Poesia sobre Silêncio
Tudo foi um grande silêncio antes de viver, e tudo será enormemente silencioso após morrermos. Entre estes dois extremos, a que chamamos vida, prevalece o barulho da existência.
Entre as notas, existem espaços chamados de "pausas" e devemos perceber a importância do silêncio para que se tenha harmonia. Tanto na música, quanto na vida.
A madrugada faz silêncio para que os meus pensamentos possam falar como pássaros que foram libertos, livres para voar, impulsionados pelo vento, por sentimentos que não conseguem se calar.
Mar que se expressa sem palavras, noite enluarada que fala através do luar, o silêncio de uma imagem bela e estática que tem tanto a dizer, tendo uma venustidade liberta em destaque, a expressividade de uma linda mulher, arte emocionante, amor e prazer em detalhes cativantes num tom exultante de bem querer.
Desígnio sem determinação Elimina a chance de evolução. Somos pulsos de frequências e vibrações. E os leves movimentos de vontade serão o impulso Jubiloso que mudará a sua vida e a sua energia. O início da sabedoria é conhecer a si próprio.
Na vastidão do inconsciente, residem os segredos que moldam nossos comportamentos. É lá que as histórias não contadas do nosso ser são escritas silenciosamente.
O silêncio, fiel confidente, é o amigo que jamais trai. Nos capítulos silenciosos da jornada, onde as palavras ecoam em vão, a compreensão flui em ondas serenas, semelhante às águas de um lago calmo.
Na quietude, descobrimos a força do não dito, a eloquência dos gestos. Por vezes, a sabedoria reside na pausa, enquanto o mundo se desdobra em histórias ruidosas. Assim, abraçamos o silêncio não como ausência, mas como uma presença poderosa que fala às profundezas da alma, oferecendo respostas sem artifícios e consolo sem palavras.
Ela me pergunta se não quero conversar. O problema é que, nesse momento, eu preciso do silêncio.
Às vezes a melhor atitude é a de observar em silêncio. Assim, encontrará no silêncio de sua mente a paz e a resposta.
Certa vez, nunca ocasião surpreendente, na escuridão, a noite adquiriu uma face, movimentos e uma forma indefinida, assim, decidiu vagar no ambiente noturno, ficou vagando livremente até que em um determinado momento, encontrou um solitário que mantinha consigo uma pequena chama de esperança acesa, um de seus pontos de equilíbrio, ambos ficaram surpresos, um olhando para o outro, mas logo se acalmaram, pois perceberam uma certa familiaridade mesmo os dois em silêncio, permaneceram por alguns instantes neste diálogo de olhares, testemunhados pela lua e pelas estrelas, imersos num evento fantasioso, incomparável, melancólico, onde a realidade foi irrelevante, questionamentos dispensáveis, sem dúvida, tão significante quanto uma vívida e confortante sonoridade.
Um poeta faz-se de muita dor. E a sua alma é repleta do mais puro amor. A sua vida nunca é completa - pois ele é um eterno sonhador. Um poeta é o mais puro quimerista... Um incessante alquimista... Demiurgo de seu próprio mundo - Grande criador...um visionário,um idealista,um fantasiador,um realista... Às vezes um ser que parece invisível,sem cheiro,nem sabor... Um forjador imprevisível,ludibriador... - Sabe o poeta que algumas poesias é uma espécie de leitura fria . O poeta é a voz daquele que clama no deserto. E mesmo quando tudo é ilusão,ao escrever,ele consegue trazer aquilo que está longe para bem perto. Ora o poeta é uma alma feliz - Ora uma alma aflita. E mesmo quando calado,sua alma grita!!! O poeta é tão forte que ele escreve sobre a dor,a alegria,o amor,a morte,o medo,o vazio e a solidão que em seu mundo vaga. - Pois ele é a verdade e a mentira escrita que nem mesmo o tempo apaga!
Chora o vento num acorde monótono... E vai adiante e leva as palavras e cala-se... E de repente não fica mais do que o silêncio... Assim também chora a triste Lola por coisas distantes. E tudo vira um horizonte sem luz por um instante! Em teus devaneios febris uma vaga lembrança parece querer sorrir ao longe. - Mas parece que esta são tardes sem manhãs! Outrora o mundo era pequeno e o coração imenso. O tempo passa e chega a noite sem avisar...Vendo passar diminuto em seus olhos, como vultos ligeiros, amores antigos... Olhando pela janela aberta na madrugada, ouvindo o barulho das águas do mar, tentando superar amarguras tão fundas que lentamente querem ceifar a luz de fogo em que um dia à sua morna esperança o amor acendeu... Palpitam seus doirados seios entre leves e doloridos suspiro...E de repente, não mais que de repente um pálido sorriso!... E da varanda de seu dormitório atira o mal fadado anel às águas ondulantes e frias! Então uma lágrima perdida rola sobre a sua perfumada face e a bela e sofrida moça salta desesperada e aflita como um pássaro louco, cego e sem asas fazendo flutuar pelo ar seus ecos no instante fatal da queda bruta ao chocar-se com os cruéis rochedos!... - Heis que jaz debaixo do céu nu e tranquilo sob a luz do luar a formosa moça que um dia ousou sonhar!...
A tempestade cai lá fora, e cá dentro, chove você. Dia e noite, como num dilúvio sem fim. E eu não posso fazer nada.
Na trajetória efêmera do existir, o tempo, como hábil alquimista, desvela sua magia sutil. Com sua pátina invisível, ele sutilmente dissolve as camadas supérfluas, revelando a essência que permanece intocada. O desnecessário, como pétalas desprendidas, é carregado pela brisa temporal, deixando para trás o cerne vital. O relógio, silencioso e implacável, é o artífice dessa metamorfose contínua.
Depois de muitos tentativas de conversas, o silêncio agora é a resposta que será dada a qualquer contato para conversas mascaradas de verdades.
Alguns se incomodam com o silêncio e amam fazer barulho outros são totalmente o oposto disso, mas o respeito deve ser mútuo independente das diferenças
Permanecemos em silêncio tentando guardar na memória os últimos momentos no paraíso do qual estávamos nos despedindo para sempre.
É tiro pra dentro e gritaria pra cabeça, respiração curta e um aperto no peito. Pensamentos tempestuosos enquanto permaneço com meu silêncio.
Só fica mais difícil a cada novo velho dia ter que ouvir o som do silêncio, do meu nada interior. Já não basta eu não ter ninguém?