Poesias de Dor
Já guardei no
meu peito a
dor da saudade
que me fez chorar...
E então percebi
que saudade
também pode
ser felicidade
e te fazer sorrir.
Te conhecia bem;
sua fraqueza,
sua dor,
seus proximos passos
depois das brigas.
Mas não imaginou
Que seguiria em frente
Por alguém que mais ama.
"Você mesmo"
Olhai sua própria face
Configure suas ações
Pra que não se sufoque
Com sua própria dor
No caos eterno do sofrimento
Sofonias
DOR
Desbotada, à rima da poesia sombria
Sobre a agonia da sorte predestinada
Tal qual a lua na noite, esbranquiçada
O versar na prosa é de pálida melodia
E nesse tom lúrido e de sensação fria
A inspiração pela solidão é embalada
No silêncio das ideias, cheio de nada
Onde cada verso, de agrura se vestia
Chora o verso, e o verso vai chorando
Sofrença palpitando, as quimeras indo
Da imaginação. A tortura no comando
Não rias da poesia, ó vil dita, convindo
Pois, o versejar vela a tristura rimando:
Com muitas lágrimas no papel caindo!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
04 de maio, 2023, 15’55” – Araguari, MG
Esse é o fim da nossa juventude, quando a dor começa a tomar conta?
Simplesmente não sei se um dia vou conseguir esquecer isso
Tudo está desmoronando, quando o amor é real, nunca há encerramento
Acho que isso tudo faz parte da vida, mas não posso evitar ficar triste
Imagine a dor de sua mãe vendo você se afundando no álcool. Agora imagine a sua dor ao ver seu filho se afundando no álcool.
A vida é um ciclo, cuidado com o exemplo que você dá para quem se espelha em você.
A solidão é minha companheira,
E a saudade é minha dor,
Sinto falta de quem já se foi,
E meu peito fica sempre em torpor.
TODA DOR DO SONETO
Toda dor do soneto, por mais que doa
Na própria ilusão encontra o refrigério
As lágrimas doídas de um despautério
Veda-as no desabafo duma poesia boa
O que conforta, a sensação que povoa
Que faz sonhar, um refundir, o critério
Que nos repara, nos valida, o cautério
Da gana n’alma. O amor tudo perdoa!
Quando a poesia compõe o outro lado
E, depois de descarregar a amargura
Do verso que sentiu... tudo é passado!
Noutra parte há de, acalanto, a ventura
Conjurando aquele instante apaixonado
E o poema segue num adeus à tristura!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
06 de maio, 2023, 12’59” – Araguari, MG
A DOR DA PERDA
Não existe uma dor maior do que a dor da perda, doi mais ainda quando essa perda é a de um parente, pai, mãe, irmão, filho, amigo ou alguém que convivemos e gostamos muito, ai é complicado, o mundo desaba sobre nossas cabeças, perdemos o chão e muitas vezes até a vontade de continuar. É uma dor devastadora que parece não ter fim.
Ainda não aprendemos a suportar essa dor e acredito que jamais aprenderemos, o tempo continua sendo o melhor remédio para isso, ele vai aos poucos nos confortando e diminuindo essa dor, mais nunca nos livra verdadeiramente dela, pois vira e mexe bate aquela saudade e lá vem aquela dor insuportável novamente, e pior, parece que volta cada vez mais forte e intensa. Mais o ser humano é incrível, ele tem uma capacidade absurda de suportar e conviver com a dor. Porém, é muito mais difícil aceitá-la quando se trata de alguém que amamos ou alguém muito próximo e querido, então, o que fazer?
Acho que devemos aceitar que não temos nada o que fazer, que talvez esteja escrito e que aquele ciclo já estava completo, às vezes prematuro, às vezes pleno, não importa, tinha que ser assim, ainda, devemos acreditar que onde quer que esse alguém esteja quando partir, ele jamais nos abandonará e estará sempre zelando, cuidando e nos protegendo, por fim, acredito que quanto antes entendermos e aceitarmos sua partida mais fácil será para que sua alma se liberte desse mundo e siga em paz onde quer que esteja, sabendo que estaremos bem e que continuaremos nossa jornada e por fim, o mais importante nisso tudo é preservar o Amor e o Carinho que existiu em vida e continuará a existir sempre, mantendo sempre viva as lembranças e os momentos felizes e que mais cêdo ou mais tarde todos voltarão a se reencontrarem em seu devido tempo.
É assim que eu acredito que devemos encarar a dor da perda de alguém.
Ailton Bahia,
"A DOR MAIS DOÍDA
E a principal e mais importante passageira do trem da minha vida acaba de descer na sua estação, me deixando seguir viagem com o coração partido, cheio de dor e saudades.
Mãe! Sei que quando chegar na minha estação a senhora estará lá, de braços abertos, com um lindo sorriso me esperando."
Ailton Bahia,
meu corpo se cansa, minha alma se desgasta.
meu olhos escorrem lagrimas e dor.
minha respiração lenta.
minha voz tremula.
minhas mãos suadas.
mais um vez a dor da minha alma,
me perseguir e eu não sei o que fazer ou dizer.
Uma alma dilacerada pela dor,
Uma dor que não se explica e não tem razão,
Apenas vem sem ser chamada para dar vazão,
Vazão a sentimentos obscuros e carregados,
Carregados de uma tristeza sem fim,
Vivencio essa aflição inexplicável com um certo prazer,
Prazer de carregar essa angústia dentro de mim,
E o que mais machuca é a minha hipocrisia,
A hipocrisia de ter tudo e ao mesmo tempo não sentir nada,
É tudo superficial e sem sentido, estamos aqui por um propósito?
Ou apenas vivendo a mercê dos caprichos de uma existência ilógica e irracional? Por que tanto ódio? Por que tanta dor? Por que ser assim?
Realmente não existe uma explicação plausível, apenas desejo todos os dias ter minha existência abreviada, entretanto devemos seguir nossa vida em base de princípios, eu dei minha palavra que não abreviaria a mesma, mas não anula o fato de que eu gostaria que essa existência fosse abreviada.
' A SOLUÇÃO É AMAR '
A vida nos ensina na tristeza, doença e na dor .
Que quem fica ao nosso lado, tem um coração
Recheado de bondade, caridade e muito amor.
Mas precisamos nos colocar em primeiro lugar,
vivemos numa geração, que sabe o que é amar .
Quando chegam os momentos mais difíceis na vida,
quando neste mundo numa insigne e dolorosa lida,
somos então, assim descartáveis pela fragilidade ,
por não termos pra alguns, nossa heróica utilidade ,
e quando fica difícil caminharmos só numa praça
deixam-nos jogados como um móvel velho ruído de traça.
Amar é enfrentar juntos as aflições;
No concílio e no congresso da vida,
até que se encontre a solução ;
O amor esfriou na terra
numa grande evolução,
e a cada dia está mais difícil ,
olhar o ser humano lutando
Lutando por essa versao .
Maria Francisca Leite
Direitos Autorais Reservados sob a lei - 9.610/98
REGISTRO N° 122958067065
' MALDITA SOLIDÃO '
A solidão é uma dor alienada, dor encantada,
Sofrida na alma, deixando a mente agonizada,
Não é saudade, nem carência esta tal solidão,
Que fere nosso interior, retalhando o coração;
Solidão é uma maldita forte dor insuportável,
Espaçosa, pensando ser, uma fera indomável,
Levando corações sofridos, por ela abatido;
Quem, em Deus, espera, jamais será vencido !
Por mais alta que seja o mar revolto,alta maré,
Sempre Tenha dentro de ti Esperança e muita Fé;
Essa cruel magia, enfeitiçada, por nome solidão,
Com efeito, essa tal não tomará seu coração .
De modo rijo, tenta nos abater , nos enfraquecer,
Deixa-nos na vida a revelia; sorri ao nos ver sofrer;
Execrada, odiosa, abominável, maldita tal solidão,
Em um quarto escuro, ela maltrata um coração,
Que amargurado chora,com vontade de ir embora,
Sair sem dizer adeus, sorrindo, pela a vida afora !
Em um mundo onde eu possa amar e ser amada,
Seguir em frente,num caminho por Deus iluminada !
Maria Francisca Leite
Direitos autorais reservados sob a lei - 9.610/98
A minha arte é a dor
O meu pincel é a navalha
Com o vermelho que escorre dos meus braços
Eu pinto um mundo que falha/falta
As vezes somos insensíveis e relutamos a entender a dor do outro..
Aí a vida nos traz nossa própria dor e conseguimos enfim
entender a lição.
MÃE DE VERDADE
Mãe de verdade amamenta sem dor,
Sem se queixar do filhinho querido;
A noite de sono, sem alarido,
Perde por ele, num ato de amor.
Mãe de verdade ela pede ao Senhor
Pra cuidar do filho, a cada segundo;
Dando carinho, seu amor profundo,
Pra que ele cresça com todo vigor.
Mãe de verdade jamais acha um peso
Amamentar seu filho pra que, ileso,
Cresça saudável, feliz em seu lar...
Só quem trata com zelo, amor, carinho,
Reconhece o valor de seu filhinho,
— Uma herança de Deus que ele nos dá!
Mana querida de outrora
que dor eu sinto agora
por não ter ou ver-te mais.
Você tão cedo partiu
de todos se despediu
com dores profundas demais.
Mana, a falta que tu me faz,
Lembranças de ti me traz,
Aquele seu lindo sorriso
Que não ouço e vejo mais.
Aquilo que só você sente, só a sua derme
pulsa na dor, só você sabe descrever.
Não camufle suas dores
com falsos adornos de quem
não sabe de você.