Poesias de Dor

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⁠Eu sei o que você pensou
O nosso último abraço me relevou
Quisera eu deixar o seu perfume em mim
Talvez não me preocuparia tanto em querer te sentir
Mas viciei em você..

A sensação de ter consciência do último beijo deixou-me ansioso...
Como simplesmente me abster do meu vício?
Como simplesmente me abster daquele sorriso?
Perguntas que dançam fervorosamente em minha mente.

Com gestos simples, e falsos sorrisos
Seguirei em frente, lutando contra essa corrente a fim de me libertar
Só preciso parar de pensar
Existem formas fáceis, mas não quero ter que me precipitar

Está tudo bem, é melhor sofrer do que não sentir nada
Minha expectativa foi maior que a realidade
Estive fora das veracidades e me iludindo com o vento...

Estarei aqui caso sinta saudade
Para relembrar dos bons momentos
Quando você era meu... de verdade.

Ardem os olhos
Aperta o peito
O ar falta
Imunidade zero
O canto é o refúgio
Isolamento
Profundo e dolorido...
⁠Não, não é Covid
É "Semvid"
A energia pesada do mundo,
que achou um abrigo
Num colo sensível,
humano e
Não forjado a aço,
Sigo no bunker.

Mas, vai passar...

⁠Quando você estiver sem direção
e os seus sonhos parecem
desmoronar perante um frágil
coração que bate triste e sozinho,
eu serei o seu caminho.

⁠Se eu pudesse te proteger...

Ah, se eu pudesse te proteger
De todas as dores,
grandes e pequenas deste mundo.
Eu estaria lá...
Quando você sentiu medo.
Quando se sentiu sozinho, em meio ao escuro.
Quando você sofreu os seus primeiros traumas,
Violências, injustiças,
quando viu pela primeira vez,
E uma e outra vez, e mais de uma vez,
Que o mundo não é assim
tão bom de se estar,
E de se habitar.
Para que isso fosse, enfim, possível,
Você, talvez nem nasceria, talvez,
Talvez nem estaria aqui.
Porque para nascer, já é preciso chorar...
E para sofrer, basta se estar vivo.

⁠Eu não chorei quando fui embora.
Não chorei quando ralei os meus joelhos naquela queda de bicicleta, porque de novo eu estava distraída. Eu também não chorei quando assisti pela milésima vez a Titanic na sessão da tarde.
Eu não chorei quando senti aquele buraco negro, que mais parecia fazer morada dentro de mim, sugar todos os meus sentimentos para dentro de si. E eu não chorei quando me perdi. dentro de mim. dentro da minha própria objeção subjetiva.
É que, subconscientemente, eu sempre gostei de ver a água subir. o copo derramar. A maré alta e boa pra peixe. E por isso, são em noites assim em que eu me afogo.
Porque eu nunca gosto de molhar os pés.
Eu gosto do gosto de sentir a água salgada até o topo.


~Keep Swimming...
Keep Swimming.

⁠Eu to cansado
Cansado de gritar e não ser ouvido.
De implorar ajuda.
De ficar só.
Eu to cansado de me encher de vazio e pacientemente achar que vai melhorar.
Eu to cansado de manter a aparência que tá tudo bem. De ter que ouvir que por eu ter uma vida tão Boa, Não possa ter problemas. Dores e medos.
Eu to cansado de me sentir sozinho, de não poder contar com ninguém. Eu to cansado cara, esgotado há tanto tempo que já nem sei. Cada dia que eu saio, cada viagem que eu faço, só mostra o quanto é ruim ficar em casa. O quanto o silêncio do meu peito é grande. O quanto eu to afundando aos poucos e fico tentado mentir pra mim mesmo.
Eu to cansado...
Cansado de achar que um dia vão querer saber como eu me sinto. De que algum dia vão realmente perceber que eu to cansado.

⁠O som


Te ouvir te amar
Te sentir e te abraçar
Lembrei que não falei
Saudades vi chegar

Sobre a lua escutei
Sua voz disse me amar
Só pra mim eu guardei
O som do amar

Desperdiçar teu amor
Hoje eu pago com dor
Escrevi pelo sentimento
Pra lembrar teu valor

Quando você falou
Quantas vezes chorou
Eu lembro você pediu
Eu quero conversar meu amor

PONTUAÇÃO

⁠Minha intenção sempre foi por um ponto final em tudo, apesar disso, todas às vezes que eu tentava, apareciam mais dois motivos amorosos que o tornava reticências. Procurei em vírgulas pausas para respirar; não foi tempo suficiente. Encontrei no ponto e vírgula o equilíbrio perfeito, mas meu coração só queria exclamar! Exclamar todas as interrogações resistentes que não me trazem sossego, e cá entre nós, no meu parêntese só existe “eu te amo”.

⁠CIMENTO, TECIDO E CALÇADA

Jogado ao chão sem mera importância; afogado em si pela água; incomodado por ferramentas humanas; lançado de qualquer forma como filho do nada. A parede segue rebocada, enquanto o cimento constrói sua casa.

Furado em todas as partes; ligados a força bruta; arrochados injustamente; jogados ao corpo, e ainda assim são humilhados. O tecido segue vestindo, mesmo sendo sempre usado.

Pisado diariamente; sujado pelos outros; queimando-se no sol, molhado sem querer banho; sofrido é o tratamento do piso, rejuntado sem cimento, fortalecendo o caminho de todos, em pleno sofrimento. O paralelepípedo preenchia, enquanto a calçada era formada.

⁠Eu não consigo
Eu não conseguí
Tentei, e como tentei
Estou tão cansada
Meu coração implora por socorro, mas a minha mente só o maltrata com lembranças
Imagens do que já foi
Suposições do que pode ter acontecido.
Eu não quero mais sentir, eu não quero mais pensar
Me deixa dormir e descansar
Talvez amanhã eu sorria
Talvez amanhã eu esqueça a dor por um minuto .
Me deixa, por favor me deixa
Eu não aguento mais chorar.

⁠SEREI EU, TU E NÓS

Serei tu, serei vento,
Serei oceano, serei filho do tempo.

Fui negado, mas aprendi a ser birrento, não aceito o mundo de outra forma, sou um puro egoísta que silencia e não volta.

Serei eu, serei tornado, serei fogo, serei filho do caos.

Tomado pela dor da mágoa, sangrando e fingindo não ser nada, respingo tudo no chão, mas no fundo, sou filho do nada.

Serei nós, serei neve, serei terra, e no fim serei um peixe, que apenas nada.

⁠Com coração cheio de anseio, mas temeroso, continuei a jornada. Viajando pelo espaço solitário, já me encontrava perdido de meu objetivo.
Sem nem ao menos notar fui puxado vagarosamente para um lugar que me cativava com suas belas paisagens e me deixava maravilhado com tão belas canções. Aquele universo fazia acreditar que ali era meu descanso...
Ouvia histórias e promessas sem fim, que sedavam meus sentidos, como morfina em minhas veias... Em tão pouco tempo deixei todo medo de lado e a dor já não me reprimia.
Fiz ali morada, como quem é convidado a entrar e descansar, fechei meus olhos e adormeci...

⁠Quando acordei, com amarras de ferro virei refém. Preso num loop infinito de caos e tormento, naquele lugar dantes com aparencia pacífica, mas que se converteu num mar de incertezas.
Suas ondas violentas me lançavam brutalmente para longe, enquanto eu desesperado tentava me agarrar ao meu barco de papel.
Busquei acalmar tais ondas, tentando mudar sua essência e torná-las calmas e habitáveis, porém a medida que lutava contra a maré, mais ela revidava, me causando danos ainda mais irreparáveis. Cansado, com dor, desesperado, ferido e desanimado... Fui bruscamente lançado fora daquele universo nocivo. Um universo que atraía cansados marinheiros com suas belas canções e naufragava seus navios...

"UM AMANHÃ REAL"

⁠A felicidade do agora
tem que ser a alegria de amanhã.
Não vale a pena obter hoje sorrisos de um falso amor e afogar-se amanhã nas lágrimas de dor ao despertar em sua realidade.

⁠⁠A vida me ensinou
Que todos passarão
Pela metamorfose da mente

Mas devemos lembrar
Que não alcançaremos a perfeição
Por sermos imperfeitos

Lembre-se
Somos humanos
E não deuses

A dor aprendizado
Dos que temem

⁠Pois é na arte
Nas curvas das palavras
Fome obsessão requintada
Que a minha morte se veste de veludo

Fragmento poético:

⁠O mar que está a frente de mim
Reflete um mundo melhor.
Mas na verdadeira realidade
O resumo de tudo é dor.

⁠Certos ferimentos deixam cicatrizes, ainda que não sangrem e não doam mais. Mas essa marca nos faz lembrar daquilo que nos feriu, e essa memória nos provoca o medo de passarmos por essa experiência novamente. Involuntariamente, nossas ações são modificadas; rearranjadas de forma que passamos a evitar situações iguais ou mesmo semelhantes, como método preventivo e de autodefesa. Detectamos um perigo iminente com mais rapidez, e de maneira intuitiva, para uma possível necessidade de reação autoprotetiva.
Do mesmo modo acontece com as feridas subjetivas das cicatrizes que ninguém vê; as marcas abstratas, sentidas no íntimo de cada ser, e das quais muitas vezes não se tratam as causas e sim os efeitos.
Há dores na alma que não curam. Apenas aprendemos a suportá-las.
A dor que não fere, não regenera.
Toda cicatriz é a marca de uma transformação, seja no corpo ou na alma.

⁠Tem gente que mente, porque a verdade pode doer no outro.
Tem gente que mente, porque a mentira lhe dá poder sobre o outro.

⁠A única coisa que eu poderia imaginar quando atravessei a cidade
Era uma vida com você
Mas eu estou invisível pra você⁠.