Poesias Carne
Quanto vale ?
Um quilo de carne,
Um sanduiche de mortadela,
Uma corrida de taxi,
Uma cerveja gelada,
Uma visita inesperada,
Uma viagem dos sonhos,
Um amigo.
CASAMENTO
"...e serão ambos uma só carne..."
Para ambos serem um é preciso amor;
amor não pode ser só de palavra - sacrifício.
Sacrifício de negação e entrega;
negação da vida e entrega à morte - do eu pelo ser amado.
Amor-negação-entrega-sacrifício-morte;
isso é ser ambos um - senão seja um só e sozinho!
No vento da manhã
Soprando os sentimentos como navalhas
Rasgando a pele a carne dilacerada que o tempo causou.
No céu
As nuvens ganham formas e nenhuma delas vejo algum sentido.
O sol foi escondido covardemente deixando vestígios de saudade
Então espero mais uma vez a sua coragem de me dizer o que já esperava.
Eu sei
O mar me convidava gentilmente enquanto suas ondas
Irradiavam e me contava segredos íntimos
Eu sei
O mar me convidara para seu doce lar enquanto sincero diz o quanto inutil serei
Então agradeço
Pelo vento da manhã
Soprando os sentimentos como navalhas
Rasgando a pele a carne dilacerada que o tempo deixou.
O maior desafio do homem é fingir.
É fingir não ver a carne e não se lembrar que de um animal em matadouro, aflito e oprimido vai ser futuramente aquilo que no prato está.
É fingir não ver dor quando alguém geme de dor e é roubado de cena quando a luz da vida se apaga.
E fingir não ver amor nos olhos daquele que por ele teu coração bate mas não é por ti.
É fingir não ver que as pessoas acusam-no pelo que você superficialmente parece ser.
É fingir não ver fome em outros cantos do mundo quando aquele muito desperdiçado no prato desperta pra consciência uma lasca de dor latente.
O homem finge não ver o escuro, cria para si uma lampada reacendendo as coisas, apagando outras quando lhe convém e conduzindo os olhos pro lugar menos doloroso pra retina do coração.
Como esperar frutos para a vida eterna, de alguém que vive segundo a carne?
Seria como esperar mangas de uma jaqueira. E isto não é razoável...
(Fabi Braga, 10/10/2014)
rasgo tua carne devoro teu coração
sinto teus gritos em minha mente
pois esta morta...como esta rosa,
que deposito teu tumulo,
benéfico teus sonhos,
na minha presença, com luz do luar,
sinto perpetua o agonia...
pelo ultima gota de sangue...
minhas lagrimas me cegaram
deixaram feridas na parte mais profunda
rasgando todas virtudes...mortas para sempre.
Agora elas são apenas duas pequeninas plantas...a carne e o espírito.
O crescimento ou não, de cada uma delas dependerá exclusivamente de tua dedicação.
De qual delas você tem cuidado mais?
Estou certa de que as duas são árvores frutíferas. Nalgum dia, portanto, serás levado a provar dos frutos daquela árvore, pela qual escolhestes zelar.
Não deveríamos, nesse sentido, redobrar o cuidado com nossas escolhas e decisões?
(Fabi Braga, 29/10/2014)
grito diante meus demônios que nunca se calaram...
dilacero minha carne em busca um consolo...
aonde a um vazio enorme... tento não sentir medo
mas apenas é o fascino diante o obscuro sentido...
"GUERRA ABERTA"
A carne é fraca, a guerra é constante
Quando o espírito deixa e não é forte
Desejo maldito, bendito, profano, covarde.
Boca que a língua invade, no corpo, na carne
Do sangue que é alarme, onde a brasa inflama.
Na luta onde o sangue que se exalta, pecado capital.
Dor, amor salgado que a vida nos dá muitas vezes
Navalha que corta a fraca carne do nosso pecado
Guerra constante, constantemente sem vencedores
Besuntados estão os corpos estendidos
Na lama antiga no chão do nosso instinto
Com a mesma intensidade num labirinto
Rugem as carnes sem sangue já apodrecidas
Memórias de um tempo de batalhas de glórias
Palavras ditas talvez corrompidas na noite
Flor de um jardim bela ardente e misteriosa
Religião com o terço na mão de quem ama
Vertigem no passo longo de um precipício
Boca que ruge na selvajaria do instante
Gemido do homem que ama já feito amante
Muralha com a bandeira mais bela do mundo
A fé de uma sombra num templo perdido
Insanidade de todos os descrentes e ferozes
O vento que guia-nos no céu com o seu rastro.
A carne é fraca, a guerra é tantas vezes constante
Como é constantemente vencida sem vencedores
Quando o espírito é fraco, na luta do sangue
Sombra da navalha, gemido do homem descrente.
Saudações´.´
Pra você , qual seria o verdadeiro prazer da carne?
O que realmente importa , é a realização e a concretização dos seus desejos! se não for assim, como serás feliz?
Sacerdote Jushon´.´
Sou do campo, da cidade...
Dor que arde, carne sofrida..
Guardada depois da vida....
Sofrida depois da ida....
Desisti de acreditar....
No jardim encantado..
De fadas e duendes
Há sempre alguém...
Que gosta de ver sofrer...
Neste momento só desejo...
A felicidade e não ser infeliz...!!!
VACAS NÃO FALAM!
Vacas dão leite, carne e derivativos, mas isso não lhe obriga a tê-la como amiga. Cuidado com quem você coloca dentro de casa, dentro de sua intimidade.
ROTINAS
No cansaço da vida
Rastejo-me até meu quarto,
Para que lá descanse minha carne, meu corpo.
E quanto ao meu espírito
Que procures o conhecimento, e volte leve.
Para que na rotina do dia eu não me canse.
Os mutantes seres humanos
O que somos?
Mutantes bípedes, uma multidão
feitos de carne e osso
da incerteza do que ansiamos
posto a descoberta da emoção
somos medo, desejo, redenção,
um coração;
outrora uma impetuosa luxúria
incapaz de sofrer abnegação;
Então quem somos?
Insaciável volúpia,
o almejar de sermos soberanos
relutantes mas finalmente vorazes insanos
Somos os mutantes seres humanos!
Quem dera ser feito de perfeição,
Sou apenas um homem vendendo sonhos,
Feito de carne e osso,
Levando a vida do jeito que posso,
Caminhando,
Sorrindo,
Chorando,
Driblando os adversários,
Entre o silêncio da alma,
Amor em pequenas e grandes doses.
Somos feitos de barro, argila
carne sofrida, podre no tempo
podre de espírito, no corpo e alma
lapidamos as memórias guardadas
Gritamos ao ser da nossa própria dor
seres mutilados deixados ao abandono....
inconscientes animais ou não
na luta de tudo, que não queremos ou queremos...
só porque alguém tem e nós não temos.
Gemidos soltos, deixados no deserto
onde o lobo bebe a água....
da nascente pura límpida e fresca,
o homem não reconhece.....a mãe natureza
carne podre lapidada, sete palmos de barro ou terra..!!
Amor
Se o amor espera,
Porque a carne se entrega?
Se o amor é uma virtude,
Porque a carne se ilude?
Se o amor é um dos melhores sentimentos,
Porque sofremos?
Talvez de tudo isso podemos dizer:
Amor entre nós seres humanos não existe
Apenas o enfatizamos para que se exista
E com o passar do tempo aprendemos,
Aprendemos que o amor é só ilusão,
Ilusão que se transforma em solidão.
Tudo o que se transforma,
Com o tempo se acaba
E logo queremos renovar
Renovar com um novo amor
Pra esquecer o que já passou.
segredos nossas almas são apenas desejos,
doces na carne
flores no infinito desejo sentir o prazer supremo,
nossas vidas são marcadas por nossas paixões.
por isso te amo
cada dia tudo vivo nas chamas do nosso amor,
os espinhos não representam nada apenas o amor,
que a eternidade seja tudo nosso amor,
puro na perfeição somos dominados pelo coração.
por celso roberto nadilo
O desejo cresce inseguramente....
Na confusão da carne.....
Sem palavras.....sem gestos..
Com gosto a sangue e a carne
Na sombra e na calada da noite...
Cresce o crepúsculo de um espelho...
Na janela do quarto...voa uma cortina de seda....
Quando a noite destaca-se.....sente-se
A carne que tem o travo da saliva...
Saliva sabe a carne....desejada.....
Não existe o mundo lá fora......
Só os nossos corpos....
Genuínos e inalteráveis.....
Os gemidos de paixão e amor....
Que corre como aguas para os rios......
Paz exterior das folhas....
Que dormem no silêncio na hora da posse...
Quando a força de vontade ressuscita....
Dentro de nossas almas......ilumina-se..
Com a luz da palavra despedida....
Cresce tomando tudo no teu regaço.....
Deitados nas noites, à luz das trevas..!!