Poesia sobre Silêncio
- 100 Anos de Fátima -
Foi num vale de silêncio
Numa tarde meiga e quente
Que desceu à Serra d'Aires,
Revestida de Poesia,
A Mensagem que nos trouxe
Os Lábios doces de Maria!
E mais nada foi igual!
Nas mãos trazia a Luz ...
No rosto a Voz de Deus ...
Cada gesto, um abraço ...
Nos olhos uma esperança ...
E um terço no regaço ...
E o mundo ajoelhou!
Na ternura da Mensagem
Vinha o fim do sofrimento.
E p'ra sempre aquela Imagem
Sobre Fátima pairou
Na voz do pensamento ...
Cem anos se passaram
Tanta gente alí rumou
E a noite que era negra
Fez-se branca como as vestes
Daquela Senhora que Falou
Sobre os Braços da Azinheira!
P.S./ Ricardo Maria Louro com os olhos do coração postos em Fátima.
Eu olho para os lados e não vejo ninguém, o som do silencio permanece... me sinto surdo e cego, não escuto e nem vejo nada... e o pior, não sinto falta disso.
As pessoas aparecem e somem da minha vida o tempo todo, sem ao menos se despedir, sem ao menos me abraçar.
Eu me pergunto onde tudo mudou... Há muito tempo que eu penso "o que há de errado comigo? e o que eu fiz ?
A vida não parece mais a mesma, o eu de três anos atrás não reconheceria o eu de hoje.
Ser diferente não era tão ruim a princípio, era bom ser diferente... Me sentia eu mesmo. Só que as pessoas não gostavam disso... elas me perseguiam e tomam a minha paz, e aqueles que se aproximavam era com interesses e segundas intenções.
Aqueles que se diziam meu amigo, hoje passam do meu lado e fingem não me ver.
Eu não tenho ninguém para conversar, só tenho alguns preocupados comigo, mas me sinto sufocado, com um nó na garganta e como as palavras não saem... é muito mais fácil se esconder atrás de uma tela.
É muito mais fácil permanecer em silencio.
O silêncio não me fará mal, o silencio não mentirá para mim, o silencio não me matará.
“A criação de todas as coisas na Natureza não necessita do grito nem do silêncio, pois em nada “é” e em tudo “vem a ser”. É o sempre cessar pelo iminente devir”.
(Escrito por Álvaro Vinícius de Souza Silva)
Olhar
Há um gosto de silêncio
No olhar que vejo em ti,
Um desejo dionisíaco
Que faz meu pensamento sorrir.
- O Silêncio do Papa -
Que momento tão doce
Que instante profundo
Que alegria nos trouxe
Aquele Homem+ do Mundo.
Tantos olhos sem miragem
Tanto grito magoado
Que ao ver aquela Imagem
Ali ficou abandonado.
Tanta gente perdida
Que na vida sofreu
Tanta esperança caida
Que da vida se perdeu.
Emudeceu a garganta
Foi Presente o Passado
Frente à Virgem Santa
O Mundo ficou parado.
E aos pés de Maria
Onde nada é Novo
Um gesto de Amor
Um Papa+ do Povo.
A música
E exatamente naquela fala
A música parou.
O silêncio foi enorme,
Por que será?
Não teve como evitar
A voz saiu parecendo um grito,
Todos se voltaram meio assustados.
O que mesmo teria falado?
Voltemos a dançar.
Para ser lido
O livro leva o silêncio
Leva a vida
Seus personagens
Suas passagens
Leva calado
O que foi grafado
Para ser lembrado.
O livro transporta
Tudo o que se quer,
Leva saudades
Em cada linha
Uma historinha
Que alguém inventou
Ou a verdade
Que o autor contou.
O livro é fiel
Leva de tudo, mas
Fica calado
Seu conteúdo
Não é revelado
Se não for folheado.
Antes de falar, aproveite a oportunidade que o silêncio lhe concede para refletir.
Depois de falar, tenha a maturidade para entender a consequência.
APENAS POETA
O silêncio cai solitário neste coração amante
São ruídos que aram a alma profundamente
Dos sonhos que terminaram secretamente
Derrubando castelos e até mesmo o instante
Não há remissão e tão pouco dor clemente
Somente o vazio em um rodopiar constante
Soluçaste por estar tão só, e tão arrogante
Sentado à beira do caminho, ali pendente
As quimeras terminaram, não mais sonante
Não há sentinelas, nem armas, só vertente
Da realidade eu não soube ser um vigilante
A sensibilidade alanceou, agora no poente
Sou apenas poeta, na poesia um imigrante
Já amor! Ah, este, meu eterno confidente!
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, maio
Cerrado goiano
Tudo valeu, não há arrependimentos ! Sem mágoas...sem palavras ! Sempre foi silêncio, não escutei. Só agora ouvi e vi teus gritos...é azul o adeus !
20/05/2017
Estou em silêncio !
Aquietando minha alma.
Um canto ,uma música e uma carinho
vindo de dentro...
Também me acalma.
Retrato imaginário
Te busquei em mim
No meu silêncio eu encontrei
Tudo o que eu imaginava
Tua foto eu desenhei.
Com amor eu te fiz na imaginação. Tudo te dei.
Céu e mar as estrelas também.
Olhei você e não pude te ter
Beijei a tua boca magia de viver
Passado presente futuro.
Teu retrato imaginário.
Andei caminhos sem fim
Te alcançar eu não consegui
Eras apenas o retrato imaginário
Uma história com passado presente simplesmente imaginário. Assim fiz você.
Meire Pérola Santos
16/04/2014
Hora 22:47
Eu sabia que, no silêncio que se seguiu, qualquer coisa poderia acontecer. Pode ser tarde demais. Mais uma vez, posso ter perdido a minha chance. Mas eu, pelo menos, sei que tentei, que eu dei o meu coração e estendi minha mão independentemente do resultado.
“Tudo bem”, disse ele. Ele respirou fundo. “O que você faria, se pudesse fazer alguma coisa?”
Eu dei um passo em direção a ele, fechando o espaço entre nós. “Isto”, disse. E então eu o beijei.
MEDITAÇÃO DIÁRIA
Em todo o universo, nada existe de mais parecido com Deus que o silêncio.
Mestre Eckhart
Agora que tudo é silêncio,
a noite vagarosa me permite ouvir
os ruídos mais distantes de dentro da alma.
A hora em que o que vai dentro
toma forma e vem à tona...
Os afetos perdidos, a infância sofrida,
as lutas vencidas...
Tudo o que o burburinho do dia abafou
toma vulto e ganha contornos de nostalgia,
não necessariamente triste
mas como um livro que se folheia
para encontrar uma passagem interessante
ou a história mais bonita.
Cika Parolin
Enigma lírico
Em seu sorriso melancólico,
vi um fatalismo tácito
seguido de um silêncio morno
incompreensível
Subitamente
revelo-se o crepúsculo de um mito,
o fim da ilusão dolorosa...
A resseca dionísica do um festejo
carnal, onde quase virou apoteose
de um carnaval em Veneza...
Encenamos um ato da tragédia goethiana
a morte do sonho mascarado
que fez do mendico de Fausto
um Rei Lear, em seu apogeu
glorioso de terna insanidade e lucidez
antes da traição lírica da musa
ao poeta da divina comédia
do amor platônico.
No rosto do silêncio divino, ora nos vestimos de heroínas, ora de simples mortais, mas sempre vamos sonhando o sonho humano de que “… at the end of every hard earned day we can find some reason to believe.”
Acreditar é preciso.
Ao cair da noite entendo o silêncio que opera em toda casa, a mesa rústica muda de cor, o sofá frio perde a sua importância,
a cama vazia reflete a sua falta e ignora a vontade que eu tenho de me deitar nela ,apenas porque eu estou Sozinho..