Poesia Teu Corpo
QUERO SER COMO O SOL.
Queria ser o rei do fogo que reina lá no céu,
para tocar teu corpo com meus raios,
e alisar tua face como um pintor,
que pinta as mais belas paisagens com um pincel.
Queria ser o grande sol, que ilumina teu céu
o noivo da lua pálida, branca e luminosa,
para na noite de nossas nupicias
inebriar-me com teu cheiro e beber do teu mal.
Queria ser o crepúsculo que pinta todas as tardes o céu,
para que tu me olhaste e dissestes:
---como és belo, ó sol, te quero para mim.
Seria então teu sol, grande estrela de fogo,
para brilhar dia e noite no teu céu,
minha linda e aromática flor de jasmim.
Queria ser as gotas de chuva para cair sobre teu corpo maravilhoso, queria ser os raios de sol, para depois da chuvar poder te aquecer, queria ser o sussurro dos ventos para poder declamar o que sinto por voce..!!!
Mas apenas sou uma admirador que está longe.
Meu Amor
Quizera fosse, eu a te amar.
O teu corpo possuir
A tua boca beijar,
Sem ter com quem dividir.
Quizera fosse, eu o teu corpo abraçar,
Só assim eu teria a felicidade.
Quizera fosse eu, nos teus sonhos estar
Só assim a minha vida possuiria uma finalidade.
Quizera fosse você, que estivesse ao meu lado.
Eu andaria sorrindo, seria um vencedor,
E o mundo não seria tão complicado.
Quizera fosse eu, feliz meu amor.
Quando me abraçar, não solte rapidamente. Sinta o calor do teu corpo no meu.
Quando me abraçar, abrace sem pressa. Sinta nossos corações conversando.
Quando me abraçar, abrace sem medo. Não há nada melhor no mundo do que um abraço verdadeiro.
Saiba que quando me abraça, todo o carinho que sinto por ti aumenta, por isso meu coração não me deixa soltar.
Quando me abraçar, se esqueça dos problemas. Concentre-se apenas no nosso momento.
Teu abraço me envolve, me esquenta, me protege...
Como é bom poder te abraçar.
A tortura mais necessaria.
Não poder tocar teu corpo.
Sofrer nos olhares,
Mais sorrir em te ver.
Não saber o futuro das supostas consequências.
Mais desejar como se amanhã fosse morrer.
SINTO FALTA
Do teu corpo no meu rosto,
Do teu rosto no teu corpo,
Esse e meu desgosto,
Não ser o seu gosto...
Sinto falta da tua boca na minha boca,
Me deixando louca,me embriagando toda,
Sinto falta do teu riso pois é o que preciso
Pra chegar ao paraíso...
Sinto falta do teu cabelo,
Do teu apelo...
Sinto falta dos teus olhos
E quando me olho,já não te olho...
Sinto falta do teu cheiro no meu travesseiro,
No meu corpo inteiro...
Sinto falta da tua pele,que me apele...
Sinto falta de você,que não quer mais me ver,
Que não consegue me entender,
Mas,não vai me esquecer.
Vontade
Precisva
tocar
teu corpo
em minha mente
sentir você
em minhas mãos
sua pele
deslizar
meus labios
a teu calor
seus calafrios
a me fazer sorrir
e deitar
colado
a você
te aninhar
em meu
corpo
entrelaçar
as pernas
se perder
do real
e viver
pra você.
Se eu fosse algum rei, fosse teu Senhor
Eu proclamava, a tua boca um reinado meu
O teu corpo nu, meu santuário...
Se eu fosse algum rei, teu Imperador
Eu ordenava, teu coração a gostar do meu
Cada dia teu, meu calendário...
Inventava canções de rei,
Conquistava o teu amor,
Desobedeceria a lei,
Revelava quem eu sou
Te mostrava que só eu sei,
Onde tudo começou
Inventando canções de rei
Pra enfeitar o nosso amor...
Poder tocar o teu corpo e sentir o teu cheiro,
Algo que me deixa sem reaccao, sem conseguir perceber qual o teu sentimento por mim,
Derepente acordo e percebo que nao passou de um sonho,
um sonho que teima em permanecer no meu subconsciente,
um sonho que eu tanto ambiciono que passe a realidade,
sonho de olhos abertos e fechados,
sonho com o teu toque,
o teu beijo,
o teu corpo,
como seria bom sentir os teus labidos humidos nos meus,
as tuas maos tocarem o meu corpo,
sedento do teu..
O meu corpo chama por ti,
chora por ti,
cada lagrima surtida do meu ser, rende-se ao teu mais profundo suspiro,
aquele que cambaleia pertos dos meus ouvidos,
e que me faz simplesmente delirar.
Nao posso fugir de um sonho,
porque e um profundo desejo,
aquele que eu nao paro de sonhar,
de desejar um dia ter.
Nao precisa estarmos olhos nos olhos para perceber que o teu coracao bate,
quando simplesmente me vez, ou quando simplesmente me desejas,
o teu desejo e o meu sonho que ambiciona em tornar se realidade.
Venho aos teus olhos sorrindo
Chego a teu corpo, morada
Por saber que a luz do teu olhar
É bem maior que a escuridão, mais nada
Vim do meu mundo inseguro
Chego ao teu corpo e mais nada
Sem saber que a luz do teu olhar
Já vem de ti e é bem melhor
Sorrir por ti, minha morada.
Queria...
Queria poder te tocar
tocar teu corpo
sentir-te
abraçar-te
mesmo que por um breve instante..
Sentir o teu calor
as tuas mãos a deslizar do meu rosto
em direção aos meus ombros
E assim puxar-me para si
com firmeza e doçura
dizendo-me sem palavras
que sou... tua
TE AMO!
SONHOS
...então acordei.
O sabor do teu corpo em meus lábios.
Teu perfume impregnado em minha pele.
Acordei sentindo tua presença.
Olhei o cálice de vinho sobre a mesa
e através dele busquei tua boca, teus lábios.
Chorei...me toquei, acariciei meu corpo
acreditando sentir tuas mãos,
sentir teus dedos que percorreram minha pele
e desvendou mistérios
até então, nunca explorados.
Em meu leito flores que deixastes sobre meu corpo.
Juntei pétalas por pétalas,
revivendo o momento do nosso amor.
Te esperei!
Numa noite tépida,disfarço a minha saudade
colhendo pedaços das tuas palavras, juntando letras
e formando poemas de amor.
Vem amor
Desfrutemos o prazer enquanto a aurora não nos acordar.
Vem, beba o meu pecado e faça dele o nosso pecado.
Multipliquemos nossos momentos.
Deixe-me sonhar com você.
Acordei pensando em ti!
A música tocou meu coração
e você presenteou-me com teus carinhos.
Fátima Merigue de Mendonça
Meus olhos quando encontram seu corpo
Fitam-te penetrantes e maliciosos desnudam teu corpo
Estremeço, minha pele arrepia de paixão e desejo.
Seu olhar confiante rouba-me das incertezas
a você abro meu coração minha caixinha de segredos
Desvendo meus temores e entrego-me sem receios
Quando teu corpo está ausente sinto carência
Tenho urgência de seu corpo possuindo os meus olhos
Dando-me prazer, saciando vontades, matando desejos.
Quando nossos olhos se encontram meu corpo delira
Nós insanos e fascinados pelo frenesi da paixão, flutuamos.
E alucinados voamos pelo céu, fazemos amor numa simples toca de olhar.
Em teus olhos me prendi…
Em tua boca me apaixonei...
Em teu corpo me perdi...
Em meu coraçao te amei...
Em meus labios as palavras susurram...
Em meus pensamentos elas gritam...
Mas o que eu quero te dizer...
É que jamais vou amar alguem que nem amo vc.
Se eu te amei!
Fui amado!Já não sei.
Mas pude sentir o calor do teu corpo quando te abraçava.
Quando eu te amava, mágico o tempo se tornava.
Tudo a minha volta se convertia em luz e paraíso.
Quando eu te amei, será que um dia, de te amar deixei!
Só meu coração pode-lhe responder só eu posso sentir.
Se superei!Como posso tirar de mim metade de minha alma?
Como posso pensar que te esqueço, se fizer isso, enlouqueço.
Queria eu ter o poder do esquecimento, neste momento.
Assim bastaria pensar, fechar os olhos, não mais amar.
Bastar-me-ia, mas enfim coração é quem sabe, e antes que tudo se acabe.
Quero dizer-lhe que nem o tempo fará com que eu deixe de pensar em ti.
Tudo que hoje sou e represento é nada do que um dia fui contigo.
Agora me resta simplesmente deixar que a vida siga seu rumo.
Se eu te amei, ninguém pode saber.
Mas eu sei.
Dança comigo?!?
Gorete Salvador
Dança comigo?!?
Quero sentir teu corpo junto ao meu
Aos movimentos do som
Não importa qual...
Dança comigo?!?
O que importar é estar pertinho
“olho no olho” arrepios...
E a sensação de estar fazendo amor
Dança comigo?!?
Acho que fazer amor com você
Deve ser muito melhor...
Mas isso fica pra depois...
Agora dança comigo?!?
24/04
Presídio
Tenho séculos submersos no teu corpo.
Apalpo a trovoada despida no olhar,
há aves que voam rente ao tempo cruel
relampejando geadas inesperadas.
Há abismos insurrectos
a transbordar champanhe nocturno.
Bebo o sorriso afogado
em luminosos cálices de trevas,
escuto chicotes ungindo labaredas
nos canais sombrios da alma.
Tenho séculos submersos no teu corpo.
Não sei como selar a decepção
que arde nos sulcos do desespero.
Colocaste-me grades na boca,
é insuportável o sangue descalço
que dança nuvens na garganta.
Trouxeste nos gestos ogivas lancinantes
a transplantar milénios de abandono.
Desmorono-me em silêncio
perseguido pelo assédio atómico
que flutua no encanto.
Anoitece em mim,
surtos desolados
escavam neblina na eternidade,
tudo grita o fim.
Alberto Pereira
Poema do livro "O áspero hálito do amanhã"
A velocidade da luz
Há uma rotação do teu corpo –
Andas pela casa: és um leve rumor sob o silêncio
um rumor que alumia a sombra silenciosa;
na sala, o homem quase surdo quase cego
ouve-te, julga reconhecer-te: vens aí.
Estás aqui. O intervalo de tempo já começou:
há uma rotação no teu corpo
que me exclui do mundo e
entretanto é feita para mim; atinge-me
à velocidade da luz.
E eu o homem quase surdo quase cego
sou tomado pelo vento do fogo que me consome
até ser apenas a última brasa: pequenas ravinas de luz
o incêndio restante sob a exausta crosta da terra
Estavas, estiveste ali.
O tempo recomeça.
Apareces e desapareces.
Como a luz do farol disparando no céu sobre as casas
ou como o anúncio luminoso do prédio em frente
que varre intermitente a obscuridade do quarto no filme.
Quando voltará?
É como se soubesses
que voltará, sim, e que não, não poderá voltar.
Quando, e se voltar, serei eu talvez
quem já lá não está. Quando
é quando?
Quanto tempo ainda poderá o mundo voltar
à possibilidade dessa forma?
Manuel Gusmão
In: Teatros do Tempo, Editorial Caminho, 2001