Poesias de agradecimento
Eu possuo lembranças do passado
Dos momentos de alegria
Do tempo desperdiçado
Dos sonhos do dia-a-dia
Depois de um coração desmontado
A poesia faz folia em minha vida.
Eu queria dizer que te amo
Nas rimas da poesia!
Toda vez que eu te vejo
Meu coração dispara
No momento que te beijo
Minha respiração pára
Não consigo explicar
O tamanho da minha alegria
Eu queria dizer que te amo
Nas rimas da poesia.
Fim de tarde !
Sol que se põe
Rabisca o céu
de cores mil
Cores que brincam
com nossa visão
ora do ouro o amarelão
mistura-se com o vermelho intenso
num instante surge o alaranjado
o cinza modificado
formando um lindo arrebol
de cores brilhantes
traçando imagens imaginárias
e de beleza rara
Pessoas passam
passos apressados
o dia foi longo
o tempo urge
Chegar à casa se faz urgente
e nessa correria
não conseguem num repente
ver bem a sua frente
a presença do Criador
os passos a lhes espreitar
São poucos os que tema chance
de observar tanta beleza
traçadas por linhas ocultas
inseridas na natureza
Como é lindo
apreciar o entardecer
o sol que some no horizonte
vai nascer em outros montes
Mas voltar ao amanhecer
nos trazendo a beleza do alvorecer
Entardecer”
Prenúncio do anoitecer
A noite cai e com ela
logo vem a escuridão!
Assim somos nós...
(Encontros e desencontros
no entardecer da vida
que também se vão)
No entardecer da vida
eu possa alegre contemplar
um feliz amanhecer
Edite lima / JULHO DE 2018
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por mais lindo que esteja o céu ao amanhecer
À tarde pode chover
e trazer um cinzento entardecer
Assim é também em nosso viver
Edite lima /2018
Sempre confundimos uma falta de atitude
com um "não está nem aí".
Sempre acreditamos que um silêncio
é uma certeza de que não se importa.
Não pense assim antes da certeza!
Nada se cria do nada!
Nem mesmo uma frase...
Até para isso, precisamos passar por
algumas circunstâncias.
A casa da Vovó
A casa da vovó era tão grande, lá eu me sentia Latifundiário em vinte metros quadrados, lá eu subia no muro que parecia o de Berlim , lá eu subia nas Goiabeiras, nas pitangueiras e não tinha medo de subir, de cair, de sussuarana e nem tão pouco de perder a hora do almoço porque eu sabia que meu anjo envelhecido ali estava para me lembrar ,carinhosamente , que meu prato preferido estava na mesa.
A casa da vovó era tão grande , lá , no quintal, tinha uma enorme pedra, que hoje, diante de meus olhos nem tão grande era assim!
Lá às formigas eram gigantes, as flores mais coloridas , o suco mais doce e os biscoitos mais crocantes. Lá tudo ficava gostoso, até a couve que mamãe fazia e pedia pra vovó colocar em meu prato. Lá verdura era carne tenra.
A casa da vovó era meu itinerário preferido e ela a guia turística mais fantástica que eu já conheci .Meu passeio preferido, meu colo preferido, meu abraço mais quente e meu sim constante.
A casa da vovó era tão grande e se tornava maior por tanto carinho, tanta generosidade, tanto amor. Não cabia em suas intenções tanto carinho, expresso em apenas um olhar, um aconchego ou um sabonete e um talco quando ela ,de mãos dadas comigo, íamos receber sua pensão.
Assim a casa da vovó era uma mansão , tamanhos cantos que tinha, tamanha a vontade de agradar, tamanho o tamanho daquele envelhecido coração.
A casa da vovó, a casa da vovó era minha esperança de crescer , crescer e encontrá-la , envolver meus bracos pequeninos em seus bracos envelhecidos, ou o contrário ou ,simplesmente falar baixinho:
-Vó pede pra minha mãe deixar eu ficar aqui hoje? Pede vó , pede!
E ela com aquele sorriso conivente me abraçava e dizia:
-Pode deixar, ficaremos juntas mais um dia.
E eu simplesmente ,hoje envelhecida na saudade, falo:
- A casa da vovó era tão grande! Mas o amor da vovó era bem maior.
SEREIAS DO AR
As comissárias de bordo
são sereias do ar,
trafegam por entre os anjos
e nascem das estrelas
como flores do luar.
Talvez o Getúlio mandasse me prender,
mas ele teria muito trabalho
em me deportar
para o país dos meus sonhos
em tempos de ouro,
onde os militares
nunca conseguiram chegar,
com suas armas cheias de ferrugem
na solidão de os acompanhar.
Tem dias que não queremos acordar
Nos espelhos, a gente já não se nota
Se torna difícil nos encarar
Diante de várias derrotas.
Do dia a dia...poesias.
Das interações...anotações.
Dos amores idiotas...incríveis anedotas.
Das saudades...ambiguidades.
Já não aguento mais tanto querer.
Já não aguento mais pouco fazer.
Já não consigo mais independer.
Já não consigo mais...viver.
Redigindo Neurônios
Toda palavra
Rasure o seu pensamento
que você acabou de imaginar,
ao ver este verso
saltar do papel.
Rasure a tonalidade da cor
ao imaginar que o vermelho
poderia ter sido cinza
na sua natureza morta.
Respeite o oxigênio
das palavras,
porque elas todas podem serem rasuradas,
ou simplesmente mortas
pelo silêncio.
Se sentir flutuar...
Voar sobre as nuvens
no céu de alguém.
Passear pelas belezas que há.
Avistar um sorriso... de canto talvez.
Já é uma dádiva.
E por fim, acampar no abraço
de quem te faz bem!
ALMAS GÊMEAS
Escrevemos muitas coisas
coisas que não acreditamos
falamos coisas que duvidamos
existir ou ser vedade
contudo, a vida social nos exige
e é necessário que digamos algo
sobre o que cremos
e sobre tudo que nos perguntam.
No entanto, quem na verdade
pode saber o que há no coração
de um homem?
Apenas a quem for concedido
que este homem revele...
Ninguém pode mensurar
o abismo que há em uma alma
ninguém pode conhecer
o que de fato somos
e as palavras, e o que se escreve
fica tudo nebuloso, entre sim e não
só almas irmãs podem se conhecer!!!
Ontem eu te procurava,
em cada verso,
em cada folha,
em cada livro,
hoje não mais,
você ficou no passado,
que eu fiz questão de esquecer
IvoneteDBeliene( NetheDiaz)
Bsb 07/02/2018
Amor novo é como chama
Clama na alma
Arranha
Vida desamanha
Se busca uma sanha
Se quer algo omisso
Com ou sem compromisso
Extravasar
Se apega em algo novo
As vezes apenas tentar
Buscar na saudade
Momentos que ficaram no ar
Momentos indefinidos
Mas que ficarão
Sentidos
no coração.
Onde há amar
há mar
Onde há mar
há amor.
Ah, O Amor!
O amor que é mais profundo que o mar.
Mas se onde há mar, há amor
Qual a profundidade do amar?
"O silencio da noite
como num açoite
traz reflexões
batalho com meu ego
mas não me entrego
As pétalas do lustre
quase em obrigação
derramam as luzes
em comoção
Fluem algumas emoções
os olhos já não respondem
e teimam em não deixar
a lagrima rolar
Talvez a imaginar
uma fraqueza
talvez tristeza
ou covardia em recomeçar
Olho os lençóis que guardam
algo que se foi
tento encontrar sintonia
que um dia
fazia delirar
Depois que tudo acabou resolvi me desfazer de vez desse passado sem futuro. Sentimentos com prazos de validade vencidos. Receitas de amor eterno prescritas.
O vento da liberdade se encarregou de levar para longe cada pedacinho de saudade que tinha sobrado. Precisei abrir espaço para o amor próprio e a autoestima.
Juntei os momentos inesquecíveis e os enterrei no túmulo dos indigentes, sem nomes, sem identidades. Apenas vestígios de duas vidas conhecidas que já não se reconhecem mais.
Silenciei a lembrança dos sorrisos e das gargalhadas pois com o tempo se transformaram em um barulho incompreensível. Perderam a graça.
Recolhi as lágrimas de tristeza que esvaziei da alma para regar uma nova semente de amor plantada. Será o meu jardim particular de uma flor só.
Por fim cancelei todos os bilhetes daquelas incontáveis viagens e fiz reserva para um destino inexplorado. Passagem só de ida rumo a um coração acolhedor, receptivo e disposto a me amar plenamente.
Foi bem aqui, no alto deste morro, que juntos plantamos a semente do nosso amor.
Todos os dias subíamos para rega-la com baldes transbordando de carinho e paixão.
Rapidamente, aquela pequena sementinha criou raízes de admiração e respeito.
Quando seu tronco se tornou mais robusto, eternizamos nele nossas iniciais como uma tatuagem.
Em pouco tempo, seus galhos e suas folhas nos deram sombras de felicidade, e estampado em cada uma de suas folhas, estavam as fotografias da nossa história.
Suas frutas que brotavam diariamente tinham a forma de coração e o sabor do nosso prazer.
Essa era a nossa árvore. A mais bela e frondosa de toda a região.
Com o passar do tempo, já não subíamos todos os dias para cuidar dela. O morro se parecia mais com uma montanha íngreme de difícil escalada.
Você se cansou de subir e nunca mais voltou. E eu por algum tempo, ainda continuei vindo, mas já não tinha forças para carregar os baldes de esperança necessários para mantê-la como antes.
E assim, sem os nossos cuidados e atenção, o tempo se encarregou de dar um destino para ela. Seus frutos já não tinham forma e nem sabor. E suas folhas de tão secas viraram pó.
Hoje não há mais vestígios dela e nem sinal de que um dia ela existiu.
Mas foi bem aqui, no alto deste morro, que eu presenciei o nascimento e a morte da mais bela árvore de amor.
Você foi embora sem se despedir. Da janela do meu quarto ainda te vejo caminhando pela rua.
A cada passo seu, observo nossos momentos desprenderem das árvores e cairem no chão feito as folhas amareladas no outono.
O vento sopra para longe nossos sonhos que você foi jogando fora pelo caminho.
A medida que caminha posso ver minha sombra abraçada com a sua, como se ainda estivéssemos juntos nessa estrada.
Mas quanto mais você se afasta, sua silhueta parece ser a de uma outra pessoa. Alguém que eu não conheço. E nem conheci.
Te chamo, mas você já não me escuta mais porque está ouvindo uma nova canção.
E no horizonte te vejo pela última vez, dobrando a esquina da vida sem sequer olhar para trás.