Poesia sobre Silêncio
O anjo o observava em silêncio. Aproximou-se lentamente e o envolveu num abraço fraterno, sussurrando em seu ouvido:
– “Quem sou eu?”, tu perguntas, meu irmão! Sou o Arcanjo Gabriel,enviado do Reino Celestial para resgatar-te desta prisão terrena e libertar-te desta carcaça humana,
(Extraído do livro “O Anjo poeta.”)
Sobre uma bela manhã
O sol toca suavemente sobre a rocha
Cânticos de um silêncio natural
Flores em meio ao orvalho
E entre milhões de rosas tu és a minha
A mais bela de todas
E entre todas, como a música perfeita o coração
Meu Presente divino
Amo-te porque és minha Mãe!
Nos dias de silêncio.
O meu coração não tem voz.
A dor dos outros, são os meus olhos.
Que vê a profundidade da alma.
Os segundos passam.
Ficam as lembranças.
Na mente.
No corpo.
Elas só dizem que o tempo passou.
O resto é só saudade.
Triste das ondas, de uma voz calada.
Boca fechada.
Olhar ausente.
Hoje simplesmente.
Joguei o devaneio ao vento.
Num breve momento.
Sinto que a alma é livre.
Para toda a eternidade de uma vida vazia.
Murmurada ao vento.
Na sombra.
Cantada numa melodia triste.
Triste das ondas de uma voz calada.
Nos dias de silêncio, é só silêncio!
Faço do silêncio meu propósito
assim conheço mais,ou menos
reservo-me àquilo que é bom
sou afetivo,demonstro amor as pessoas
quando não correspondido
não repito o mesmo engano
orgulhoso,sou até o tutano
ninguém mais me ama
como eu me amo
e se não fosse assim
não poderia amar mais ninguém
não procuro ser agradável
procuro ser sincero
muitos sem me conhecerem
disseram tanta coisa que eu desprezo
sou inconfundível
aquele que está sempre sozinho
aquele que todos cercam
tenho poucos amigos
e fiz também alguns inimigos
tenho pecados pelos quais sou responsável
procuro reconciliar-me
ainda há tempo !
mas,o tempo é tão improvável !
VOZ VISUAL
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Para quem sabe a hora
de dizer sem falar,
silêncio é voz ocular...
Só fale quando as palavras forem mais
fortes do que o silêncio. Ao contrário, é
melhor permanecer calado...
Escrevi o tempo.
Escrevi para ti
Desenhei o silêncio.
Desenhei para ti.
Escutei o silêncio.
Que acalmou o mar.
Rasguei o silêncio.
Em tempo para ti
Para que o silêncio.
Se faça escutar.
Desenhei o tempo.
Feito em silêncio.
Escutei a melodia.
Desejando o silêncio.
Desenhei o tempo.
Numa folha em silêncio.
Joguei ao vento.
No silencio do tempo!
Acordei de madrugada, já são três da manhã, o silêncio domina a todos, menos a mim. Em meio a tantos pensamentos tu és o que se destaca.
Tudo em mim grita pelo teu nome, estou suando frio e arrepiada ao mesmo tempo. Fecho meus olhos e te sinto em mim. É como se tu chegasses por trás de mim e me abraçasse, e afastando meu cabelo, falasse em meu ouvido: Estou aqui.
Tu me fazes estremecer, sentir o que nunca senti com ninguém. Fazes-me perder o controle e cair em um devaneio profundo.
Olhes no fundo dos meus olhos e decifre-os. Vais achar muito mais do que procuras e do que queres entender. É algo mais forte do que eu e mais forte do que tu.
Confio em ti, quero que confies em mim. Quero sorrir junto ao teu sorriso, e enxergar o meu reflexo nos teus olhos, junto a uma respiração ofegante cheia de segredos.
Fui presa, porém detida em cárcere privado. Por favor, não me deixes nele.
Não fugas de mim.
Tu és mais importante, do que pensas...
A Despedida
Diante dos meus olhos vi
A tristeza chegar.
Em silencio minha alegria esvanecer.
Senti os olhos flamejar de dor
A alma esvair sem cor
Sem ânimo, sem força,
Mas tu foste.
Culpa ninguém tinha
Foi o passado predestinado que roubou o que eu mais queria.
Por instantes relutei, chorei, sofri, orei.
Busquei perdão daquele que tem a vida.
E me perdoou.
Então senti a sua doce consolação
Não me desamparou,
Porque me amou
Firmou-me no fundamento do perdão.
Me abraça ?
Perto de você,
Um abraço,
Teu abraço,
No silêncio me acalmo,
Teu afeto me faz despertar,
Constante pulsações do coração,
Meu coração ao teu, teu corpo ao
meu,
Entrelaçamento das nossas
emoções.
No profundo abismo onde ninguém podia me escutar, falei com o silêncio. Rios de lágrimas correram de meus olhos, antes que de eu começar a falar. Esta era a minha situação. Os problemas sufocaram a minha vida em uma cisterna, meus inimigos jogaram pedras sobre mim. Meus olhos, deteriorados de tanto chorar, mal conseguiam se mover. Minha alma estava abatida dentro de mim, ela quer o refrigério.
Eu me afoguei em minhas próprias lágrimas. Me condenei por não ter buscado a paz e o refrigério que minh'alma pedia. Achei que nunca iria sair do abismo, da cisterna coberta de pedras e lágrimas.
Subo todos os dias um degrau até o céu.
No silêncio...
No silêncio,
moram perguntas,
dúvidas, respostas, dores
e sentimentos negativos,
mas mora ali também,
a serenidade daquele
que enxerga o mundo
sabendo
que a metamorfose
é necessária,
ao crescimento de cada um.
by/erotildes vittoria
Viajamos na arte psicodélica
atrás da razão para entender,
o silêncio diz palavras tão bela
quanto as cores do arco-iris
reúne-se com o poeta
o silêncio da noite
e com ela arde
e com ela rebenta a semente
como se fosse o fogo
o sangue arde-lhe nas veias
e estiola-lhe o cérebro
agarra a noite e a solidão
no punho da mão fechada
quando a abre
o silêncio expande-se à volta
de si
arde em fogo a noite que se adensa
à superfície do tempo
fecha-se a vida ao poeta
quando o dia amanhece
Alvaro Giesta (dois ciclos para um poema - “ciclo DOIS” acerca do Homem que perdeu a Luz)
Solidão
Olá! Minha insípida solidão
Ainda permaneces dentro do meu silencio?
Toma-me nos braços por sentir-me recolhido;
Enquanto seco minhas lagrimas turbulentas.
Veja, como elas caem pelas margens do esteiro;
Tecem longas ruínas na minha memória ;
Nebulosos e confusos invernos fora de época;
Impedindo que a primavera não chegue a mim.
Deito-me em meu leito e pergunto-me;
Estou eu ainda aqui, encontro-me dentro de mim?
Enquanto eu olho sobre o chão do meu destino;
E vejo as sombras rastejando sobre meus pés.
Será que estou sucumbindo a pena capital?
Devo envolver-me a uma mortalha de linho?
Preparar-me para o descanso de minha alma
No vale das secas folhas e da eterna morte?
Pois a fria noite chegou em meu caminho;
Com ventos soprando no estuário do sado;
E a dor domina minha alma flagelada;
Sob os tormentos da falta brilhante da aurora.
PALAVRAS VAGAS
Não invoques o meu silêncio,
Pois é tão incandescido quanto a ti.
Não queiras entender como eu te amo,
Pois te ordenará em confusão.
Não me faça dizer-te palavras
Se não podes suportar minhas verdades.
Não acordes a minha alma
Se não podes confortá-la.
(Deixa-me com a minha solidão...)
E se não podes com a minha paixão
Deixe o meu coração dormir,
Já que não podes suportar o meu amor!
PRETO NO BRANCO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Sei ouvir o silêncio de quem faz que diz,
mas entoa palavras de puro festim,
cria imagens, decora, dá brilho e verniz
ou enrola discursos no melhor cetim...
Também ouço quem cala feito flor-de-lis
que se planta num vaso, longe do jardim;
meu olhar investiga, vai lá na raiz
e desnuda o mistério do começo ao fim...
Sendo assim nem se anime a me julgar um tolo;
já conheço essa massa, não como seu bolo,
minha fome de amor sabe o rumo do gueto...
Faça menos rodeios; não seja sutil;
anasale seu não, seja clara no til,
se meu branco está pronto a receber seu preto...
Expressar em palavras este sentimento,
é tão difícil, então sinta o meu silêncio
e a profundeza do meu olhar
e saberás entender e compreenderas,
realmente o que representas em minha vida...
Estou aqui...em silencio
"Estou aqui em silencio,
porque as palavras não
vão conseguir descrever
o eco ensurdecedor do meu coração...
Que inquieto e palpitante anseia;
pela chegada de um toque, de um afago,
de um movimento que ainda que quieto,
consiga tocar no mais profundo sentir
da minha alma...
Estou em silencio...
Apenas porque aquilo que eu quero
que seja dito, que seja escutado;
só poderá ser entendido por quem sente,
por quem escuta e por quem fala
com a voz do coração!"