Poesia sobre Silêncio

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⁠Infância roubada


Nasceu em silêncio, a menina esquecida,
no canto da casa, uma vida sofrida.
Entre gritos e sombras, crescia sozinha,
aprendendo do mundo a parte sombria.

Era o lar um campo de dor e tormento,
onde brigas e mentiras voavam ao vento.
Os sorrisos escassos, a ternura faltava,
e em cada olhar duro, seu mundo murchava.

Um dia sombrio, aos oito, perdeu
a inocência que em sonho, talvez, floresceu.
Um ato brutal que apagou-lhe o brilho,
e fez da menina um doloroso estribilho.

Alvo de aliciamento, de olhares sujos,
eram seus dias cheios de fardos injustos.
Tios e primos, num círculo doente,
roubavam seu riso, seu ser inocente.

E ali, tão pequena, sem voz, sem escudo,
perdeu-se na dor, num silêncio mudo.
Seu mundo ferido, marcado de espinhos,
tornou-se um deserto de poucos caminhos.

Mas ainda que a vida lhe impusesse açoite,
e a infância sumisse em noites sem noite,
carrega no peito uma chama que arde,
de quem sobrevive, ainda que tarde.

⁠⁠Nesta noite tão aguardada,
tudo o que for inoportuno ficará em silêncio, o tempo estará em pausa, agora, nada terá mais relevância,
o nosso deleite que terá a prioridade,
estás maravilhosa em todos os detalhes, a suavidade da tua pele,
as curvas da tua boca, os teus cabelos graciosos, o fulgor do teu olhar sedento, minhas pupilas chegam a dilatar de tanto entusiasmo que provocas, ficas muito excitante com este teu vestido preto, sabes o quanto que isso me agrada, nem consigo disfarçar,
quero tirar proveito da tua sensibilidade, fazendo arrepiar cada parte do teu corpo
através do meu toque, de beijos intensos, dos nossos sentimentos vívidos,
fico fascinado pela vivacidade dos teus movimentos,
adoro este teu jeito doce e atrevido
que faz meu desejo por ti só aumentar e sei pela verdade e avidez dos teus olhos que é recíproco
da maneira que tem que ser,
se não fosse assim, não teria tanto apreço, aliás, não faria sentido,
não é mesmo?

⁠Boa noite!
Como é prazeroso ter paz...
Sabe, a paz não se faz presente somente quando há silêncio ou quando tudo está em ordem. A paz é um estado de espírito, um jeito de pensar a vida, uma maneira de empoderar a esperança, sempre buscando na fé a inspiração para não desanimar ou desistir.

- Você é perfeita! - disse-lhe ele, um tanto quanto vulnerável.
Ela preferiu o silêncio, enquanto um filme lhe passava à cabeça.
O roteiro talvez seria o mesmo: "the end" para a perfeição quando ela realmente se apaixonasse por ele!

Silêncio!
As palavras estão dormindo...
Ouço o som dos poemas

Quando a noite apaga a luz do dia...
Acende milhões de estrelas
Ilumina os pensamentos
Que voam feito vaga-lumes
Ofertando lumes de poesias para a lua...

Que o silêncio diga o necessário
Calado estou
Calado ficarei
Que o necessário peça perdão
Que o perdão silencie tudo o que errei.

OUVE-ME 💘

Ouve-me meu amor
Este meu silêncio
Que tanto me sufoca
Conforta-me amor
Quando chegar a ti em pranto
Ouve-me apenas, apenas meu amor
Este meu silêncio que é arrepiante
Nas palavras que guardo na alma
Não quero viver sem saber amar
Sinto-me embriagada sem ti
Mas o meu silêncio acaricia-me
Abraça-me, aperta-me, contra o teu peito
No calor do teu corpo quando tu
Percorres-me onde tanto me delícia.

SOU O TEU OLHAR

Que me olha em silêncio
Num verso, deserto de ti
Onde perco-me, encontro-me
Para inventar-me, criar-me
Nas palavras feridas
Escritas numa mortalha
Entre a despedida da morte
Ferida no peito de uma flor
Numa ilusão que paira no ar
Amordaça a imensidão, tocando
O lindo céu no sonho do tempo
Amantes de afago no infinito
Escrito num velho diário perdido
Das noites passadas em claro
Escrevo que vou ao inferno
Só o teu olhar me salva destas trevas.

💕NÃO MEU AMOR

Não meu amor
Não chegues em remanso
Olha que o meu silêncio fere-me
Abana faz chocalhar ferozmente
Todas as searas de trigo
Que o vento balança
Com os risos de ti
Entre os raios de sol
Agora que o meu coração
Se ajoelhou diante do teu amor
E as lágrimas de felicidade
Saltam dos teus olhos salgados
Sal do mar doce mel
Não chegues em mudez
Pois só o teu amor
Me permite voltar a renascer
Por entre as searas de trigo do teu regaço.

⁠Tem gente que vai ver você brilhar, vai admirar em silêncio, mas nunca vai admitir. Tem gente que vai acompanhar suas conquistas, vai aprender com seus passos, mas não vai te dar crédito, porque isso seria reconhecer o seu valor.

Tem gente que não suporta a sua alegria, a sua coragem de ser quem você é, e as suas vitórias. Tem gente que não vai te apoiar, mas também não vai conseguir tirar os olhos do seu caminho! Mas entenda: pessoas assim têm um papel importante. Elas nos mostram a importância de confiar em nós mesmos, de valorizar nossas próprias conquistas sem depender do aplauso dos outros.

No fim das contas, é sobre seguir em frente, com a cabeça erguida, sabendo que a maior validação vem de dentro. Continue sendo você, brilhando, conquistando, porque a sua jornada é única, e ninguém pode tirar isso de você.

⁠Tem dias que sou euforia
Noutros, calmaria
Tem dias que moro no silêncio das palavras
Noutros, sou gritaria
Chama que queima grande, frio congelante
Sou as coisas indizíveis que escorrem na pele
teimosas e ousadamente
Sou o segredo que se revela contra a minha própria vontade
Num cheiro, num, beijo, numa saudade
Aquela que você segue fingindo que não sente, não percebe
Até que se adormeça e se esqueça... Mas não esquece.

Soneto de um solitário

Permanece como réu, imoto
a respiração sem equação
em silêncio o ego e emoção
como em oração fiel devoto

O lamento que acolhido na mão
chora suor do quesito remoto
a lágrima se imerge num arroto
dos soluços surdos do coração

Como centro de tudo, a solidão
que desorienta e se faz ignoto
o olhar, largado na escuridão

Seja breve e renovado broto
que renasça após a oblação
o abraço que se fez semoto
(traga convívio pro ermitão)

Luciano Spagnol

O silêncio da alma

Escondido nos segredos do coração
A doce melodia de silenciosa canção
Se escuta na arte da contemplação
Apagando os sons do tempo, da vida
Nos transportando além da tranquilidade
Adormecendo a dor de uma partida
E o sossego da felicidade...
Quando se alcança esta harmonia
Tudo se completa, tudo é alegria
É beleza na diversidade do amor
E sabedoria no perfume de uma flor
Num maná oferecido ao espírito
De bênçãos quem vem a ti
Pelas mãos do Criador, que não exclui
Dando mais energia a emoção
E mais paixão a respiração
Pois somos tudo num só e nada num todo
O bem e mau que inquieta e acalma
Nodoados no silêncio da alma...

(Questão de escolha... Opção!)

Luciano Spagnol

Balanço

Um dia se aprende a achar
No outro sabe como é perder
Um dia o silêncio põe a falar
No outro como é escolher
É o fado nos ensinando a caminhar
Nos fazendo dar e receber
E a entender que o que vale é amar...
No balanço do nosso viver!

Luciano Spagnol

DEMÊNCIA SENIL (soneto)

Nos fios brancos do silêncio, a quietude
Nubladas recordações, escura solidão
Horas lentas no tempo, e vazia emoção
Que tateiam o que outrora foi plenitude

E nesta distância do devaneio e o são
O mesmo mutando numa outra atitude
Tremulando o olhar numa lacuna rude
Sorrindo sem riso e andando sem chão

E no papel sem margem, a negrutude
Que esgaça a ilusão sem dar demão
Onde tudo é vagar e pouca amplitude

Assim, neste empuxo sem ter tração
Se não reconheço, sabes do que pude
Então, assiste este sóbrio senil coração

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano
À meu velho pai

⁠Nao confunda a bondade de uma pessoa com fragilidade. Uma fera ainda repousando em paz e silêncio ela continua veroz e astuta
Não substime seu poder!

⁠"⁠Aprendendo em Silêncio"

Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém, posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e tenham paciência, para que a vida e o tempo se encarreguem de fazer o resto.

Aprendi que não importa o quanto certas coisas sejam importantes para mim, existe pessoas que não darão a mínima e jamais conseguirei convence-las.

Aprendi que preciso escolher entre, controlar meus pensamentos, ou ser controlado por eles.

Que os heróis são pessoas comuns que fazem o que acham certo naquele momento, independente do medo que sentem.

Aprendi que não importa o quão meu coração esteja sofrendo, o mundo não vai parar por isso.

Aprendi que certas pessoas vão embora de nossas vidas de qualquer maneira, mesmo que queiramos rete-las conosco para todo o sempre.

Aprendi, que é difícil traçar uma linha entre ser gentil e não ferir ou magoar as pessoas.

Por fim, aprendi que será difícil dizer EU TE AMO quando já foi dito uma vez, a alguém ao qual desprezou esse amor

⁠No escuro da noite, há quem chore em segredo,
No peso do peito, um silêncio, um medo.
Mas, meu amigo, nas sombras se esconde,
Uma luz suave, no horizonte.
Sei que agora parece tão frio,
Como se a vida fosse um mar vazio.
Mas cada onda que vem e que vai,
Carrega a promessa de paz que se trai.
Os dias difíceis também têm fim,
E logo o amanhã trará um jardim.
Onde as flores renascem, a esperança revém,
É um lembrete sutil: tudo ficará bem.
Segure minha mão, não soltes jamais,
Pois juntos seguimos, enfrentando os temporais.
A tristeza é passageira, o sorriso também,
E assim como a dor, logo vai e se tem.
A vida é feita de idas e voltas,
De momentos de luz, de cores revoltas.
Então lembre-se, amigo, e não solte a fé,
Pois tudo vai passar, e a paz voltará com um só pé.

DESEJO

O silêncio que brada, desnorteado
No cerrado, que a chorar me vejo,
O peito na dor que sofre, separado
Do outrora, na saudade me protejo.

Não me basta saber do passado,
Se, se amei ou fui amado; desejo
Mais que afeto simples e sagrado,
Quero olhar, laço e um doce beijo.

Ao coração que tolera, só ousadia
Não me acanha: pois maior baixeza
Não há que paixão sem ter o calor;

É a justa ambição que eleva a poesia
Ser poeta sempre e, na sua pureza,
Deixar seus versos cheios de amor.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
20 de setembro, 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

eleitos
no silêncio, predestinação, na solidão
desígnios dos sentimentos estreitos
o mistério do coração
feitos, leitos, imperfeitos...

eu não te aguardava mais
estava sentado no barranco do cerrado
calado, as entranhas prostradas no cais
do fado, e cá nossos olhares acordado
suspirando os mesmos sensos reias
que já a muito sepultado...
e agora fatais.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
14 de outubro de 2019
Cerrado goiano