Poesias de Dor
Tudo me cansa, mesmo o que não me cansa. A minha alegria é tão dolorosa como a minha dor.
Quem me dera ser uma criança pondo barcos de papel num tanque da quinta, com um docel rústico de entrelaçamentos de parreira pondo xadrezes de luz e sombra verde nos reflexos sombrios da pouca água.
Entre mim e a vida há um vidro ténue. Por mais nitidamente que eu veja e compreenda a vida, eu não lhe posso tocar.
Raciocinar a minha tristeza? Para quê, se o raciocínio é um esforço e quem é triste não pode esforçar-se.
Nem mesmo abdico daqueles gestos banais da vida de que eu tanto quereria abdicar. Abdicar é um esforço, e eu não possuo o da alma com que esforçar-me.
Quantas vezes me punge o não ser o accionante [?] daquele carro, o cocheiro daquele trem! qualquer banal Outro suposto cuja vida, por não ser minha, deliciosamente se me penetra de eu querê-la e se me posticia [?] de alheia!
Eu não teria o horror à vida como a uma Cousa. A noção da vida como um Todo não me esmagaria os ombros do pensamento.
Os meus sonhos são um refúgio estúpido, como um guarda-chuva contra um raio Sou tão inerte, tão pobrezinho, tão falho de gestos e de actos.Por mais que por mim me embrenhe todos os atalhos do meu sonho vão dar a clareiras de angústia.
Mesmo eu, o que sonha tanto, tenho intervalos em que o sonho me foge. Então as coisas aparecem-me nítidas. Esvai-se a névoa de que me cerco. E todas as arestas visíveis ferem a carne da minha alma. Todas as durezas olhadas me magoam o conhecê-1as durezas. Todos os pesos visíveis de objectos me pesam por a alma dentro.
A (minha) vida é como se me batessem com ela .INTERVALO DOLOROSO
A mãe
A mãe é doce
como cheiro da flor,
que cheira oce
cheia de dor.
Que pinta o dia,
Para dar brilho,
que acha a melodia,
cheia de luz no trilho.
Como é feliz de esperar,
que a alegria chegue
com o amor de alegrar,
levando-nos a crer no que se.
Tão bom é ser feliz,
como flor no seu germinar,
doce como olhar de liz,
que ao céu fica a pairar.
É alegre de ver,
os brilhos dos nossos dias,
iluminados como o éter
que ao iluminar dá nos lias.
Só ele!
Não existe uma só dor
que vença a felicidade
ter fé em Nosso Senhor
é a estrada da verdade
tira o ódio e o rancor
planta a paz e o amor
o respeito e a amizade.
Sabe quando você perdeu
Tudo que um dia já foi seu.
Quando a dor te invade
E tu é só calamidade
Sufocado pela DOR
Ínfima do viver.
Tu que um dia foi
Se foi.
O aroma gostoso
Se foi com o gosto que era te ter
Eu fiquei largado
Pobre desgraçado
Sorri com um toque acalentado em um sonho que te via.
O cansaço tomou conta de mim.
Uma dor invade meu peito...
Minha alma se sente solitária e
perdida. Acho que faço todo mundo sofrer.
Ninguém me entende, ninguém me apoia,
ninguém me defende. Falam por minhas costas,
dizem coisas horríveis. Minha voz se calou...
Meu sorriso se foi, me sinto sufocada no escuro
da noite. Se foram meus sonhos, se foram minhas vontades,
se foi a incerteza, fica a ingratidão daqueles que
jurava conhecer, fica a dor de ser incompreendida,
fica o medo de desabafar e ser mais uma vez julgada.
Tudo se foi... Ficamos eu e Deus... e sabe o que Ele me disse?
Erga esta cabeça, menina, você falou o que devia falar, tentou
consertar o que estava errado. E saiba que quem busca as coisas
de Deus será sempre condenado pelos homens, mas recompensado
por mim. Eu sou o caminho a verdade e a vida...
Oh dia que se expressa com dor e lagrimas,
posso te salvar...
apenas a escuridão e a solitude de minha alma,
percorre entre as passagens do tempo...
sendo singular... no mais teor da morte te amo...
o para sempre parece pequeno diante meu amor.
ÉS AMOR OU AGONIA?
Outrora...
E numa manhã esplêndida abri a ti o meu coração
Senti a dor e alegria simultânea de venerar-te,
Molhei-me nas lágrimas que meus olhos choraram
Encontrei-te na eterna insatisfação
Por várias vezes tentei segurar a tua mão.
Poderia me curvar a minha alma a ti e te adorar
Pois levastes contigo a eternidade que me fez conhecer um dia
Quando iluminastes a vida no reflexo do teu olhar
Quando me ensinastes a amar.
Acostumei-me com tua ausência
O chão aberto engoliu minha existência
Fui marcado com a agonia da desesperança
O mundo para mim é um inimigo
Onde já não tenho abrigo.
E cujo o fim...
Já não sei se rio ou choro
Se vivo ou morro
Se és meu amor ou minha agonia.
E neste dia frio...
Sem tua voz a vida é vazia e triste
E essa tristeza grande demais para um coração
Que busca aflito voltar a sorrir
No teu amor, minha agonia.
DILACERADA DOR DE AMAR
Senti aquela dor novamente...
Aquela dor que ninguém pode escutar
Que as lágrimas tentam expressar
Mas não conseguem...
O olhar que desespera no silêncio
Sem palavras, Sem gestos,
Sofre a amargura de senti-la
Incompreensível dor que se faz presente
Diariamente acompanha de longe a esperança
Observando cada momento
Para que por um instante em frações de segundos
Consiga te levar para longe mim
E sem fim... Vai doer
Até que um vento de saudades te faça voltar
E dizer da sua falta que em mim de você está
Aquela dor que novamente...
Fez-te tão presente
Que as lágrimas não podiam expressar
Mas você chegou e veio enxugar
E me ensinou de verdade o que é amar
"A confiança em Deus transforma dor em maturidade, problemas em oportunidades, fé em milagres!"
—By Coelhinha
DEMOCRATIZAÇÃO
A chuva que por aqui passou
Levou, repentinamente, a tísica
Que me causava dor...
Vi águas torrenciais empurrando-a
Para o fundo do mar,
Para nunca mais voltar
E suprimir o meu viver...
Agora, não mais sinto a tísica transtornar
O meu humor, reduzir o meu querer
E devorar a minha paz.
Já não me sinto ofegante ao falar
E já posso até cantar
Um belo cântico de veracidade
Democrática!...
AUTOR: Sivaldo Prates Ribeiro
-Ferida.
Lutei contra a dor, em busca de salvar a alegria que em mim um dia fez morada.
Lutei contra o amor, na esperança do amor que alí habitava.
Hoje sou terra, e com o vento vou mudando de posição.
Vivo de momentos intensos, na certeza de que um dia acabaram-se os grãos.
Élcio José Martins
AUSÊNCIA
O distraído tropeçou,
No lapso da consciência.
Sentiu a dor da ausência,
Da total inexistência.
A apartação do distanciamento,
Foi escasso desaparecimento.
Do sumiço privativo,
Pede a carência o curativo.
A exiguidade do tempo,
Desse seu alheamento,
Fez da vida esquecimento,
Do apertado apartamento.
Esse mundo de apartação,
Unido na separação,
Traz no bojo privação,
Paz e amor, abstração.
Absentismo da carência,
Foge do raio a coerência.
Na exiguidade do tempo,
Trouxe ao indivíduo o esquecimento.
O distraído tropeçou,
No lapso da consciência.
Sentiu a dor da ausência,
Da total inexistência.
A escassez do nada,
Faz o caminho da manada.
Chama os seus de camarada,
Tenda e lona, sua morada.
O distraído tropeçou,
No lapso da consciência.
Sentiu a dor da ausência,
Da total inexistência.
Élcio José Martins
Vida sem dor
Faz tempo que venho fugindo
de coisas que se sente
Se as sinto, minto pra mim
Eu não vim a este mundo pra sofrer
Creio ser correto ter receio de amar
Odiar, esperar, confiar e querer
Assim eu não sinto mais dor
Faz um tempo que não sei o que sentir
Não penso em ninguém
Se alguém pensa em mim eu não sei
Não amo, não odeio
Não confio e nem receio
Olho a chuva na janela
Estrelas na madrugada
Luz da Lua na varanda
Não penso nela
Não sinto nada
Quem manda no coração sou eu
Mas ele não mais me escuta
Por faltar uma razão
Meu coração morreu
Edson Ricardo Paiva
Não se preocupe com o sorriso que não pode manifestar.
Depois da dor vem a alegria.
Então faça a sua parte!
Mais adiante, será presenteada com sorrisos fartos.
Guiné- Bissau
Guiné,quando te vejo,
vêm-me nos olhos
a dor desse desejo
de ver-te cheia de esperançolhos.
Você é uma sofredora otimista,
que não se deixa levar pelo pessimismo,
porque ama de verdade os seus filhos
que não respeitam a sua bondade maenista,
de ver o mundo pelo seu aspecto bonissimo
para que tudo que o envolva tenha brilhos.
Quem te conhece mãe Guiné,
sabe que és uma mãe doce,
cujo coração é tão grande como oceanoce
da ilha de choros de bebé.
É a minha terra,
a sua terra
a vossa terra,
a nossa terra.
Ela é muito verde,
como uma flor ainda virgem,
que só precisa de compreensão e verdade
para que a paz tenha vantagem.
DOR DA SAUDADE
Assim passam os dias
mas a lembrança de quem amamos permanece.
Em alguns momentos dói, em outros
a saudade corrói.
A verdade é, que
nunca aceitaremos
a perda, a ausência,
na memória
a morada será
permanente.
Muitas vezes
a distância,
outras a ruptura,
e na maioria, a morte.
...É uma dor inexplicável, seu coração parece está sendo atravessado por centenas de lâminas afiadas, você tenta retirá-las mas acaba se machucando mais, nada mais parece ter gosto, principalmente a vida, a vontade de lutar já não mais existe, sua alma parece manchada pelas sombras que tanto lhes deseja. O cheiro da morte está impregnado sobre sua alma e o esquecimento te chama com uma voz sedutora, morrer nunca pareceu tão bom, sem dor, sem problemas e preocupações, todo seu ser grita por paz e cada parte do seu corpo anseia pelo sono eterno.*
*Não tem para onde correr, não tem onde se esconder, a única opção que resta e sair dessa vida com um pouco de dignidade que ainda lhe resta, você até tentou gritar mas o medo segurou suas cordas vocais, todo pedido de ajuda que pensou em pedir foi abafado, seu orgulhoso e medo do que poderiam falar foi maior, não estou lhe julgando por isso, sei qual a sensação de tentar ser forte até o final, mas a cada "eu estou bem" parte de sua alma apodrecer, essa é a pior morte de todas, a morte da sua essência e do seu ser, ela é lenta e dolorosa, lhe faz sangrar de dentro para fora, e como uma mão apertando seu pescoço impedindo que seu ar circule, até que chega o momento onde você enfim parte dessa vida abraçando a morte como uma igual. Bem-vindos ao fim do jogo, Game over para você.
...É uma dor inexplicável, seu coração parece está sendo atravessado por centenas de lâminas afiadas, você tenta retirá-las mas acaba se machucando mais, nada mais parece ter gosto, principalmente a vida, a vontade de lutar já não mais existe, sua alma parece manchada pelas sombras que tanto lhes deseja. O cheiro da morte está impregnado sobre sua alma e o esquecimento te chama com uma voz sedutora, morrer nunca pareceu tão bom, sem dor, sem problemas e preocupações, todo seu ser grita por paz e cada parte do seu corpo anseia pelo sono eterno.*
*Não tem para onde correr, não tem onde se esconder, a única opção que resta e sair dessa vida com um pouco de dignidade que ainda lhe resta, você até tentou gritar mas o medo segurou suas cordas vocais, todo pedido de ajuda que pensou em pedir foi abafado, seu orgulhoso e medo do que poderiam falar foi maior, não estou lhe julgando por isso, sei qual a sensação de tentar ser forte até o final, mas a cada "eu estou bem" parte de sua alma apodrecer, essa é a pior morte de todas, a morte da sua essência e do seu ser, ela é lenta e dolorosa, lhe faz sangrar de dentro para fora, e como uma mão apertando seu pescoço impedindo que seu ar circule, até que chega o momento onde você enfim parte dessa vida abraçando a morte como uma igual. Bem-vindos ao fim do jogo, Game over para você.
SUSSURROS DE MINHA DOR. ( POEMA)
Sussurrei bem baixinho a minha dor.!
Para o mundo não me ouvir.! Porque tive medo que tudo fosse me devolvido em ecos de dor., Cada vez mas furiosos., E a dor maior em mim.. Se repetir.
Chorei em silêncio gelidos.! Sobre os pedaços do meu coração.. Que cada vez mas se espalhava dentro de mim., Como um punhal desgovernado., E eu sofri em prantos ainda maior., Por esse sussurros de amor.
Coloquei em meu rosto sorriso um belo sorriso.! Só para enganar minha dor..
Porque minha alma., Eu já não conseguia enganar., Pobre inocente de mim..
Esqueci que neste sussurros de dor.!
Minha alma.. Foi a primeira a se partir.
(Autoria) Daniela Kenia & Fernando Melo poemas.
Direitos autorais reservados.29/06/2017