Poesias de Estrelas

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Sempre que olho para o céu à noite eu sinto um vazio enorme no meu peito e acabo me perdendo naquela imensidão.
Nesses momentos eu me sinto muito pequena, a tristeza vem e começa a tomar conta de todo o meu ser.
Então eu me atrevo a procurar entender as estrelas, sem sucesso, me junto à elas que me acolhem.
Sento no quintal onde a vista pro céu é mais clara e fico ali, sozinha, com a solidão que me habita.
Lembro-me das pessoas que partiram e fico as imaginado nas estrelas mais brilhantes e assim a solidão vai passando aos poucos.
É horrível saber que nem todos contemplam a beleza de um céu estrelado, é uma pena já que maioria só vê a importância de um simples céu a noite quando se está no fundo do poço.

Ouve

Ouve o vento!
Como ele canta baixinho
Tentando me avisar
Que pensas em mim
E me chamas para te amar.

Ouve! Ouve o vento!
Ele grita, sacode as copas das árvores
Faz meu corpo arrepiar
Tenta me levar... vê
Ele parece falar...

Ouve o vento!
Ele tenta se acalmar
Olho-o pela fresta da janela
Ouço-lhe o gemido de dor
Encolho-me no canto de minha agonia.

Ouve como ele corre
Procurando-me por todo canto
Para me levar junto com ele pelas ruas escuras
Onde as estrelas piscam intensamente
Para a noite clarear.

Ouve o vento!
Como vem galopando e sacode as ondas do mar
Que lamenta num murmúrio forte
Avisando as embarcações
Que ele chegou para arrasar.

Ouve! Ouve como ele canta
Abraçando-me num golpe certeiro
Carregando para longe... bem longe
Onde só o eco de seu uivo engole
No seio da floresta a se esconder.

Ao ver seus olhos é como se eu estivesse em um quarto escuro onde tem apenas uma janela.
Quando abro essa janela a vista que tenho é magnifica, vejo o universo com todas as suas galáxias, planetas e estrelas.

"Só quem ama pode ter ouvido capaz de ouvir e de entender estrelas”.

( in: "Via Láctea", XIII)

“Romantizar” à luz de velas
Sentir o amor vindo de baixo
Transpirar prazer pelos poros
Descobrir onde me encaixo
Imaginar aqueles suspiros

A lua tão brilhante
Tão cheia, lá no céu
Acompanhada de suas estrelas
Iluminando o mundo

Me pergunto, você é uma lua?
Você brilha tanto, foi capaz de me iluminar no escuro
Seu brilho me guiou até uma saída dessa escuridão
Você me trouxe a luz que eu procurava na imensidão

Suas estrelas me contaram que você era especial
Um brilho próprio uma mente casual
Você foi inteligente, ou não?
Tirar alguém da escuridão, tirar-me de lá

A lua aos meus olhos, tão linda
Tão enorme
Brilhosa e reluzente

A lua tão honesta
Tão dócil e tão pura
Você me tirou da escuridão

Você é o meu infinito, minha gratidão sem fim
Meu amor proíbido
Ah amiga, por que tão distante?
Pode chegar mais perto?
Preciso do seu abraço, talvez um pouco do seu brilho
Não quero ser apagado, não gosto do meu escuro

Tão solitário, você poderia, por favor, mandar algumas de suas estrelas?
Apenas para me iluminarem, tão só, me ajude
Minha escuridão me engole
Me ilumine no infinito preto

Faltando pouco para eu completar meu décimo sétimo ano de vida minha mãe resolveu que eu estava deprimida, provavelmente porque quase nunca saía de casa, passava horas na cama, lia o mesmo livro várias vezes, raramente comia e dedicava grande parte do meu abundante tempo livre pensando na morte.
Sempre que você lê um folheto, uma página da Internet ou sei lá o que mais sobre câncer, a depressão aparece na lista dos efeitos colaterais. Só que, na verdade, ela não é um efeito colateral do câncer. É um efeito colateral de se estar morrendo. (O câncer também é um efeito colateral de se estar morrendo. Quase tudo é, na verdade.)

Hazel Grace
GREEN, J. A Culpa é das Estrelas. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2012

Quando o meu Coração
Deixar de te amar
Cá na Terra,
Acredita que nesse dia
Morri!...
Para continuar a amar-te
No infinito....
Muito além das estrelas...

SAUDADE ETERNA
Autora; Profª Lourdes Duarte

Às vezes amanheço, e minha alma está úmida
Com as lágrimas de saudade que em minha face jorraram
Numa noite fria se desenlaça ao vento
Meus sonhos de um grande amor que se desfaz.

Talvez pelo tom da minha voz atordoada
Ou a falta do brilho no meu olhar
Todos percebem o sofrimento que me invada a alma
E fragmenta as lembranças que lentamente me destrói.

Eu amo o que não tenho, pois está tão distante
Contrária à vida que tanto sonhei
Ter-te por inteiro em meus braços é um sonho
Que a cada dia vejo mais próximo do céu.

Ah, quantas madrugadas irei ver passar
E centenas de estrelas contarei no firmamento
A tua espera, em vão, pois não chegas
Visto que pra onde foste, só os imortais o verá.

⁠Sardas/estrelas

Ela tinha estrelas no rosto,os leigos chamavam de sardas.

Cada pinta
Cada sarda
Cada beleza em uma só cara.

Essas sardas dizem muito
Essas estrelas dizem tudo
Esse mapa na tua bochecha que eu ainda não consegui decifrar.

Tua beleza é extraordinária
Tua beleza é encantadora
Tua beleza foi tão além que não me parece ter outra escolha.

Essas sardas sem rumo
Essa pintas sem futuro.

Esse teu rosto com sementes de girassol
Esse teu rosto lindo no sol.

-andreise vitória.2020

⁠Quando o sonho alcança o céu

A poeira atesta a vontade do chão
de ganhar os céus em sua lida.
A flor realiza-se em seu pólen vão,
pegando carona nas abelhas.
Seu fruto não nasce sem antes sentir
a suave sensação dos ares.

O mar aspira também aos céus,
nas ondas que se erguem e depois caem.
Cada gota sonha em ser nuvem,
renascer no ciclo eterno da criação,
flutuar e chover liberdade.

E nas noites claras, onde estrelas brilham,
meus sonhos se elevam em constelações,
buscando no alto o brilho eterno,
a essência pura das canções.
É quando o sonho alcança o céu.

Tudo que existe anseia às alturas.
Assim, meu coração entrega-se ao vento,
em versos que ao vento se lançam,
tentando tocar o infinito,
onde reside o teu pensamento.

Meu pensamento criou asas,
fez minha alma ao alto voar.
Minhas palavras, essas sim, caminham.
Por isso, no poema, quando você é o tema,
nunca sei se vou ou se voo.

Deixa eu te amar

Teus olhos brilham mais que as estrelas
Sua beleza ofusca o brilho do luar
Você é uma anjo divino que apareceu pra
me conquistar...
Deixa eu te amar minha linda mulher
com um jeitinho doce de menina
Mulher de infinita beleza, que conquistou
meu coração...
É minha linda princesa,
Minha fonte de inspiração...

Madrugada, meu recanto de paz e angústia
Pego meu barco todas as noites
Navego dentro de mim.

Me deparo com uma imensidão de águas
É o presente em que vivo
Mergulho no passado...
O futuro ainda são águas desconhecidas.

Alguns sonhos eu vejo no céu...
Cheio de estrelas
Queria eu ter asas...
Pra poder alcança-los.

O céu não está totalmente negro
Carrega em si, nuvens cinzentas
embaçadas como nevadas
Como um pintor, por um descuido deixou respingar pequenas gotas de
tintas sobre o quadro escuro
formando pequenas estrelas
O silêncio é tomado pela melancolia
do vento assoviando levemente
dentre as gretas da janela
ouço o estrupo ( barulho) dos grilos em sintonia
Enquanto uns pegam o sono
Eu admiro a noite
Conto as estrelas
E sinto a calmaria da noite
Após um dia completo de agitação.
A noite está maravilhosa.

⁠Me mostrou as estrelas
Agora as lâmpadas
Não me chamam mais atenção
Por mais escura que seja a noite

⁠O mundo é realmente vasto...
Um mundo imperfeito por isto a beleza que tanto venho a buscar...
Eu a encontro em você....
Mas é quanto ao medo de perder?
O que acontecerá com a beleza que venho a apreciar?
Não quero perde-la
Mas as estrelas são severas...
Talvez darei-me minha essência meu folego..
Para não a perde-la...
Em um mundo sem nada para amar....
O mundo a mim se torna sem lar
Sem aconchego sem amor para dar...
O lápis parado no tempo..
E as telas logo logo mofara
Sem a minha beleza
Como poderei pintar?

-Abismismo0-

SONETO DO AMOR INFINITO

Eu te amo como o céu ama as estrelas!
Eu te amo como a lua ama as paixões...
Te amo como o clarão de todas elas
Ama... amor, por palpitar os corações...

Eu te amo como a noite ama as trevas!
Eu te amo como o calor dos turbilhões...
Te amo como o fulgor que são das eras
Desde o princípio de todas as gerações...

Por teu amor ao céu elevo minhas mãos
A te livrar de toda a inveja dos pagãos
Quando vir, versar a ti, todo o meu grito...

Por teu amor é unicamente que escrevo...
Tanto te amo, que a ti, somente devo
Dizer, amor, que eu te amo pro infinito!

As Estrelas e os Cometas

Há pessoas estrelas e há pessoas cometas...
Os cometas passam. Apenas são lembrados pelas
datas que passam e que retornam.
As estrelas permanecem. O sol permanece. Passam
anos, milhões de anos, e as estrelas permanecem.

Há muita gente cometa.
Passa pela vida da gente apenas por instantes.
Gente que não prende ninguém e
a ninguém que se prende.

Gente sem amigos,
gente que passa pela vida sem iluminar,
sem aquecer, sem marcar presença.
Importante é ser estrela.
Estar junto. Ser luz. Ser calor. Ser vida.

Amigo e Paixões são estrelas.
Podem passar anos.
Podem surgir distâncias,
mas a marca fica no coração.
Coração que não quer enamorar-se de cometas,
que apenas atraem olhares passageiros.

Ser cometa é ser companheiro por instantes,
explorar os sentimentos humanos,
ser aproveitador das pessoas e das situações,
fazer-se acreditar e desacreditar ao mesmo tempo.

Solidão é resultado de uma vida cometa.
Ninguém fica, todos passam.
Há necessidades de criar um mundo de estrelas.
Todos os dias poder contar com elas e
poder sentir seu calor.

Assim são os amigos estrelas na vida da gente.

São coragem nos momentos de tensão.
São luz nos momentos de desânimo.

Ser estrela neste mundo passageiro,
nesse mundo cheio de pessoas cometas,
é desafio, mas acima de tudo
uma recompensa.

Recompensa de ter sido luz para muitos amigos,
ter sido calor para muitos corações,
ter nascido e vivido e não apenas existido.

E, eu tenho você como
meu amigo estrela!

Eu confio em ti;
Mesmo se as estrelas deixarem de brilhar,
Mesmo se secarem as águas do mar,
Mesmo se o sol não aquecer.
Eu confio em ti;
Mesmo se o meu coração não quiser amar,
Mesmo se a minha cabeça não pensar,
Mesmo se um sonho lindo morrer,
Eu confio em ti;
Mesmo se a chuva cair sem parar,
Mesmo se nuvens no céu não se formar,
Mesmo se o arco-iris não aparecer.
Tal vez...
Eu não sei,
porque tem que ser assim.
Mas sei...
Que tudo vai passar!!!

Estrelas-do-mar

Era uma vez um escritor que morava em uma tranquila praia, junto de uma colônia de pescadores. Todas as manhãs ele caminhava à beira do mar para se inspirar e à tarde ficava em casa escrevendo. Certo dia, caminhando na praia, ele viu um vulto que parecia dançar. Ao chegar perto, reparou que se tratava de um jovem que recolhia estrelas-do-mar da areia para, uma por uma, jogá-las novamente de volta ao oceano.

– Por que está fazendo isso? – perguntou o escritor.

– Você não vê? – explicou o jovem. – A maré está baixa e o sol está brilhando. Elas irão secar e morrer se ficarem aqui na areia.

O escritor espantou-se.

– Meu jovem, existem milhares de quilômetros de praias por este mundo afora, e centenas de milhares de estrelas-do-mar espalhadas pela praia. Que diferença faz? Você joga umas poucas de volta ao oceano. A maioria vai perecer de qualquer forma.

O jovem pegou mais uma estrela na praia, jogou de volta ao oceano e olhou para o escritor.

– Para essa aqui eu fiz a diferença.

Naquela noite o escritor não conseguiu escrever, sequer dormir. Pela manhã, voltou à praia, procurou o jovem, uniu-se a ele e, juntos, começaram a jogar estrelas-do-mar de volta ao oceano.

Sejamos, portanto, mais um dos que querem fazer do mundo um lugar melhor.

Sejamos a diferença!

Desconhecido

Nota: Adaptação da história "The Star Thrower", do antropólogo e escritor norte-americano Loren Eiseley, publicada em 1969.

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