porta não vai aguentar
Pois é tanta gente que entra
E tanta gente que sai
É tanta gente do bem
E tanta gente do mal
Todo dia nesse vai e vem
Ela vai se arrebentar,
Pois o meu peito parece de aço
Mas ele é de carne e osso também
E se lá fora o sol já não vem
Aqui dentro ele parece queimar
Todo dia nesse vai e vem
Essa porta um dia vai fechar
E pra quem entrou vai ficar
E por ela nunca mais vai sair
Mas pra quem saiu vai sumir
E por ela nunca mais vai entrar.
Atroz
Eu pedi uma colher de chá
E me deram uma de veneno
Eu quis um pedaço de pão
E só me deram carvão
Depois ficaram sereno
E me jogaram no chão
Eu pedi um copo d’água
E me deram óleo diesel
E quando eu tive fome
Me ofereceram sabão
Disseram ser eu perecível
Com a minha fome do cão
E quando eu quis saber demais
Tiraram logo o meu poder,
Depois me atiraram no penhasco
Fazendo tudo eu esquecer
Como se tolher a mim fosse fácil
Pois não esqueço jamais o dever e a missão
Nem o sabor do churrasco.
“” O que há em um céu
Se céu é o que há
Se lá onde pousa o firmamento
Em algum perdido momento
Eu fui o teu céu...””