Poesia sobre Silêncio
Entre o belo e o absurdo
entre o belo e o absurdo
mora o silêncio, orquídeas
margaridas e hortênsias
de um jardim esquecido.
entre o belo e o absurdo
há dois caminhos, duas escolhas
um homem e uma mulher
uma porta aberta e um criado mudo.
entre o belo e o absurdo
há um arco-íris e um temporal
um desejo ardente, agridoce
uma fome santa, de mel, de sal.
entre o belo e o absurdo
há música de Wagner
delicadeza de Chaplin
e a poesia o mundo.
entre o belo e o absurdo
há cinzas de uma história
perdida, lágrima de sangue derramada
e uma taça de vinho a ser bebida.
"Respiro os odores do campo",
que, ainda a pouco, a madrugada orvalhou.
O silêncio é quebrado pelo canto dos pássaros
e pelo burburinho de um pequeno fio d'água
que serpenteia pelas pedras
e se junta ao riacho de águas cristalinas.
Integro-me à natureza, faço parte dela.
Os problemas, a rotina perdem o significado
Tudo beira a perfeição ...
quando nos entregamos ao Universo
e passamos a respirar a vida
em toda sua essência.
Cika Parolin
Um rosto sem face,
Um mundo que não é planeta,
Uma terra de ninguém,
Ouvi no silêncio ortográfico
De caligrafia congelada,
Ortografia condenada,
Concordância esquartejada
Uma muda voz a me dizer
Sobre o meu sumiço
E eu a tentar entender
De qual deles,
Do real ou do virtual?
Então eu disse
Que estava sempre presente
Nessa ausência virtual coexistente.
SAUDADE
O que vem a ser a saudade?
Silêncio que invade
Fazendo gritar
O silêncio da alma
Falta da metade
Que nem sei na verdade
Se verdade é
É o tirar da calma
Barco a deriva
Em busca da fé...
Não se incomode com o meu longo silencio, E tão pouco me faças perguntas a qual ja sabes a resposta
Se você conhece o motivo por qual não tenho mas prazer em sorrir.
Não insista ...
As coisas pedem espaço
Pedem silencio
E isso é
Tanto, eu sei
Mas peço que
Não estejas sempre aqui
O tempo todo é
Todo o tempo
E eu preciso
De um pedaço
Dele
Entremos nesse jogo sem saída,
Quem se pronunciara?
O silencio nos envolve,
E o que resta é apenas esperar...
O silencio me apavora,
Ausente o falar...
Medo, destino, incerteza,
Sei lá.
Nesse jogo não há regras
Apenas o tempo saberá...
Se o silencio valeu a pena.
Não sei explicar...
Entrei nesse jogo
Sem saber aonde vai...
O silencio gera duvida
Como responder?
Se viver é a solução,
Porque não?
Ps. Estou com saudade.
Quando estou passando por lutas eu fico em silêncio, pois é nesse silêncio que Oro a Deus e Ele me responde dizendo:
Filho, Eu sou contigo...
Isto me acalma, isto me faz feliz, com Deus eu venço os desafios da vida...
ESCOMBROS
De qualquer murmuro
eu faço um poema,
De qualquer silêncio
Eu faço um sussurro,
Nenhuma dúvida
Me deixa em cima do muro
E se tudo for quebrado
Nem tudo será escombros,
Carregarei sobre os ombros
O que restar do meu mundo;
Agora me escuta silenciar,
Me ver sumir,
Aquece o que eu tiver de sol
Porque nada é mais solitário do que ser sol
E a solidão é fria.
De qualquer mentira eu faço um poema
E a mentira sempre me deseja felicidade
Antes de me dar seu beijo de boa noite...
Partida
O silêncio que invade minha alma
O grito que não saiu
A dor que não tem cura
A lagrima que não caiu
Desespero e loucura
Tudo tão insípido
Tudo sem cor
Apenas no espaço
O perfume de uma flor
Um olhar sem direção
Um carro na contra mão
E o vento que passou
O tempo que não esperou
A saudade no peito
Uma pergunta sem jeito
Porquê??
A vida sem você
é uma angustia sem fim
Eu sem você
E você mim....
Preciso de um café.
Depois preciso de silêncio.
E se não for pedir de mais.
Quero ficar em teus braços...
Até que passe a chuva,
Quero ficar contigo.
Só mais um momento.
E morrer de amor enquanto é tempo.
É, o universo, um recurso ou um pensamento?
A natureza, como o silêncio de uma pedra falando ao nosso íntimo, invencível, sem compaixão, da qual divergimos num esforço de dominarmos nossa condição, deixa-se obedecer sob o domínio do sonho do homem.
Uiva o lobo à noite no silêncio talvez em suplício
Entrega ao vento todas as lágrimas já choradas.
- Adormecidas à tua espera.
SOBRE O SILÊNCIO
“O silêncio ao qual me refiro é parte da natureza, está presente em toda a natureza… O ser humano perdeu a conexão com este espaço, pois deixou sua natureza para tornar-se um ser artificial, de plástico. Silêncio é uma qualidade da meditação. Ao experimentar minhas técnicas verá que este silêncio voltará a ser parte de sua vida mais uma vez.”
PODE FALAR SOBRE MEDITAÇÃO?
"Meditação brota do puro silêncio. Um espaço que não é externo, nem interno.
Este silêncio está presente no universo todo.
Teus ouvidos conheceram barulho e ausência de barulho. Veio a acreditar que ausência de som fosse silêncio… Mas não é!
O silêncio ao qual me refiro não é fechar a boca e permanecer calado, mas é um espaço natural, que não se alcança com esforço e sacrifício.
Acontece por si só.
Mesmo a boca falando, o silêncio permanece.
O silêncio existe no barulho da chuva, no soprar do vento, na onda do mar. Este silêncio é profundo, eterno e ilimitado. Toda a natureza é preenchida por ele.
Quando pássaros cantam, entre uma nota e outra, o silêncio continua, como uma nevoa preenchendo o ar.
Ele vibra até no meio do trânsito, num shopping, numa estação…
Aquilo que experimenta de manhã ou no final de tarde, depois de uma técnica, traz o sabor deste silêncio.
Este silêncio é a vida eterna!"
O SILÊNCO E A MEDITAÇÂO
"o silêncio existe no barulho da chuva, no soprar do vento, na onda do mar. Este silêncio é profundo, eterno e ilimitado. Toda a natureza é prenchida por ele."
Siddhartha
Eu quero,
Emudecer-me no fechar dos olhos
Calar ainda mais o meu silêncio
Me abraçar e abraçar num canto escuro o vazio
Sem vento, nem ar, nem chão,
Só cama;
Com a coberta que esquenta meu corpo rígido
Pensar em não pensar mais nada
Me esconder num quarto todo meu
alinhar-me nu
Com a minha carne exposta sob a mesma
Lágrima de alguma angústia qualquer
em estado vaporoso imperceptível;
exorcizar meus medos;
Calafrios de decepção;
Com uma respiração que dá vertigem;
Apertar a própria mão como se fosse dar um soco;
Tremendo como se estivesse no frio do Alaska ;
Socializar mais com o universo doloso,
onde o tempo é gasto e a vida é frágil
e perguntar se eu sou eu ou se eu acho que penso quem sou,
Admirar o nada que me rodeia a todo instante
e fazer de tudo isso uma luz,
que irradiará meu ser pensador só para não falar "pensante".
Onde o tempo tem segundas intenções sobre mim.
não sei se agradeço ou se choro pelo encurtar do tempo;
Parece que faz mais parte o direito de ir do que vir,
pois quanto mais anos, menos anos.
E assim, lá se vai mais tempo em minhas palavras e nos meus 3.0 de rebeldia.
Mergulhado neste profundo silêncio, tento encontrar-me, mesmo cônscio de que é uma missão quase impossível...Neste mar de introspecção, chego a conclusão que tudo na vida faz sentido quando nada mais faz sentido...Para me encontrar, precisei me perder. Me perdi nos braços daquele que me ama, que entende meu silêncio e que traduz minhas lágrimas. Como filho, quero ficar em seus braços, em seus braços de amor...
Mergulhado neste profundo silêncio, a dor é mihha companheira, a necessidade de te encontrar me anima, a vontade de descer na casa do Oleiro, de ouvir sua voz, meiga e suave, forte como um trovão, como a voz de muitas águas... Não espero que me compreendam, até porque me parece que fui feito para ouvir, não para ser ouvido (nem entendido), mergulhado neste profundo silêncio, desço no abismo, vou te encontrar, ou quem sabe, na mais remota das possibilidades, Tu me encontra...
Me deixa aqui, só quero ficar aqui. Acho que não é pedir muito...