Poesias de agradecimento

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PÓS-ATO

Qual a conseqüência do beijo?
Algo imensurável,
Plausível,
Desejável?

Toque de dois sentimentos,
Sutil,
Entrelaçado,
Que se algemam em paixão
mutua,
Constante,
irreparável.

Singultos ritmados,
Arrepios frementes.
Afagos,
Desabafos.

Nada disso,
Apenas bocas entorpecidas
Num cândido frenesi...

JRicardo de Matos Pereira

LUZ DO SOL
(Eduardo Pinter)

Você quer que eu entenda

Mas você não me entende

Quer que eu sorria mais

E não me faz sorrir

Quer que eu suba

Mas não me faz crescer

Finge que sente

Mas não me faz sentir

Você me escuta

Mas não quer me ouvir

Você fala quando me quer calar

Você olha enquanto eu tento ver

Você sorri quando me ver chorar?

E os campos inundam o que é florir

E as correntes caladas irão gritar

E os vagos sonhos terão um fim

E a luz do sol irá escurecer

19 Jan 2013

Eduardo Pinter

(Rê) Sentir

Versificar...
Verborizar...
Simplificar...
Regozijar...
Viver!!!
Tantos outros verbos que se sonorizam/poetizam e rimam com o verbo amar.
Por isso digo:
Versificando,
Te conduzo a essência de meu sentimento;
Verborizando,
Te envolvo nas palavras de meu desejo;.
Simplificando,
Resumo meus sonhos quando estou em teus braços,
Lábios e seios;
Regozijando,
ratifico a comoção de tê-la ao meu lado, e, ao
viver...
Apenas sorvo da essência da vida estampada em teu olhar e teu belo sorriso...

José Ricardo de Matos Pereira - Terça . 07.05.2013 as 01:41 hs.

Obs.: A minha inspiração maior: Rê.

JRicardo de Matos Pereira

NAS MANHÃS DAS TARDES NOTURNAS
de: Eduardo Pinter

Este silêncio que devora todas as manhãs

Parecem gritos ecoando por todos os cantos

Este sentimento vazio que algo está faltando

Parece agonizar sempre quando acordo

E todas as manhãs... parecem todas iguais

Depois do meio dia, sonolência bate, preciso descansar

O corpo parece que já sabe, a tarde é longa, é preciso se preparar

Entre o perdão e o pecado existe um intervalo de consciência

O sangue das mãos é um ato de pura sobrevivência

E todas as tardes... parecem todas iguais

E a noite chega e parece que não sou o mesmo

As promessas das manhãs não tem mais sentido

Não tenho mais tempo p'ra ter pena de mim mesmo

Estou pronto p'ra lutar, pronto pro sacrifício

E todas as noites... são todas iguais

21 maio 2013
Eduardo Pinter

CLARO AMIGO JOSÉ
de: Eduardo Pinter

Oh, caro amigo José.
Teus pensamentos andam confusos
Porque você os confundem
Com tantos sonhos profundos.

Teu orgulho não tem a liberdade,
Nem pingo de razão
Para obrigar teus amigos
A entender teu próprio coração.

Mas, meu caro amigo José,
Se nos mares onde navegas
A chuva não bate forte,
dúvidas terás do valor da chuva
À que te negas.

Caro amigo José,
A vida é bela outrora nobre
Mas, se ela não brilha como você quer
É porque tua luz tornou-a pobre.

Assim, outrossim se vai, José.
Quando ofuscas o reluzir
Tornando-se ofensivo
Na juntura de seus amigos.

Meu caro amigo José,
Se perderes as esperanças
Tua fragrância escassa
Perderá o alicerce da vida.

16 Jan 1998
Eduardo Pinter

SUAVIZANDO A PAISAGEM
de: Eduardo Pinter

Os ventos de ontem com os rumores dos amanhãs…
Endiabrados conceitos que ninguém se faz entender
Costuram as sombras dos males infernais
Com a dor saudando saudades de invernos passageiros
E contaminando verdadeiras mentiras em prol de um câncer maior:
Nossa certeza não tem certeza de nada
E a Imprensa só imprensa o que não pensa
E o esgoto deste riacho que nos contenta
Só nos interessa pois de fato é da ignorância
Do que realmente nos alimenta.

25 Jun 2013
Eduardo Pinter

Raro

Nada fala,
apenas
para e repara;
que o tempo é curto,
e a voz atrapalha.
Olha,
sinta o agora,
o amanhã
já é outra cor,
e vai embora...

Entenda,
seja a folha
jogada ao vento.
Que o muito é pouco,
quando o amor é o momento.
Então me beija,
com toda a alma infinda.
Apenas beija,
que a vida assim é rara,
e o amor, mais raro ainda...

(Dinho Kamers)

VIOLÃO DE TAÇAS
de: Eduardo Pinter

O ventos sombrios da mente calada
Acorda com vontade de se esconder
Inspira a morte numa angústia abafada
Mais puro que o frio não há como morrer
Mais impuro e divino também não há como viver

As questões se vão como se vão as questões
Pr’algum lugar onde desvendas a incompreensão
Pode-se fugir do inverno mas, não das estações
Pode-se ignorar a alma mas, não o coração
Não me é estranha esta sensação

Acordar num silêncio vazio entre esta multidão
Me faz pensar no que penso noturnamente
Afogar-se num violão com taças e uma canção
E se trancar na noite em meu próprio refúgio
Talvez convidar amigos e descobrir que não sou o único

23 Ago 2013
Eduardo Pinter

Explicação

Jamais interrompa um poeta.
Seria um crime sem perdão.
Nem mesmo numa urgência,
Não o incomodes,
Em sua alta inspiração.

Jamais lhe peça um minuto,
Nem queira ter sua atenção.
Pode ser fatal esse momento,
E assim como o vento,
O poema lhe fugir da mão...

E se isso acontecer, amigo,
De uma tristeza infinda,
O poeta terás ferido.
Seria assim, como lhe cortar
Um pedaço do seu coração...
(Dinho Kamers)

MULHER

Motivo de toda existência da humanidade
Ultrapassa barreiras que nenhum outro é capaz
Lapida seu nome na história por sua capacidade
Humaniza sentimentos cristalizando sempre a paz
Eterniza o equilíbrio aos filhos bem amados
Repousa ternuras almejando tudo o que é sagrado
Eduardo Pinter 08 Mar 2014

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ESTRANHO ARREDIO

Oriundo de mazelas a virtude é ficar de pé,
De cabeça erguida e de forças para continuar.
Pois nem o bem e muito menos o mau
São decorrentes de estacas que vieram para nos fincar;
E sim para mantermos o equilíbrio
E saber quando temos que recuar
E principalmente quando temos de fechar os olhos
E dizer: “seja o que Deus quiser”.
E sem olhar para traz seguir a nossa intuição
Pois, ela é um aviso de uma lembrança remota
Que nos quer o bem.
E se cairmos levantamo-nos.
Se nos derrubarem levantamo-nos.
E fazemo-lo com toda a energia que possuímos
Pois, ao final, as mazelas estarão ao chão
E nosso orgulho de pé.

Eduardo Pinter
10 Mar 2014

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uma das antigas : DESABAFO (1994) renatonova
A cada dia e a toda hora
Sentimentos vazios me dominam
Trazendo dor, angústia, medo, solidão
Momentos esquecidos de um passado tão presente
Que relutam em ficar ausentes
Causando uma profunda depressão

Um sorriso no meu rosto não reflete o que sinto
Minha vida inteira eu minto
Nunca revelo quem sou
Porém você surgiu e me mostrou a vida que eu queria
Só que agora é muito tarde Já não posso mais voltar
nem consertar no meu passado todos os erros que fazia
sem você não há alegria; e eu não posso ficar sem você.

Renato Nova

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PARA REFLETIR:

A Vida é um livro.
E cada página virada é mais um dia que se foi!!!!!....

Viver,
É saber aproveitar a mensagem contida
Em cada página,
Em cada palavra,
Em cada letra dessas páginas.

(autor desconhecido)

- amo esse pensamento...tanto que li à muitos anos atrás e nunca mais esqueci-

Edna Mendes de Souza

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Ilusões partidas
de: José Ricardo de Matos Pereira

Cessar ilusões,
Reter significados,
Depurar sentimentos...!
Sou eu,
Rascunho de meu querer,
Alfarrabo da virtude emblemada no verbo que cintila,
Que impactua no desejo que deseja a tua pele,
o teu lindo sonho...,

Restringir rancores,
Perpetuar emoções,
Colecionar felicidade...
Sou eu,
Vestígios do querer que urge,
Retrato do sentir que aflora...,
Orvalho que banha o norte de meu desejo e,
que ao sul,
transborda de emoção o sentir,
O querer,
O frasear do amor...

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SE VOCÊ QUISER
de: Hilton Custódio Alves Júnior/
(José Ricardo de Matos Pereira)

Vou virar mais uma noite em claro
Vou tentar juntar os meus pedaços
Vou ficar te relembrando a toa
Esquecendo que o tempo voa

Vou tentar rasgar o teu retrato,
Teu perfume ainda esta no quarto
Vou negar teu nome quantas vezes
Minha solidão e magoa permitir

Vou tentar pintar um novo quadro
Sem as cores que você levou
Sobre o nada rabiscar teu nome
Com o pranto desbotar a dor

Viajar perdido em outro corpo
Procurando algum resquício teu
Vou achar teus beijos em quantas bocas
Tua indecisão e arrogância permitir

Mas se você quiser, podemos se encontrar
Mas se você quiser, estou te esperando lá
Mas se você quiser...

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DISTANTE
de: Hilton Custódio Alves Júnior/
(José Ricardo de Matos Pereira)

Hoje distante de tudo
O sol procura meu rosto
Tentando achar um sorriso
Há muito tempo esquecido

Meu pensamento então voa
Ele é um pássaro triste
Cansado já sem força
Tentando encontrar um abrigo

Chora quando canta,
Voa para esquecer
Do passado sempre presente
Que insiste em atormentar

Voa, se perde no espaço
Tentando se encontrar
Soldado esquecido e sem guerra
Sem forças pra lutar

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(sem título)
de: José Ricardo de Matos Pereira

Tudo fica
Nada vai dissipar o sonho
Meu querer e teu desejo reunido
Nada vai saciar o vento
Folhas,
Galhos e empecilhos...
Nada vai estancar a dor
Tua ausência é frasco sem perfume...
Nada vai derrubar a flor,
Que envolta em espinho te versificam e
Me resume...
Nada vai apagar meu desejo
Fruto do querer que me arrebata
Nada vai decifrar o que sinto...
Poeira, sol
Mar e poesia,
Amor e solidão,
O luar que me extasia

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(sem título)
de: José Ricardo de Matos Pereira


No sonho inusitado que floresce... em meio a fronte que te circunda em flores...
lampejos de um amanhecer que até então desconheço...!!
Resquícios de um não saber...
Constatações de tudo que se afloram, mesmo que em soluços que me prendem...,
que me fazem relutar ao inevitável...,
Teu, meu,
nosso indecifrável e repentino desejo....!!!!

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Só (lidão)
de: José Ricardo de Matos Pereira

Eu sei,
Que mesmo sentindo calado,
Na noite eterna e singular,
No frio que agasalha a solidão...,
Insólita e
Indesejada.

Eu sei,
Que mesmo sonhando acordado,
Virá o vulto...!
A faísca que me integra,
E, ao mesmo tempo
me parte,
Inconsequentemente...

Eu sei,
Que não deveria viver sem você...
Que o albergue que procurava estava em teus olhos, e,
Que teu sorriso simplificava até minhas palavras tortas...,
Desconexas...!

Eu sei,
Que você nunca existiu.
Você foi um sonho que passou.
Você foi à luz que um dia raiou
E,
No entanto,
Se dissipou...!

Você foi o arrepio de meu desejo,
A verdade de meu sentimento.
A tristeza de meu lampejo,
E,
a tortura de meu esquecimento...!

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ELA
de: José Ricardo de Matos Pereira

E ela surge em meio à multidão...
O ambiente se transforma em
apenas três,
Ela...
Eu...
E o desejo soletrado,
Ritmado pelo nuance de seu
quadril envolto nos meus...
Sonhos e contemplações,
Virtudes e desabafos.

E ela urge...
Capciosa e repentina,
No reverbo do amor ensandecida.
Ela aparece feito fada em meus sonhos...
E tudo se renova!
As lágrimas já não são gotejadas,
A lâmina da solidão já não me corta,
E já não se reprisam os desafetos e
rancores que me torturavam...!

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