Poesias Carne
Crepúsculo eucarístico
(Victor Bhering Drummond)
Sim; eu poderia cometer os pecados da carne,
A fúria da gula
Ali mesmo no pátio da igreja
Na sombra, no sol,
No sino sem tom,
Nos versos de Drummond
Ou sobre os livros apócrifos
Olvidados por santos e hereges.
Mas que pecado cometi
A não ser amar e devorar você
Como o doce vampiro de Rita Lee?
•
••
•••
(Poema inspirado na igreja e restaurante Santa Catalina em Buenos Aires, onde saciei a minha fila e alimentei o meu amor. Ouvindo e lendo Rita Lee)
SINTO-ME
Sinto-me incurável
Carne seca sem sangue
No vomito do esquecimento
Dói-me o corpo desta miserável conciencia
A Mente deixa-me tão vulnerável
Mas a dor que sinto na alma é profunda
O corpo esta doente, fragil, instável
Por mais que a dor me devore, o abominável
Sentido deixa-me como se a carne nada padeceçe
Fujo do de mim não sei porque
Mas sinto o lúgubre a fragilar-me a carne
Fúnebre pavorosa mente no escuro
Mente escravisada por alguem mais sombrio
Que eu sem dúvida, silencioso aterrador
Por mal dos meus pecados só a fé que tenho
Me mante vivo nesta maldita vida em que
O corpo sobrevive a tantos demonios.
🌺 🌺2018
"... Deus nos dá a carne e o diabo os cozinheiros.
O trabalho é encontrar o mal e detê-lo
e não saber sua procedência..!"
Para mim a festa da carne, não é festa, mas sim uma desculpa para o adultério e outros pecados a mais;
(Referente ao carnaval)
Herdeiro de Roma
De sangue latino
Ouça o clamor da carne
Antepassados gritam
Em pesar pela cultura
Que agoniza deprimente
Sempre que se manifesta
Herdeiro de Roma.
“O ser humano é tão prepotente
a tal ponto de esquecerem, que são feitos de carne.
Carne essa:
que apodrecerá a prepotência de seu ego”
"És a mais bela, a mais pura
e mesmo carregada de espinhos
ainda que eles me arranhe a carne
ainda que me sangram as mãos
ainda que me perfure a alma
ainda que me mantenham á distância
tudo isso não supera
a tração maior que provoca teu encanto
e comove meu coração."
POEMA POLÍTICO
Ah! Caro senhor...
Deixa de opulência
pois tua carne gorda
verte indecência.
Teu cargo distinto
não passa em exame.
Teu mau caráter disfarçado
já tem destino certo.
Em tua esmerada aparência
nada é definitivo.
Enganas mais a ti
do que a mim mesmo
Não gostaria de ficar a sós
contigo no deserto,
eu morreria de sede,decerto.
E, se Deus topasse contigo
providenciaria teu decesso.
És pária, filho da culpa!
Distrais os inocentes
e trais teus pares.
Rezo para queimares
na tua única casa
que é o inferno!
Quem já sentiu na carne a dor
Quem já sentiu na carne a dor
Sabe o tamanho da sua extensão
Quando vê outro sofrer a mesma dor
Dói em si a aflição deste outro coração.
Torna-se solidário ao sofrimento
Não julga, não faz comentários vãos
Abriga, abraça, oferece acolhimento
Com gestos de amor dá-lhes as mãos.
Às vezes, o silêncio, um simples olhar
Há mais calor humano para oferecer
Do que muito falar e nada dizer.
Perfil no facebook é como carne
exposta no açougue, por mais que se capriche no corte, sempre fica pingando sangue.
Vem me molhe com sua saliva, se precisar me deixe a carne viva, faça do meu pescoço o seu almoço. Só não me deixe esquecer o quanto eu amei você.
Minha menina, minha pedra rara, minha coisa fina.
quero ser a ultima gota do seu
sangue, te dar meu doce vinho
quero degustar da sua carne essa
noite enquanto te embriago de
amor e desejo
quero ter sua alma em minhas
mãos pra te ter pela eternidade
preso no meu destino
quero te acalentar em meus frios
braços como uma criança que
com medo chora
quero os teus precisos sonhos pra
guardar no meu baú da vida
mas não tenha medo só quero na
verdade e que me ame sem se
preocupar com nada nem a
morte
nada será um obstáculo, não
existem obstáculos quando existe
"nos”. você e a fonte da minha
existência e esse o motivos pra
mim te tirar tudo
assim posso te-lo sem medo de
perdê-lo pra vida
viver pra morrer ou morre pra
viver
o vinho esta sobre a mesa as
taças ao seu alcance
beba o meu veneno do amor e
enlouqueça comigo, morra, se
recuse ou passe a eternidade ao
meu lado
quero ter seu sangue doce em
meus lábios essa noite e dormir
com seu corpo já gelado
Rendasse aos nossos desejos...
Embriago-me neste teu amor tao amargo e doce
Que em minha carne prevalece tao fraco e forte dorme
No silencio deste quarto,carregado de lembrancas suas
Num sabor a saudades tuas
Oh Deusa minha
Mae da minha dor e alegria
sen te nao sei o que faco
Neste abismo de palavras...
Palavras escravas do meu sentimento por te..
O estado da carne não camufla a verdade carnal que ao nosso querer pede sinuosamente para realizarmos o desejo do corpo;
Sei que não queres que mãos alheias toquem o que tanto lhe interessa e que ache que és teu por direito;
Minha mente está em você sem se esquivar para adentrar sem cerimônia em tua vida;
Eu que saboreio o teu traçado
e, com orgulho, sinto-me pecador
desfruto da carne do teu beijo
noites inteiras de desejo e ardor.
Existe. E eu não acreditava, mas existe de fato!
Em carne e osso, em toque, em cheiro e gosto.
É verídico, matou as fantasias inúteis e me trouxe de volta para realidade, fincou meus pés no chão e pediu para que não voe sozinha, se voar ele tem que ser a minha companhia. Me faz bem, resplandece, agrega paz aos meus dias. Não quero deixa-lo ir, se por um engano da vida ele
partir e não mais voltar, terei apenas a certeza que existe e que não posso deixar de acreditar.
- Eu sou humano, e a carne é fraca.
- Eu sou humano, e minha mente é soberana ao meu corpo.
Tudo é questão de escolha.
Lua cheia
Luz da noite
Abre-se a carne
No pensamento
Puro prazer
Onde sexos penetram
Em sexos
Interminável desejo
Que solta pela boca
No grito solitário
Após evaporação dos sentidos
a semente do teu olhar,
está morta , mesmo assim,
entre mortalhas do desejo,
minha carne apodrece no teu olhar,
meu sonhos fedem como carne podre,
nem os pássaros da morte querem mais,
o sentimento definha como a pele apodrecida,
se desfaz ao vento numa batida do teu coração já morto,
em minha vida perdida de amor, agora já morto,
sem nada a apreciar somente a morte gradua teu coração,
por mais bela, por amar, tomas minha vida isso vou declamar...
centelhar de amor foi pouco, como lavaredas sumiram,
mas mesmo assim, te amare, te amare, para todo sempre.
por celso roberto nadilo