Poesias de Dor
Do meio da África distante veio um grito de dor , me prenderam fui feito escravo eu que era Senhor da liberdade.
Trazido numa caixa de madeira, no meio de águas turbulentas aqui cheguei neste país. De rei liberto a escravo maltratado sofrido.
Dor, revolta, o ódio tomou o lugar no meu peito perdi tudo que tinha. Quantos anos de dor e lombo espancado, quanto sofrimento eu e meus irmãos.
Mas chegou o dia da partida desta terra, cheguei no outro lado.
Ah quanta coisa vi então aprendi mais ainda e o meu coração voltou a bater, mas agora eu tinha compaixão por quem ficou então pedi implorei, deixa esse " fio " curar as dores de quem ficou mas quero fazer como foi a maior dor na minha vida quero ser Preto Velho.
A dor é fertilizante para a Vitória
Não se apegue as pessoas que são injustas pois a derrota estará próxima.
Sem facções,
Sem transmutação da cor, sem lágrimas, nem dor
Não há submissão da raça, Sem lágrimas, nem dor
Só mesmo o criador.
Se vê o passado o tempo levou
Hoje a expressão do negro
É só amar
Hoje a expressão do negro e liberdade
É certo futuro vai estar no presente
Um militante ex-não combatente
Um dissidente negro traidor
Saudades daqueles
Que não voltam atrás
Sem dividir seremos sempre mais
Sem dividir esse meu eu será você.
Deus existe sim...
na beleza de uma flor
no sofrimento da dor
na perfeição do amor
na saudade dos ausentes
no coração dos valentes
no sorriso dos inocentes.
por Ariel Domingos de Sousa
A dor que eu sinto,
ninguém sente,
quem diz que da minha dor compartilha
com certeza mente,
O meu coração dói
de forma assim, meio diferente
sofremos de maneira desigual
o que eu sinto, você não sente
O que eu perdi
me dói amargamente
mas eu sofro calado
Eu e meu alter ego sozinhos na minha mente
A minha dor não se divide
ela aumenta de vez em quando, de repente
me deixa muito triste
e some misteriosamente.
Mas comigo se encontra Deus
Me consolando pacientemente
As minhas lágrimas aparando
na minha vida sempre presente
A dor que eu sinto,
ninguém sente,
quem diz que da minha dor compartilha
com certeza mente,
A DOR QUE NÃO VIRA POEMA
A dor que não vira poema
Sufoca na garganta
Cresce um pouco a cada dia
Mata devagarinho
A dor que não transborda em poesia
Cria limo no peito
Cresce lodo na alma
Afoga a esperança
A dor que vira poema
Derrete
Esvai
Se vai.
Existe um sim para todo não.
Existe um amor para toda dor.
Existe um beijo para todo lábio.
Existe um trato para todo distrato.
Existe um preço para todo apreço.
Existe um braço para todo abraço.
Existe um recomeço para todo término.
Existe um descanso para todo cansaço.
Existe um presença para toda ausência.
Existe uma escolha para toda renúncia.
Existe uma paixão para todo coração.
Existe uma tampa para toda panela.
Existe um colher para todo plantar.
Existe um fruto para toda árvore.
Existe um você para todo eu.
Pouco amor resta no mundo.
Mas muita dor rege o peito de cada um, a cada segundo.
Tristes são aqueles falsos risonhos.
Sorriem com o sorriso do ter, mas não sentem o sentido de sorrir, em se perder…
O tempo não traz alívio; mentiram-me todos
os que disseram que o tempo amenizaria a minha dor.
Sinto sua falta no choro da chuva;
Quero sua presença no recuar da maré.
A velha neve escorre pela encosta de cada montanha,
E as folhas de outono viram fumaça em cada caminho
Mas o triste amor do passado deve permanecer
o meu coração, e meus velhos pensamentos perduram.
Há centenas de lugares aos quais receio ir
- por estarem repletos de lembranças dele.
E ao entrar com alívio em algum lugar tranquilo
Onde seu pé nunca pisou, nem seu rosto brilhou.
Eu digo: "Aqui não há nenhuma recordação dele!"
E com isso paro, arrasada, e me lembro tanto dele.
De Mais Ninguém
Se ela me deixou, a dor
É minha só, não é de mais ninguém
Aos outros eu devolvo a dó,
Eu tenho a minha dor
Se ela preferiu ficar sozinha,
Ou já tem um outro bem.
Se ela me deixou a dor é minha,
A dor é de quem tem.
É meu troféu, é o que restou,
É o que me aquece sem me dar calor
Se eu não tenho o meu amor,
Eu tenho a minha dor.
A sala, o quarto, a casa está vazia,
A cozinha, o corredor
Se nos meus braços ela não se aninha,
A dor é minha, a dor
É o meu lençol, é o cobertor,
É o que me aquece sem me dar calor
Se eu não tenho o meu amor
Eu tenho a minha dor
Foi levado pela melancolia da dor
que eu despetalei a mais bela flor
e ela no adeus do seu findo odor
suplicou-me um derradeiro favor:
para que nunca abdicasse do amor
Dor
Tuas palavras me ferem , como ferem ...
Eu me perco nesta dor sem fim ,
A angústia toma conta de mim,como dói o meu coração !
Sinto que vou morrer com esta dor... dor que consome ,e me enche de dor ... dor de ti !
De ti meu amor !
DOR VELADA
Se a saudade que suspira, a dor de outrora
E nas lembranças mora: é ilusão nascente
Pois, tudo que ao coração, assim, devora
Traz solidão ao pensamento paralelamente.
Se a lágrima que do olhar na face chora
Embora, se deva rolar. E tão vorazmente
Rasga o peito a fora, se cala ou implora
Há nós piedade, que seja piedosamente.
Se inveja agora, a ventura doutra gente
Ter silêncio lhe deva ser permanente
Como o fincar dos cravos duma espora.
Pois, a vida só nos é dada parcialmente
Pra que possamos ser dela totalmente
No viver... Velozmente vamos embora!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Agosto de 2018
Cerrado goiano
Na minha paz,
No meu silêncio,
Na minha dor,
Na tempestade que sacode o meu ser,
Na luta por me fazer vencer.
Vencer o medo do sentimento de posse.
Tenha calma! A calma me faz esperar E o amor. O amor faz crescer.
FLOR!
Quando o homem tem pudor
ele não quebra uma jura
não se enfraquece na dor
e nem rompe a estrutura
mantém irrigada a flor
e não troca um grande amor
por momentos de aventura.
O que é amor?
O que é amor?
Um sentimento?
Um conforto para nossa dor?
Ou apenas algo que nos trás sofrimento?
Atormentado estou
Por não saber quem é você amor
Desesperado eu corro atrás da resposta
Mas sinto que uma barreira entre nós foi imposta
Por que será que não posso lhe conhecer?
Da minha existência você quer se esquecer?
Antes que isso ocorra, ouça-me dizer
Que por você eu quero viver
Sei que a poucos você se reserva
E que a loucura muitos leva
Muitos por isso te deixam de lado
Por isso o amor do mundo tem-se acabado
Mas por favor peço que não desista de mim
Por que te demonstrarei a alguém até o fim
Que pela minha alma passe todo o seu calor
Para que eu responda a pergunta: "O que é amor?"
O real que se tornou
quando te conheci.
Uma dor findou
o tempo passou
a dor está em mim.
Uma parte levou
quando partiu
aonde podia não ter fim.
Me escondi na caverna escura
atrás do monte que estava
lá de cima te vi com outros olhos
do obscuro esperei me salvar
com o teu sorriso, mas deixei pra lá.
Sou quem sou
não mudo a natureza
de tão bela que ela é
fiquei na dureza.
Meu sorriso se apagou
junto á luz do fim do buraco onde estava
minha cura seria você,
mas tua beleza não cicatrizou
pois vejo ela como uma dor.
Meu olhar não é o mesmo
desde que surgiu você.
Triste é quando não rimamos as mesmas rimas
me tirar do abismo seria a tua sina.
Escrevi suavemente,
mas dói perder a esperança
de um dia me salvar
o horizonte está longe
de você poder estar.
O verbo está no passado
você no presente
se tornando veneno
a guerra está ardente.
Minha alma caliente
o sol brilha e a solidão com a gente
continuar seria uma opção
mas sem você estou num apagão.
Se vier até mim
vou até o fim
me salva, me cura, me aceita
prometo pegar o resto que me resta
e te levar para outro planeta.
Não sei contar estrelas
só sei as contemplar
mas viajando com você
é certeza voltar a sorrir ao te amar.