Poesia sobre Silêncio
Quando pensar em mim, veja-me como uma árvore que persiste mesmo no silêncio do inverno. Que coexiste com as flores que já viraram frutos amadurecidos e se foram. Que canta com as aves apenas as vezes, por que, na maior parte do tempo prefere apenas ouvir enquanto transborda oxigênio. Sonha em crescer durante todo o outono, somente para que as folhas demorem segundos há mais para chegarem ao chão, onde um dia eu germinei. Olhe para meu tronco firme ao intenso carinho do vento, mas não a máquina do homem. Pense em mim trabalhando depois de tanto Sol, poucas vezes sob total escuridão quando não há lua. Veja a sua vida partindo da minha, e me liberte do seu vazio.
Em busca do dia preencho as horas com o silêncio da noite num abraço quente e demorado onde tudo é mais límpido e transparente...
E quando não digo nada é porque quero dizer tudo. Meu silêncio nada mais é do que uma prece silenciosa, implorando que você perceba as palavras que minha timidez insiste em barrar.
Se você falar só o que os outros querem ouvir, vai se afogar no próprio silêncio e se odiar pela própria hipocrisia.
Ouvir o próprio silêncio é como ouvir uma música interior que faz vibrar a alma e num impulso natural desencadeia o ritmo de nossos corpos.
Teu silêncio é como faca cortante, o vazio que faz sangrar... corta pedaços de mim e arranca lágrimas dos olhos meus.
O silencio não comete erros, conceda a subtileza do tempo para que finde o espetáculo . ══ ིྀ ═══════════ ♡ ིྀ ♡ ═════════ ིྀ ═
Lá fora a chuva resvala na vidraça, aqui, dentro da alma, o silêncio impera, a semente espera pela calma dos dias.
Que a cada silêncio você morra em meu peito, que a cada olhar indiferente eu te esqueça a ponto de não te enxergar mais, que a cada ausência outro fique em teu lugar e a cada desamor eu não olhe para traz e a cada fim de relacionamento eu não me arrependa e siga em frente com meu luto que logo irá passar.
O progresso leva a tecnologia a fazer muito barulho; porém, não há projeto para o silêncio da ignorância do mundo despertar para a realidade.
Trago nos olhos a dor da saudade e na boca o silêncio do meu grito de desejo.... desejo de implorar, mendigar...um olhar, teu.
Odeio quando alguém me tira o prazer do silêncio e a felicidade da "solidão", em troca me da o desprazer de falsas palavras e a tristeza de uma falsa companhia.
Entre os castiçais da última porta do cais de Madelleine, eu me abrigo no silêncio de uma noite fria e com um nevoeiro intenso, na mão contém apenas uma queimadura de cigarro.
Tentei decifrar o que ela queria ouvir, fiquei quieto por alguns segundos...seu silêncio e sua respiração me disseram...
Um olhar...um silêncio...os olhos dela se fecham por um tempo...um carinho em seus cabelos e em sua nuca...tudo e nada naquele momento...nós dois!
Gosto do silêncio do quarto porque é nessa hora que vivo minhas discussões internas, sem testemunhas. É nessa hora que liberto meu lado doce e meu lado depravado. É nessa hora que desenterro o passado, revivo amores e adormeço entre memórias e saudades. É no silêncio vazio, sobre a cama que repousam meus pensamentos. Gosto do calar da noite, da madrugada. Da cumplicidade com entre corpo e alma, que dividem o mesmo espaço. É nessa hora que abraço minhas angústias e vivo minhas insônias. É nessa hora que perco a timidez e caio nos braços da noite silenciosa, desnuda da luz do dia, mas coberta pelas estrelas que enfeitam o espaço vazio e contemplam nossos sonhos mais íntimos.
No silêncio vazio da solidão dos nossos corpos, desnudos de qualquer moralidade e bons costumes, brincamos inocentemente de descobrir palavras . Uma delas é o ponto G. Nada mais me da prazer, do que fazer isso de vez em quando.
Muitas vezes silencio, mas não por ignorância, também tenho calma aceito muitas coisas com bondade, mas não sou fraco.
No silêncio da noite ergo minha cabeça,olho diretamente para o céu, contemplo as estrelas e me sinto totalmente em outra dimensão. me sinto livre!