Poesia sobre Silêncio
Na Calada da Noite
A noite cai!
O silêncio vem acompanhado da madrugada,
Um lápis a mesa, algumas folhas,
Fluência natural de ideias asseguradas em sentimentos,
Algum tempo depois, um coração respira alegremente.
Não era o silêncio do sereno;
era o silêncio do aflito.
Não era silêncio de mudança;
era silêncio de despedida.
Não era o silêncio do indiferente;
era o silêncio do apaixonado.
Não era o silêncio do quieto;
era o silêncio de quem já tinha ido.
Não era o silêncio do que concordava;
era o silêncio do que desistia.
Ouça o silêncio; interprete-o...
O silêncio fala.
Não confunda o meu silêncio com consentimento, minha admiração com submissão, nem meu gesto gentil com servil.
Ah... e se eu sorrir para você, não duvide, meu sorriso é de graça!
São as noites escuras que trazem o silêncio
A calmaria da brisa, um leve vento
Num oceano de imaginações fora do tempo
O céu fechado, sombrio do meu pensamento
Cansado, refletindo no que se passou
Nas supostas horas felizes, ficaram a dor
Na angústia, na falta, nos risos de momento
Percebi que só falava por respeito e agradecimento.
Informação é tudo na vida.
O conhecimento, nos dá principalmente a opção de ficar calado diante de algumas polêmicas e exageros sem muito fundamento.
Sou viciada em coisas simples.
Em gente que me lê nas entrelinhas, nos olhares despidos, no silêncio doce de fim de tarde, no ping...ping cantante da chuva, no sorriso escancarado, na amizade costurada gradualmente, no ondular das ondas guardando segredos.
Sou viciada em coisas simples ...porque me fazem FELIZ!
Está noite quando você deitar a cabeça no travesseiro, sinta satisfação pelo dever cumprido.
Agradeça por este momento...
O agora é o nosso bem mais precioso, pois é nele que se encontra a chave para dias melhores.
Seja grato pelo amanhã, que nos presenteia sempre com uma nova chance de recomeçar de novo
E de novo...
Se aprimore na arte da metamorfose.
Se liberte do casulo que te prende ao chão
o impedindo de abrir suas asas
E alçar voos rumo a seus sonhos.
Não deixe o medo de falhar te impedir de tentar
Só falha quem tenta...
A perfeição surge
das inúmeras tentativas que falharam.
Por tanto tente quantas vezes necessário for.
Seja luz
E ilumine não somente a sua vida
Mas a do outro também.
Pois de uma coisa tenho certeza:
- quanto mais clareamos o caminho das pessoas a nossa volta, tão mais claro e leve se torna nosso próprio caminhar.
Agora eu apenas sento em silêncio. Com imagens passando pela minha mente cansada. Sem ponderar mais nada, pois seria inútil. Evitando pensar o que eu poderia ter feito ou falado, se talvez alguma coisa mudaria. Mas acredito que não, as coisas são como devem ser.
E agora eu apenas sento em silêncio. Sem gritos desesperados, sem pensamentos acelerados, sem lágrimas. Apenas me conformo com o que foi e com o que é. O que poderia ser feito, fiz. Se foi ou não o bastante, já nem importa mais, passou. Fiz além do que poderia ter feito e isso é o que realmente me importa.
Mas agora eu apenas sento em silêncio.
Já não há mais certeza do que as coisas são agora. Só resta esperar com paciência que elas encontrem seu caminho. Sem alarde, sem aviso prévio, sem manobras, sem criar expectativas. Sabendo onde quero chegar, sem perder meu próprio caminho e resguardando minhas esperanças. No momento oportuno algo acontece.
Mas só por agora eu apenas sento em silêncio.
O silêncio, por vezes, é a melhor escolha. Ele é o catalisador da reação do tempo sobre as feridas.Silenciar é ter respeito consigo mesmo, com outrem e com as feridas. Silenciar é, por fim, acelerar a cura, a cicatrização a volta da paz.
Silencie. Respire. Não observe.
Seja feliz.
Silêncio Cego
Eu vejo dançarinos nas calçadas
Entre mendigos camelôs e padres
Crianças procurando presas pra devorar
Numa savana eletrificada
E na TV uma granada explode
Do outro lado um ditador aplaude
Caem os muros e ficam as heras
E os inocentes à mercê das feras
Do lado norte, onde o Sol é mais forte
Deus é a nuvem que nunca aparece
E o vento sempre sopra certo em qualquer direção
Moinhos é que esperam sempre na contramão
Duvidoso é o silêncio
De certas palavras
Duvidoso é o silêncio
Que cega as palavras
E você diz que está indo tudo mal com a tua vida
Você nunca se contenta porque não sabe
O quanto dói a minha ferida
Duvidoso é o silêncio
De certas palavras
Duvidoso é o silêncio
Que cega as palavras
Saber ouvir, é um dom primoroso,
Quando se ouve com o coração,
Com a singeleza da sabedoria;
Bem mais que falar,
Especialmente, quando as palavras
Não são projetadas para o que elas intentam dizer;
Ou, quando são ditas apenas
Para preencher o vazio
Que o silêncio se encarregou de deixar.
Talvez
Talvez nada tenha a importância
Do tamanho da minha audácia
Talvez tudo não passe de imaginação
Mesmo assim tudo é dilúcido
Da soleira o espero pacientemente
O frio do granito gela os pés
O cobertor aquece meu corpo
Mas não meu coração...
Rompo as palavras
Guardo-as no intimo da noite
Quando o silêncio pernoita
Criteriosamente deito e adormeço.
Olho para o mundo e tenho medo dele. Acho que no fundo tenho medo da felicidade ou ela de mim. Sempre que estou muito feliz fico desconfiada. Desconfio secretamente e vou-me afastando para que ela não acabe por si só. Prefiro eu correr dela, assim não corro o risco da felicidade me deixar.
Fico em silêncio por um longo tempo e procuro saber o valor dele. Há tantas coisas que eu queria escrever, mas, não posso. As palavras me deixam com medo, por isso fico calada. Há tantas coisas que nunca escrevi e que morrerão comigo. Este silêncio é a minha garantia. Dentro dele está o meu EU gritante.
Quero explodir para que as palavras se libertem. Seria uma loucura as palavras soltas por aí. Ninguém entenderia nada, porque elas se misturariam. Às vezes quero a verdade outras vezes o oposto dela me alimenta. O cotidiano me mata de tédio, por isso me reservo e escrevo.
A vida é tão passageira! É como um sopro. Sopramos e ela se vai. Não entendemos nada da vida e isso me deixa angustiada. Pensar que a vida é um sopro, logo vem à minha mente uma bolha de sabão solta no ar. Tocamos nela e ela explode.
Ficam no ar apenas pedacinhos que vão se desintegrando um a um. Assim imagino o sopro da vida. Uma película muito fina, quase invisível, transparente, brilhante com multicores como se fosse um arco-íris. Duram apenas alguns segundos e explodem.
São os segundos mais belos que nossos olhos já fotografaram e guardaram na gaveta do tempo. Assim é o sopro da vida. Simples, intenso e belo. Se deixarmos passar em branco ele se vai sem deixar nenhum vestígio.
A NOITE CHEGA
A noite chega e traz com ela o perfume das flores. Traz as lembranças de um passado, a calmaria, o momento em que o silêncio se aloja e as vozes da noite se reúnem para um aparte. Por trás da escuridão, a luz se intensifica trazida pela lua que dormia no colo do horizonte. Os pássaros que em revoada anunciavam o dia, agora descansam. Assim são as noites, intensas como nossos sonhos, bela como as águas serenas e perfumadas como as flores primaveris.
Há tempos, vivemos na tirania do imediato. Uma geração apressada, ansiosa por respostas rápidas, sem pausas para a reflexão. E assim, nos vemos aprisionados pelo frenesi do presente, entregues ao impulso de falar, sem medir as palavras, sem respeitar o compasso natural de nossas almas e o silêncio que nos habita.
O silêncio, que deveria ser nosso amigo, tornou-se um fantasma. Tememos suas profundezas, sua quietude que nos convida a pensar. Então, falamos. Falamos para preencher o vazio, para afugentar a solidão, mas sem notar que, ao fazer isso, muitas vezes apenas propagamos o vazio. Falamos sem ouvir, sem entender, sem sentir.
Ah, como seria bom aprender a ouvir o silêncio! O silêncio que não é ausência, mas presença plena. O silêncio que nos permite ouvir a nós mesmos, que nos dá a chance de encontrar a verdadeira voz dentro de nós. Porque é no silêncio que nascem as palavras que realmente importam. É nele que podemos descobrir a beleza de uma pausa, a riqueza de um momento de contemplação.
Conquista a força o silêncio das vozes,
mas, e as ideias?
De encontro a essas, sem iguais,
as forças capazes, se fazem
de novas ideias...
Solidão
Oh, solidão, tu és bem-vinda ao meu silêncio. Só tu compreendes os meus sentimentos.
Só tu compreendes as minhas lágrimas.
Seja bem-vinda, solidão.
Solidão que vem para tratar o meu barulho.
Tu és a única que entende o que passo.
Tu és a única que me acalma.
Tu és a única que me dá forças para seguir em frente.
Seja bem-vinda, solidão, pois tu és aquela que me conforta quando tudo parece perdido.
Diálogos Poéticos
Morena e bela, fascínio discreto e intenso,
Um poema esculpido no silêncio do olhar.
Em cada palavra compartilhada, um sentimento imenso,
Uma conexão que transcende o mero ato de amar.
Conversar contigo é um privilégio sublime,
Tua personalidade, um porto seguro a ancorar.
Morena e bela, emana ternura e brilho,
Em cada diálogo, um poema a desvendar.
"No silêncio profundo, eu encontro meu ser,
Além das palavras, um lugar para renascer.
Livre das histórias e das ilusões que me cercam,
Descubro um espaço onde as verdades se erguem.
Sem nome, sem forma, sou pura existência,
No silêncio, mergulho na minha essência.
Um oceano de calma, um refúgio sagrado,
Onde sou eu mesmo, desprendido e libertado.
O mundo agitado fica para trás,
No silêncio, encontro a paz que me satisfaz.
Não sou apenas a pessoa que me identifico,
Sou o silêncio que em mim habita, infinito.
O silêncio não julga, não fala, não age,
Ele apenas é, sereno e selvagem.
Subjaz a toda atividade, como um alicerce,
Convido-te a sentir esse silêncio que não perece.
Observa comigo essa quietude infinda,
E aprofunda-te na verdade mais profunda.
Deixa para trás a agitação e o tumulto,
E encontra na serenidade o descanso absoluto.
No silêncio, transcendo as limitações,
Sinto a conexão com todas as criações.
Permaneço aqui, em um estado divino,
Onde o silêncio e a paz se entrelaçam, destino.
Então, feche os olhos, sinta essa imensidão,
Onde o silêncio é a mais pura expressão.
Deixa que ele te envolva, te guie e te leve,
Ao encontro de si mesmo, onde a alma se revele.
No belo descanso do silêncio, descubra o seu ser,
Além das palavras, deixe a poesia acontecer.
E nessa dança eterna entre o som e o vazio,
Desperte para a verdade e mergulhe no rio."